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RESUMO DIREITO PENAL II, AV1 ESTE DOCUMENTO É PARA O ESTUDO DE CADA UM, EM HIPÓTESE ALGUMA PODE SER VENDIDO. AO FINAL E DURANTE OS CONTEUDOS DO RESUMO ENCONTRAM-SE AS BIBLIOGRAFIAS. CONCURSO DE CRIMES I – Conceito. Ocorre quando o mesmo agente, por meio de uma ou mais ações ou omissões, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não.1 II – Sistemas. a. sistema do cúmulo material: considera que as penas dos vários delitos devem ser somadas. Foi adotado entre nós no concurso material ou real(art. 69, caput) e no concurso formal imperfeito(ou impróprio) (art. 70, caput, 2ª parte), aqui denominado cúmulo material benéfico(art. 70, parágrafo único).2 b. sistema da absorção: a pena mais grave absorve a menos grave. c. sistema da acumulação jurídica: a pena aplicável não é a da soma das concorrentes, mas é de tal severidade que atende à gravidade dos crimes cometidos. d. Sistema da responsabilidade única e da pena progressiva única: os crimes concorrem, mas não se acumulam, devendo-se aumentar a responsabilidade do agente ao crescer o número de infrações. e. Sistema da exasperação da pena: aplica-se a pena do crime mais grave, aumentada de um quantum determinado. Foi adotada no concurso formal(ou ideal)(art. 70, caput ) e no crime continuado(art. 71). III – Espécies de Concursos: O concurso de crimes(ou de penas) pode ser: a. concurso material(art. 69); b. concurso formal próprio ou perfeito(ou ideal) (art. 70, caput, 1ª parte) e concurso formal imperfeito(ou impróprio) (art. 70, caput, 2ª, parte) c. crime continuado comum(art. 71, caput) e crime continuado específico(art. 71, parágrafo único). As hipóteses de concurso podem ocorrer entre crimes dolosos e culposos, consumados ou tentados, comissivos ou omissivos.3 CONCURSO MATERIAL I – Conceito. Ocorre o concurso material quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não(art. 69, caput). II – Espécies: O concurso material pode ser: a. homogêneo: quando os crime são idênticos; b. heterogêneo: quando os crimes não são idênticos. III – Aplicação da Pena: No concurso material as penas são aplicadas cumulativamente. CONCURSO FORMAL I – Conceito: Ocorre o concurso formal(ou ideal) quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes idênticos ou não. II - Espécies: O concurso formal(ou ideal) pode ser: a. homogêneo: quando os crime são idênticos; b. heterogêneo: quando os crimes não são idênticos. O concurso formal pode ser ainda: a. perfeito(ou próprio): quando resulta de um só desígnio(art. 70, caput, 1ª parte); b. imperfeito(ou impróprio): quando resulta de desígnios autônomos(art. 70, caput, 2ª parte). III – Requisitos: Diverge a doutrina a respeito dos requisitos do concurso formal. A teoria subjetiva exige dois elementos: a. unidade de conduta e pluralidade de crimes; b. unidade de desígnios. Para a teoria objetiva o concurso formal exige: a. unidade de comportamento; b. pluralidade de crimes. O Código adotou a teoria objetiva. IV – Aplicação da Pena: Na aplicação das penas privativas de liberdade, o código determina três regras. No concurso formal perfeito (ou próprio): a. aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, b. se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de sexto a um terço. 3 No concurso formal imperfeito(ou impróprio): aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade, que não poderá exceder a que seria cabível no concurso material(cúmulo material benéfico). Importante: Ocorre a autonomia de desígnios(vontades) quando o sujeito pretende praticar não só um crime, mas vários, tendo consciência e vontade em relação a cada um deles, considerado isoladamente.4 CRIME CONTINUADO I– Conceito. Ocorre o denominado crime continuado quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro(art. 71, caput). II – Espécies: a. crime continuado comum(art. 71, caput); b. crime continuado específico(art. 71, parágrafo único) III – Requisitos: São requisitos do crime continuado: a. pluralidade de condutas; b. pluralidade de crimes da mesma espécie; c. ação continuada, deduzida dos elementos constitutivos exteriores da homogeneidade. IV – Crimes da mesma espécie: Crimes da mesma espécie são os previstos no mesmo tipo penal, isto é, aqueles que possuem os mesmos elementos descritivos, abrangendo as formas simples, privilegiadas e qualificadas, tentados ou consumados.5 V – Natureza Jurídica: Há três teorias a respeito da natureza jurídica do crime continuado: a. teoria da unidade real: os vários delitos formam crime único; b. teoria da ficção jurídica: o legislador presume a existência de um só crime; c. teoria mista: vê no crime continuado um terceiro delito, negando a unidade ou a pluralidade de violações jurídicas. O código adotou a teoria da ficção jurídica. 4 VI – Aplicação da Pena No crime continuado comum: a. aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, b. se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de sexto a dois terço. No crime continuado específico a. aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, b. se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, até o triplo. VII – Bem Jurídico Pessoal. Admite-se nexo de continuidade entre crimes que lesam interesses jurídicos pessoais, ainda que praticados contra vítimas diversas(art. 70, parágrafo único). 1 LEAL, João José. Curso de Direito Penal. Sérgio Fabris, Porto Alegre, 1991, p.475. 2 RT 644/378; JCAT 63/273, Apud MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. Atlas, São Paulo 2001, p. 316. 3 JESUS. Damásio E. de. Direito Penal, Parte Geral, Saraiva, São Paulo, l997, 20ª ed. 1º v. p.589 4 JESUS. Damásio E. de. ob. cit. 594 5 JESUS, Damásio E. de. ob. cit. p. 595/596 https://professornogueira.files.wordpress.com/2008/11/2407200 7-concurso_de_crimes_-_texto.pdf O que é "livramento condicional" O livramento condicional é o benefício legal ao apenado que mais se destaca, proporcionando ao que a ele faz jus, mediante critérios objetivos e subjetivos e cumprimento de determinadas condições, a antecipação de sua reinserção ao convívio social, cumprindo parte da pena em liberdade. O pedido de livramento é dirigido ao juiz da execução, que ouve o Ministério Público e o Conselho Penitenciário, e concede o benefício se atendidos os requisitos do art. 83 do Código Penal. Requisitos e condições Têm direito ao benefício o condenado a penas privativas de liberdade iguais ou superiores a dois anos, que tenha cumprido mais de um terço da pena e não seja reincidente em crime doloso e tenha bons antecedentes, ou que tenha cumprido mais da metade da pena se for reincidente em crime doloso, ou que tenha cumprido mais de dois terços da pena se condenado por crime de tráfico de drogas ou crime hediondo ou equiparado (Lei 8.072/90) e não seja reincidente específicoem crimes dessa natureza, e que tenha bom comportamento, bom desempenho no trabalho a ele atribuído na prisão e apto a se sustentar honestamente fora dela e que tenha reparado, sendo possível, o dano causado. Ainda, de acordo com o parágrafo único do art. 83 do CP, se o condenado cometeu crime doloso com violência ou grave ameaça à pessoa, o livramento ficará condicionado à constatação de que o apenado tenha condições pessoais que façam presumir que não voltará a delinquir. Além dos requisitos do art. 83, o art. 85 do CP e o art. 132, § 2ª da Lei de Execução Penal estabelecem que o livramento também se submete às seguintes condições: que o condenado arrume uma ocupação lícita em tempo razoável, que comunique periodicamente ao juiz sua ocupação, que não mude seu domicílio sem autorização do juízo da execução, que se recolha em casa nos horários fixados e que não frequente determinados lugares impróprios. O juiz, ainda, a requerimento ou representação do MP, da Defensoria Pública ou do Conselho Penitenciário, poderá modificar as condições do livramento, observadas as disposições dos arts. 137 e 144 da LEP. O procedimento de livramento é realizado em “cerimônia” especial no estabelecimento prisional na presença dos demais presos (com o objetivo de incentivá-los a também assumir uma postura para que façam jus ao benefício), com leitura da sentença, dos requisitos e das condições, e perguntando ao preso se ele aceita. O apenado liberado receberá documento que comprova seu livramento, bem como cópia das condições a serem cumpridas. De acordo com os arts. 86 e 87 do CP, o livramento condicional será revogado se o liberado cometer crime na vigência do benefício, ou por conta de condenação superveniente por crime anterior, não podendo ser novamente concedido o benefício, de acordo com o art. 88, no caso da primeira hipótese, ou se descumprir as condições do livramento. Tendo cumprido o período de prova sem revogação, será declarada a extinção de sua pena. O agente preso provisoriamente também poderá, de acordo com o caso, ser liberado condicionalmente se presentes os requisitos objetivos. Fonte: http://pedro-araujo.com/v6/?p=1648 https://pedroaraujoprog.jusbrasil.com.br/artigos/346704818/o- que-e-livramento-condicional Bibliografia GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. 18 ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2016. ESTE DOCUMENTO É PARA O ESTUDO DE CADA UM, EM HIPÓTESE ALGUMA PODE SER VENDIDO. AO FINAL E DURANTE OS CONTEUDOS DO RESUMO ENCONTRAM-SE AS BIBLIOGRAFIAS. Art. 64 – Eficácia da reincidência Art. 64 - Para efeito de reincidência: I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos. A hipótese do inciso I trata da eficácia temporal da reincidência. Ela só produzirá efeitos como tal até o marco de 5 anos após o cumprimento ou a extinção da pena, considerado em tal contagem, inclusive, o período de prova da suspensão ou do livramento condicional da pena, e, nestes casos, se não ocorrer revogação. Caso seja revogado o benefício carcerário, a contagem deve ser iniciada a partir do término do cumprimento da pena. A hipótese do inciso II, por seu turno, encerra uma eficácia material da reincidência, que não é considerada como tal se o crime anterior é militar próprio ou político. Fonte : http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-64- eficacia-da-reincidencia.html Concurso de Pessoas nos Crimes Funcionais O direito penal brasileiro, no concurso de pessoas, adota a teoria monista (ou unitária): os coautores e partícipes dos crimes funcionais respondem pelo mesmo crime (CP, art. 29 e ss). Em regra, não se pode enquadrar corréus do mesmo fato em crimes diferentes (tem que enquadrá-los no mesmo artigo). Ex.: Funcionário Público com particular subtrai bens da repartição pública. Ambos respondem por peculato. Sabe-se que os crimes comuns são praticados por qualquer pessoa, diferentemente dos crimes próprios/especiais, em que a lei prevê sua prática por pessoas específicas, como no caso do infanticídio (o autor só pode ser a mãe). Os crimes próprios são compatíveis com o concurso de pessoas, em que os terceiros respondem também pelos crimes próprios, na condição de coautor ou partícipe, em razão dessa teoria monista (no caso do infanticídio, é coautor ou partícipe quem colabora). Pois bem. Todo crime funcional é próprio, pois prevê conduta praticada por funcionário público. Quem não sendo funcionário público, participa ou pratica um dos crimes no âmbito da administração pública, estando em coautoria ou participação com funcionário público, pratica crime funcional (mesmo que haja previsão do crime fora da administração - isto é, os impróprios). Ex.: peculato (o coautor ou partícipe, não sendo funcionário público, tendo praticado a apropriação indébita no âmbito da administração, não terá seu crime reenquadrado para um crime não funcional) - Autor: executa o crime - Coautor: duas ou mais pessoas que executam o crime - Partícipe: concorre de forma acessória, sem executar o crime (ex.: instiga) - Intraneus (latim, singular): autor ou partícipe de crime próprio (ex.: funcionário público) - Intranei (latim, plural) - Extraeus (latim, singular): terceiro que atua em crime próprio (ex.: particular que colabora com funcionário público em crime) - Extranei (latim, plural) Fonte: http://blogardireito.blogspot.com.br/2014/02/1-crimes- contra-administracao-publica-i.html Art. 43 - Penas restritivas de direito Art. 43. As penas restritivas de direitos são: I - prestação pecuniária; II - perda de bens e valores; III - (VETADO) IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; V - interdição temporária de direitos; VI - limitação de fim de semana. As penas restritivas de direito apresentam-se como alternativa às penas privativas de liberdade, que, apesar de necessárias à segurança da sociedade, apresentam sérias dúvidas acerca da finalidade reeducativa e de ressocializadora. Postado por Lenoar B. Medeiros às 23:17 Fonte: http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-43- penas-restritivas-de-direito.html Reincidência 24/set/2015 Ocorre a reincidência quando o agente, após ter sido condenado definitivamente por outro crime, comete novo delito, desde que não tenha transcorrido o prazo de cinco anos entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a prática da nova infração. É uma agravante que visa punir com mais severidade aquele que, uma vez condenado, volta a delinquir, demonstrando que a sanção aplicada não foi suficiente para intimidá-lo ou recuperá- lo. Existem três espécies de reincidência: a real, que é computada apenas quando o agente já cumpriu integralmente a pena pelo crime anterior; a ficta, adotada pela legislação brasileira, que existe apenas com a ocorrência da condenação anterior; e a específica, quando o delito anterior e posterior integra os crimes citados no art. 83, V, do CP, quais sejam, crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afim, e terrorismo. Dentre os vários efeitos da reincidência, destacamos os seguintes: agravamento da pena; aumento do prazo para concessão do livramento condicional; impedimento da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos e da concessão do sursis,quando de tratar de crimes dolosos; interrupção do prazo da prescrição etc. Fundamentação: Arts. 33, § 2º, 'b' e 'c', 44, II e § 5º, 60, § 2º, 61, I, 63 a 64, 67, 77, I e § 1º, 81, I e § 1º, 83, I, II e V, 86 a 87, 95, 110, última parte, 117, VI, 155, § 2º e 171, § 1º do CP Art. 7º do LCP (Lei das Contravenções Penais) Art. 323 do CPP Fonte: http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/802/Reinci dencia Nota a parte(não é do Autor do texto e sim do aluno que está montando o resumo) – Gostaria de esclarecer as diferenças entre pena reclusão e dentenção. RECLUSÃO- deve ser em regime fechado, semiaberto ou aberto. DETENÇÃO- deve ser em regime semiaberto ou aberto, salvo os casos de transferência prevista em lei. OBS: não admite de forma inicial o regime fechado. PRISÃO SIMPLES- deve ser em regime semiaberto ou aberto. OBS não admite regime fechado em hipótese alguma. São penas privativas de liberdade RECLUSÃO E DETENÇÃO(Art 33 do cp)- § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri- la em regime fechado; b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi- aberto; c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. Decreto-lei nº 3.688: Prisão Simples Art. 6º - A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou aberto. § 1º - O condenado à pena de prisão simples fica sempre separado dos condenados à pena de reclusão ou de detenção. § 2º - O trabalho é facultativo, se a pena aplicada não excede a 15 (quinze) dias. Aplicação da pena e dosimetria(cálculo) da pena O sistema trifásico de fixação da pena, adotado pelo Código Penal, que deverá ser observado pelo juiz de direito na imposição da pena a ser aplicada ao réu. O Código Penal adotou o critério trifásico para a fixação da pena, ou seja, o juiz, ao apreciar o caso concreto, quando for decidir a pena a ser imposta ao réu, deverá passar por 03 (três) fases: a primeira, em que se incumbirá de fixar a pena-base; a segunda, em que fará a apuração das circunstâncias atenuantes e agravantes; e, por fim, a terceira e última fase, que se encarregará da aplicação das causas de aumento e diminuição da pena para que, ao final, chegue ao total de pena que deverá ser cumprida pelo réu. A fixação do quantum da pena servirá para o juiz fixar o regime inicial de seu cumprimento obedecendo as regras do artigo 33 do CP (regimes fechado, semi-aberto e aberto) bem como para decidir sobre a concessão do sursis e sobre a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos ou multa. Circunstâncias judiciais ou inominadas - 1ª fase Como vimos, essa primeira fase se destinará a fixação da pena-base, onde o juiz, em face do caso concreto, analisará as características do crime e as aplicará, não podendo fugir do mínimo e do máximo de pena cominada pela lei àquele tipo penal. As circunstâncias judiciais se refletem também na concessão do sursis e na suspensão condicional do processo, posto que a lei preceitua que tais benefícios somente serão concedidos se estas circunstâncias assim o permitirem, ou seja, quando estas forem favoráveis ao acusado. São circunstâncias judiciais: a) Culpabilidade: é o grau de reprovação da conduta em face das características pessoais do agente e do crime; b) Antecedentes: são as boas e as más condutas da vida do agente; até 05 (cinco) anos após o término do cumprimento da pena ocorrerá a reincidência e, após esse lapso, as condenações por este havidas serão tidas como maus antecedentes; c) Conduta social: é a conduta do agente no meio em que vive (família, trabalho, etc.); d) Personalidade: são as características pessoais do agente, a sua índole e periculosidade. Nada mais é que o perfil psicológico e moral; e) Motivos do crime: são os fatores que levaram o agente a praticar o delito, sendo certo que se o motivo constituir agravante ou atenuante, qualificadora, causa de aumento ou diminuição não será analisada nesta fase, sob pena de configuração do bis in idem; f) Circunstâncias do crime: refere-se à maior ou menor gravidade do delito em razão do modus operandi (instrumentos do crime, tempo de sua duração, objeto material, local da infração, etc.); g) Consequências do crime: é a intensidade da lesão produzida no bem jurídico protegido em decorrência da prática delituosa; h) Comportamento da vítima: é analisado se a vítima de alguma forma estimulou ou influenciou negativamente a conduta do agente, caso em que a pena será abrandada. Circunstâncias atenuantes e agravantes - 2ª fase Além das circunstâncias judiciais, são previstas pela lei vigente as circunstâncias atenuantes, que são aquelas que permitirão ao magistrado reduzir a pena-base já fixada na fase anterior, e as circunstâncias agravantes, as quais, ao contrário das atenuantes, permitirão ao juiz aumentar a pena-base, ressaltando que nessa fase o magistrado não poderá ultrapassar os limites do mínimo e do máximo legal. As circunstâncias agravantes somente serão aplicadas quando não constituem elementar do crime ou os qualifiquem. - Circunstâncias atenuantes: a) ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença de 1° grau; b) o desconhecimento da lei: não ocorre a isenção da pena, mas seu abrandamento; c) ter o agente cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral: valor moral é o que se refere aos sentimentos relevantes do próprio agente e valor social é o que interessa ao grupo social, à coletividade; d) ter o agente procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano: não se confunde com o instituto do arrependimento eficaz (artigo 15 do CP), nesse caso ocorre a consumação e, posteriormente, o agente evita ou diminui suas consequências; e) ter o agente cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vitima: observa-se as regras do artigo 22 do CP (coação irresistível e ordem hierárquica); f) ter o agente confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime: se o agente confessa perante a Autoridade Policial porém se retrata em juízo tal atenuante não é aplicada; g) ter o agente cometido o crime sob influência de multidão em tumulto, se não o provocou: é aplicada desde que o tumulto não tenha sido provocado por ele mesmo. De acordo com o artigo 66, do CP, "a pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei", razão pela qual pode-se concluir que o rol das atenuantes do artigo 65 é exemplificativo. - Circunstâncias agravantes: a) reincidência: dispõe o artigo 63, do CP, que "verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior"; b) tero agente cometido o crime por motivo fútil ou torpe: motivo fútil é aquele de pouca importância e motivo torpe é aquele vil, repugnante; c) ter o agente cometido o crime para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: nessa circunstância tem que existir conexão entre os dois crimes; d) ter o agente cometido o crime à traição, por emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido: essa circunstância será aplicada quando a vítima for pega de surpresa; a traição ocorre quando o agente usa de confiança nele depositada pela vitima para praticar o delito; a emboscada é a tocaia, ocorre quando o agente aguarda escondido para praticar o delito e, por fim, a dissimulação ocorre quando o agente utiliza-se de artifícios para aproximar-se da vítima; e) ter o agente cometido o crime com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum: essa circunstância se refere ao meio empregado para a prática delituosa; tortura ou meio cruel é aquele que causa imenso sofrimento físico e moral à vítima; meio insidioso é aquele que usa de fraude ou armadilha e, por fim, perigo comum é o que coloca em risco um número indeterminado de pessoas; f) ter o agente cometido o crime contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge: abrange qualquer forma de parentesco, independente de ser legítimo, ilegítimo, consanguíneo ou civil; g) ter o agente cometido o crime com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica: o abuso de autoridade refere-se a relações privadas; relações domésticas são as existentes entre os membros de uma família; e coabitação significa que tanto autor quanto vítima residem sob o mesmo teto; h) ter o agente cometido o crime com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão: o abuso de poder se dá quando o crime é praticado por agente público, não se aplicando se o delito constituir em crime de abuso de autoridade; as demais hipóteses referem-se quando o agente utilizar-se de sua profissão para praticar o crime (atividade exercida por alguém como meio de vida); i) ter o agente cometido o crime contra criança, contra maior de 60 (sessenta) anos, ou contra enfermo ou mulher grávida: são pessoas mais vulneráveis, por isso ganham maior proteção da lei; criança é o que possui idade inferior a 12 (doze) anos da idade; j) ter o agente cometido o crime quando o ofendido estava sob imediata proteção da autoridade: aumenta-se a pena pela audácia do agente em não respeitar à autoridade; k) ter o agente cometido o crime em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido: se dá pela insensibilidade do agente que se aproveita de uma situação de desgraça, pública ou particular, para praticar o delito; l) ter o agente cometido o crime em estado de embriaguez preordenada: ocorre quando o agente se embriaga para ter coragem para praticar o delito. - Circunstâncias agravantes no concurso de pessoas: referindo-se ao concurso de pessoas, o artigo 62, do CP, dispõe que a pena será agravada em relação ao agente que: a) promove, organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes: pune-se aquele que promove ou comanda a prática delituosa, incluindo o mentor intelectual do crime; b) coage ou induz outrem à execução material do crime: existe o emprego de coação ou grave ameaça a fim de fazer com que uma outra pessoa pratique determinado delito; c) instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal: instigar é reforçar uma idéia já existente, enquanto determinar é uma ordem; a autoridade referida nesta circunstância pode ser pública ou particular; as condições ou qualidades pessoais que tornam a pessoa não-punível pode ser a menoridade, a doença mental, etc.; d) executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa: a paga é o pagamento anterior a execução do delito, enquanto a recompensa é o pagamento após a execução. - Concurso de circunstâncias atenuantes e agravantes: havendo o concurso entre as circunstâncias agravantes e as atenuantes o magistrado não deverá compensar uma pela outra e sim ponderar-se pelas circunstâncias preponderantes que, segundo o legislador, são aquelas que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. Causas de aumento e diminuição - 3ª fase As causas de aumento e diminuição podem tanto estar previstas na Parte Geral do Código Penal (ex.: a tentativa, prevista no artigo 14, inciso II, que poderá diminuir a pena de um a dois terços) quanto na Parte Especial (ex.: no crime de aborto a pena será aplicada em dobro se ocorrer a morte da gestante - artigo 127). Elas são causas que permitem ao magistrado diminuir aquém do mínimo legal bem como aumentar além do máximo legal. O parágrafo único do artigo 68, do CP, dispõe que se ocorrer o concurso de causas de diminuição e de aumento previstas na parte especial, deverá o juiz limitar-se a uma só diminuição e a um só aumento, prevalecendo a que mais aumente ou diminua, porém se ocorrer uma causa de aumento na parte especial e outra na parte geral, poderá o magistrado aplicar ambas, posto que a lei se refere somente ao concurso das causas previstas na parte especial do CP. Com relação as qualificadoras é possível que o juiz reconheça duas ou mais em um mesmo crime e, segundo a doutrina, a primeira deverá servir como qualificadora e as demais como agravantes genéricas, senão vejamos: um indivíduo pratica homicídio qualificado mediante promessa de recompensa com o emprego de veneno - o juiz irá considerar a promessa de recompensa como qualificadora (artigo 121, § 2°, I do CP) e o emprego de veneno como agravante genérica (artigo 61, II, "d" do CP) ou vice-versa. Entretanto pode acontecer que em determinados casos a outra qualificadora não seja considerada como circunstância agravante, devendo então o magistrado aplicá-la como circunstância do crime (artigo 59, do CP - circunstâncias judiciais), como no caso de um furto qualificado praticado mediante escalada e rompimento de obstáculo, o juiz poderá qualificar o crime pela escalada (artigo 155, § 4°, II do CP) e, como o rompimento de obstáculo não é considerado como agravante, deverá considerá-lo na 1ª fase, como circunstância do crime. Cálculo da pena A pena será calculada obedecendo o critério trifásico, onde primeiramente caberá ao magistrado efetuar a fixação da pena base, de acordo com os critérios do artigo 59, do CP (circunstâncias judiciais), em seguida aplicar as circunstâncias atenuantes e agravantes e, finalmente, as causas de diminuição e de aumento. Referências bibliográficas NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal: parte geral e parte especial. 2ª edição. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito penal: parte geral. 12ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2006. - (Coleção sinopses jurídicas; v.7) Fonte: http://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/386/Aplicacao-da- pena Circunstâncias agravantes e atenuantes Causas de aumento e de diminuição São consideradas na 2ª fase de aplicação da pena, tomando por base a pena-base. Esta pena-base tem como ponto de São consideradas na 3ª fase de aplicação da pena, tomando por base a pena intermediária. partida a pena simples ou qualificada de um crime, e é aplicada com fundamento no artigo59 do CP. Devem respeitar os limites legais de pena previstos. Súmula 231 do STJ: A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal . Não devem respeito aos limites legais de pena previstos, ou seja, a pena definitiva pode ficar aquém do mínimo ou além do máximo. O quantum de aumento ou de diminuição fica a critério do juiz. O quantum está previsto em lei, ainda que em quantidade variável. Constam nos artigos 61/62 e 65/66. Exemplos: artigo 14, parágrafo único, art. 157, 2º e artigo 226, abaixo transcritos. https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2631677/quais-as- diferencas-entre-as-circunstancias-agravantes-e-atenuantes-e-as- causas-de-aumento-e-de-diminuicao-da-pena-denise-cristina- mantovani-cera ESTE DOCUMENTO É PARA O ESTUDO DE CADA UM, EM HIPÓTESE ALGUMA PODE SER VENDIDO. AO FINAL E DURANTE OS CONTEUDOS DO RESUMO ENCONTRAM-SE AS BIBLIOGRAFIAS. Art. 68 - Cálculo da Pena Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua. Reconhecida na sentença a prática do crime, inicia-se a definição da extensão da sanção oponível ao réu, efetuando-se, então, o cálculo da pena. A norma do artigo em questão apresenta um método de mensuração da pena que vincula o Juízo, devendo cada etapa ser considerada e fundamentada. Para o réu, a observância da disciplina do artigo 68 constitui uma garantia, assegurando-lhe o direito de saber as razões pelas quais sua sanção foi cominada com maior ou menor rigor. Por tal método, tido como trifásico por se dividir em três etapas, a pena- base é delimitada, na fase inicial, a partir da incidência, no caso concreto, das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal. A lei não oferece parâmetros para fixá-la, conferindo a lei boa margem de discricionariedade ao Juízo em sua aplicação. Nesta etapa, mesmo que todas as circunstâncias judiciais sejam favoráveis ao réu (o que ensejaria a certeza na redução da sanção) a pena- base não pode ficar aquém do mínimo legal previsto na cominação abstrata do crime. Depois de fixada a pena-base, pelos critérios do artigo 59 do Código Penal, tem-se uma pena provisória, sobre a qual o Juízo considerará as circunstâncias legais atenuantes e agravantes que ocorreram no delito, previstas na parte geral e na parte especial do Código Penal. Novamente neste ponto não se admite a redução da pena para aquém do mínimo legal, ou um aumento além do limite máximo previsto no tipo penal. Também aqui o julgador deve ficar adstrito aos limites mínimos e máximos previstos pelo legislador quando elaborou o delito e cominou a sanção abstrata, sob pena de o Juiz invadir a esfera de atribuições do legislador penal. Superadas as oportunidades de se agravar ou atenuar a pena, pelas correspondentes circunstâncias agravantes e atenuantes, advém então uma terceira etapa de fixação da pena, em que devem ser observadas suas causas de aumento e diminuição. Estas são designadas pela doutrina como majorantes ou minorantes e permitem uma variação da pena em quantidade fixa ou variável, não se confundindo com as circunstâncias porque permitem que a pena extrapole os limites mínimos e máximos do tipo penal previsto em lei. Como regra, estabelecem-se na forma de aumentos fracionados (ex. 1/2, 2/3 etc). Nas hipóteses de concurso entre causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial do Código Penal a solução se dá fazendo prevalecer a causa que mais aumenta ou diminui pena, isso como uma faculdade que o legislador dá ao Juízo, conforme dispõe o parágrafo único do artigo em discussão. De outro lado, não há solução expressa na Lei Penal sobre a solução na concorrência entre causas de aumento e diminuição previstas na parte geral do Código Penal, devendo prevalecer o entendimento que todas devem ser consideradas, porquanto obrigatórias. Já numa situação de concurso entre estas, tanto nas majorantes como nas minorantes, o cálculo deve ser cumulativo (aplicando-se a subsequente sobre o resultado de aumento ou diminuição antecedente), pois a aplicação isolada de cada uma, na hipótese das minorantes, por exemplo, poderia resultar em saldo irrisório de pena, em nenhuma pena ou mesmo em saldo negativo, caso fossem abatidas de modo isolado sobre a pena provisória. A respeito da circunstância qualificadora, por fim, quando só uma for verificada no caso concreto, sua existência não tem importância nas etapas elencadas no artigo 68 do Código Penal. Pela própria estrutura que apresenta, agregando outro preceito sancionador com limites mínimos e máximos de pena, distintos do previsto na tipificação principal, ela servirá de marco para a definição da pena desde o início, desde antes da aplicação das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal. Neste momento de fixação, ela pode ser considerada como um delito autônomo, como limites mínimos e máximos que lhe são peculiares pela própria definição legal. Contudo, em face da existência mais de uma qualificadora, no caso concreto, as demais podem ser consideradas como circunstâncias agravantes: “Reconhecidas duas qualificadoras, não só em decorrência da sistemática do CP, mas também em respeito à soberania do Tribunal Popular (art. 5, inciso XXXVIII, alínea “c”da Lex Fundamentalis), uma enseja o tipo qualificado e a outra deverá ser considerada como circunstância negativa, seja como agravante (como se tal prevista), seja como circunstância judicial (residualmente, conforme o caso, art. 59 do CP) (Precedentes do STJ e do STF)” (STJ – 5.ª T. – HC 11.337 – Rel. Felix Fischer – j. em 02/03/2000 – DJU 27/03/2000, p. 119). Obs.: A fixação da pena de multa não se submete ao critério trifásico da dosimetria da pena. Ela contém metodologia própria, devendo ser fixada a partir dos critérios do artigo 59 do Código Penal. Postado por Lenoar B. Medeiros às 22:52 Fonte: http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-68- calculo-da-pena.html Art. 71 - Crime continuado Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código. A figura do crime continuado do caput do artigo 71 do Código penal constitui um favor legal ao delinquente que comete vários delitos. Cumpridas as condições do mencionado dispositivo, os fatos serão considerados crime único por razões de políticacriminal, sendo apenas agravada a pena de um deles, se idênticos, ou do mais grave, se diversos, à fração de 1/6 a 2/3. O reconhecimento de tal modalidade exige uma pluralidade de condutas sucessivas no tempo, que ocorrem de forma periódica e se constituem em delitos da mesma espécie (ofendem o mesmo bem jurídico tutelado pela norma – não se exigindo a prática de crimes idênticos). Nesses delitos as condições de tempo, lugar, maneira ou outras semelhantes, devem dar a entender que os delitos posteriores retratariam continuação do primeiro. O parágrafo único destaca hipótese que a doutrina denomina como crime continuado específico, na qual a prática de crime doloso, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, autoriza o aumento da pena até o triplo, exigindo-se, para tanto, sejam consideradas a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente. Postado por Lenoar B. Medeiros às 22:49 Marcadores: Da aplicação da pena Fonte: http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-71-crime- continuado.html Art. 73 – Erro na execução – aberratio ictus Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. A hipótese em tela não configura o erro de tipo (art. 20, caput, do CP), tampouco o de proibição (art. 21 do CP), pois aqui o agente percebe a presença dos elementos constitutivos do delito e lhe é plenamente exigível a consciência da ilicitude, estando o equívoco apenas no meio de execução do crime, que resulta na ofensa de pessoa diversa daquela que ele realmente pretendia atingir. Em tal situação, mesmo lesando apenas um terceiro, ele responde como se tivesse atingido a pessoa que, de fato, pretendia ofender. No entanto, caso ele alcance seu objetivo e também atinja terceiro, responderá como incurso na hipótese de concurso formal, prevista na primeira parte do artigo 70 do Código Penal. Postado por Lenoar B. Medeiros às 22:46 Fonte: http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-73-erro- na-execucao-aberratio-ictus.html Quadrilha ou Bando – Artigo 288 do CP25AGO “Associarem-se mais de 3 pessoas, em quadrilha ou bando, para fim de cometer crimes”. Reclusão 1 a 3 anos. Requisitos: o Associação estável ou permanente: diferenciar quadrilha da associação eventual (co-participação). É necessário aqui um vinculo associativo permanente, não ocasional. Não preenche o tipo reunião eventual de 4 agentes para praticar crimes determinados. o Composição: mais de 3 pessoas = 4 pessoas ou mais. Não importa que um dos quadrilheiros seja inimputável ou que não seja identificado. É possível, alias, que apenas 1 ou 2 quadrilheiros sejam conhecidos, desde que aja prova da existência dos demais. o Fim de praticar crimes: reunião para pratica de crimes indeterminados. o Não é necessário que a quadrilha efetivamente pratique crimes, pois o crime do artigo 288 se consuma com a mera formação do bando. Pode haver quadrilheiro que não concorreu efetivamente para nenhum dos crimes fins consumados. Modalidade agravada: Parágrafo único o Quadrilha ou bando armados o Pena em dobro o Basta que um dos quadrilheiros esteja armado (qualquer tipo de arma) Quadrilha armada x Delito de porte de arma Para o STF pode haver concurso material de crimes. o Idem para quadrilha x Furto / Roubo majorado pelo concurso de pessoas Quadrilha para pratica de crime hediondo: Artigo 8º da lei 8072: Pena prevista no artigo 288 será de reclusão de 3 a 6 anos quando se tratar de quadrilha formada para tortura, crimes hediondos, trafico de drogas e terrorismo. – É cabível a majorante do parágrafo único do artigo 288 nestas hipóteses. Associação para trafico de drogas: “Associarem-se 2 ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, os crimes previstos nos artigos 33, caput, e §1º e §4º da Lei. Organização criminosa: Convenção da ONU contra o crime organizado transnacional. 3 pessoas com finalidade de cometer crimes graves. Pena máxima: ≥ 4 anos. Fonte: https://tudodireito.wordpress.com/2010/08/25/quadrilha-ou- bando-artigo-288-do-cp/ ESTE DOCUMENTO É PARA O ESTUDO DE CADA UM, EM HIPÓTESE ALGUMA PODE SER VENDIDO. AO FINAL E DURANTE OS CONTEUDOS DO RESUMO ENCONTRAM-SE AS BIBLIOGRAFIAS. Direito Penal - Explique autoria colateral e autoria incerta. (...)A autoria colateral é aquela em que há mais de um agente desejando o resultado e praticando conduta independente do outro (Ex: A e B atiram para matar C: cada um quer seu resultado, e cada um responde por seu crime). Já a autoria incerta é quando não se sabe quem é o autor de uma autoria colateral (ex: A e B atiram para matar C, mas não se sabe pelo tiro de quem ele morreu: ambos respondem por tentativa de homicídio, ex vi do princípio in dubio pro reo). *Dica de português: a expressão latina ex vi significa "por força". Fonte: http://matandoaquestao.blogspot.com.br/2014/12/direito- penal-explique-autoria.html Revendo alguns tópicos, com alguns acréscimos de informação. Concurso de Pessoas, Autoria mediata e imediata Também chamado de concurso de agentes. Disciplinado nos artigos 29 e 30 do Código Penal. Haverá concurso de pessoas quando 2 ou mais agentes estiverem agindo juntos, com comunhão de vontades, para a prática de um mesmo delito. O código penal adota a teoria MONISTA (unitária) para fins de reconhecimento do concurso de pessoas no caso concreto. Nesse sentido, o artigo 29 do CP diz que quem de qualquer forma concorrer para a prática de um crime responderá por este delito, na medida de sua culpabilidade. Todos os agentes respondem pelo mesmo crime, mas a pena de cada um será adequada a sua culpabilidade. Para caracterizar o concurso de pessoas é preciso reconhecer no caso concreto a existência de um LIAME SUBJETIVO entre os envolvidos na prática do crime. É indispensável a identificação desse nexo subjetivo entre os agentes, pois se não houver, NÃO haverá concurso de pessoas naquele caso. Liame subjetivo é a comunhão de vontades, é a comunhão consciente de interesses entre os envolvidos na prática do delito. É preciso que um agente saiba o que o outro irá fazer, e é preciso haver uma concordância mútua e consciente entre a ação desses agentes. Isso não necessariamente quer dizer que precisa haver um ajuste prévio, ou seja, que os agentes combinem antecipadamente a prática do crime. É perfeitamente possível existir liame subjetivo, e consequentemente concurso de pessoas, ainda que não haja ajuste prévio entre os agentes envolvidos. O ajuste prévio pode surgir no ímpeto da prática do crime ou sequer ter existido (Ex: vê o irmão batendo em alguém e vai lá ajudar). Portanto, não é necessário um acordo de vontades, basta que uma vontade adira à outra. Para a caracterização do concurso de pessoas é suficiente a unidade de desígnios, isto é, que uma vontade adira a outra, sendo desnecessário um acordo prévio de vontade entre os agentes. Existem 2 grandes modalidades de concurso de pessoas: coautoria e de participação. 1) Coautoria: Quando os agentes estiverem agindo juntos, nas mesmas circunstâncias, e visando ao mesmo resultado delituoso. Para que os agentes estejam em coautoriaNÃO necessariamente é preciso que eles estejam praticando a mesma conduta. O entendimento já ultrapassado é de que os coautores praticam o núcleo do tipo. No entendimento mais atual, os infratores podem estar praticando condutas idênticas ou distintas entre si, desde que eles estejam agindo juntos, no mesmo momento, objetivando o mesmo fim (Ex: "cavalo de fuga": o agente que fica esperando no automóvel para fugir após um assalto; o agente que fica fazendo a contenção, na porta do local; e o agente que efetivamente recolhe o dinheiro no assalto => os 3 estão agindo em concurso de pessoas e são COAUTORES, ainda que pratiquem condutas diferentes, pois estão agindo juntos, nas mesmas circunstâncias, objetivando o mesmo resultado delituoso). Outro erro comum é dizer que os coautores terão obrigatoriamente a mesma pena. O concurso de pessoas é regido pela teoria monista, que diz que quem, de qualquer forma, concorrer para a prática do crime, responderá pelo delito NA MEDIDA DE SUA CULPABILIDADE, É possível até mesmo que indivíduos que estejam praticando exatamente a mesma conduta tenham uma pena distinta (Ex: A e B combinam de matar C. Se A tem 25 anos e B 20 anos, a pena já será diferente, pois idade menor que 21 na data do crime é circunstância atenuante) (Ex2: X e Y são coautores no crime de roubo, mas X é reincidente e Y é réu primário, e por isso a pena será diferente, pois a reincidência de X agravará a pena) 2) Participação: O partícipe é aquele que pratica uma conduta acessória em um momento anterior à prática da conduta principal, de maneira a induzir, instigar ou auxiliar a prática desta. Ex: O indivíduo que empresta a arma pro autor, sabendo que ele irá matar uma pessoa. Quem mata é o autor material direto, e o que emprestou a arma, nesse caso, é partícipe. O partícipe não pratica a conduta propriamente dita que caracteriza o delito. Se participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxilio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. É verdade que o crime próprio ou crime de mão própria não admite concurso de pessoas, por serem circunstâncias pessoais que não se comunicam? NÃO. O artigo 30 fala justamente dessa incomunicabilidade das circunstâncias pessoais, mas traz uma exceção. As circunstâncias pessoais, quando elementares ao delito, admitem comunicação. Ex: homicídio privilegiado (art 121, par 1º do CP): pena reduzida de 1|6 a 1|3; pratica homicídio privilegiado o individuo que age por relevante valor moral ou valor social ou sob domínio de violenta emoção logo em seguida à injusta provocação da vítima (Ex: pai que mata estuprador da filha). Nesse caso, quando há concurso de pessoas e, ambos matam o estuprador, só o pai terá a pena reduzida, pois as circunstâncias pessoais em regra não se comunicam. Ex2: A comete crime por motivo torpe ajudado por seu amigo B, que nem sabe o porquê do crime. Nesse caso, devido a regra da incomunicabilidade, não se comunica essa circunstância pessoal que aumentaria também a pena de B, e só A responde com a agravante. Quando as circunstâncias pessoais forem elementares ao delito, haverá a comunicação. Ex: Infanticídio (art 123 do CP): crime praticado pela mãe que, sob influencia do estado puerperal, mata o próprio filho durante o parto ou logo após este. É um crime próprio ou de mão própria em que é sim possível a figura da coautoria e da participação. O estado puerperal é uma circunstância pessoal e elementar à caracterização do crime , e que será comunicada aos coautores e partícipes (se a mulher, por exemplo, está em estado puerperal e o pai entrega o filho pra mãe sabendo que ela poderá matá-lo, o pai não responderá por homicídio, e sim por infanticídio, em concurso de pessoas). Portanto, ainda que o crime seja próprio ou de mão própria, ambos respondem por infanticídio, pois se comunicam as circunstâncias pessoais elementares. Ex2: Crimes funcionais (praticados por funcionários públicos contra a administração, arts 312 a 326 do CP): para tipificar, por exemplo, um crime de peculato, é preciso que tenha um funcionário público praticando o crime. Essa é uma circunstância pessoal e elementar à caracterização do crime, e portanto se comunicará aos coautores e partícipes. Na prática, isso significa que é perfeitamente possível um particular praticar crime funcional, como o crime de peculato, por exemplo. Basta que esse particular esteja em concurso de pessoas com um funcionário público, em coautoria ou participação, sendo apenas necessário o liame subjetivo para a prática de crime contra a administração pública. Nesse caso, o particular não pratica furto, e sim peculato. OBS: nos termos do CP brasileiro, consideram-se particulares todos aqueles individuos que não são funcionários publicos. Autoria colateral: A autoria colateral desconfigura o concurso de pessoas, pois entre os sujeitos não havia liame subjetivo. Autoria colateral NÃO é a mesma coisa que coautoria, pois NÃO há concurso de pessoas. Ocorre autoria colateral quando dois ou mais agentes estão agindo na mesma circunstância, objetivando o mesmo fim, mas sem existir entre eles o liame subjetivo. Ex: A e B se escondem para matar C, sem que um saiba do outro. Os 2 atiram e C morre. Nesse caso, não há concurso de pessoas, e sim autoria colateral. - Se a perícia diz que foi o tiro de A que matou C, e o tiro de B só lesionou, por haver autoria colateral, a responsabilização dos agentes será individualizada. Cada agente responderá em um processo apartado por um crime específico, como se tivessem agido sobre vítimas distintas. A responderá por homicídio consumado e B por tentativa de homicídio. - Se a perícia disser que a bala de A matou C e quando o tiro de B atingiu a vítima já estava morta, A responderá por homicídio consumado e B não responderá por nada, pois haverá crime impossível por impropriedade do objeto. Não se pode matar quem já morreu. - Se a perícia não for capaz de dizer qual das balas matou, estamos diante da chamada AUTORIA INCERTA. Nesse caso, A e B respondem por tentativa de homicídio, ainda que a vítima morra, em virtude do princípio do "in dubio pro reu". A e B respondem isoladamente, em processos apartados, por tentativa de homicídio. - Se, nesse caso, A e B tivessem combinado de matar C, haveria concurso de pessoas, e seria IRRELEVANTE qual bala que matou. Ambos responderiam JUNTOS por crime de homicídio consumado. Autoria colateral # Autoria incerta # Autoria ignorada Autoria ignorada é um conceito de processo penal. Verifica-se quando não esclarecida a autoria de uma infracao penal. Autoria mediata e imediata: A autoria mediata também elimina a caracterização do concurso de pessoas, pois ela também afasta o liame subjetivo. O agente delituoso se utiliza de uma terceira pessoa que é por ele manipulado para praticar o crime que ele deseja. Essa terceira pessoa age manipulada, sem dolo e sem culpa, como se fosse uma marionete, um instrumento para a prática do crime. Ex: médico que manda uma enfermeira dar uma injeção letal em um desafeto seu que está no hospital. O médico é quem responde pelo crime de homicídio, que é o autor mediato do delito. Esse médico não agiu em concurso de pessoas com a enfermeira, e esta não será responsabilizada penalmente, pois não existe entre eles liame subjetivo. No concurso de pessoas, se um dos concorrentes queria a prática de um crime menos grave e acaba ocorrendo um crime mais grave que elenão sabia e nem tinha como saber que seria praticado, esse concorrente só responderá pelo crime menos grave. É a chamada cooperação dolosamente distinta. Entretanto, se o resultado mais grave for previsível, essa pena será aumentada até a metade. Ex: 2 indivíduos vão furtar uma casa que eles achavam que estavam vazia, mas lá 1 deles vê que havia uma mulher e acaba a estuprando. Nesse caso, o estuprador responderá por furto e pelo estupro, e o outro responde apenas pelo furto (crime menos grave). Fonte: http://resumosdireito.blogspot.com.br/2014/02/concurso-de- pessoas-autoria-mediata-e.html Art. 44 - Substituição das penas Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II - o réu não for reincidente em crime doloso; III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. § 1o (VETADO) § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. § 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. § 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. § 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. O caput do artigo 44 autoriza a conclusão de que as penas privativas de liberdade não podem coexistir com as penas restritivas de direito, pois estas são autônomas e substituem aquelas. Os requisitos à conversão das privativas de liberdade em restritivas de direito são os contidos nos incisos I a III do art. 44 do Código Penal e somente a implementação de todos eles autoriza a concessão do benefício: I - Em crimes dolosos, a pena privativa de liberdade não pode ser superior a 4 anos e o delito não pode ter sido praticado com violência ou grave ameaça à pessoa, nos culposos não há limite de pena; II – Não pode haver reincidência em crimes dolosos ou, na hipótese de reincidência, a substituição deve se mostrar socialmente recomendável, desde que não se trate de reincidência específica. Noutros termos, em se tratando de reincidência, apenas a específica impediria, de modo absoluto, a substituição da pena, na reincidência genérica confere-se ao Juízo certo grau de discricionariedade; III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, assim como os motivos e as circunstâncias do crime, devem igualmente demostrar que a substituição é suficiente. - Haverá regressão do benefício da pena restritiva de direitos, que será convertida em privativa de liberdade, nas hipóteses de descumprimento injustificado das restrições contidas na pena restritiva de direitos concedida. Outrossim, a conversão só será possível estabelecendo-se um saldo mínimo de detenção, ou reclusão, de 30 dias. - Na hipótese de superveniência de nova condenação em pena privativa de liberdade, a conversão também se efetuará. Contudo, o juízo pode deixar de revertê-la se for possível dar continuidade no cumprimento da sanção anterior. Postado por Lenoar B. Medeiros às 23:16 http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-44-substituicao- das-penas.html Art. 77 – Requisitos da suspensão da pena (sursis) Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. § 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. § 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. A suspensão condicional da pena surge como proposta do legislador ao autor de crimes menos lesivos, para que não seja ele submetido ao rigor e às agruras de um regime prisional, desde que cumpra determinadas restrições, diversas daquela decorrente da privação da liberdade. À luz do artigo 157 da Lei de Execuções Penais, resulta nula a sentença que não enfrenta a possibilidade da concessão ou não do “sursis” ao condenado. O “sursis” só será cabível quando (critérios cumulativos): a) A pena privativa de liberdade for cominada na sentença em quantidade igual ou inferior a 2 anos; b) O condenado não for reincidente em crime doloso – Uma condenação anterior por contravenção não impede a concessão do benefício (já que a lei exige a reincidência em crime), tampouco a condenação por crime em que já tenha transcorrido o período de prova de 5 anos; c) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social do condenado, assim como os motivos e as circunstâncias do crime demonstrem a necessidade e a suficiência da medida. d) A impossibilidade de substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. O “sursis” etário tem um limite máximo de condenação mais amplo, quatro anos, sendo passível de concessão ao septuagenário ou àquele cujas condições de saúde recomendem a suspensão. Postado por Lenoar B. Medeiros às 22:42 Fonte: http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-77- requisitos-da-suspensao-da-pena.html ESTE DOCUMENTO É PARA O ESTUDO DE CADA UM, EM HIPÓTESE ALGUMA PODE SER VENDIDO. AO FINAL E DURANTE OS CONTEUDOS DO RESUMO ENCONTRAM-SE AS BIBLIOGRAFIAS.
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