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10/02/2017 Direito penal IV – Conteúdo Programático: I: Crimes contra a administração publica: 1: Crimes praticados por funcionário público: - Peculato - Concussão - Excesso de exação - Corrupção passiva - Facilitação de contrabando ou descaminho - Prevaricação - Condescendência criminosa - Abandono de função - Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado violação de sigilo funcional 2: Crimes praticados por partilhar contra a administração publica: - Usurpação de função pública - Resistência - Desobediência - Desacato - Trafico de influencia - Corrupção ativa - Contrabando ou descaminho 3: Crimes contra a administração da justiça: - Denunciação caluniosa - Comunicação falsa de crime ou contravenção - Auto-acusação falsa - Falso testemunho ou falsa perícia - Coação no curso do processo -Exercício arbitrário das próprias razões fraude processual - Favorecimento pessoal e real - Exploração de prestigio - Desobediência da decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito II – Legislação especial Crimes hediondos – lei nº 8072/90 Lei de drogas – lei nº 11343/06 Lei de tortura – lei nº 9455/97 Lei de abuso de autoridade – lei nº 4898/65 Código de trânsito brasileiro – Lei nº 9503/97 Estatuto do desarmamento – Lei nº 10826/03 Crimes de violência doméstica contra mulher – lei nº 11340/06 Crime ambiental – Lei nº 9605/98 Funcionário Publico: Para efeitos penais = Art. 327 CP Particular – > Responde pelo crime funcional (Art. 30 CP). Elemento Caracterizador: Pode ser a titularidade de um cargo público, a investidura em emprego público ou o exercicio de uma função pública: - Cargo público-> é aquele criado por lei, com especificação própria, em número determinado e pago pelo Estado. - Emprego público -> é a investidura para serviço temporário - Função Pública -> é o conjunto de atribuições que a administração publica confere a cada categoria profissional. Tutores e curadores Não São considerados Inventariante judicial Funcionários públicos São considerados funcionários públicos: advogado dativo estagiário: concursado informal ou voluntário. - Jurado - Mesário eleitoral - Médico credenciado do SUS - Funcionários de entidade paraestatal e administração indireta. Titulo XI – Dos crimes contra a Administração Pública: Capitulo I – Dos crimes praticados por funcionário publico contra a administração em geral: Art. 312 – Peculato Objeto Jurídico: Administração pública e o patrimônio público Sujeito Ativo: (crime próprio) somente o funcionário público pode praticá-lo Sujeito Passivo: É o Estado Conduta: “ apropriar-se” = apossar-se apoderar-se ou “ desviar” = alterar a direção, desencaminhar. * Peculato – apropriação * Peculato – desvio Objeto material: Dinheiro, Valor, Qualquer outro bem móvel público ou particular. * Peculato praticado por prefeito municipal Decreto Lei nº 201/1967 – apropriação de contas Elemento Subjetivo: Dolo Ação Penal: Pública incondicionada Art. 312 - § 1º - (“peculato – furto”) §2º - peculato culposo § 3º - reparação de dano ( no peculato culposo): - Extingue a punibilidade (antes da sentença) - Reduz de metade a pena imposta (posterior a sentença) ( No peculato doloso) – reduz pena de um a dois terços (art. 16 CP) Art. 313 – Peculato mediante erro de outrem: Objeto Jurídico: Administração publica e o patrimônio publico Sujeito Ativo: (crime próprio) somente o funcionário público pode praticá-lo Sujeito Passivo: Estado, a vitima da fraude Conduta: “apropriar-se”tomar para si, apropriar-se Elemento subjetivo: Dolo Ação Penal:Publica incondicionada Erro (Art. 20, 22 CP) Art. 313 – A – isenção de dados falsos em sistema de informações: Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: Objeto material: Elemento subjetivo: Ação Penal: Art. 313 – B – modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações: Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: Objeto material: Elemento subjetivo: Ação Penal: 14/02/2017 Art. 314 – extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento: Objeto Jurídico: é a tutela da administração publica Sujeito Ativo: o funcionário publico (art. 327 CP) Sujeito Passivo: o Estado, e , secundariamente, o particular proprietário do documento publico confiado à administração pública, Conduta: “extraviar” = desencaminhar, desviar “sonegar”= esconder, sonegar “inutilizar” = destruir, danificar *Livro oficial -> pertence à administração pública (em razão do cargo ou função) Elemento subjetivo: dolo Ação Penal:pública incondicionada Art. 315 – emprego irregular de verbas ou rendas públicas Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Funcionário público que tenha poder de disposição de verbas e rendas públicas - Presidente da República – Lei 1079/50 - Prefeito municipal – Decreto lei 201/67 Sujeito Passivo: Estado Conduta: “dar aplicação” -> administrar, destinar lei orçamentária com destinação certa, destinação legal, renda pública, verba pública. Destinação legal é aquela que visa atender as exigências da atividade estatal, que pode ser uma lei comum ou lei orçamentária Rendas Públicas são aquelas constituídas por dinheiro recebido pela fazenda pública à qualquer título Verbas públicas são aquelas constituídas por dinheiro destinado para a execução de determinado serviço público ou para outra finalidade de interesse público. Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: pública incondicionada 17/02/2017 Art.316 – concussão Objeto Jurídico: é a tutela da Administração publica Sujeito Ativo: somente o funcionário público (art. 327 CP) – Crime próprio * o particular pode ser co autor (Art. 30 CP) Sujeito Passivo: o Estado , e secundariamente o particular (vitima da exigência) Conduta: “exigir” = ordenar, impor como obrigação - vantagem indevida= ilícita, ilegal * exigência: direta -> pólo próprio funcionário indireta -> por interposta pessoa * vitima que cede a exigência – não pratica crime (o fato é atípico) -diferença entre concussão e extorsão: Na concussão ha ameaça e as represálias tem razão em relação com a função pública exercida pelo agente. Já na extorsão existe o emprego de violência ou ameaça de mau injusto e grave sem relação com a função publica. - diferença entre concussão e corrupção passiva: Na concussão a exigência vem acompanhada da imposição da vontade do agente, que coloca a vitima sob pressão impossibilitando-a de resistir. Já na corrupção passiva a solicitação ocorre de forma mais tênue havendo via de regra acordo de vontade entre as partes quanto a vantagem indevida. Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada §1º- excesso de exação - exação= é a cobrança rigorosa de divida ou impostos O que são tributos: são receitas derivadas que o Estado recolhe do patrimônio (com base em seu poder e normas tributárias) Ex. impostos, taxas e contribuições de melhoria. O que é a contribuição social: são formas de intervenção do domínio econômico e de interesse de categorias profissionais econômicas, instituídas pela União e cobrada dos servidores de Estados, Municípios, para o custeio de sistemas de previdência e assistência social. Elemento subjetivo: Dolo (sabe) / Culpa (deveria saber) - cobrança exatoria -> que expõe a vergonha ou humilhação - meio gravoso -> com maiores ônus - meio que a lei não autoriza-> meio não permitido §2º - exação qualificada = desvio ( alteração da direção . Art. 317 – corrupção Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: “ solicitar” = pedir, requerer - Receber = tomar, obter - Aceitar= consentir * pode ser promessa de vantagem * nexo funcional -> em razão do exercício da função Elemento subjetivo: dolo §1º - crime qualificado §2º - crime privilegiado Art. 318 – facilitação de contrabando ou descaminho (Art. 334 conceito) Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “facilitar”= auxiliar afastando obstáculos (ação ou omissão)* contrabando – é a importação ou exportação de mercadoria proibida no Pais * descaminho – é a importação ou exportação de mercadoria lícita sem o recolhimento dos tributos devidos. Elemento subjetivo: dolo Ação Penal:publica incondicionada Art. 319 Prevaricação Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: “retardar” = deixar “ contra disposição expressa em lei” = omitir-se Elemento subjetivo: Dolo especifico, é o dolo para satisfazer interesse pessoal. Ação Penal: publica incondicionada } Art. 319 A - 21/02/2017 Art. 320 – condescendência criminosa: Objeto Jurídico: proteção da administração pública Sujeito Ativo: somente o funcionário público (art. 327) - o particular concorrente (art. 30 CP) Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “ deixar de responsabilizar” “não levar ao conhecimento” Elemento subjetivo: dolo (especifico “indulgência, ou seja, tolerância ou clemência) Ação Penal: Publica incondicionada Art. 321 – advocacia administrativa Objeto Jurídico: Administração pública, referente ao seu regular funcionamento Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: “patrocinar” = advogar, proteger, beneficiar, favorecer, defender. Pode ser: direto – feito pessoalmente pelo funcionário público (interesse privado) indireto – feito por outra pessoa (indicada pelo funcionário) * interesse privado: é qualquer vantagem a ser obtida pelo particular, legitima ou ilegítima, perante a administração. Elemento subjetivo: é o dolo Ação Penal: Publica incondicionada parágrafo único: forma qualificada, se o interesse é ilegítimo. Art. 322 – violência arbitraria Objeto Jurídico: proteção da administração publica que concerne a incolumidade física e liberdade do particular, contra ação abusiva do funcionário público. Diferente de autoridade – lei 4898/65 Sujeito Ativo: somente funcionário publico Sujeito Passivo: Estado, e o particular contra quem é praticada e violência. Conduta: “praticar” = exercer, violência emprego de força física Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: Publica incondicionada Art. 323 – abandono de função: Objeto Jurídico: Administração publica, no que diz respeito a regularidade da prestação do serviço público. Sujeito Ativo: funcionário publico (investido no cargo) Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “abandonar” = largar, deixar, desistir, renunciar Pode ser total Parcial = irrelevante * abandono não permitido por lei * força maior ou estado de necessidade de fato típico Elemento subjetivo: solo Ação Penal: pública incondicionada §1º- prejuízo publico: aumento de pena §2º - lugar compreendido na faixa de fronteira – ( cento e cinqüenta quilômetros da divisa) Lei 6634/1970 – aumento de pena Art. 324 – exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “ entrar” = iniciar ( com a nomeação ) “ continuar” Sem autorização Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Art. 325 – violação de sigilo funcional Objeto Jurídico: Administração publica, tutelando o interesse de manter em segredo alguns atos administrativos Sujeito Ativo: funcionário público (ainda que aposentado ou em disponibilidade) Sujeito Passivo: é o Estado e o, particular eventualmente prejudicado pela violação do segredo. Conduta: “revelar” = contar “ facilitar” = auxiliar Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada 24/02/2017 Art. 326 – violação do sigilo de proposta de concorrência * revogado pelo art. 94 da Lei de Licitações – Lei 8666/93 Art. 327 – Funcionário público. Cap II – Dos crimes praticados por Particular contra a Administração em Geral. Art. 328 – usurpação de função pública: Objeto Jurídico: proteção à Administração Pública, no particular aspecto do exercício funcional por pessoas não investidas nos cargos e funções públicas. Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “usurpar” = apoderar, tomar, arrebatar. exerce função pública que não lhe compete, realizando atos próprios do ofício. Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: pública incondicionada Parágrafo único: forma qualificada Art. 329 – Resistência Objeto Jurídico: é a proteção da autoridade e do prestigio da função pública Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado, secundariamente, o funcionário público que sofre a resistência - o particular, auxiliando o funcionário publico pode ser pode ser vítima. Conduta: “apoiar-se” = contrariar o ato funcional, mediante violência ou ameaça oral ou escrita. ato legal -> que se revista das formalidades impostas por lei. *se o ato for ilegal -> não haverá crime *fuga ->> não haverá crime Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: pública incondicionada §1º -forma qualificada pelo resultado aumento de pena §2º - concurso material Art. 330 – Desobediência Objeto Jurídico: proteção à Administração Pública, no que concerne ao cumprimento de determinação legal expedida por funcionário púbico Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado; secundariamente, o autor da ordem Conduta: “ desobedecer” = descumprir; não acatar ; desatender. ordem legal -> é aquela fundada em lei dever jurídico -> obrigação de acatá-la Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Art. 331 – desacato Objeto Jurídico: proteção a administração pública, no que diz respeito à dignidade e decoro devido aos seus agentes no exercício de suas funções. Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado; secundariamente o funcionário que sofre o desacato Conduta: “desacatar” = desrespeitar, ofender, humilhar o funcionário público no exercício da sua função. Meio de execução: gestos, palavras, gritos, vias de fato * crime formal: independe do funcionário publico sentir-se ofendido -> é sua honra funcional. * a ofensa pode ser cometida: no exercício de sua função e em virtude da função necessário nexo causal e presença do funcionário. * embriaguez -> depende do grau Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Art. 332 – Falta 1 aula 07/03/2017 Art. 336 – inutilização de edital ou sinal Objeto Jurídico: proteção a administração pública Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “rasgar” “inutilizar” “conspurcar” * Edital – é uma comunicação oficial escrita que visa dar ciência de alguma coisa a todos que é fixada em local público Selo ou sinal – tem a finalidade de identificar, lacrar qualquer coisa móvel ou imóvel determinado por lei. Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Art. 337 – Subtração ou inutilização de livro ou documento Objeto Jurídico: Administração publica, na regularidade de guarda de lvros oficiais, processos e documentos. Sujeito Ativo: qualquer pessoa - Se for função publica – art. 314 - Se for advogado – art. 356 Sujeito Passivo: é o Estado, e qualquer pessoa afetada pela conduta criminosa Conduta: “subtrair” “inutilizar” Objeto material: livro oficial, processo, documento Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Art. 337- A- sonegação de contribuição previdenciária: Objeto Jurídico: patrimônio da previdência social Sujeito Ativo: o contribuinte ou a pessoa que tem dever legal de recolhimento Sujeito Passivo: Previdência social Conduta: “omitir” “deixar de lançar” Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: Pública incondicionada §1º - extinção de punibilidade §2º - perdão judicial §3º - forma privilegiada §4º - reajuste de valor Capitulo II A Dos crimes praticados por particular contra a administração publica estrangeira Art. 337 – B- corrupção ativa em transação internacional Objeto Jurídico: é a proteção da lealdade no comercio exterior Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é a administração publica estrangeira Conduta: “prometer”, “oferecer” e “dar” Elemento subjetivo: dolo Ação Penal:publica incondicionada § único – aumento de pena Art. 337 – C- trafico de influencia emtransação comercial internacional Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: “solicitar”, “exigir”, “cobrar”, “obter” Elemento subjetivo: Ação Penal: § único aumento de pena Art. 337 D – funcionário público estrangeiras § único = equiparação Organizações internacionais * São sociedades entre Estados, constituídas por intermédio de um trato, com a finalidade de buscar interesses comuns por meio de uma permanente cooperação entra seus membros Ex. ONU 10/03/2017 Cap. III – Dos crimes contra a Administração da justiça: Art. 338 – reingresso de estrangeiro expulso. Objeto Jurídico: é a tutela da eficácia do ato administrativo do estrangeiro no Brasil. *estatuto do estrangeiro – Lei 6815/80, define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil. Sujeito Ativo: Somente o estrangeiro Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “reingressar” = voltar, entrar novamente. Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Art. 339 – denunciação caluniosa Objeto Jurídico: é a proteção da Administração da justiça, no que concerne à inutilidade de o Estado ser acionado diante de falsa comunicação de prática delituosa. Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado, e secundariamente, a pessoa atingida em sua honra pela denunciação caluniosa. Conduta: “dar causa” = originar, motivar. O crime acontece quando alguém dá causa, por qualquer meio (direto – boletim de ocorrência, requerimento, ou, indireto – carta, telefonema, flagrante forjado), à instauração , contra alguém ( pessoa determinada), de investigação policial (não é preciso instauração de inquérito Policial), de processo judicial ( ação penal), investigação administrativa (sindicância, processo administrativo), inquérito civil, ação de improbidade, imputado crime a alguém inocente. Elemento Subjetivo: dolo, sendo necessário que o agente tenha consciência de que o sujeito passivo é inocente. Diferença de denunciação caluniosa e calunia: Denunciação caluniosa: o bem protegido é a administração da justiça. Ação penal pública incondicionada. Calunia: o bem protegido é a honra. Ação penal em regra a ação penal é privada. Art. 340 – comunicação falsa de crime ou de contravenção. Objeto Jurídico: é a proteção da administração da justiça Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “ provocar” = ocasionar, dar causa, impulsionar. ação de autoridade comunicação falsa (escrita, verbal) Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Art. 314 – auto-acusação falsa Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: “acusar-se” = atribuir-se, imputar-se um crime antecedente Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada 14/03/2017 Art. 342 – falso testemunho ou falsa perícia Objeto Jurídico: é a proteção da administração da justiça, no que tange a veracidade da prova testemunhal e pericial. Sujeito Ativo: a testemunha, o perito, o contador, o tradutor ou o interprete (crime próprio). * autor do crime: arts. 186§ único e 198 do CPP Vítima – não pode ser sujeito ativo de falso testemunho. * testemunhas desobrigadas (art. 206 CPP) – não contém falso testemunho *advogado – pode ser participe de falso testemunho Sujeito Passivo: é o Estado, secundariamente, a pessoa que vem ser prejudicada pela falsidade. Conduta: “fazer afirmação falsa”= ação “negar a verdade”= ação “calar a verdade”= omissão Processo: Judicial, administrativo, inquérito policial, juízo arbitral * se houver vantagem indevida art. 343. §1º- causas de aumento de pena §2º- retratação = “desdizer” Art. 343 - § único – aumento de pena Art. 344 – coação do curso de processo Objeto jurídico: Proteção à administração da justiça, no que se refere ao normal desenvolvimento da atividade jurisdicional. Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado, e, a pessoa cobre quem recai a conduta Conduta: “usar” = empregar, utilizar violência física ou grave ameaça em qualquer tipo de processo Elemento subjetivo:dolo Ação Penal: pública incondicionada. Art. 345 – exercício arbitrário das próprias razões Objeto Jurídico: proteção da administração da justiça, inibindo o “fazer justiça, com as próprias mãos” = autotutela Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: Estado, e pessoa lesada Conduta: autotutela pretensão legítima ou permitida Elemento subjetivo: dolo § único – ação penal Art. 346 – Objeto Jurídico: a administração da justiça, referindo-se a detenção judicial e acordos de vontade. Sujeito Ativo: o proprietário do objeto (crime próprio) Sujeito Passivo: o Estado, e, a pessoa prejudicada. Conduta: “tirar” = subtrair “suprimir” = extinguir “destruir” = eliminar “danificar” = estragar Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada 17/03/2017 Art. 347 – fraude processual Objeto Jurídico: tutela da administração da justiça evitando-se a fraude Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “inovar artificiosamente” = modificar, adulterar, ou seja, o agente adultera o estado de lugar, de pessoa ou de coisa. pressuposto do crime – é imprescindível que haja processo judicial civil ou administrativo em andamento. Elemento subjetivo: dolo (com a finalidade de induzir a erro o juiz ou o perito) Ação Penal: pública incondicionada § único – fraude em processo penal (aumento de pena) * crime de transito (art. 312 – L 9503 /97) Art. 348 – favorecimento pessoal: Objeto Jurídico: é a tutela da administração da justiça, no que concerne a regularidade de seu desenvolvimento Sujeito Ativo: qualquer pessoa (inclusive o advogado) Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “subtrair-se” = furtar-se, ocultar-se Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada §1º - Forma qualificada §2º escura absolutória (isenção de pena) Art. 349 – favorecimento real: Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: “prestar” = conceder, dedicar, render Elemento subjetivo: dolo (finalidade de tornar seguro o proveito do crime Ação Penal: pública incondicionada Diferença entre receptação e favorecimento real: Art. 180 e art. Receptação dolosa, o agente visa um proveito econômico para si ou para outrem enquanto que no Favorecimento real o agente visa assegurar o proveito do autor do crime ou seja beneficiar o criminoso, mas não a pessoa aquilo que ele praticou. Art. 349 – A – Objeto Jurídico: regularidade de funcionamento do sistema prisional Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “ingressar” = entrar “ promover” = realizar “intermediar” – mediar “auxiliar” = ajudar “facilitar” desimpedir * aparelho telefônico de comunicação móvel (celular), de radio ou similar. Elemento subjetivo: dolo ( sem autorização) Ação Penal: publica incondicionada Art. 350- exercício arbitrário ou abuso de poder Objeto Jurídico: é a tutela da administração da justiça, no aspecto de sua prestação correta e legal Sujeito Ativo: é somente o funcionário público Sujeito Passivo: é o Estado secundariamente o particular * ver lei 4898/65 Lei de abuso de autoridade Art. 351 – fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança Objeto Jurídico: é a tutela da administração da justiça Sujeito Ativo: qualquer pessoa (exceto o preso ou internado favorecido) Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “promover” = realizar “facilitar” = oferecer meios Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada §1º figura qualificada – emprego de arma – conc. De agentes – mediante arrombamento §2º concurso material §3º figura qualificada §4º forma culposa 21/03/2017 Art. 352 – evasão mediante violência contra a pessoa Objeto Jurídico: é a tutela da administração pública Sujeito Ativo: somente o preso ou o individuo submetido a medida de segurança (crime próprio) Sujeito Passivo: é o Estado, e, a pessoa que sofrer violência Conduta: “evadir-se” = fugir, escapar ou “tentar evadir-se”} *crime de atentado -> evasãoviolência real. * fuga como direito do preso? Constitui falta grave na LEP (art. 50,II) Elemento subjetivo: dolo (crime formal) Ação Penal: publica incondicionada Art. 353 – arrebatamento de preso Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: o Estado, e o preso arrebatado Conduta: “arrebatar” = tirar com violência, forçar, arrancar Objeto material: o preso para maltratá-lo Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada *se correr LCD a pena será cumulativa Art. 354 – motim de presos Objeto Jurídico: proteção à ordem e disciplina prisional Sujeito Ativo: somente os presos -> crime próprio coletivo (mínimo três participantes. Sujeito Passivo: o Estado, e, as pessoas vítimas da violência Conduta: “amotinar-se”= levantar-se em motim = revolta, conseqüência administrativa – Art. 50, I , LEP. (LEP = Lei de Execuções Penais) Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Art. 355 – patrocínio infiel Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: somente o advogado Sujeito Passivo: é o Estado, e , a pessoa prejudicada Conduta: “trair” = enganar abandonar, ser infiel. prejuízo pode ser material ou moral análise disciplinar pela OAB (art. 71 Lei 8906/94) Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada § único -> patrocínio simultâneo ou tergiversação Código de ética e disciplina da OAB – arts. 17 ao 20 Art. 356 – sonegação de papel ou objeto de valor probatório Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: inutilizar = tornar imprestável deixar de restituir= não devolver Objeto material: autos, documentos ou objetos de valor probatório. * tratando-se de advogado é um crime especial em relação aos 305 e 337 do CP Art. 337 – exploração de prestigio Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “ solicitar” = pedir, rogar “receber”= obter, aceitar Objeto material: dinheiro ou qualquer outra utilidade material ou moral Elemento subjetivo: “ a pretexto de “ Ação Penal: publica incondicionada 24/03/2017 Art. 358 – violência ou fraude em arrematação judicial Objeto Jurídico: é a tutela da administração justiça Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: é o Estado, e , os concorrentes lesados Conduta: “impedir” = obstruir ; “perturbar”= obstruir; “fraudar” = lograr; “afastar” ou “tentar afastar” é a arrematação judicial -> venda dos bens penhorados Concorrência -> modalidade de licitação (grande vulto) Licitação: é o processo administrativo através do qual a pessoa ou ente a isso juridicamente obrigado seleciona, em razão de critérios previamente estabelecidos, de interessados que tenham atendido à sua convocação, a proposta mais vantajosa para o contrato ou ato de seu interesse. Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Art. 359 – desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito: Objeto Jurídico: proteção da autoridade de justiça. Sujeito Ativo: somente aquele que foi privado ou suspenso de exercio, por decisão judicial. Sujeito Passivo: é o Estado Conduta: “exercer” = exercitar, desempenhar, praticar Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: pública incondicionada Decisão judicial diferente de decisão administrativa (Art. 205 CP) Capitulo IV – Dos crimes contra as finanças Públicas: (10.028/2000): Esse capítulo visa das eficácia à lei complementar 101/2000, ( Lei de Responsabilidade Fiscal). Todos os crimes desse capítulo, são próprios ( cometidos por funcionários públicos responsáveis por finanças públicas. Art. 359 – A – contratação de operação de crédito: Objeto Jurídico: proíbe administrativa no campo das finanças públicas Sujeito Ativo: somente o funcionário que ordena operação de crédito Sujeito Passivo: Estado Conduta: “ordenar” = determinar; “autorizar” = consentir; “realizar” = fazer * autorização: previamente emanada por lei * operação de crédito art. 29,III, da Lei 101/2000 Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: pública incondicionada § único -> operação de crédito irregular: I - II- Art. 359 – B – inscrição de despesas em restos a pagar Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: “ordenar” = ; “autorizar” = * restos a pagar: quer dizer despesa empenhada, mas não paga até o exercício financeiro ( até 31 de dezembro) . São dívidas de curto prazo, necessitando de cobertura de caixa. Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: Art. 359 – C – assunção de obrigação no último ano de mandato ou legislatura Objeto Jurídico: equilíbrio das contas públicas Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: Elemento subjetivo: Ação Penal: Art. 359 – D – ordenação de despesa não autorizada Objeto Jurídico: funcionário público que ordena operação de crédito Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: “ordenar” = determinar Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada 28/03/2017 Art. 359 – E – prestação garantia graciosa Objeto Jurídico: probidade administrativa Sujeito Ativo: somente o agente público Sujeito Passivo: o Estado Conduta: “prestar” = dar, conceder Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Art. 359 – F não cancelamento de restos a pagar Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: “deixar”= largar Elemento subjetivo: Ação Penal: Art. 359 – G – aumento de despesa total com pessoal no ultimo no do mandato ou legislatura Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: “ordenar” = determinar ; “ autorizar” = consentir; “executar = efetivar Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: Art. 359 – H – ofeerta pública ou colocação de títulos no mercado Objeto Jurídico: Sujeito Ativo: Sujeito Passivo: Conduta: Elemento subjetivo: Ação Penal: Art. 360 e 361 – Disposições Finais. Leis penais especiais: Lei nº 8072/90 * dispõe sobre os crimes hediondos nos termoos do art. 5º, inc. XLIII, da CF, e determina ouras providencias - possuem 13 artigos Art. 1º - elenca quais são os crimes hediondos do I ao VII – B e VIII § único. Art. 2º - apresenta quais os que são insuscetíveis de: I – anistia, graça e indulto II – fiança § 1º - regime de pena § 2º - progressão de regime § 3º - apelação §4º - prazo da prisão temporária ( lei 7960/89) Art. 3º - estabelecimento penal art. 4º (vetado) Art. 5º - art. 83 CP “ proíbe” sursis Art. 6º - alterações CP Art. 7º - alterações CP Art. 8º - acrescenta pena § único – reduz pena (para quem denunciar) Art. 9º - aumento de pena,CP Art. 10 (vetado) Art. 11 (vetado) Art. 12- vigência da lei (data da publicação) Art. 13 – revogação de disposição em contrario 31/03/2017 Lei 11.343/2006, de 23.08.06 Drogas: É a atual lei de drogas. Ela institui Sisnad – Sistema Nacional de Políticos Público as sobre Drogas, prescreve medidas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção de usuários e dependentes de drogas, e estabelece normas para represão à produção não autorizada e ao trafico ilícito, além de definir os respectivos ilícitos penais e regulamentar o procedimento para a sua apuração. * revogadas as leis 6.368/76 e 10.409/2002. No âmbito criminal, as principais inovações foram: o tratamento diferenciado em relação ao usuário, a tipificação de crime especifico para a cessação de pequena quantia de droga para consumo conjunto, o agravamento da pena do trafico, a criação da figura do trafico privilegiado, de financiamento ao trafico e a regulamentação de novo rito processual. Possui 75 artigos: titulo I – disposições preliminares arts. 1º e 2º; Titulo II – Sistema Nacional de Políticas Publicas sobre drogas (Sisnad) – arts. 3º ao 17; Titulo III. Das atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas – art. 18 ao 26 – Capitulo III dos crimes e das penas – arts. 27 ao 30; Titulo IV – Da repressão à produção não autorizada e ao Tráfico ilícito de drogas arts. 31 ao 64; Titulo V – Da cooperação internacional – art. 65; Titulo VI – Disposiçõesfinais e transitórias – arts. 66 ao 75. Art. 28 – “ porte e cultivo para consumo próprio”. Objeto Jurídico: a saúde pública Sujeito ativo: qualquer pessoa Sujeito passivo: a Coletividade Conduta: adquirir obter trazer consigo – portar guardar e ter em depósito – é manter a droga em algum local trasportar – conduzir de um local para outro * exclusivamente para uso o §2º, auxilia o juiz determinar o uso ou o tráfico Objeto material: é a substancia entorpecente, aquela que determine a dependencia física ou psíquica (principio ativo constatado no exame químico – toxicológico) * nesse artigo presume-se que o uso cause risco a saúde pública. 04/04/2017 Lei 11.343/2006 Art. 28 – Ação penal -> Publica incondicionada (TC para jecrim) §1º Figura equiparada, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas para preparação de pequena quantidade. * se for para venda ou entrega para consumo de terceiro. Art. 33, §1º II (tráfico) Art. 33 – trafico ilícito de droga Objeto Jurídico: saúde pública Sujeito Ativo: qualquer pessoa – possível coautoria/ com aumento de pena (art. 40 , II para prevalecendo de função ou poder praticar o trafico) Sujeito Passivo: a coletividade Conduta: 18 verbos importar/exportar/remeter/preparar/produzir/fabricar (industrial)/ adquirir/ vender/ expor a venda/ oferecer/ guardar (ter em deposito)/ transportar/ trazer consigo / prevalecer = receitar (pode ser culposa). Elemento subjetivo: dolo Ação Penal: publica incondicionada Objeto material: Droga 07/04/2017 Ver port. SVS n. 344, 12.05.98 – Anvisa. * droga -> causa dependência física (torna a pessoa fisiologicamente alterada) ou psíquica (torna a pessoa ansiosa ao uso). Aqui surge a síndrome de abstinência. *progressão de regime - 2/5 - réu primário 3/5 réu incidente §1º - I – condutas relacionadas a matéria prima insumo ou produto químico destinado a preparação de droga II – condutas relacionadas as plantas que se constitua em matéria prima para a preparação de drogas. III – utilização de local ou bem para trafico ou consentimentoo de uso do local ou bem para que o terceiro pratique o trafico. §2º - induzimento, instigação ou auxilio ao uso de droga §3º - oferta eventual e gratuita para consumo conjunto. §4º - trafico privilegiado Art. 34 – maquinismo e objetos destinados ao trafico Art. 35 – associação para o trafico Art. 36 – financiamento ao trafico Art. 37 – informante colaborador Art. 38 – prescrição culposa Art. 39 – Condução ou aeronave após o consumo de droga Art. 40 – Causas de aumento de pena I a VI I Art. 41 – causa de diminuição de pena 11/04/2017 Lei 11.343/06 Art.41 - Causa de diminuição de pena: colaboração voluntária,, identificação dos envolvidos, recuperação do produto do crime. Processo Penal – caso de prisão em flagrante – imediata comunicação ao juiz (com cópia do auto lavrado) e ao órgão do ministério público (promotor), em 24 horas. Para o auto de prisão: materialidade (laudo de contestação), natureza, quantidade (forma que foi encontrada a droga), devendo a autoridade policial justificar a classificação. Prazo para conclusão do auto (relatório) : réu preso = 30 dias/ réu solto = 90 dias Arts. 50 ao 53. Da instrução criminal art. 54 ao 59 - recebido os autos em juízo, vista ao Ministério público por 10 dias, que poderá. - pedir arquivamento - requisitar diligências - denunciar Se o juiz concordar com o arquivamento – arquivar. Se o juiz descordar – art. 28 CPP – procurador geral da justiça da a palavra final. - Com a denuncia: para pena mínima não superior a 1 ano analisar a suspensão condicional do processo na denuncia – até 5 testemunhas. Fases em juízo – defesa prévia – recebimento da denuncia – citação – audiência para oitiva de testemunhas interrogatórios e debates orais – sentença. Defesa prévia – juiz recebendo a denuncia, notifica o acusado a apresentá-la, por escrito, em 10 dias. * pode ser argüido preliminares (ex. prescrição) ou exceções (até 5 testemunhas) Arts. 95 ao 113 CPP.
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