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Compe&ção Compe&ção Intraespecífica Ø Intraespecífica: dentro de uma mesma espécie; Ø “Cada indivíduo dentro de uma população afeta e é afetado por outros indivíduos da mesma população (espécie)” Ø Interespecífica: entre duas ou mais espécies Ø O efeito final é a diminuição na contribuição de indivíduos para próxima geração. l Efeito direto (compe&ção por interferência) – Ex.: Compe&ção de machos por fêmeas l Efeito indireto (compe&ção por exploração)-‐ Ex.: Compe&ção por alimento/luz em plantas Ø O recurso deve ser limitado. Ø Reciprocidade: l Indivíduos compe&dores são essencialmente equivalentes. Dependência de densidade Ø O efeito da compe&ção sobre qualquer indivíduo aumenta com o aumento da densidade. Ø Regulação: l Capacidade de diminuir ou aumentar o tamanho da população (ponto de equilíbrio). Ø Fatores atuantes: l Comida l Espaço - Compe&ção intraespecífica temperatura temperatura um id ad e temperatura um id ad e - nicho fundamental: quando todos os gradientes ambientais (recursos e condições) apresentam valores ó&mos para o “desenvolvimento” da espécie (livre de compe&ção, predação, herbivoria, etc.); -‐nicho realizado: as diversas pressões ambientais que restringem o desenvolvimento (ontogené&co/populacional) da espécie. Nicho ecológico (Hutchingson, 1957) Modelo de Compe&ção Lotka & Volterra • Vamos supor o modelo logís&co para as espécies 1 e 2: • No início, a compe&ção intra controla ambas as populações ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − = 1 11 11 1 k NkNr dt dN ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − = 2 22 22 2 k NkNr dt dN Assumimos que o crescimento populacional é reduzido por uma função (f) do número de indivíduos da espécie compe&dora: ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ −− = 1 211 11 1 )( k NfNkNr dt dN ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ −− = 2 122 22 2 )( k NfNkNr dt dN Influência interespecífica Influência intraespecífica N1 N2 O impacto entre os compe&dores pode ser es&mado por coeficientes de compe&ção EFEITO de 2 sobre 1 ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ −− = 1 211 11 1 k NNkNr dt dN α α é uma medida do efeito da espécie 2 sobre a espécie 1 α = 1 : a competição inter tem o mesmo efeito da competição intra α > 1 ⇒ o efeito “per capita” da competição inter é maior que o da intra α < 1 ⇒ o efeito da competição intra é mais importante α = 0 ⇒ não há efeito da competição interespecífica EFEITO DA SP 1 SOBRE SP 2 • β = 4 significa que cada indivíduo da espécie 1 que é adicionado ao ambiente (isto é, que nasce) diminui o crescimento da espécie 2, na mesma quan&a de se adicionar 4 indivíduos da espécie 2 • β: efeito per capita da sp 1 sobre o crescimento da sp 2 (rela&vo ao efeito da sp 2) ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ −− = 2 122 22 2 ) k NNkNr dt dN β Interpretando K1 2 1 1 1 Como α = 4 Então 1 indivíduo da sp2 consome 4 x o que um da espécie 1 consome Cada indivíduo da sp1 consome uma porção limitada do recurso (K1) Soluções de equilíbrio O equilíbrio populacional é obtido igualando equações à zero e resolvendo N: 211 ˆ NKN α−= 122 ˆ NKN β−= 1 1 1 2 1 1 1 0dN k N NrN dt k α⎛ ⎞− − = =⎜ ⎟ ⎝ ⎠ 2 2 2 1 2 2 2 ) 0dN k N Nr N dt k β⎛ ⎞− − = =⎜ ⎟ ⎝ ⎠ (1) (2) )ˆ*(ˆ 1211 NKKN βα −−= )ˆ*(ˆ 2122 NKKN αβ −−= 211 ˆ NKN α−= 122 ˆ NKN β−= Seguindo..... Resolvendo 2111 ˆ*ˆ KKNN ααβ −=− 211 )1(ˆ KKN ααβ −=− αβ α − − = 1 ˆ 21 1 KKN )ˆ*(ˆ 1211 NKKN βα −−= 1Nˆ 1211 ˆ*ˆ NKKN αβα +−= O mesmo para • Para as espécies terem um equilíbrio > 0, o denominador deve ser > que zero, logo o produto tem que ser < que 1 αβ β − − = 1 ˆ 12 2 KKN αβ α − − = 1 ˆ 21 1 KKN 2Nˆ € αβ )ˆ*(ˆ 2122 NKKN αβ −−= Gráfico espaço de fase ou isoclina linear para a espécie 1 no modelo de Lotka-‐volterra N1 N2 K1 01 = dt dN Isoclina Ø Isoclina: conjunto de abundâncias nas quais dN1/dt = 0; Ø Representa as combinações de abundância das sps 1 e 2 na qual o crescimento da sp 1 é zero Se a sp 2 é ausente a sp 1 cresce até sua própria capacidade suporte 211 ˆ NKN α−= K1/α - Nesta área a abundância conjunta da sp1 e sp2 é menor que K1, então N1 aumenta Gráfico espaço de fase ou isoclina linear para a espécie 2 no modelo de Lotka-‐volterra N1 N2 02 = dt dN Isoclina Ø Isoclina: conjunto de abundâncias nas quais dN2/dt = 0; Ø Representa as combinações de abundância das sps 1 e 2 na qual o crescimento da sp 2 é zero Se a sp 1 é ausente a sp 2 cresce até sua própria capacidade suporte K2 /β 122 ˆ NKN β−= K2 - Nesta área a abundância conjunta da sp1 e sp2 é menor que K2, então N2 aumenta Solução gráfica para o modelo de competição de Lotka-Volterra Se a isoclina da sp1 permanece sempre acima da isoclina da sp2 então, sp1 vence N1 N2 K1/α K1 K2 /β K2 Caso 1 –Espécie 1 vence a competição Isoclina da sp 1 está acima da isoclina da 2 Solução gráfica para o modelo de competição de Lotka-Volterra N1 N2 K1/α K1 K2 /β K2 Caso 2 –Espécie 2 vence a competição Isoclina da sp 2 está acima da isoclina da 1 Se a isoclina da sp2 permanece sempre acima da isoclina da sp1 então, sp2 vence Solução gráfica para o modelo de competição de Lotka-Volterra Caso 3 - Coexistência em um equilíbrioestável N1 N2 K1/α K1 K2 /β K2 Esp. 1 e 2 com taxa de crescimento = 0 Ponto de equilíbrio Não importa o valor inicial das populações, pois elas vão ao equilíbrio Soluções gráficas para o modelo de competição de Lotka-Volterra Caso 4 - Exclusão competitiva em um equilíbrio instável N1 N2 K1/α K1 K2 /β K2 Não importa o valor inicial das populações, ambas não coexistirão por muito tempo. É difícil predizer quem vencerá. (Pop. maior tem vantagens mas depende das taxas) Princípio da exclusão compe&&va Ø Vamos assumir que espécie 1 persis&rá se conseguir invadir no pior cenário possível: N1 ≈ 0 e N2 ≈ K2 Ø Com uma taxa de crescimento per capita sempre posi&va, Ø ela será hábil para crescer e invadir N1 ≈ 0 e N2 ≈ K2 1 1 2 1 1 1 1 2 1 1 2 01 , 0 dN K Nr dt N K K K K K K α α α ⎛ ⎞ ⎛ ⎞− −⎛ ⎞ =⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠ − > ⇒ > Espécie 1 Espécie 2 ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ >⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ 01 1 1 Ndt dN ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ −− = 1 211 11 1 k NNkNr dt dN α Interpretando e con&nuando • Para a sp1 permanecer e invadir com sucesso, a razão da capacidade suporte deve exceder o efeito compe&&vo da sp2 sobre sp1 (α). Em outras palavras: se a sp2 é um bom compe&dor, sp1 deve ter maior capacidade suporte (mais indivíduos) para permanecer; • Usando o mesmo raciocínio para sp2: α> 2 1 K K ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ −− = 2 122 22 2 ) k NNkNr dt dN β 1 2 1K K β > Espécie 2 1 2 1 2 1 2 1 2 espécie 1 invade espécie 1 não invade 1 espécie 2 invade 1 espécie 2 não invade K K K K K K K K α α β β > < < > Desigualdades algébricas que definem habilidade das espécies invadirem 1 2 1 2 esp 1 esp 2 inequação resultado invade invade 1 Sim Não < esp 1 vence 1 Não Sim > esp 2 ve K K K K α β α β > < 1 2 1 2 nce 1 Sim Sim > coexistência estável 1 Não Não < equilíbrio instável K K K K α β α β > < Desigualdades algébricas (inequação) que definem habilidade das espécies invadirem Princípio da exclusão compe&&va Ø “compe&dores totais não podem exis&r”(Hardin, 1960) Ø Se as espécies são aptas a co-‐existência, elas devem ter algumas diferenças no uso do recurso (Gause, 1934) Ø Se não há diferenciação entre os nichos de duas espécies compe&doras, uma obrigatoriamente será ou irá excluir a outra. Ø Se há diferenciação dos nichos poderá haver coexistência; Princípio da exclusão compe&&va Ø Se há diferenciação dos nichos poderá haver coexistência; Ø Se duas espécies são muito similares no uso dos recursos, então α e β devem ser iguais a 1. Ø A coexistência se dá nesta desigualdade Assim, se α = β = 0,9, então a coexistência estaria entre o intervalo Ø Isto é, há uma estreita variação das capacidade suporte que assegura a coexistência; Ø Se, por outro lado α = β = 0,2: Ø QUANTO MAIS SIMILARES AS ESPÉCIES NO USO DE RECURSOS COMUNS, MAIS PRECÁRIA É A COEXISTÊNCIA α β >> 2 11 K K 9,01,19,0 9,0 1 2 1 2 1 >>→>> K K K K 2,00,52,0 2,0 1 2 1 2 1 >>→>> K K K K Experimentos de Gause Suposições do modelo de compe&ção de Lotka & Volterra • Não há estrutura de idade, gené&ca nem migração-‐imigração; • Recursos são limitados (se recursos não são limitados, um número infinito de espécies podem coexis&r e não há compe&ção; • α, β, K1 e K2 são constantes; • Dependência da densidade é linear: adicionando um indivíduo produz um decaimento linear no crescimento populacional per capita
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