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Plano de Aula: O processo de colonização e organização jurídico institucional da América portuguesa.Primeiramente vale lembrar que ao findar de cada aula, deve-se lembrar o aluno de que o mesmo deve ler, PREVIAMENTE o conteúdo do LIVRO, conforme indicado na estrutura do HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0105 Título O processo de colonização e organização jurídico institucional da América portuguesa.Primeiramente vale lembrar que ao findar de cada aula, deve-se lembrar o aluno de que o mesmo deve ler, PREVIAMENTE o conteúdo do LIVRO, conforme indicado na estrutura do Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 2 Tema O processo de colonização e organização jurídico institucional da América portuguesa. Objetivos O aluno deverá ser capaz de: 1 - Compreender quais as estratégias da Corte para a colonização da América portuguesa; 2 - Explicar quais os mecanismos utilizados pela Coroa portuguesa para estabelecer a organização jurídico-política da Colônia. 3 - Entender no que consistia a Carta de Doação e o Foral no contexto das Capitanias hereditárias; 4 - Conhecer a estrutura organizacional da justiça na América portuguesa nos séculos XVI e XVII; 5 - Analisar como se organizou a exploração econômica em bases escravistas da Colônia brasileira, principalmente no período conhecido como "ciclo da cana-de-açúcar". Estrutura do Conteúdo A Aula 2 terá como o conteúdo-base o estabelecido no Livro Didático entre as páginas 17 e 28. Você deve ler, previamente, para melhor compreensão dos temas abordados na aula. No decorrer da aula serão referenciados alguns dos principais instrumentos legais que marcaram a administração metropolitana portuguesa no decorrer do período colonial: regimentos, alvarás, cartas régias, forais, sesmarias, além das importantes Ordenações Filipinas, Manuelinas e Afonsinas. Não deixe de fazer uma pequena pesquisa na internet a fim de saber um pouco mais sobre estes relevantes instrumentos jurídicos da época. A chegada dos portugueses Neste ponto ressaltaremos o pouco interesse inicialmente despertado pelas terras brasileiras, atrelando este fato ao lucrativo comércio de Portugal com o Oriente. É de se observar que atividade extrativista foi a única explorada neste período, principalmente no que se refere ao pau-brasil, cuja madeira era tida como mercadoria valiosa em razão da tinta dela extraível. Neste período foi utilizado o sistema de escambo com os indígenas autóctones, no qual os mesmos carregavam os navios com pau-brasil e recebiam em troca mercadorias sem valor para os padrões europeus do período. Administração Colonial Capitanias Hereditárias: A criação do Governo Geral Neste ponto, teremos a oportunidade de analisar os métodos utilizados por Portugal para administrar a terras descobertas, primeiramente por intermédio do sistema de Capitanias Hereditárias. Nessa linha, é importante que entender o que é uma Capitania Hereditária, bem como os motivos que levaram à sua ineficácia. Posteriormente, indo um pouco mais adiante, é necessário que enfrentemos a temática relacionada à forma como se deu a reorganização administrativa por meio da criação do chamado ?Governo-Geral?, que tinha por propósito coordenar a defesa da Colônia, explorar o sertão e auxiliar as Capitanias, que permaneciam estruturadas. Seguindo o entendimento da estrutura administrativa do governo do Governo- Geral, iremos constatar que a justiça portuguesa, instalada na colônia brasileira, se organizou de maneira a permitir o controle, do fluxo de informações ligadas ao poder judiciário, com a distribuição de funções como juízes, ouvidores e corregedores. A escravidão e a economia colonial Neste momento, teremos a oportunidade de constatar que o trabalho escravo forneceu as bases para a construção da economia colonial. Deveremos observar, no entanto, que embora tenham sido os escravos negros os pés e as mãos da produção da riqueza no Brasil Colônia, a eles não foi concedida qualquer possibilidade de participação no resultado econômico, bem como qualquer voz no plano político. Como consequência restou-lhes o exercício de papel social de subalternidade associado à pobreza material e ao analfabetismo, em um contexto em que foram tidos como propriedade e não como pessoas. Este tema voltará a ser abordado de forma complementar na Aula 6, quando analisarmos as leis abolicionistas e suas circunstâncias históricas. Carta de doação, Forais e Sesmarias Analisaremos alguns institutos jurídicos portugueses que tiveram elevada importância na implantação do sistema de Capitanias Hereditárias e no próprio processo de organização político-jurídico da Colônia: a Carta de Doação (como documento da Coroa Portuguesa pelo qual fazia a concessão de uma capitania a um capitão donatário), a Carta Foral (que fixava os direitos e deveres do capitão donatário e formava a base do estabelecimento das vilas e das cidades) e a Sesmaria (que normatizava a distribuição de terras destinadas à produção, já que o Estado, recém-formado e sem capacidade para organizar a produção de alimentos, decidia legar a particulares, ou seja, ao capitão donatário, essa função). Aplicação Prática Teórica No Brasil, era o próprio estado português o fomentador, distribuidor e fiscalizador do processo colonizador. Portugal não possuía condições financeiras e humanas para empreender a posse de todas as terras que compunham a América portuguesa. O colono era o elo de ligação entre a terra e o Estado. O colonizador era um escolhido do próprio Estado que beneficiava a si próprio e, em troca, beneficiava a esse Estado. Portugal, para tal empreitada, tinha a necessidade de uma legislação que desse suporte a essa ocupação territorial. a) Cite quais os documentos jurídicos davam suporte ao processo colonizador promovido por Portugal na América Portuguesa? b) Descreva as características e conteúdo desses documentos jurídicos. Resolva as questões objetivas 2,3,4 do capítulo 1 de seu Livro Didático.
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