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Plano de Aula: Período Regencial: o difícil período de estabilização da independência HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0105 Título Período Regencial: o difícil período de estabilização da independência Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 5 Tema Período Regencial: o difícil período de estabilização da independência Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Entender os fatores políticos e econômicos que levaram à crise do Primeiro Reinado e à abdicação de D. Pedro I. - O Governo regencial e a crise instalada em função da neutralização do poder Moderador. - Relacionar o Ato Adicional de 1834 ao processo de descentralização do poder vivenciado no período regencial; - Analisar os movimentos revoltosos ocorridos em todo o país no contexto de déficit de legitimidade dos governos regenciais. Estrutura do Conteúdo O conteúdo será apresentado com base no Livro Didático de História do Direito no Brasil entre as páginas 69 e 76 (antes de "O regresso conservador e a antecipação da maioridade de D. Pedro"). A Crise do Primeiro Reinado e a abdicação de D. Pedro I Neste ponto, cabe apresentar os motivos pelos quais o Primeiro Reinado foi, paulatinamente, se enfraquecendo até o momento da abdicação de Pedro I, enfatizando três motivos principais: - o autoritarismo de que era acusado o monarca; - o suposto privilégio que o mesmo estaria concedendo aos interesses portugueses em detrimento do interesses "brasileiros"; - a crise econômica por que passava o país, em razão dos gastos com guerras (especialmente, Cisplatina e a repressão à Confederação do Equador). O Governo Regencial e a crise do período Em um primeiro momento, nos termos do art. 123 da Constituição de 1824 (regulada pela Lei de 14 de junho de 1831), foi estabelecida uma regência trina para governar o país. De toda sorte, a crise se instalou em razão das diversas direções tomadas pelas elites políticas em razão da crise gerada pela abdicação de D. Pedro I. Três facções se destacam: - os Restauradores, que defendiam a volta de D. Pedro I ao poder; - os Moderados (Chimangos), que desejavam manter o processo eletivo pela via do voto censitário e continuação da Monarquia; e - os Exaltados (Farroupilhas), que almejavam reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e voto universal. Uma consequência direta da abdicação foi a descentralização do poder, antes fortemente concentrado nas mãos do monarca (por força do poder Moderador), inclusive com a criação da chamada Guarda Nacional, instituição que daria origem a um fenômeno posteriormente denominado ?coronelismo? e que, a partir de então, teria profunda importância no processo sócio-político brasileiro. O Ato Adicional de 1834 e a alteração no Texto Constitucional A única reforma formal da Constituição de 1824 foi aquela promovida pelo Ato Adicional de 1834 que institucionalizou, de forma mais aprofundada, o processo de descentralização do Poder, havendo quem considerasse que o Estado unitário do Império somente não teria se transformado em uma forma de Estado plenamente federal pelo fato dos presidentes de províncias terem continuado a ser indicados pelo Poder central. De qualquer forma, este é um dos marcos jurídicos fundamentais do período. As revoltas do período regencial Os movimentos Revoltosos Houve um surto de revoltas como consequência do baixo reconhecimento de autoridade dos governos regenciais. Assim, cabe analisar os motivos que levaram a uma série de rebeliões localizadas, como a Cabanagem, no Grão- Pará, a Balaiada no Maranhão, a Malês e a Sabinada na Bahia e a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul que mostravam descontentamento com a forma de governo do poder central (deixando de reconhecer sua legitimidade), mas também causadas pelas tensões sociais latentes da nação recém- independente, gerando a necessidade de se construir um arranjo político que garantisse aos grupos a preservação de seus interesses. Aplicação Prática Teórica De acordo com que você estudou, podemos considerar o Período Regencial (1831-1840) como uma fase politicamente conturbada, com a deflagração de várias crises e revoltas em inúmeras províncias do Império brasileiro, geradas pelas contradições latentes na sociedade, isto é, entre membros das elites, setores médios e camadas populares, e que foram agravadas pelo vácuo de poder deixado pela abdicação de D. Pedro I em 1831. Sabemos que no contexto do período do Primeiro Reinado e após D. Pedro I ter deixado o trono e seguido para Portugal, a demanda por mais autonomia política era uma constante, principalmente por aqueles que detinham o poder local dentro das províncias. “ (...) Os defensores da descentralização do Estado imperial continuavam argumentando em favor da autonomia provincial, reivindicando a saída “”do rigoroso estado de dependência em que se acham [as províncias] por não verem executada a menor de suas resoluções sem a prévia aprovação da capital do Império””. Ao mesmo tempo, reagiam às acusações de conturbadores da ordem e destruidores da unidade imperial (...)” LYRA, M.L.V. O Império em construção: Primeiro Reinado e Regências. São Paulo: Ed. Atual, 2000. Pg. 91. Assim, com a ausência do poder legítimo do Imperador, os governos regenciais se empenharam em criar condições de governabilidade e para tal, criaram a Guarda Nacional, em 1831, e posteriormente editaram o Ato Adicional, em 1834. Baseado nessas informações, responda: a) A criação da Guarda Nacional está ligada a uma desconfiança do poder regencial para com o exército brasileiro do período e está ligada também ao processo de descentralização de poder, demandado pelos poderes locais provinciais. Dito isto, relacione a criação da Guarda Nacional e o surgimento do fenômeno do “coronelismo”. b) Do ponto de vista político, o que significou o Ato Adicional de 1834? c) Cite duas medidas relevantes contidas no Ato Adicional de 1834. Resolva as questões objetivas 1, 2 3 e 4 do capítulo 3 de seu Livro Didático.
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