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REFORMA PSIQUIÁTRICA AULA 03

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REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL : DESINSTITUCIONALIZAÇÃO E MOVIMENTOS SOCIAIS 
JUNIOR PEREIRA
CARUARU
 2017
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Italia (1960)
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Franco Basaglia
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Brasil
1852: inaugurado o primeiro hospício (Hospício Pedro II – RJ), hospícios isolados em locais afastados; função saneadora
Intensificação dos processos de exclusão e proposta de recuperação do “material excluído” (doentes mentais e marginalizados sociais)
Surgimento das colônias agrícolas  objetivo de tratar, recuperar pelo trabalho agrícola e devolver à comunidade como “cidadão útil” (São Paulo: Juqueri, 1898).
Crescimento da população de internos: ampliação dos hospitais e construção de novos, demandas por mais verbas e mais leitos.
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Após anos 40: criação dos primeiros ambulatórios (em 1961 eram 17 em todo o país)
Fim da década de 50: situação caótica nos hospícios (superlotação, maus tratos, deficiência de pessoal, condições físicas); ineficiência do setor público
1964 em diante: psiquiatria de massa (progressiva extensão do cuidado psiquiátrico a grupos cada vez maiores da população) – alto custo da doença mental para o processo produtivo  investimento em saúde mental como proposta economicamente rentável; clientela dos hospitais psiquiátricos passaram a incluir neuróticos e alcoolistas
Ideologia privativista: contratação de leitos em hospitais privados: mercantilização da loucura  função iatrogênica  incentivo às internações  expansão de leitos.
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Franco Basaglia em visita ao Hospital de Barbacena - 1979
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Denúncia 
violência dos manicômios, 
mercantilização da loucura, 
hegemonia de uma rede privada de assistência
Foco: DOENTE MENTAL
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Colônia Juliano Moreira
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Fim da década de 1990
208 CAPS
hospitais psiquiátricos = ~ 93% dos recursos do MS para a Saúde Mental
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Legislação
Declaração de Caracas (14/11/1990)
Lei 10.216 (06/04/2001) ou “Lei Paulo Delgado”
Portaria / SNAS nº 224 (29/01/1992)
Portaia / SAS nº 147 (25/08/1994)
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Lei Federal 10.216
redireciona a assistência em saúde mental
privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, 
dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, 
mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios
novo impulso e novo ritmo para o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil
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Políticas de Saúde Mental
Reforma Psiquiátrica: substituição progressiva dos hospitais psiquiátricos pelo cuidado comunitário / ambulatorial;
Ações: construção de redes  unidades básicas de saúde; NAPS / CAPS; moradias assistidas; serviços de emergência; enfermarias psiquiátricas em hospital geral; projetos na área de educação, trabalho, moradia e justiça.
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Fontes : Até o ano 2000, SIH/SUS. Em 2001, SIH/SUS, corrigido. Em 2002-2003, SIH/SUS,
Coordenação Geral de Saúde Mental e Coordenações Estaduais. Em 2004-2005, PRH/CNES.
Ano - Leitos HP
1996 -72514
1997 -71041
1998 -70323
1999 -66393
2000 -60868
2001 -52962
2002- 51393
2003 -48303
2004 -45814
2005 -42076
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 “ Saúde Mental direito e compromisso de todos: consolidar avanços e enfrentar desafios”
Cresceu
complexidade, 
multidimensionalidade e 
pluralidade das necessidades em saúde mental, 
 permanente atualização e diversificação das formas de mobilização e articulação política, de gestão, financiamento, normatização, avaliação e construção de estratégias inovadoras e intersetoriais de cuidado
46.000 pessoas 
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integralidade do cuidado social e da saúde em geral
 interfaces: 
direitos humanos, 
assistência social,
educação, 
justiça, 
trabalho 
economia solidária, 
habitação, 
cultura, 
lazer 
esportes, etc.
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De cerquita nadie és normal!
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(
Centros Comunitários
Rede de Atenção à Saúde Mental 
Pronto
socorros
gerais
Centro
de Atenção
a Idosos
Escritórios
de
Advocacia
Centros de Atenção
à Infância e 
Adolescência
 Centros Comunitários
de Álcool e Drogas
Unidades
Básicas de
Saúde
PSF 
PSF 
PSF
PSF
PSF
PSF 
PSF
PSF
PSF
PSF
PSF
PSF
CSM
NAPS
CAISM
CAPS
Hospitais
Psiquiátricos
 Residências Terapêuticas
PSF/PACs
Saúde da
Família
URGÊNCIA,
ENFERMARIA,
HOSPITAL-DIA,
INTERCONSULTA e
HUMANIZAÇÃO
Unidades de 
saúde mental
Hospital Geral 
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.
Os antipsiquiátricos responderam com esse projeto, de cunho atécnico e antimédico, que obstou a tramitação do plano da APB: passaram-se 10 anos até que o projeto fosse aprovado, e ainda assim quase inteiramente descaracterizado
Pode-se crer que os burocratas apoiaram o projeto anarquista porque ele era menos dispendioso e permitia que o poder federal repassasse o encargo para os municípios, livrando-se das responsabilidades que havia assumido desde 1930.
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