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Política Nacional de Urgência e implementação da Rede de atenção as urgências
JUNIOR PEREIRA
UM GRANDE DESAFIO A SUPLANTAR
AS REDES DE URGÊNCIAS NO PAÍS
Distribuição inadequada da oferta de serviços de urgência;
Concentração de recursos especializados;
Leitos de terapia intensiva insuficientes;
Referências e contra referências;
Lembrar a situação caótica dos pronto socorros de referência das grandes cidades, que servem , muitas vezes, como única referência para todo o Estado, principalmente no centro-oeste, norte e nordeste. Temos pronto socorros de referência para todo o Estado, com super lotação, higiene e iluminação insuficientes, salas de urgência ou de ressuscitação freqüentemente chamadas de sala de trauma, sendo as urgências clínicas negligenciadas, com entrada separada, relacionadas a pronto atendimento. Neste lugares, ao interrogarmos sobre como se dá a entrada de uma Parada Cárdio Respiratória, não souberam informar. Acreditamos que haja grande desassistência neste tipo de patologia, que não chega sequer a aparecer nos serviços. No Estado do Mato Grosso, por exemplo, há algumas especialidades que são ofertadas apenas na Capital e há municípios distantes até 1000 Km.
Nos grandes centros do sul e sudeste, embora a situação seja diferente em relação à oferta de referências, os pronto socorros apresentam-se igualmente lotados e desestruturados.
Legislação
  
O Brasil já tem uma das mais avançadas legislações na área de saúde. Leis que regem, regulam e normatizam a área de urgências e emergências.
Portarias do MS/GM que orientam a Política Nacional de Atenção às Urgências
Portaria MS/GM nº 737, de 16 de maio de 2001 - Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências.
Portaria nº 2.048/GM, de 5 de novembro de 2002 - Institui o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência.
Portaria nº 1.863/GM, de 29 de setembro 2003 - Institui a Política Nacional de Atenção às Urgências.
Portaria nº 1.864/GM, de 29 de setembro de 2003 - Institui a Rede Nacional Samu 192.
Portaria GM nº 2.072, de 30 de outubro 2003 - Institui o Comitê Gestor Nacional de Atenção às Urgências.
Portaria GM nº 1.828, de 2 de setembro de 2004 - Institui incentivo financeiro para adequação da área física das Centrais de Regulação Médica de Urgência em Estados, municípios e regiões de todo o território nacional
PORTARIA Nº 1.600, de 7 de julho de 2011 Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS).
Portaria Nº 354, DE 10 de março de 2014 - 
PORTARIA Nº 1.600, DE 7 DE JULHO DE 2011
Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS).
CAPÍTULO I 
DAS DIRETRIZES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS
Art. 2° Constituem-se diretrizes da Rede de Atenção às Urgências:
I - ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos;
II - garantia da universalidade, equidade e integralidade; 
III - regionalização do atendimento às urgências;
IV - humanização da atenção;
V -implantação de modelo de atenção de caráter multiprofissional;
VI - articulação e integração dos diversos serviços e equipamentos de saúde;
XIV - qualificação da assistência por meio da educação permanente das equipes de saúde do SUS na Atenção às Urgências.
Art. 3º Fica organizada, no âmbito do SUS, a Rede de Atenção às Urgências.
§ 1 º A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde.
§ 2º A Rede de Atenção às Urgências deve ser implementada, gradativamente, em todo território nacional.
§ 3º O acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a resolutividade na atenção constituem a base do processo e dos fluxos assistenciais.
§ 4º A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica.
Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes:
I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde;
II - Atenção Básica em Saúde;
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências;
IV - Sala de Estabilização;
V - Força Nacional de Saúde do SUS;
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas;
VII - Hospitalar; e
VIII - Atenção Domiciliar.
Atendimento primário X secundário
Atendimento primário quando o pedido de socorro for oriundo de um cidadão.
Atendimento secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas que necessita ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 6º Fica recomendado que os Comitês Gestores das Redes Regionais de Atenção às Urgências, sob coordenação estadual, tenham a seguinte composição:
I - Coordenador Regional da Rede de Atenção às Urgências ou outro representante da SES que assuma tal função;
II - Coordenadores Municipais da Atenção às Urgências;
III - representantes dos serviços de saúde (prestadores da área das urgências);
IV - representante do Corpo de Bombeiros, Polícias Rodoviária, Civil e Militar;
V - representante da Defesa Civil;
VI - representante dos gestores municipais e estadual da área de trânsito e transportes; e
VII -conforme a necessidade justificar, representantes da Aeronáutica, Marinha e Exército brasileiros.
PORTARIA Nº 354, DE 10 DE MARÇO DE 2014
PORTARIA Nº 354, DE 10 DE MARÇO DE 2014
Publica a proposta de Projeto de Resolução "Boas Práticas para Organização e Funcionamento de Serviços de Urgência e Emergência".
Válida para o Mercosul
Baseada na necessidade de discutir e implantar boas práticas nos serviços de urgência e emergência. 
Emergência x Urgência
Emergência: Constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo portanto, tratamento médico imediato.
Urgência: Ocorrência imprevista de agravo a saúde com ou sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.
Diferença entre Emergência X Urgência
EMERGÊNCIA: 
- Complicações de diabetes
- Crises Convulsivas (inclusive pós-crise)
- Desconforto respiratório grave
- Intoxicações exógenas (envenenamento)
- Lesão da coluna cervical
- Parada cardiorrespiratória
- Perfurações no peito, abdômen e cabeça
- Politraumatizado grave 
- Alterações de Sinais vitais (Pressão Alta, Febre)
- Crise asmática
- Desmaios
- Diminuição do nível de consciência
- Dor abdominal intensa
- Dor de cabeça intensa
- Histórias de convulsão
- Náuseas/vômitos e diarreias persistentes
URGÊNCIA
REQUISITOS
O Serviço de Urgência e Emergência deve:
Possuir habilitação ou Licença de Funcionamento
Possuir estrutura organizacional documentada;
Preservar a identidade e a privacidade do paciente;
Promover um ambiente acolhedor;
Oferecer orientação ao paciente e aos familiares.
RECURSOS HUMANOS
Um Responsável Técnico com formação médica, legalmente habilitado;
Equipe médica em quantidade suficiente para o atendimento durante 24 horas;
Profissionais especializados de acordo com o perfil de atenção, capacitados para atendimento das urgências e emergências;
Um enfermeiro exclusivo da unidade, responsável pela coordenação da assistência de enfermagem;
Todos os profissionais dos Serviços de Urgência e Emergência devem ser vacinados de acordo com a normativa nacional vigente;
O Serviço de Urgência e Emergência deve promover treinamento e educação permanente.
INFRAESTRUTURA FÍSICA
5.2.1 Área externa coberta para entrada de ambulâncias;
5.2.2 Sala de recepção e espera, com banheiros para usuários;
5.2.3 Sala para arquivo de Prontuários ou Fichas de Atendimento
do Paciente;
5.2.4 Sala de classificação de risco;
5.2.5 Área para higienização;
5.2.6 Consultórios;
5.2.7 Sala para assistente social;
5.2.8 Sala de procedimentos e administração de medicamentos;
sala para redução de fraturas e colocação de gesso
5.2.9 Área para nebulização;
5.2.10 Sala para reanimação e estabilização;
5.2.11 Salas para observação e isolamento;
5.2.12 Posto de enfermagem;
5.2.13 Banheiro completo;
5.2.14 Depósito para resíduos sólidos;
5.2.15 Depósito para material de limpeza;
5.2.16 Vestiários e banheiros para profissionais;
5.2.17 Farmácia;
5.2.18 Almoxarifado.
Centro Cirúrgico;
5.2 O Serviço de Urgência e Emergência deve possuir de acordo com o perfil de atenção, os seguintes ambientes:
INFRAESTRUTURA FÍSICA
O Serviço de Urgência e Emergência deve possuir em suas instalações:
sistema de energia elétrica de emergência para os equipamentos de suporte à vida;
sistema de abastecimento de gás medicinal, com ponto de oxigênio, e ar medicinal;
áreas de circulação e portas dimensionadas para o acesso de macas e cadeiras de rodas.
MATERIAS E EQUIPAMENTOS
6.1 O Serviço de Urgência e Emergência deve 
6.1.1 estetoscópio adulto e infantil;
6.1.2 esfigmomanômetro adulto e infantil;
6.1.3 otoscópio adulto e infantil;
6.1.4 oftalmoscópio;
6.1.5 espelho laríngeo;
6.1.6 ventilador manual e reservatório adulto e infantil;
6.1.7 desfibrilador;
6.1.8 marcapasso externo;
6.1.9 monitor cardíaco;
6.1.10 oxímetro de pulso;
6.1.11 eletrocardiógrafo;
6.1.12 equipamentos para aferição de glicemia capilar;
6.1.13 aspiradores;
6.1.14 bombas de infusão com bateria e equipo universal;
6.1.15 cilindro de oxigênio portátil e rede canalizada de gases, definido de acordo com o porte da unidade;
6.1.16 cama hospitalar com rodas e grades laterais;
6.1.17 máscara para ventilador adulto e infantil;
(...)
ACESSO AOS RECURSOS ASSISTENCIAIS
7.1.1 cirurgia geral;
7.1.2 clínica e cirurgia obstétrica e ginecológica;
7.1.3 clínica e cirurgia vascular;
7.1.4 clínica e cirurgia neurológica;
7.1.5 clínica e cirurgia ortopédica e traumatológica;
7.1.6 clínica e cirurgia oftalmológica;
7.1.7 clínica e cirurgia urológica;
7.1.8 clínica e cirurgia odontológica e bucomaxilofacial;
7.1.9 clínica gastroenterológica;
7.1.10 clínica nefrológica;
7.1.11 clínica psiquiátrica;
7.1.12 clínica para queimados;
7.1.13 terapia intensiva:
7.1.14 radiologia intervencionista;
7.1.15 nutrição, incluindo nutrição enteral e parenteral;
7.1.16 hemoterapia;
7.1.17 diálise;
7.1.18 laboratório clínico, incluindo microbiologia e hemogasometria;
7.1.19 anatomia patológica;
7.1.20 radiologia convencional, incluindo aparelho de radiografia móvel;
7.1.21 ultrassonografia, inclusive portátil;
7.1.22 ecodoppler;
7.1.23 tomografia computadorizada;
7.1.24 ressonância magnética;
7.1.25 fibrobroncoscopia;
7.1.26 endoscopia digestiva;
7.1.27 eletroencefalografia.
PROCESSOS OPERACIONAIS ASSISTENCIAIS
O Serviço de Urgência e Emergência deve:
Prestar ao paciente assistência integral e interdisciplinar;
Garantir que a transferência do paciente, em caso de necessidade;
TRANSPORTE INTER HOSPITALAR
Deve estar disponível, para o transporte de pacientes, materiais e medicamentos.
Contar com equipe médica e de enfermagem, com habilidade comprovada.
VEÍCULOS DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL
192 
Número Nacional de Urgência Médica
VAGA ZERO
O atendimento deve ser prestado independentemente da existência ou não de leitos vagos.
Atribuição da área da saúde
PORTARIA GM N.º 2.657, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2004
Estabelece as atribuições das centrais de regulação médica de urgências e o dimensionamento técnico para a estruturação e operacionalização das Centrais SAMU – 192.
Garantir o acesso equânime aos serviços de urgência e emergência.
Oferecer ao paciente o recurso mais adequado à sua necessidade. 
manter escuta médica 24 horas Por dia.
classificar os pedidos de socorro vindos da população e unidades de saúde.
monitorar e orientar o atendimento feito pelas equipes de Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida;
REFERÊNCIAS
PORTARIA Nº 1.600, DE 7 DE JULHO DE 2011 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1600_07_07_2011.html
PORTARIA Nº 354, DE 10 DE MARÇO DE 2014 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0354_10_03_2014.html
LEITURA COMPLEMENTAR:
PORTARIA Nº 1.010, DE 21 DE MAIO DE 2012 (SAMU)
PORTARIA Nº 104, DE 15 DE JANEIRO DE 2014 (UPA)

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