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5 1. Introdução O reino Fungi inclui quatro grandes filos: Chytridiomycota, Zygomicota, Ascomycota e Basidiomycota, e o grupo artificial conhecido como deuteromicetos. Dois terços das espécies conhecidas de fungos estabelecem alguma relação com organismos vivos, em relações parasíticas, eles coevoluem com representantes de todas as formas de vida, de bactérias ao homem (BARBIERI, 2001). Sporothrixschenckiifoi isolado pela primeira vez em 1896 por BenjaminSchenck, um estudante de medicina na Johns Hopkins Hospital, em Baltimore, de um paciente de 36 anos de idade que apresentava lesões na mão direita e no braço. Este isolado, a partir do abcesso do paciente, foi estudado pelo micologista Erwin Smith, que em seguida concluiu que o fungo pertencia ao gênero Sporotrichum (Schenck, 1898) (BARROS et al. 2001; BARROS et al. 2004). Essa patogenia se apresenta como uma micose profunda que é caracterizada por ser granulomatosa e produzida por fungos macroscópicos, localizados na derme e/ou hipoderme, apresentando até invasão dos órgãos internos por aspiração de conídios (DONADEL, et al., 1993). Os gatos com acesso livre a rua possuem um papel importante na epidemiologia desta doença, uma vez que o fungo Sporothrixschenckii é inserido em suas unhas e cavidades oral por causa do grande número de células de levedura encontrado em lesões cutâneas, aumentando o potencial zoonótico da infecção (BARROS et al. 2004; LOPES BEZERRA et al. 2006). A esporotricose tem sido frequente em gatos, manifestando-se na forma cutânea localizada, cutânea linfática e cutânea disseminada; lesões ocorrem mais comumente no aspecto distal dos membros, cabeça e/ou base da cauda. O hábito dos felinos se lamberem pode espalhar a doença para áreas distintas como a face, orelhas e extremidades. O quadro inicial pode assemelhar-se a feridas devido a brigas, abscessos, lesões de celulite ou com tratos fistulosos que não são responsivas a antibioticoterapia (SOUZA, 2003). 6 2. Revisão de Literatura 2.1 Histórico Os fungos estão em todos os lugares da Terra, são essencialmente terrestres. Eles obtêm seu alimento secretando enzimas digestivas no substrato onde se desenvolvem. Por essa razão, crescem dentro ou sobre seu alimento. Esse modo de nutrição, por absorção, é responsável tanto pelos aspectos positivos quanto negativos. São extremamente benéficos, pois muitas enzimas que secretam são responsáveis pela decomposição dos restos de plantas e animais, tornando possível a reciclagem de elementos químicos. Eles obtêm energia por meio da fermentação, produzindo álcool etílico a partir da glicose. No entanto, também secretam enzimas que atacam materiais de valor ao homem, causando emboloramento de alimentos e produtos industrializados, degradação de madeira e muitas patogenias (RAVEN, 2001). O reino Fungi inclui quatro grandes filos: Chytridiomycota, Zygomicota, Ascomycota e Basidiomycota, e o grupo artificial conhecido como deuteromicetos. Dois terços das espécies conhecidas de fungos estabelecem alguma relação com organismos vivos, em relações parasíticas, eles coevoluem com representantes de todas as formas de vida, de bactérias ao homem (BARBIERI, 2001). As zoonoses, doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre os animais vertebrados e o homem, são relatadas desde a Pré-História quando a domesticação de animais e a instalação da agricultura tornaram-se comum nas aldeias e a transmissão dessas doenças foi favorecida. Na Idade Média, a aglomeração das pessoas nas cidades dentro dos feudos, associado ao acúmulo de resíduos e alimentos que atraiam animais sinantrópicos, permitiu a expansão das zoonoses(RAVEN, 2001). Com a domesticação dos gatos e o contato domiciliar afetivo, há uma facilidade no estabelecimento e propagação de novas zoonoses, tal como a esporotricose, pois tais animais coabitando com seres humanos constituem fontes importantes de infecção. Não são os animais os únicos responsáveis pela transmissão da esporotricose ao homem, porque o risco de exposição depende do comportamento do homem no seu relacionamento com os animais, tendo em vista 7 que a inoculação do fungo é precedida de um trauma, o que acontece durante a manipulação destes animais (AVILA-PIRES, 2005). Sporothrixschenckiifoi isolado pela primeira vez em 1896 por BenjaminSchenck, um estudante de medicina na Johns Hopkins Hospital, em Baltimore, de um paciente de 36 anos de idade que apresentava lesões na mão direita e no braço. Este isolado, a partir do abcesso do paciente, foi estudado pelo micologista Erwin Smith, que em seguida concluiu que o fungo pertencia ao gênero Sporotrichum (Schenck, 1898) (BARROS et al. 2001; BARROS et al. 2004). O primeiro caso comprovado de esporotricose foi descrito por Schenck, nos Estados Unidos em 1898. O fungo isolado deste caso foi classificado no gênero Sporotrichum. Em 1900, foi relatado por Hoktoen e Perkins um caso com as mesmas características clínicas e por meio de cultura de fungos o Sporothrixschenckii foi cultivado. DONADEL et al. 1993; SCHUBACH et al., 2005). Essa patogenia se apresenta como uma micose profunda que é caracterizada por ser granulomatosa e produzida por fungos macroscópicos, localizados na derme e/ou hipoderme, apresentando até invasão dos órgãos internos por aspiração de conídios (DONADEL, et al., 1993). A história natural da esporotricose vem mudando gradualmente em frequência, modo de transmissão, demográfica e distribuições geográficas. É possível que os fatores ambientais e aumento da urbanização possa explicar em parte, as alterações no perfil da doença. Além disso, a esporotricose não é uma doença de notificação obrigatória na maioria dos países, há pouca informação sobre a incidência, e os dados conhecidos são os gerados pelas publicações de estudo de casos (BARROS et al. 2011). Os relatos dos casos de esporotricose são associados esporadicamente com arranhões ou mordidas de animais, como ratos, tatus, esquilos, cães e gatos (KAUFFMAN, 1999). A esporotricose geralmente ocorre em casos isolados ou pequenos surtos em famílias e profissionais envolvidos em atividades de alto risco. Epidemias são raras e, quando ocorrem, são comumente relacionadas à de uma única fonte de infecção (BUSTAMANTE; CAMPOS, 2001). 2.2 Etiologia 8 O Sporothrixschenckii é um fungo dimórfico, pertence à divisão Ascomycota, subclasse Euascomycetes, ordem Ophiostomatales, família Ophiostomataceae, gênero Sporothrix e espécie schenckii (KNOW-CHUNG; BENNETT, 1992), sendo considerado o agente etiológico da Esporotricose (DONADEL et al. 1993). Distribuído mundialmente, o fungo cresce em musgos, fenos, vegetais apodrecidos, solos e madeiras, podendo também ser encontrado em solo das tocas de tatu (JONES et al. 2000). O fungo aeróbico de reprodução sexuada se apresenta na forma filamentosa, entre 25º e 30º e adquirem a forma de levedura a 37º (RESENDE; FRANCO 2001; SOUZA, 2003) e a inibição do seu crescimento varia entre 39º e 40º (LACAZ et al. 1998), se desenvolvendo principalmente em locais quentes e úmidos (KWON-CHUNG; BENNETT, 1992). O agente pode ser identificado através dos exames labotatoriais como o citodiagnóstico, cultivo micológico, intradermorreação e histopatologia (PAES, 2007). O Sporothrixschenckii é um fungo dimórfico que ocorre sob formamicelial na natureza e forma de levedura em tecidos de animais infectados ou em meios de cultura enriquecido a 37°C. Possui distribuiçãomundial sendo mais comum nas regiões Tropicais e Subtropicais. S. schenckii fungo saprófita que vive no solo, plantas, madeira e vegetação em decomposição (PAHO, 2001). Os fungos saprófitos são capazes de degradar todo tipo de resto orgânico e causam doença nos seres vivos de forma direta ou indireta pelo contato ou ingestão dos metabólitos produzidos por eles. Os fungos saprófitos dimórficos, como no caso do S. schenckii modificaram sua morfologia de forma a adaptarem-se ao ciclo de vida parasitária no seu hospedeiro (WANKE et al. 2005). Esses fungos possuem características papulo-nodular em fase pré-clínica avançada e ulceradas nas fases tardias. Apresenta suscetibilidade tanto no animal quanto em humano. Produzem melanina, que o protege da fagocitose, da destruição macrofágica e por proteínas extracelulares (LACAZ et al., 2002). Trata-se de uma doença relacionada com certas profissões como florista, jardineiro, fazendeiros, caçadores, veterinários. Após inoculação, ocorre um período de incubação do fungo que dura de sete a trinta dias, podendo chegar até seis meses (SIDRIM e ROCHA, 2004). 2.3 Esporotricose em Animais Domésticos 9 Nos animais domésticos, a esporotricose tem sido frequente em gatos, manifestando-se na forma cutânea localizada, cutânea linfática e cutânea disseminada (XAVIER et al., 2004). A espécie felina normalmente está envolvida com os relatos zoonóticos da patogenia, sendo que a transmissão ocorre principalmente através de arranhaduras, mordeduras ou mesmo pelo contato com as lesões desses animais (SILVA et al, 2007). Na espécie canina esta doença era considerada rara, mas ocorre principalmente nas formas cutânea fixa e linfocutânea com lesões localizadas no focinho e/ou membros(ETTINGER & FELDMAN, 2000). Os conídeos do S. schenckii podem ser inoculados diretamente na pele, através de traumatismos com ferimentos por vegetais contaminados ou pelo contato da pele lesada com os conídeos. Em gatos, a infecção do Sporothix é associada ao hábito de cavar buracos para cobrir seus excrementos na terra ou areia, além de afiar as unhas em trocos de árvores contraindo o organismo(GOMPERTZ et al. 2005). 2.3.1 Esporotricose na Espécie Felina Muitos felinos possuem esta doença devido aos seus hábitos de vida livre ou semiresidenciados, pois estes animais têm o hábito de cavar buracos ou cobrir seu excremento com terra, além de afiar as unhas em troncos de árvores, o que faz com que suas garras transportem o fungo, podendo transmitir esta micoses para outros animais ou humanos mesmo estando saudáveis (PAULA, 2008). A esporotricose felina apresenta um amplo espectro clínico, variando desde uma infecção subclínica, passando por lesão cutânea única até formas múltiplas, acompanhadas ou não de sinais extracutâneos. A maioria das lesões cutâneas localiza-se na região cefálica, face e membros. Entretanto, também há relatos de lesões nas mucosas (SILVAet al., 2008). As lesões comumente ulceram e drenam um exsudato seropurulento, o que promove a formação de crostas espessas (QUINN et al., 2005). A esporotricose no gato apresenta forma similar a outras doenças como piodermatides, criptococose e carcinomas LARSSON (2002). 10 2.3.2 Esporotricose na Espécie Canina A forma de apresentação mais comum nessa espécie é a cutânea, em que são observados nódulos firmes múltiplos, áreas alopécicas e lesões ulceradas não dolorosas nem pruriginosas, principalmente no tronco, cabeça e orelhas. Os nódulos podem ulcerar ou desenvolver trajetos drenantes. Existe também a forma cutâneo-linfática, com um nódulo na face distal de um membro e infecção ascendente via linfática formando o “rosário”, e a forma disseminada, que é extremamente rara. A forma disseminada é rara e geralmente acompanha imunossupressão com corticóides. O potencial zoonótico de transmissão cão- homem é baixo (SOUZA et al., 2009). O diagnóstico de esporotricose em cães mostra um desafio para o médico veterinário devido às dificuldades na identificação do agente etiológico, na diferenciação de outras enfermidades cutâneas com aparência clínica semelhante e a baixa casuística nessa espécie, principalmente quando comparado aos felinos domésticos (PRIEBE et al; 2007). 2.3.3 Esporotricose na Espécie Humana A esporotricose pode ser transmitida de um humano para outro humano, por arranhaduras, por usar objetos contaminados, má higiene e subnutrição constatada. Em algumas regiões a esporotricose pode afetar mais crianças que em outras localidades. No Brasil é comum em crianças e mulheres com esta patologia, por causa das brincadeiras com madeira, feno e grama. A maior incidência acontece com os trabalhadores que lidam com o solo e vegetação, mas pode acometer muitas outras profissões. como trabalhadores de laboratório, veterinários, domésticas e carpinteiros trabalhadores de matadouro (DONADEL et al. 1993). 2.4 Patogenia Os gatos com acesso livre a rua possuem um papel importante na epidemiologia desta doença, uma vez que o fungo Sporothrixschenckii é inserido em suas unhas e cavidades oral por causa do grande número de células de 11 levedura encontrado em lesões cutâneas, aumentando o potencial zoonótico da infecção (BARROS et al. 2004; LOPES BEZERRA et al. 2006). A infecção se dá pela inoculação do fungo na pele por algum tipo de trauma, como arranhaduras, mordeduras, perfurações com vegetais, animais ou objetos contaminados (ZAITZ et. al., 2010). Existem casos relatados de transmissão através de mordedura de ratos, cães, gatos, cavalos. Os animais contraem a doença ou são apenas veiculadores do fungo (ESTEVES et al.,1990). Após a inoculação com o S. schenckii o sistema imunológico é ativado e a infecção irá desenvolver quando o indivíduo estiver com deficiência na resposta imunológica, seja por uso contínuo de corticóides, antibióticos ou doenças imunossupressivas, ou ainda, pela grande quantidade de unidades infectantes inoculadas. Portanto, o desenvolvimento da infecção depende basicamente de três fatores: a resistência do hospedeiro, a quantidade do inóculo e a virulência do fungo (JUSTA et al. 1999). Existem três manifestações clínicas da doença: localizada, onde encontram- se presentes nódulos firmes que não seguem o curso dos linfáticos; a cutâneo- linfática, que é a manifestação mais comum em cães, onde suas lesões apresentam-se na forma de nódulos redondos e firmes na porta de entrada da infecção, progredindo para a subcútis e sistema linfático. Quaisquer dessas formas da doença podem estar associadas à forma disseminada, em que ocorre uma expansão da infecção para órgãos e tecidos internos. (WILKINSON; HARVEY, 1996). Conforme Ettinger; Feldman (2000), a infecção se desenvolve por difusão hematogênica ou tecidual do local inicial da inoculação para ossos, pulmão, fígado, baço, testículos, trato gastrointestinal ou sistema nervoso central. O período de incubação varia de três dias a seis meses, tendo uma média de três semanas, segundo relatos de Resende; Franco (2001). As lesões podem ocorrer nas regiões cefálicas e do esqueleto apendicular (membros torácicos, patas) e, de menor ocorrência nos membros pélvicos e no tronco. As infecções têm sido relatadas em humanos, cães, bovinos, cavalos, mula, jumento, camelo, roedores e aves (REIS, SCHECHTMAN, AZULAY, 2008). 2.5 Sinais Clínicos 12 2.5.1 Nos seres humanos A esporotricose manifesta-se principalmente como infecção subaguda a cutânea crônicae subcutânea. Se não tratada, a infecção pode progredir para o sistema linfático e causa a forma linfocutânea da esporotricose. É raro nos seres humanos a manifestação de outras formas da doença, como pulmonar, osteoarticular, visceral ou esporotricose disseminada. As formas extracutâneo da esporotricose são mais frequentemente vistos em pacientes que têm outras condições como diabetes mellitus, alcoolismo, doença pulmonar obstrutiva crônica, ou infecção por vírus da imunodeficiência humana (WELSH, 2003). As manifestações clínicas da doença se resumem em esporotricose cutânea (localizada e cutaneolinfática), esporotricose invasiva (disseminada, osteoarticular, pulmonar) e sistêmica. As formas clínicas mais comumente encontradas são a cutaneo-linfática e a cutânea localizada, correspondendo a 90% do total dos casos (ZAITZ et. al., 2010). A forma cutaneolinfática se inicia com um nódulo ou lesão ulcerada no local da inoculação do fungo na pele e segue o trajeto linfático com nódulos que ulceram e fistulam, com o passar do tempo. Essa característica clínica é o motivo de também ser chamada de Linfagite Ascendente Nodular (LOPES- BEZERRA et al., 2006). Ou seja, a partir da lesão inicial, seguindo trajeto ascendente nos membros, aparecem nódulos indolores, ao longo dos vasos linfáticos, que podem ulcerar (ZAITZ et. al., 2010). A forma cutânea localizada é caracterizada por uma lesão única, no local da inoculação do fungo, que não acompanha o trajeto linfático. Essas lesões podem ter inúmeras morfologias, como pápulas que pustulizam e ulceram, abscessos, placas achatadas, lesões eritematosas (ZAITZ et. al., 2010). Nesse caso, diagnóstico diferencial deve ser realizado entre as chamadas Síndromes Verrucosas, que são a Leishmaniose, cromomicose, tuberculose verrucosa e psoríase (LOPES-BEZERRA et al., 2006; ZAITZ et. al., 2010). A esporotricose invasiva pode acometer qualquer tecido ou órgão. Ocorre principalmente em indivíduos imunocomprometidos, nos pulmões e ossos, em sua grande maioria. Já a sistêmica, também associada a imunodepressão em pacientes HIV positivos, acomete olhos e nariz (ZAITZ et. al., 2010). A forma cutânea disseminada é menos frequente. Está associada a algum tipo de imunodepressão, como AIDS, alcoolismo, idade avançada, Diabetes, uso 13 prolongado de corticoides, e frequentemente associada a forma extra cutânea ou sistêmica (SIDRIM e ROCHA, 2004). 2.5.2 Nos animais de companhia A esporotricose tem sido frequente em gatos, manifestando-se na forma cutânea localizada, cutânea linfática e cutânea disseminada; lesões ocorrem mais comumente no aspecto distal dos membros, cabeça e/ou base da cauda. O hábito dos felinos se lamberem pode espalhar a doença para áreas distintas como a face, orelhas e extremidades. O quadro inicial pode assemelhar-se a feridas devido a brigas, abscessos, lesões de celulite ou com tratos fistulosos que não são responsivas a antibioticoterapia (SOUZA, 2003). Essas podem evoluir para lesões ulceradas, crostosas e com exsudatos purulentos. Nos casos mais graves, pode ocorrer a disseminação do fungo (pulmões, fígado, trato gastrintestinal, sistema nervoso central, olhos, baço, ossos, articulações, rins, testículos, mama e linfonodos) levando à letargia, prostração, anorexia e hipertermia (LARSSON, 2000; MARQUES, 1993; NOBRE, 2002; PIMENTEL, 2011). A esporotricose em felinos apresenta uma característica que distingue das outras espécies devido à exuberância de células fúngicas nas lesões cutâneas, o que potencializa a capacidade infectante das lesões para o homem e outros animais(MARQUES, 1993). Normalmente os felinos desenvolvem nódulos no tecido subcutâneo (AIELLO, 2001), que geralmente ulceram e drenam um exsudato seropurulento, formando crostas espessas (QUINN et al. 2005). Esses nódulos são indolores e desenvolvem uma crosta na parte mais saliente, eliminando pequenas quantidades de secreção que cicatrizam em três dias a quatro semanas, sendo que essas lesões se sucedem, levando a doença a persistir no animal por vários meses (BLOOD; RADOSTITS, 2004). Os sinais clínicos dos animais doentes caracterizam-se por formações circulares, elevadas, com alopecia e crostas, em grande número com ulceração central, sendo a forma cutânea a mais comum nos felinos, e no caso de disseminação da doença, podem estar presentes anormalidades oculares, neurológicas e linfáticas (ETTINGER; FELDMAN, 2000). 14 Essas lesões podem aparecer como feridas pequenas, penetrantes e drenantes, podendo ser confundido com abscessos bacterianos ou celulite causada por mordida ou arranhões em brigas entre gatos, uma vez que, o Staphylococcusintermedius pode aparecer como infecção secundária nas feridas (SOUZA, 2003). A doença raramente se dissemina para os ossos e órgãos internos, e ocasionalmente pode acometer primariamente o pulmão, evoluindo para a disseminação sistêmica (NUNES; ESCOSTEGUY, 2005). As formas pulmonar e/ou disseminada da infecção, embora incomuns, podem ocorrer quando os conídios do Sporothrixschenckii são inalados (KAUFMAN et al. 2000), porém, Ettinger; Feldman (2000), afirmam que gatos comumente apresentam a disseminação sistêmica e que a imunossupressão predispõe a infecção aumentando a probabilidade de disseminação. A esporotricose no gato apresenta uma forma similar a outras doenças como piodermatites, criptococose e carcinomas, e muitas vezes esses animais apresentam seu primeiro diagnóstico no estado avançado da patologia, levando o animal a óbito ou os mesmos são submetidos à eutanásia (LARSSON, 2000). 2.6 Diagnóstico Em animais, esporotricose pode ser diagnosticada por cultura de fungos ou observação visual direta dos organismos em lesões ou exsudados. Também pode ser diagnosticada pela inoculação em animais como camundongos ou ratos. A citologia por vezes revela os organismos característicos em exsudatos e biopsias de pele ou tecido. Na maioria das espécies incluindo cães e cavalos, S. schenckii está presente em números muito pequenos sendo difícil para detectar com métodos de coloração convencional. Em gatos, as leveduras são geralmente abundantes nas lesões e podem ser facilmente encontrados com hematoxilina e eosina, ou Mancha de Wright. Com os métodos convencionais de coloração, este organismo deve ser diferenciado de outras leveduras, tais como Candida spp.,Histoplasmacapsulatum, e Trichosporon spp. bem como o protozoário parasita Leishmania (BARROS et al. 2011). 15 O diagnóstico se baseia na anamnese, exame físico, exame dermatológico e exames laboratoriais. Dentre os exames complementares, existem o citológico, cultivo micológico, intradermorreação e histopatologia (PAES, 2007). O exame microscópico direto requer a pesquisa do agente etiológico da secreção, exames ou cortes histológicos da pele que podem ser feitos a fresco, clarificado com potassa ou após a coloração de Gram, Ácido Periódo de Schiff ou Giemsa. sendo mais comum o diagnóstico em casos de doença disseminada e após a inoculação em animais, podendo então ser observada formas alongadas, em “charuto”, formas leveduriformes com gemulação ou corpos asteróides (RESENDE; FRANCO 2001). O exame direto deve ser feito através de uma impressão no local da lesão com secreção ou outro material, podendo ser examinado a fresco, microscopicamente, entre lâminas e lamínulas ou mesmo em esfregaço corado, para observação das formas em charuto; mesmo assim é difícilvisualizar essas formas, de modo que frequentemente temos que utilizar métodos de coloração (AIELLO, 2000). Conforme Jones et al. (2000), secções microscópicas dos nódulos revelam um centro purulento circundado por uma ampla faixa de tecido de granulação epitelióide contendo células gigantes e linfócitos. Nos tecidos e no exsudato, o microorganismo encontra-se presente como células únicas e em forma de charuto, em grandes ou pequenas quantidades dentro dos macrófagos ou no meio extracelular. Os aspectos histopatológicos são uma combinação de reações inflamatórias dos tipos piogênica e granulomatosa, sendo que no exame citopatológico, o diagnóstico se dá pela visualização de estruturas leveduriformes coradas pela prata ou pelo Ácido Periódo de Schiff (SCHUBACH; SCHUBACH, 2000). O diagnóstico pode ser feito também por cultura das amostras obtidas das lesões não abertas e isolamento do agente (ETTINGER; FELDMAN, 2000). A cultura é o exame de escolha devido a maior eficiência no isolamento do agente, mas pode ser negativo nas formas localizadas. O material coletado pode ser pus, exsudato, material de curetagem ou “swab” de lesões abertas e aspiradas de nódulos cutâneos com seringa, o que pode ser facilitado injetando-se 0,1 ml de solução salina estéril e depois aspirado.Os testes sorológicos são indicadores altamente específicos, sendo o teste de aglutinação mais sensível; o resultado da 16 sorologia aparece em três a quatro semanas, podendo ser positivo em títulos baixos em pacientes normais de áreas endêmicas, sendo particularmente úteis para o diagnóstico de esporotricoseextracutânea, ou para monitorar a resposta ao tratamento (RESENDE; FRANCO, 2001). 2.7 Diagnóstico Diferencial Em virtude do grande polimorfismo que a doença apresenta, deve ser feito o diagnóstico diferencial de outras dermatoses. As afecções neoplásicas, infecções parasitárias, infecções bacterianas e reação a corpo estranho devem ser excluídas ao diagnosticar a esporotricose (LUPION, 2011). 2.8 Tratamento O tratamento da esporotricose felina ainda representa um desafio para veterinários (PEREIRA et al., 2010). Segundo Chaves (2012), o abandono do tratamento da esporotricose felina principalmente ocorre no momento em que o dono do gato observa a cura de lesões da pele, e devido a isto o proprietário não mais retorna com o animal para o acompanhamento clínico. Além disso, a irregularidade do tratamento pode conduzir à recorrência da doença, o que dificulta o processo de cura, o que representa um obstáculo para o controle da esporotricose. Os azóis são antimicóticos, químicos, de largo espectro, atuando sobre leveduras e bolores, apresentam um anel imidazol livre unido a outros anéis aromáticos por meio de uma união N-C em posição 1. Vários derivados do imidazol para uso sistêmico ou tópico no tratamento de diversas infeções micóticas. Os triazólicos, sobretudo o fluconazol e o itraconazol, ambos com largo espectro de ação e efeitos tóxicos bastante reduzidos (NOBREet al., 2002). O itraconazol é o antifúngico de eleição e apresenta amplo espectro de ação tanto nas micoses superficiais como sistêmicas. É um composto triazólico absorvível pela via oral, que age alterando a permeabilidade celular, com potente atividade antifúngica contra o S. schenckii (MUNIZ et al., 2009). É usado na terapia da esporotricose, desde 1993, no Brasil e então, em outros países, na dosagem diária de 10 miligramas por quilograma de peso, por via oral, diariamente e por meses, 17 havendo casos em que a terapia pode se prolongar por até um ano (LARSSON, 2010). Após a plena remissão lesional, o tratamento deve ser mantido por mais quatro semanas (MONTEIRO, et al, 2008; HNILICA, 2012). Os animais costumam responder bem à terapia com itraconazol ou cetoconazol na dose de 5 a 10mg/kg, por via oral a cada 12 ou 24 horas, sendo o itraconazol o mais tolerado pelos gatos (SCHUBACH; SCHUBACH, 2003). Em um histórico terapêutico tradicional o tratamento é o iodeto de potássio supersaturado 40 mg/kg, por via oral, com alimentação a cada 8 horas, em cães. Em gatos é o iodeto de potássio supersaturado 20 mg/kg, por via oral, com alimentação a cada 12 horas. O iodeto de potássio é administrado oralmente para produzir iodismo. E continuar por várias semanas após a recuperação e impedir o retorno com ainda mais intensidade no caso (HNILICA, 2012). Um tratamento usando uma solução de iodeto de potássio saturado, administrado por via oral, por 30 dias além da cura clínica aparente. Porém, deve- se monitorar o animal quanto a sinais de intoxicação como, anorexia, vômitos, depressão, contração muscular, hipotermia, miocardiopatia, colapso cardiovascular e morte, principalmente felinos que são sensíveis a iodetos. A dosagem recomendada de iodeto de potássio para felinos, é de 20mg/kg, via oral a cada 12 horas, associado à alimentação (AIELLO, 2001; GRAM; RHODES, 2003). Existe alguns tratamentos potencialmente eficazes como, anfotericina B (0,2 a 0,5mg/kg, IV, duas a três vezes por semana), flucitosina (25 a 35 mg/kg a cada 6 a 8 horas), cetoconazol (10 a 30mg/kg ao dia), itraconazol (5 a 10mg/kg ao dia) e fluconazol (2,5 a 5mg/kg ao dia), porém Klein (2007), ressalta que o fluconazol tem algumas limitações, sendo indicado somente quando o itraconazol não é tolerado. Estas limitações, segundo alguns autores, podem estar relacionadas com a falta de estudos para determinação da dose e posologia adequadas para o tratamento (AIELLO, 2001). Independente da droga utilizada, o tratamento desta enfermidade deve se estender por semanas (PATEL; SCHAIKH, 2006), dando continuidade por dois a três meses após a cicatrização das feridas cutâneas. 2.9 Prognóstico 18 O prognóstico é de reservado a bom, porem pode ser que ocorra recidivas. As práticas de higiene e utilização de luvas é essencial para o sucesso do tratamento. Assim como é necessário que o tratamento prossiga até que as lesões cicatrizem e as culturas sejam negativas. (MONTEIRO, et al, 2008; HNILICA, 2012) 2.10 Profilaxia Deve-se realizar uma higiene rigorosa quando manipulam animais com suspeita ou diagnóstico de esporotricose. Em animais, não há nenhuma maneira prática para prevenir infecções adquiridas a partir do ambiente. Os animais infectados, particularmente gatos, devem ser isolados para prevenir o organismo de espalhar. Manter gatos dentro de casa durante as epidemias pode reduzir o risco de infecção; uma vez que, comportamentos de brigas entre gatos têm sido implicados na propagação da doença (AIELLO, 2001). Gatos infectados devem ser isolados dos outros animais e pessoas até o final do tratamento, e preferencialmente manter esses animais em regime de internação em Clínicas Veterinárias em local apropriado, além de realização da castração para diminuir a sua ida às ruas,as saídas pela vizinhança, o instinto para a caça, o acasalamento, portanto, reduzindo a chance de transmissão da micose,cremação dos animais mortos com esporotricose para evitar que o fungo se perpetue na natureza e desinfecção das instalações com solução de hipoclorito de sódio(SCHUBACH; SCHUBACH, 2000). Algumas intervenções no ambiente podem ser necessárias, como limpeza de jardins e remoção de entulhos e a remoção de matéria orgânica em decomposição. Apenas o tratamento de gatos doentes e medidas relacionadas à esporotricose felina podem controlar a transmissão desta zoonose (BARROS, 2010; BARROS, 2011). 19 3. Considerações Finais A esporotricoseé uma zoonose importante.O fungo Sporothrixschenckii, causador da esporotricose, é amplamente disperso na natureza. O maior número de relatos da doença, em animais, ocorre em gatos domésticos, que são também os principais transmissores da enfermidade aos humanos. Esta patologia tem sido frequente em gatos, manifestando-se na forma cutânea localizada, cutânea linfática e cutânea disseminada; lesões ocorrem mais comumente no aspecto distal dos membros, cabeça e/ou base da cauda. O hábito dos felinos se lamberem pode espalhar a doença para áreas distintas como a face, orelhas e extremidades. O diagnóstico se baseia na anamnese, exame físico, exame dermatológico e exames laboratoriais. Dentre os exames complementares, existem o citológico, cultivo micológico, intradermorreação e histopatologia. O tratamento deve ser realizado com eficácia, devendo prolongar a administração das drogas empregadas neste período, mesmo após acura clínica. Os animais infectados, particularmente gatos, devem ser isolados para prevenir o organismo de espalhar. Manter gatos dentro de casa durante as epidemias pode reduzir o risco de infecção; uma vez que, comportamentos de brigas entre gatos têm sido implicados na propagação da doença. 20 4. Referências Bibliográficas AIELO, S.E. Manual Merck de Veterinária. 8. ed., São Paulo: Roca 2001. p. 307, 308, 447, 448, 855-857, 864, 925, 926. ANDRADE, S.F. Manual de Terapêutica Veterinária. 2. ed. São Paulo: Roca, 2002. p. 314, 468, 597, 598 AVILA-PIRES, F. D. A. Dinâmica dos Reservatórios Extra-Humanos das Doenças Infecciosas e Parasitárias. In:COURA, J. R (Org.) Dinâmica das Doenças Infecciosas e Parasitárias. 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