Buscar

Aula sobre o CTB DIREITO PENAL V 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
DIREITO PENAL IV
Lei 9.503/97 – CRIMES DE TRÂNSITO
Conceituação - Crimes de trânsito:
É a denominação dada aos delitos cometidos na direção de veículos automotores, desde que sejam de perigo – abstrato ou concreto – bem como de dano, desde que o elemento subjetivo constitua culpa.
2. Finalidade da lei
É a proteção da segurança viária. Vide art. 1º, § 2º da lei.
3. Crimes de perigo
A maioria dos tipos penais incriminadores é constituída por delitos de perigo, variando entre abstrato e concreto. Há apenas dois que se incluem dentre os crimes de dano: homicídio culposo e lesões corporais culposas. 
3.1. Polêmica acerca da natureza jurídica dos tipos penais do CTB
Para alguns autores, os crimes de trânsito são crimes de perigo e, para outros, são crimes de lesão.
A doutrina estabelece que há dois tipos de crime (de perigo e de dano).
Os crimes de perigo podem ser: de perigo abstrato que são aqueles em que há uma presunção absoluta de perigo ou de perigo concreto nos quais deve haver a prova de que o perigo, efetivamente, ocorreu como é o caso do art. 309 da lei 9.503/97.
Há outra classificação adotada por alguns autores que entendem haver outra espécie que é a dos crimes de lesão que é aquele onde o bem jurídico tutelado é efetivamente lesionado. Estes autores baseiam-se no princípio da lesividade que determina não haver crime sem efetiva lesão. 
Aqueles que seguem este entendimento criticam a classificação dos crimes quanto ao perigo, seja concreto ou abstrato, pois, há sempre grande dificuldade de se fazer prova do perigo e, além disso, nos casos de perigo abstrato, não se pode aceitar uma presunção absoluta, pois, esta viola o princípio da ampla defesa, uma vez que impede o agente de fazer prova de que o perigo não ocorreu.
Apesar de tudo isso, a doutrina majoritária ainda considera que os crimes de trânsito são crimes de perigo. Porém, vem surgindo entendimento no sentido de que tais crimes são de lesão e esta corrente vem ganhando cada vez mais adeptos.
3.2. Perigo abstrato e perigo concreto - Conceituações
Perigo abstrato – delito de perigo abstrato é a figura típica penal cuja probabilidade de ocorrência do dano (perigo) é presumida pelo legislador, independentemente de prova no caso concreto. Exemplo: art.310.
Perigo concreto - é a figura típica penal que, fazendo previsão da conduta, exige prova da efetiva probabilidade de dano abem jurídico tutelado. Exemplo: art. 309 - é indispensável que a acusação, além de descrever na denuncia ou queixa a conduta (dirigir veículo), faça menção à concreta possibilidade de dano (invadindo a contramão ou subindo na calçada e quase atingindo pedestres, por exemplo).
4. Absorção dos delitos de perigo pelos de dano
Os crimes previstos nos artigos 304 a 311 da lei 9.503/97 são de perigo, razão pela qual, havendo dano devem ser por estes absorvidos. Não há sentido em se punir o perigo, quando o dano consumou-se. Exemplo: se o agente dirige sem habilitação de maneira a colocar em risco a incolumidade pública a segurança viária, deve ser punido por crime de perigo. No entanto, se assim agindo, acaba atropelando e matando alguém, por exemplo, atingiu-se o que se pretendia evitar, ou seja, a perda da vida. O homicídio culposo absorve a direção sem a devida habilitação.
5. Art. 291 – DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
        § 1o  Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.705, de 2008)
        I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
        II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
        III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
        § 2o  Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
Art. 292.  A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.    (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
        Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
        § 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
        § 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
        Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
        Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.
        Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente.
        Art. 296.  Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
O parágrafo primeiro do art. 291 da lei 9.503/97 determina que se aplique aos crimes de transito de lesão corporal culposa o disposto nos artigos 74, 76 e 88 da lei 9.099/95, no quer couber, com exceto se o agente estiver nas condições apontadas nos incisos. 
ART. 297 DA LEI 9.503/97 – DA MULTA REPARATÓRIA
 Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime.
        § 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
        § 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 do Código Penal.
        § 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado.
O presente artigo diz respeito à multa reparatória que é destinada a vítima.
Segundo Fernando Capez, “o instituto somente se aplica aos crimes cometidos na direção de veículo automotor e desde que resulte em prejuízo material para pessoa determinada. Sua incidência acaba restrita aos crimes tipificados nos artigos 302 (homicídio culposo), 303 (lesão corporal culposa) e 304 (omissão de socorro) uma vez que somente nestes existe a figura do ofendido. Não se aplica aos delitosde perigo, porque a lei somente fala em dano material, isto é, concreto e efetivo, incompatível com as infrações de mero perigo de dano”. (Capez, vol. 4, p.284)
A despeito da natureza jurídica referida multa, tendo surgido dois entendimentos bastante equilibrados.
Primeira corrente: É multa civil, pois, de acordo com o próprio dispositivo do art. 297 do CTB haverá abatimento do que for pago caso a vítima venha a buscar indenização no juízo cível. Além disso, não há previsão desse tipo de multa nos preceitos secundários dos tipos penais do CTB. Desta forma, jamais deveria ser imposta, tendo em vista que nenhum dos crimes de trânsito a prevê, especificamente, em seus respectivos tipos incriminadores. Assim, de acordo o princípio da reserva legal (art. 5º, XXXIX, CR), não cominada no preceito secundário do tipo, a pena não poderá ser imposta.
Segunda corrente: a natureza é penal e o fundamento é o de que a multa reparatória é uma penalidade e o artigo 297 está, topograficamente, inserido entre os dispositivos penais do CTB. 
Segundo Capez, não se trata de pena principal, mas de mero efeito secundário extrapenal da condenação. Em geral, a condenação criminal transitada em julgado torna certa a obrigação de reparar o dano (art. 91, CP). Trata-se de um efeito genérico da condenação criminal.
A multa reparatória prevista no CTB trata-se de um efeito não genérico, mas específico, porque só se aplica a alguns delitos previstos no CTB. Ademais não se trata de efeito automático, exigindo-se menção expressa na sentença, até porque o juiz terá de apontar o seu valor. Tem eficácia maior do que o efeito genérico do art. 91, I, do CP. Não houve a simples formação de título executivo, condicionado a uma futura liquidação. O juiz fixa um valor, bastando à parte executá-la. (Capez, vol. 4, 284-285)
DO PERDÃO JUDICIAL NOS DELITOS DE TRÂNSITO
O artigo 300 do CTB, vetado pelo Presidente da República, versava sobre o perdão judicial referente aos crimes dos artigos 302 e 303 do CTB.
Em razão do referido veto, alguns autores passaram a entender que o perdão judicial não se aplicaria aos delitos acima mencionados. Porém, na própria razão de veto, o Presidente informou que o § 5º do art. 121 e o § 8º do art. 129 do Código Penal já disciplinam o instituto de forma bem mais abrangente. Assim não há razão para que não seja aplicado aos crimes de lesões corporais culposas e homicídio culposo praticados na direção de veículo automotor, até porque, ambos são crimes remetidos, ou seja, o caput do art. 302 “fala” em praticar homicídio culposo e o caput do art. 303 em praticar lesão corporal culposa e, para sabermos o que significa uma e outra expressão é necessário irmos ao Código Penal. Por isso esta classificação de crimes remetidos e, segundo o melhor entendimento, tudo o que se aplica ao crime que serve de paradigma, aplica-se também ao crime remetido.
PROIBIÇÃO DE FLAGRANTE
De acordo com o art. 301 do CTB, quando o autor de crime de trânsito de que resulte vítima presta socorro à mesma, não se lhe impõe prisão em flagrante nem se exige fiança. Além disso, segundo Luiz Flávio Gomes, o condutor não pode, sequer, ser levado à Delegacia, pois, o flagrante é composto de três momentos: captura, autuação e recolhimento ao xadrez e, como o art. 301 diz que não se imporá prisão em flagrante, estaria se referindo a todos os momentos do flagrante, diferentemente do que vem previsto no p. único do art. 69, da Lei 9.099/95 que determina a lavratura do termo circunstanciado – que equivale à fase da autuação – significando que, neste caso, deverá haver a captura e a autuação, só não havendo o recolhimento ao xadrez.
Dos crimes em espécie
HOMICÍDIO CULPOSO
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
        Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1o�� HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm" \l "art302§1"   No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:   (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;  (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;  (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;  (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.  (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
        § 2o Se o agente conduz veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência ou participa, em via, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente:  (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
Penas - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.  (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)   (Vigência)
Objetividade jurídica: proteção do direito à vida
Sujeitos
Ativo – qualquer pessoa.
Passivo – A coletividade
Conduta: praticar (realizar, cometer).
Elemento subjetivo: culpa
Consumação: com resultado morte.
Tentativa: não se admite
LESÃO CORPORAL CULPOSA
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
        Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
        Parágrafo único.  Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302.    (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
Objetividade jurídica: proteção do direito à integridade corporal
Sujeitos
Ativo – qualquer pessoa.
Passivo – A coletividade
Conduta: praticar (realizar, cometer)
Elemento subjetivo: culpa
Consumação: com o resultado lesão corporal.
Tentativa: não se admite
OMISSÃO DE SOCORRO
 Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
        Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.
        Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
Objetividade jurídica: proteção da vida e da saúde.
Sujeitos
Ativo – somente o condutor do veículo automotor envolvido no acidente com vítima que não tenha agido com culpa. Trata-se de crime próprio. Se o condutor tiver agido com culpa, estará configurada outra figura penal, que poderá ser homicídio culposo ou lesão corporal culposa.
Passivo – Vítima do acidente de veículo automotor.
Conduta: é um crime omissivo puro.
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: com a mera omissão.
 Tentativa: não se admite.
FUGA DO LOCAL DO ACIDENTE
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída:
        Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Objetividade jurídica: tutela da administração da justiça.
Sujeitos
Ativo – somente o condutor do veículo automotor envolvido em acidente. Crime próprio.
Passivo – Estado. Secundariamente a pessoa prejudicada pela conduta do agente.
Conduta: afastar (distanciar-se)
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: com a efetiva fuga do local do acidente.
Tentativa: admite-se, embora o crimeseja formal.
EMBRIAGUEZ AO VOLANTE
        Art. 306.  Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:          (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
        Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
        § 1o  As condutas previstas no caput serão constatadas por:           (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou           (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.           (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 2o  A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.   (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
§ 3o  O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.   (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
Objetividade jurídica: a proteção da incolumidade pública.
Sujeitos
Ativo – qualquer pessoa.
Passivo – A coletividade
Conduta: conduzir
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: com a efetiva direção 
Tentativa: não se admite
VIOLAÇÃO DE SUSPENSÃO OU PROIBIÇÃO DE SE OBTER PERMISSÃO OU HABILITAÇÃO PARA DIRIGIR VEÍCULO AUTOMOTOR
 Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código:
        Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
        Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
Objetividade jurídica: 
Sujeitos
Ativo – qualquer pessoa.
Passivo – Estado
Conduta: violar
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: com a efetiva violação
Tentativa: não se admite 
     
PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÃO NÃO AUTORIZADA - RACHA
        Art. 308.  Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada:     (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.    (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência)
§ 1o  Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.      (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência) 
§ 2o  Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.    (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)    (Vigência) 
Objetividade jurídica: a proteção a incolumidade pública
Sujeitos
Ativo – qualquer pessoa.
Passivo – A coletividade
Conduta: participar
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: com a efetiva participação em corrida
Tentativa: não se admite.
        
DIREÇÃO SEM HABILITAÇÃO
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
        Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Objetividade jurídica: tutela a incolumidade pública
Sujeitos
Ativo – qualquer pessoa.
Passivo – A coletividade
Conduta: dirigir
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: Com a efetiva direção do veículo
Tentativa: não se admite
Obs.: Crime fica absorvido pelo crime de lesão corporal culposa
ENTREGA DA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR A PESSOA NÃO AUTORIZADA
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
        Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 310-A.  (VETADO)  (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência)
Objetividade jurídica: tutela a incolumidade pública
Sujeitos
Ativo – qualquer pessoa.
Passivo – A coletividade
Conduta: permitir
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: com a realização da conduta
Tentativa: não se admite
    
 TRÁFEGO EM VELOCIDADE INCOMPATÍVEL COM A SEGURANÇA
   Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
        Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Objetividade jurídica: tutela a incolumidade pública
Sujeitos
Ativo – qualquer pessoa.
Passivo – A coletividade
Conduta: trafegar (transitar, dirigir)
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: com o efetivo tráfego em velocidade incompatível
Tentativa: não se admite
FRAUDE PROCESSUAL
        Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
        Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
        Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
Objetividade jurídica: proteção da administração da justiça
Sujeitos
Ativo – qualquer pessoa.
Passivo – O Estado
Conduta: inovar artificiosamente
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: inovar (modificar, adulterar)
Tentativa: admite-se
Obs.: Configura-se o crime ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou os processos aos quais se refere.
�PAGE �
�PAGE �13�

Outros materiais