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Casos Concretos de Ciências Políticas 1-5

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Como foi dito, o contratualismo é um rótulo teórico que guarda concepções bastante diferenciadas de organização do poder estatal. Nas várias visões contratualistas, embora a soberania seja percebida como um conceito central para justificar a forma de organização do Estado, os diversos filósofos a enxergaram de forma diversa uns dos outros. Então, tendo por pressuposto a questão da soberania nos três filósofos contratualistas clássicos (Hobbes, Locke e Rousseau), responda: 
a) Na charge acima, a que tipo de soberania seria possível dizer que a Graúna (o pássaro, personagem do cartunista Henfil) está referenciando, aquela pensada no contratualismo hobbesiano ou aquela pensada no contratualismo Rousseau? Justifique.
Aos olhos de Jean Jacques Rousseau, soberano é o povo. Porém, cada cidadão é soberano e súbdito em simultâneo, uma vez que contribui para a criação da autoridade (como tal, faz parte da mesma) embora, por sua vez, esteja submetido a esta mesma autoridade e seja obrigado a obedecer a esta.
b) O exercício da soberania popular no contratualismo lockeano se dá na mesma forma que no contratualismo rousseauniano? Justifique.
Não.
Para Rousseau a soberania popular acontece de forma direta, enquanto que para John Locke
se dá através de representantes (forma indireta). Embora as duas sejam democracias populares.
A construção da soberania: Locke é uma derivação de Hobbes; busca justificar o estado social liberal pela metáfora de um estado de natureza à sua semelhança. Se para Hobbes o caos social já estava no estado natural; para Locke, o estado natural já era embrionariamente liberal e tal condição tem que ser garantida pelo estado social. Daí a soberania lockeana não poder deixar de ser liberal. Em essência, ele criou um fictício estado natural com base em uma ideologia pré-determinada, isto é, o liberalismo.

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