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O GROTESCO EM O LABIRINTO DO FAUNO

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L-lto~q1..
17oc,ente,: ÇobíanD R~ri~o da SII'I4 çantô~
o Grotesco em O Labirinto do Fauno de Guillermo DeI Toro
Esta monografia é parte do processo avaliativo da disciplina optativa "O Grotesco na
Poesia Romântica Brasileira" ministrada pelo professor doutor Fabiano Rodrigo da
Silva Santos. Disponho-me, aqui, conceitualizar os padrões estéticos amplamente
debatidos em sala - sobre literatura e arte - contudo sobre a obra cinematográfica de
Guilherme DeI Toro.
A narrativa circular de DeI Touro começa através do estranhamento, após mostrar o
período histórico e localizar-nos o cenário, há no início, um jogo de extremo contraste
entre o campo sonoro e o imagético: um temo sussurrar de uma canção de ninar, e,
Ofélia caída, ensanguentada, em um enquadramento invertido, na beira do poço do
Fauno. O tempo, aqui, também entra em conflito com o campo sonoro, pois o sussurro e
a música estão correndo livremente, ou seja; estão seguindo em ordem cronológica,
enquanto a imagem segue retrocedendo o tempo e espaço da narrativa até o seu início.
Neste retrocesso, o roteirista conta o segundo plano de fundo que utilizará em sua
narrativa: o conto de fada, em que os elementos de bondade estão intimamente ligados
às trevas, em um mundo sombrio em que a dor e o sofrimento não existem;algo como }(
um "Édem" gótico.
Assim, como em todo paraíso, há aqui uma transgressão: uma pnncesa que quer
conhecer o mundo dos humanos acaba por se perder nas doenças e nas mazelas do
mundo terreno, deixando seu pai, o rei, em uma eterna espera pelo retomo da alma de
sua amada filha.
A troca de cena e de plano - fantasia x realidade- se dá por um fade in no desenho de
uma inquietante fada - entes que sempre são lembrados pela ambiguidade de suas
capacidades mágicas, usadas tanto para o deleite quanto para o desgosto de seu mestre,
cabem aqui nos lembrarmos da irlandesa Banshee, que veicula a morte iminente - até a
construção totalizadora da cena. Este é o ponto, no filme, em que somos introduzidos ao
narrador câmera; sorrateiro e peçonhento sempre a colocar o espectador num eterno
empreitarem-se na trama, como em uma olhar de Brasílico, horrendo e anômalo do
"entre coisas" no cenário. Este recurso está intimamente ligado à questão do grotesco e
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do sublime no conceito estético do filme, que, vêm a enfatizar o belo trabalho de
fotografia e o desenho de produção da película.
O início da estória dá-se à in media res; Ofélia e sua mãe, gestante, estão em um
comboio de dois carros e um caminhão de suprimentos, entrando por um bosque
circundado por montanhas.
Há, nesta tomada a confirmação de que estamos no conflito de resistência ao fascismo
na Guerra Civil Espanhola - "mercenários y fascistas, ay, Carmela, ay, Carmela",
Popular espanhola -, feito também por grupos de resistência que se escondiam nas
montanhas. O comboio adentra o bosque, sendo observado entre as árvores e centelhas
que saltam à luz, criando uma atmosfera mágica no bosque. O carro para, pois a mãe de
Ofélia sofre uma ânsia de vomito, aqui temos um plaint sobre o passado da mãe de
Ofélia: ao se debruçar no farol do carro, um Rolls- Royce, aparece à estatueta, O Espírito
do Êxtase que é o principal símbolo da marca inglesa de veículos de luxo. Mas
falaremos deste assunto mais a frente, quando surgir o Play-off.
Ofélia caminha e no "meio do caminho tinha uma pedra" ela encontra algo como um
totem, ao lado da estrada, e encaixa a estranha pedra no olho do rosto ali representado.
Sai da boca do totem um Bicho-pau (Ctenomorphodes chronus), Ofélia se assusta em
princípio, contudo, como é de se esperar de uma obra fantástica, a protagonista perde o
medo da estranha criatura e a denomina fada.
O estranho inseto segue o comboio e na chegada do acampamento, seduz Ofélia que o
segue até o labirinto, mas, ao fundo, Mercedes, a govemanta da casa, segue Ofélia
silenciosamente e a interrompe na busca pela fada. O primeiro e um dos únicos laços
afetivos que a protagonista terá por toda a narrativa é feio neste instante, quando ela
confia a Mercedes seu segredo: não é filha do Capitão. Há aqui um fade out mostrando
o caminhar e as confissões das duas personagem indo de encontro a um moinho,
referência básica do episódio idealista em Dom Quixote.
A narrativa segue sob a lua minguante, com a analogia da rosa que concede a
imortalidade, contudo está inacessível devido aos inúmeros espinhos envenenados é
posta lado a lado com o controle do tempo (vida) representado pelo relógio do capitão.
Nesta mesma noite, soldado captura dds camponeses que caçavam coelhos nos
arredores do acampamento fascista, esta cena, DeI Toro mescla o riso (baixo), o horror,
o monstruoso e o anômalo para demonstrar a frieza do antagonista. O exagero, a
(hro+e'i>CO fflf" ~\\OV' It]O e~1\\l1'l
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sordidez, a violência, a deformação do crânio do rapaz e a forma irracional e gratuita
com que o capitão executa a punição ao camponeses pelo simples fato de estar na hora
errada e no lugar errado cria uma cena grotesca, a primeira do filme.
A cena noturna volta ao espaço fechado do quarto de Ofélia, então, eis que acontece a
primeira visita noturna, a velha representação do pesadelo de não saber o quê há a
espreita, o medo ligado ao monstro por debaixo da cama e a tantos outros medos
derivados da sombria atmosfera noturna.
Ofélia é induzida a sair na penumbra, em direção ao labirinto. O estranho inseto, desta
vez totalmente metamorfoseado em fada, a guia até o centro do labirinto, aonde há o
poço em que a criatura Fauno vive.
A protagonista desce a escada em um close, o fade out revelá-los a mandala com água
no chão e um totem ao centro. Um olhar mais atento perceberá a criatura de costas
próximo à escada, contudo o espectador é induzido a olhar somente para descê-lo de
escadas da protagonista. A aparição de Fauno está bem semelhante ao trabalho feito
pelo Laboratório de Práticas Performativas da USP, em parceria com a SP Escola de
Teatro nas primeiras cenas da peça "A anatomia do Fauno", que, certamente usou a obra
do DeI Toro em seu trabalho de pesquisa.
Um Unheileich se faz aqui, no encontro de Ofélia e Fauno, estranhos indivíduos, mas,
velhos conhecidos, íntimos, diga-se de passagem. A criatura designa três tarefas para
que a princesa execute, em prova de que seu espírito não foi totalmente humanizado,
antes de a lua cheia chegar.
Neste momento, vale lembrar duas simbologias ligadas ao número de pedidos que o
Fauno faz a protagonista:
"O três é um número fundamental universalmente. Exprime uma ordem
intelectual e espiritual, em Deus, no cosmo ou no homem. Sintetiza a
Triunidade do ser vivo ou resulta da conjunção de 1 e de 2, produzindo,
neste caso, a União do Céu e da Terra." p.899.
"A Cabala multiplicou as especulações sobre os números. Parece ter
privilegiado a lei do ternário. Tudo provém, necessariamente, de três,
que não passa de um. Em todo ato, um, por si só, de fato se distingue:
1. o princípio atuador, causa ou sujeito da ação;
~ro1~sca e.s\' f'rb<--vJ~ '\' Abf\\x" !o b~\o e
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2. a ação desse sujeito, seu verbo;
3. o objeto dessa ação, seu efeito ou seu resultado.
Esses três termos são inseparáveis e são reciprocamente necessários uns
aos outros. Daí essa triunidade que encontramos em todas as coisas(WIRT, 67)" p.90J.
Os três pedido estão intimamente ligados ao ser duo que é a Ofélia. O primeiro dos
pedido, ela recebe logo depois de receber a surpresa que sua mãe havia prometido: um
lindo vestido verde musgo com uma avental branco - referência direta à obra de Charles-
Lutwidg,e Dodgsoo' "Alice no país das maravilhas" - e, do livro da encruzilhada, recebe
a missão de salvar uma antiga árvore dos abusos feitos por um enorme sapo que está em
seu interior, fazendo-o engolir três pedras de âmbar.
Aqui, a narrativa do conto de fadas que aparecem nas páginas em branco, trabalha
novamente em contraste com o plano real. Enquanto a protagonista lê o início da
criação, do bosque, e de como as criaturas conviviam em harmonia e se protegiam, uma
tropa do capitão, sai a cavalo, em disparada ao encontro de um possível inimigo.
A descida ao centro da árvore, revela a protagonista um novo mundo - Alice, novamente
- cheio de lama, e Oniscideas. Ofélia, como todo protagonista esperto, usa a
modificação morfológica que estes insetos são capazes de fazer, transformando-se em
uma esfera, e os oferece ao sapo enorme como um só banquete, fazendo com que o
interior do sapo se projetasse pela boca, transformando-se em uma espécie de bolha de
catarro ou um enorme tumor. As pedras de Âmbar não estão aí por mera coincidência,
este elemento está diretamente ligado à energia, tanto a física (energia elétrica) quanto à
energia cósmica, a alma universal. Isso justifica a função dela no pedido um do Fauno,
resgatar a chave e a harmonia fazendo a árvore se curar.
Temos também, a segunda cena ligada diretamente aos conceitos grotescos: no mundo--subterrâ~ suges.@o à coprologia, tanto no cenário quanto no enorme sapo, causa
repugnância em. quem assiste. Toda vez em que a protagonista faz alguma prova ela
perde algo, neste primeiro desafio ela volta com seu vestido cheio de lama.
Naquela noite, o Capitão receberia alguns ilustres para um jantar, na ocasião a esposa do
médico pergunta a mãe de Ofélia como ela e o capitão se conheceram. É aqui que está o
Play-off citado no início do texto. A estatueta presente no capô do Rolls-Royce, ela,
atualmente é chamada de O Espírito do Êxtase, porém nem sempre foi assim. A origem
desta icónica estátua, está ligada a uma estória de amor entre o Segundo Lorde Montagu
de Beaulieu, John Walter Edward Douglas-Scott-Montagu e sua secretária Eleanor
Velasco Thomton. A secretária tem a origem e seu fim bem semelhantes à Carmem, e
depois do trágico final, o Lorde mandou confeccionar a primeira estatueta chamada "O
sussurro" com a figura de sua amada fazendo um sinal de silêncio e fixada na parte
frontal do capô de seu Rolls-Royce. A marca então adotou o utensílio, fazendo algumas
modificações na posição da figura feminina e no nome da estatueta.
Ofélia volta ao labirinto com a chave, Fauno dá um giz pra ela e pede para guardar
ambos com cautela e aguardar mais informações, só falta duas provas e logo a lua cheia
estará entre eles. Ofélia consulta novamente o livro da encruzilhada e o presságio se dá
por sangue em todas as páginas: era sua mãe e seu irmão.
O médico da família pede ao capitão repouso absoluto para a sua esposa, sugere
também que Ofélia durma em outro quarto. A protagonista confessa, na mudança de
quarto, saber do segredo de Mercedes e que nunca contaria a ninguém. Sabemos, então,
de onde vem o sussurro de ninar da cena inicial: é Mercedes cantando para Ofélia.
Novamente a ocasião terrível de uma visita noturna é usada - algo bem fixado no
campo das artes
plásticas com a pintura de Johann Heinrich Füssli, "O pesadelo' - . Fauno dá uma
Mandrágora - um ser híbrido de dois reinos: o vegetal e o animal. Soma de planta e
gente que também tem um ambíguo sentido na simbologia: remédio milagroso com
ligações com a fertilidade, contudo, se usado de forma irresponsável, se toma um
veneno feroz - a Ofélia, pedindo para que a mantenha sob a cama de Carmen, em uma
bacia com leite, alimentando-a com três gotas de sangue por dia. Ele entrega uma bolsa
contendo três fadas e pede para que deposite sua confiança nelas e alerta sobre o
segundo pedido: não coma, nem beba absolutamente nada, entre, acesse a porta com a
chave e saia antes do tempo que a ampulheta marca se esgotar.
Este desafio colocará em prova a capacidade da protagonista de resistir à tentação,
também testará sua capacidade de intuição, já que ela não confia cegamente nas fadas
quando, seguindo seu coração, ignora o conselho delas e abre a porta que pensa ser a
correta.
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A ação ocorre no interior de uma cripta, há uma mesa farta de frutas e comidas redondas
e de três cores: vermelha, laranja e preta. Sentado à mesa está o Canibal Inumano, um
ser magro e flácido, com unhas enormes e sem cavidade ocular na face. Está cena es@
intimamente ligada à pintura de Francisco Goya, "Saturno devorando seus filhos" cujo
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semelhança está na ant~gia presente concepção de ambos. /--"") J tf/lV1.)2- PJ.e f8~ c!hC Iz;-........:---- ./ /
Os integrantes da resistência obtém êxito no ataque ao acampamento fascista, contudo, e f 12 -
011]1/1 it.um dos seus integrantes é capturado com vida e levado para ser interrogado. Novamente
os conceitos do Grotesco se encontram na cena do "interrogatório"- a tortura já começa-na apresentação dos utensílios, associando, cada um deles, a um nível de confiança
estabelecida entre eles - em que o Capitão usa da sordidez exagerada e violenta para
obter as informações do soldado gago resultando em uma mão quebrada e aberta ao
meio.
Fauno faz a corriqueira visita noturna, desta vez ele marca a unidade de tempo: faltam
três dias para a lua cheia, totalizando assim dezoito dias desde o início da narrativa.
Ofélia diz a Fauno que houve uma acidente na cripta do Canibal inumano, ela solta a
fada que restou e ela conta o que realmente aconteceu. Enfurecido ele diz ter desistido
dela e some na penumbra.
Ofélia é pega pelo Capitão observando a Mandrágora. Carmen intervém e resolve jogar
a criatura no fogo, contudo, assim como já mencionado posteriormente, estas criaturas
também são perigosas e acaba por fragilizar a mãe de Ofélia, que acaba falecendo
durante o parto.
De todas as criaturas mágicas e sombrias de que a protagonista se depara, a única que a
faz sentir medo levando-a ao choro é o fascista, o Capitão. Agora, sem a mãe e sem o
fauno, Ofélia está praticamente sozinha. Mercedes e Ofélia tentam fugir na calada da
noite, porém, sem sucesso.
O Capitão interroga a Mercedes - esperta e traiçoeira- que consegue ferir o Capitão
usando uma faca: sempre guardada em seu vestido. A cena da cozinheira rasgando a
face do Capitão, como se fosse uma porco é terrivelmente agoniante. O ferimento
exposto, aberto, horrível, causa náuseas.
Mercedes foge para a floresta, perseguida por uma tropa a cavalo. Os soldados da
resistência consegue matar quase todos os facitas a cavalo, salvando assim a Mercedes.
o terceiro pedido é feito, Fauno diz que resolveu dar uma outra chance a Ofélia. A
tarefa resume-se em obedecer cegamente e levar o irmão recém nascido ao labirinto.
Quando a protagonista consegue cumprir a missão, Fauno pede seu irmão em sacrificio.
Ofélia nega-se a oferecer o irmão e acaba morta por um tiro, disparado pelo Capitão.
A narrativa continua com o Capitão, com seu filho nos braços, saindo do labirinto. Ao
sair, ele percebe que o acampamento está tomado pelos republicanos da floresta. Ele é
morto naquele em frente ao Labirinto.
Agora, temos a imagem de Ofélia caída e ensanguentada, aquela do início, ela acaba
alcançandoo reino dos seu verdadeiros país, pois o ato de defender seu irmão era de
fato a tarefa a ser cumprida.
Podemos afirmar que, de todos os acontecimento e personagens desta trama, o capitão é
o mais próximo de se chegar ao conceito do grotesco. Ele, alegoria do quando o regime
fascista, ilustra foi cruel e nocivo à Espanha. O quantidade absurda de pessoas que
foram mortas durante a Guerra Civil Espanhola, algo em tomo de 500.000,
desestabilizou os setores da indústria, não haviam mão de obra suficiente. Na batalha,
os republicanos - a parte derrotada - que sobreviveram, tiveram que se exilar ou seriam
barbaramente assassinados.
No mesmo período histórico(1940), a Alemanha invade a Europa Ocidental, Holanda,
Luxemburgo, Bélgica e finalmente a França, o mundo passava por tempos obscuros. O
governo de Francisco Franco apoiava o eixo: Alemanha, Itália e Japão, contudo se
mantinha "neutro" e se recusou a enviar tropas para o front de batalha, pois precisava de
pessoas em seu país. A Espanha viveu o fascismo por quase quarenta anos, depois deste
período o país pôde finalmente viver democraticamente.
Referências
Chevalier, Jean, 1906- C452d Dicionário De símbolos: (mitos, sonhos, costumes, gestos,
formas, figuras, cores, números) / Jean Chevalier, Alain Gheerbrant [e a colaboração de,
André Barbault ... [et al.] ; coordenação Carlos Sussekind ; tradução, Vera da Costa e Silva ...
[et al.]. - 2. ed. - Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
Disponível em:< http://www.edwardianpromenade.comllove/the-spirit-of-ecstasy />. Acesso
em: 16 de fev. 2017.
Disponível em:<http://rroc.org.au/library/eleanor_spirit.html/>. Acesso em: 16 de fev. 2017.
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