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1 AULA 11: Sedimentologia Básica (I) — Sedimento, Transporte & Deposição — 2014-II Marco Brandalise de Andrade Para entender os processos sedimentares, é preciso saber: • Quem é o personagem destes processos? • Qual é a origem deste personagem? • O que “faz” este personagem? • Qual o seu destino? ���� Sedimentação 2 • Grão ⇒ partícula sedimentar (transporte mecânico) [argila (0,004-) < silte < areia (0,062–2mm) < cascalho] • Clasto ⇒ Klástos = quebra ou fragmento (gr.) • Detrito ⇒ detritus = gasto pelo atrito (lat.) ► Grão ~ clasto ~ detrito = partícula sedimentar • Dentro deste conceito, podemos considerar como: Seixos ~ grãos de areia ~ partículas de silte e argila ���� Sedimento • Grão ⇒ partícula sedimentar (transporte mecânico) [argila (0,004-) < silte < areia (0,062–2mm) < cascalho] • Clasto ⇒ Klástos = quebra ou fragmento (gr.) • Detrito ⇒ detritus = gasto pelo atrito (lat.) ► Origem na área-fonte, a partir de uma rocha-mãe, que delimita as características iniciais do grão ou clasto (junto com o intemperismo). ���� Origem do Sedimento 3 ► Quais são as rochas mais comuns? Ígneas! ⇒ Qual a sua composição? ���� Origem do Sedimento ► Quais são as rochas mais comuns? Ígneas! ⇒ Qual a sua composição? QUARTZO / FELDSPATO! ���� Origem do Sedimento 4 ���� Origem do Sedimento Fonte: internet Área-fonte ���� Origem do Sedimento Área-fonte IslândiaFonte: internet 5 ► Clastos diferentes podem se acumular em locais distintos (ambientes de sedimentação) de acordo com seu tamanho, mas passam pelos mesmos processos de transporte e deposição ⇒ “Diferentes no destino, mas iguais na viagem” ���� Destino do Sedimento Rio Lago Praia Mares e oceanos ���� Destino do Sedimento 6 ���� Destino do Sedimento O que são Processos Sedimentares: • Eventos relacionados à história sedimentar, desde a origem da partícula sedimentar... • passando pelo transporte da mesma... • até finalmente chegar em seu destino final, onde ocorre a deposição final. • Movimentação é o evento principal, que é mediado por algum agente ou processo de transporte. ���� Processos Sedimentares 7 ���� Processos Sedimentares Erosão: • Erosão = “Remobilização sistemática de grãos e partículas” (Teixeira et al., 2000). • Erosão = Transporte. • Cuidado com o uso coloquial do termo: ‘erosão’ no sentido de abrasão, onde pensamos mais no efeito de desgaste produzido em algo, por um evento de transporte, do que no próprio evento de transporte. • A erosão sucede o intemperismo, precede a deposição. • Quando começa? Na liberação do clasto. ���� Processos Sedimentares 8 Intemperismo ⇒⇒⇒⇒ Erosão ⇒⇒⇒⇒ Deposição ���� Processos Sedimentares Intemperismo ⇒⇒⇒⇒ Erosão ⇒⇒⇒⇒ Deposição ���� Processos Sedimentares 9 Intemperismo ⇒⇒⇒⇒ Erosão ⇒⇒⇒⇒ Deposição ���� Processos Sedimentares Intemperismo ⇒⇒⇒⇒ Erosão ⇒⇒⇒⇒ Deposição Intemperismo ⇒⇒⇒⇒ Erosão ⇒⇒⇒⇒ Isso porque o transporte de um clasto implica em contato com outros clastos... Intemperismo Erosão ⇒⇒⇒⇒ Deposição ���� Processos Sedimentares • Quanto menor a partícula, maior é a chance dela chegar ao destino final de deposição. • Partículas maiores frequentemente ficam retidas em zonas de intemperismo, até que seu tamanho diminua o suficiente para que o transporte seja feito até o final ⇒ fundo oceânico. COMO? 10 Intemperismo físico • Fraturamento por congelamento e expansão. Fonte: internet ���� Processos Sedimentares Teixeira et al. 2009. Decifrando a Terra. São Paulo: Ed. Nacional, 623pp. ���� Processos Sedimentares Intemperismo físico • Fraturamento por congelamento e expansão. 11 ���� Processos Sedimentares Intemperismo químico • Eg, dissolução. Fonte: internet Relação superfície-volume: • Com o faturamento e isolamento de blocos, a superfície cresce geometricamente com o numero de blocos, enquanto volume se mantém igual. • > troca de temperatura, > ação química. Teixeira et al. 2009. Decifrando a Terra. São Paulo: Ed. Nacional, 623pp. ���� Processos Sedimentares 12 Relação superfície-volume: • Ou seja: (i) quanto maior a superfície relativa do clasto, mais facilmente ele é alterado... • ... e (ii) quanto mais fragmentada é uma rocha, mais facilmente suas partes serão modificadas/transportadas. Teixeira et al. 2009. Decifrando a Terra. São Paulo: Ed. Nacional, 623pp. ���� Processos Sedimentares Entendendo as classes de Granulometria: • Cada classe de grão é duas vezes maior que a classe inferior e tem metade do diâmetro da classe maior. ���� Processos Sedimentares 13 Quanto menor a partícula sedimentar: 1) menor o nível de energia necessário para a sua re-mobilização; 2) mais longe ela pode ser transportada; 3) mais facilmente pode ser alterada (maturação) ���� Processos Sedimentares Tipos de Transporte: físico ou químico • Se físico, na forma de clastos; • se químico, na forma de íons. ���� Transporte 14 Como o grão reage ao transporte? Forças de corpo ⇒⇒⇒⇒ massa, volume, densidade • Gravidade/força-peso • Empuxo • Densidade relativa = Dgrão/Dfluído Forças de superfície • Fricção • Coesão • Turbulência • Esforço tangencial • Resistência Drel > 1,0 ⇒⇒⇒⇒ decanta Drel < 1,0 ⇒⇒⇒⇒ flutua ���� Transporte Transporte físico ⇒ gravidade, água, gelo, vento, etc. Transporte de grãos/clastos livres • Grão individual ⇒⇒⇒⇒ liberdade de movimento • Fluido com baixa viscosidade • Forças de corpo + superfície Transporte gravitacional • Massa de grãos/clastos • Massa fluidal viscosa • Força-peso ���� Transporte 15 • Suspensão • Saltação • Arrasto • Rolamento ���� Transporte G ra n u lo m e tri a En e rg ia do flu xo Rotação em torno do próprio eixo Transporte físico (em baixa viscosidade) Para o transporte de um mesmo clasto, de massa X: Durante o transporte: Processo de maturação químico-física. ���� Transporte Movimentação gravitacional/ Transporte pluvial Incorporação à carga de rios e corredeiras Deltas, mangues, estuários, praias Mares e oceânos Lagos Dissolução - Redução do tamanho - Arredondamento - Proporção quartzo/feldspato - Perda de matriz pelítica - Seleção granulométricaM a tu ra çã o : 16 Alteração esferoidal ⇒ eliminação de arestas por fatores químicos + físicos; diminuição da relação superfície-volume. Teixeira et al. 2009. Decifrando a Terra. São Paulo: Ed. Nacional, 623pp. ���� Transporte Deposição física: Forças que atuam no clasto deixam de exercer seu efeito de transporte; o clasto decanta e permanece estável no fundo existente. • Diminuição da energia ou viscosidade do fluído. • Obstáculos, contato com componente de fundo. • Maturação do clasto ⇒ mudança de propriedades. ���� Deposição 17 Transporte químico: Substâncias em solução • Íons e radicais iônicos • Colóides • Soluto (eg, íons) ⇒ sedimento (eg, mineral depositado) • 3 modos: (i) precipitação química natural, (ii) precipitação química bioinduzida; (iii) ação direta de organismos ���� Deposição Deposição química: (i) precipitação química natural Carste Salinas ���� Deposição 18 Deposição química: (ii) precipitação química bioinduzida Estromatólitos ���� Deposição Deposição química: (iii) ação direta de organismos ���� Deposição 19 Deposição química: (iii) ação direta de organismos ���� Deposição Domínios Geográficos • Domínio Intempérico (intemperismo e pedogênese) • Domínio Erosivo (remobilização de matéria) • Domínio Sedimentar (aporte matéria) ⇒ Predomínio de um processo sobre todos os outros, mas todos ocorrem em todos os lugares! • Área-fonte (DI+DE) ⇒ Bacia Sedimentar (DS) • Serra + planície costeira ⇒ Oceano• Serra + planície costeira ⇒ Lagoa dos Patos ���� Domínios Geográficos 20 Domínios Geográficos • Domínio Intempérico • Domínio Erosivo • Domínio Sedimentar Área-fonte Bacia sedimentar Nível de Base Deposição > Erosão Erosão > Deposição ���� Domínios Geográficos Domínios Geográficos ���� Domínios Geográficos 21 ���� Transporte ���� Transporte 22 ���� Transporte
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