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1 AULA 19: Fósseis e Fossilização 2014-II Marco Brandalise de Andrade Etimologia Etimologia da palavra Paleontologia ⇒⇒⇒⇒ 3 raízes gregas: Palaios (piαλαιοσ) - antigo Ontos (οντοσ) - o ser, o que é lógos (λογοσ) - tratado, fundamento, razão, estudo. = “Estudo dos Seres Antigos”. A Paleontologia estabelece a ligação entre as ciências geológicas e biológicas, derivando de ambas os seus princípios e métodos, ao mesmo tempo que lhes fornece dados relevantes ⇒ interdisciplinaridade. ���� Paleontologia 2 Paleontologia X Arqueologia • Paleontologia: preocupa-se principalmente com a atividade biológica de organismos e o contexto em que esta atividade ocorreu e foi preservada; centrada no estudo dos fósseis e da vida. • Arqueologia: preocupa-se principalmente com a atividade humana pré-histórica e seu registro, nos seus aspectos físicos, culturais e sociais; centrada no estudo da cultura material e modo de vida. GRANDE espaço para sobreposição, cooperação e interdiciplinaridade! ���� Paleontologia Paleontologia X Arqueologia Paleoarte: Julius Csotonyi ���� Paleontologia 3 Paleontologia X Arqueologia ���� Paleontologia Paleontologia X Arqueologia ���� Paleontologia 4 Paleontologia X Arqueologia ���� Paleontologia Arqueologia: Exemplos de elementos da cultura material, frequentemente associados aos sepultamentos Eg., atividade (sepultar) e mitos associados, ferramentas, adornos, cuidado, aspectos antropológicos, etc Ramos da Paleontologia ���� Paleontologia 5 Mas afinal, pra que serve a Paleontologia? Importância: • Evolução biológica • Reconstruções paleoambientais • Datação • História geológica • Aplicação econômica ⇒⇒⇒⇒ depósitos minerais (petróleo, carvão, calcário, etc) ���� Paleontologia Paleontologia e a Evolução Biológica ���� Importância da Paleontologia 6 Paleontologia e a Evolução Biológica ���� Importância da Paleontologia Paleontologia e a História Geológica ���� Importância da Paleontologia 7 Paleontologia e a História Geológica ���� Importância da Paleontologia Fo to : M BA n dr ad e Buffetaut (1982) Paleontologia e a História Geológica Arte: Gabriel Lio ���� Importância da Paleontologia 8 O que é um fóssil? Definição •Fóssil deriva do termo "fossilis“ • A raiz "fossus“ é o particípio passado de "fodere" (i.e. cavar a terra; arar). • Fóssil significa literalmente "o que se extrai cavando". • PLÍNIO (séc. I ac) ⇒ obra “Historia Naturalis”. • O termo ‘fóssil’ começou a ser usado no final do Sec. XV e início do XVI. ���� Fósseis O que é um fóssil? Definição • Fósseis são restos (=somatofósseis) ou vestígios (=icnofósseis) de organismos preservados em sistemas naturais; passíveis de identificação; e que tiveram tempo de passar por estes processos naturais de preservação (=normalmente, mais antigos do que o holoceno). • O processo central que caracteriza um fóssil é a fossildiagênese (conjunto de processos químicos de preservação). • Elemento central (porém não único) da Paleontologia ���� Fósseis 9 O que é um fóssil? O termo “organismos” ⇒ inclui todos os seres vivos. O termo “restos” ⇒ define parte física de um organismos O termo “vestígios”⇒ evidências indiretas nos sedimentos, que não representam o próprio corpo, mas deixadas pelos organismos (eg, pegadas, ovos, etc). O termo “sistema natural” ⇒ todas as possibilidades de locais ou estruturas naturais que possam conter fósseis. Excluímos: estruturas de origem biológica que não permitam uma identificação do organismo original; aplicam- se expressões gerais como petróleo, carvão e bioclasto. ���� Fósseis • Restos (=somatofósseis; ‘fósseis’ senso estrito) são o registro somático dos organismos; partes do corpo preservadas diretamente. • Eg, ossos, carapaças, valvas, esqueletos de corais, etc. ���� Tipos de Fósseis • Vestígios (=icnofósseis) são o registro indireto de atividade biológica. Eg, impressões, pegadas, ovos, ninhos, tocas, etc. 10 Moldes Interno / Externo & Contramoldes ���� Tipos de Fósseis Compreendem: 1) Processos da Bioestratinomia ⇒⇒⇒⇒ história sedimentar dos restos orgânicos até o soterramento (eg, causa mortis, necrólise, transporte). 2) Processos da Fossildiagênese ⇒⇒⇒⇒ história sedimentar dos restos após o soterramento, envolvendo inclusive processos intempéricos e erosivos. Em seu conjunto, estes processos são regidos pelas “leis de preservação” ⇒⇒⇒⇒ Tafonomia ���� Fósseis & Fossilização Processos de Preservação 11 ���� Fósseis & Fossilização Bioestratinomia Fossildiagênese Soterramento Coleta Processos de Preservação ���� Fósseis & Fossilização Bioestratinomia Fossildiagênese Processos de Preservação 12 • Fossildiagênese – conjunto de ações da diagênese sobre o clasto de origem biológica. ���� Fósseis & Fossilização Processos de Preservação • Para entender a fossildiagênese, é preciso retomar primeiro o conceito de diagênese... • Diagênese – Conjunto de processos envolvendo as alterações químicas e físicas sofridas pelo sedimento (incluindo seus clastos), iniciados no momento em que ocorre a deposição e incluindo a transformação do sedimento em rocha; efetivamente, sendo um processo contínuo (vide ciclo das rochas e ciclo da água), se estende até o momento de sua retirada do ambiente (coleta), ou sua destruição por processos erosivos e intemperismo. • Conjunto de processos envolvendo as alterações químicas e físicas sofridas pelos restos de organismos, desde o momento de seu soterramento até o momento da coleta, ou o momento de sua completa destruição por processos erosivos e intemperismo. • Disso entendemos que fósseis são sistemas dinâmicos; nunca estão prontos; apenas a partir de um ponto, paramos de considera-los como restos de natureza orgânica e passamos a considera-los como fósseis. “Fossilização é o caminho mais longo entre a morte do organismo e a completa desintegração dos seus restos orgânicos” ���� Fósseis & Fossilização Fossildiagênese! 13 Fossildiagênese! ���� Fósseis & Fossilização Fossildiagênese! ���� Fósseis & Fossilização 14 Bioestratinomia: • Processos diversos que interferem com a carcaça precedem o soterramento. • Fatores bioestratinômicos vão controlar o soterramento. • Soterramento encerra a fase de bioestratinomia. • Fossildiagênese! ���� Fósseis & Fossilização Fossildiagênese: • Sedimento é acumulado e os restos orgânicos são decompostos • Alterações físicas: compressão e deformação pelo peso do sedimento. • Alterações químicas por ação da água. • Final da fase deposicional e início da fase erosiva. • Exposição e destruição. ���� Fósseis & Fossilização 15 Duas ações principais: • acumulo gradual de sedimentos e compactação dos sedimentos subjacentes; • alteração dos sedimentos pela pressão, temperatura e ação da água, levando à progressiva consolidação da rocha. Os restos orgânicos associados ao sedimento irão sofrer estas mesmas ações. Fossildiagênese! ���� Fósseis & Fossilização 1º) Compactação: O peso da coluna de sedimentos (ação litostática) leva a diminuição da porosidade do sedimento e perda de água. Os restos orgânicos podem sofrer deformações (eg, torção e / ou aplastramento). Fossildiagênese! ���� Fósseis & Fossilização 16 2º) Cimentação: Aglutinação dos elementos da matriz sedimentar por precipitação de compostos químicos, transportados pelos fluídos intersticiais. Os restos orgânicos passam por alterações físico- quimicas (fossildiagênese), deixando de apresentar sua estrutura e / ou composição original. Fossildiagênese! ���� Fósseis & FossilizaçãoNa fossildiagênese, predominam cinco mecanismos / processos diferentes de preservação. 1º) Inscrustação 2º) Permineralização 3º) Substituição 4º) Recristalização 5º) Carbonificação Esquema no quadro!} Fossildiagênese! ���� Fósseis & Fossilização 17 Fossildiagênese 1º) Inscrustação – a água deposita na superfície do material uma crosta mineral que reveste o material orgânico, geralmente duro; muito comum em ambiente cárstico, onde há forte deposição de carbonatos. ���� Fósseis & Fossilização Fossildiagênese 2º) Permineralização – a água penetra nas porosidades do material orgânico, ali depositando minerais que vão preencher os pequenos espaços (muitas vezes microscópicos). ���� Fósseis & Fossilização 18 Fossildiagênese 3º) Substituição – a água promove a substituição molécula por molécula do material original, depositando novos minerais ao mesmo tempo que solubiliza os minerais originais; as mais comuns são: calcita ⇒ sílica ou sílica opalina ⇒ calcita. ���� Fósseis & Fossilização Fossildiagênese 4º) Recristalização – componentes da rocha são solubilizados pelos fluidos percolantes e estes re-precipitam sob a forma de cristais individualizados, macroscópicos; propicia a desestabilização de minerais originais (metaestáveis) em fases estáveis (eg. aragonita ⇒ calcita). ���� Fósseis & Fossilização 19 Fossildiagênese 4º) Recristalização ���� Fósseis & Fossilização Fossildiagênese 5º) Carbonificação – ocorre a perda progressiva de voláteis (O, H, N) durante a diagênese, restando o carbono original; típico de condições anóxicas; preservação refinada de microestruturas e tecidos moles. Quando ocorre em condições subaéreas é chamada de Carbonização. ���� Fósseis & Fossilização 20 Preservação de Partes Moles • O oxigênio é o principal agente de destruição da matéria orgânica (processos de oxidação), disponível no meio e no próprio material em decomposição. • Água (solvente universal) e temperatura alta também colaboram para essa decomposição (intemperismo!), além da ação de organismos necrófagos e decompositores. • Para ocorrer a preservação deve haver um soterramento rápido em ambientes anóxicos, onde material ficará isolado destes fatores. Nestes casos, ácidos orgânicos liberados pela decomposição inicial da carcaça e substâncias no meio tem mais afinidade com o oxigênio do que os restos orgânicos, “roubando” o oxigênio disponível e deixando os tecidos intactos ou pouco alterados. ���� Fósseis & Fossilização ���� Fósseis & Fossilização 21 Preservação de Partes Moles ���� Fósseis & Fossilização Preservação de Partes Moles ���� Fósseis & Fossilização 22 Preservação de Partes Moles ���� Fósseis & Fossilização Messelirrisor grandis Messel, Alemanha Preservação em nódulos – Bacia do Araripe ���� Fósseis & Fossilização • Gênese de nódulos carbonáticos no Membro Romualdo da Fm. Santana, Cretáceo Inferior (Aptiano– Albiano) da Bacia do Araripe, NE do Brasil • Preservação de tecidos moles em concreções, com recristalização. Adaptado de Martill (1988) apud Carvalho (2000). Martill D. 1988. Palaeontology, v31:1–18) Carvalho IS. 2000. Paleontologia. São Paulo: Interciência. 628pp. 23 Preservação em nódulos – Bacia do Araripe • Sem necrófagos • Soterramento facilitado pela ação de microcrustáceos • Fossildiagênese • Condições em pós-soterramento • Formação de nódulos • Recristalização ���� Fósseis & Fossilização Outros Tipos de Preservação Orgânica Preservação em piche – Poços que funcionavam como armadilhas naturais de vertebrados terrestres (La Brea tar pits, EUA); frequentemente preserva partes moles. ���� Fósseis & Fossilização 24 Outros Tipos de Preservação Orgânica Mumificação – Processo de preservação por dessecação (stress hidrico), frio intenso, ou ambos; frequentemente preserva partes moles. ���� Fósseis & Fossilização Outros Tipos de Preservação Orgânica Preservação em âmbar – Preservação em resina vegetal mineralizada; a resina isola o material de fatores ambientais e do oxigênio; usualmente preserva insetos ou outros pequenos animais, inclusive partes moles. ���� Fósseis & Fossilização 25 Preservação em âmbar ���� Fósseis & Fossilização Outros Tipos de Preservação Orgânica Outros Tipos de Preservação Orgânica Preservação em âmbar ���� Fósseis & Fossilização 26 Outros Tipos de Preservação Orgânica Preservação em âmbar ���� Fósseis & Fossilização Outros Tipos de Preservação Orgânica Preservação em âmbar ���� Fósseis & Fossilização 27 Outros Tipos de Preservação Orgânica Preservação em âmbar ���� Fósseis & Fossilização ���� Icnofósseis Evidências Indiretas da Atividade Orgânica – Pegadas 28 ���� Icnofósseis Evidências Indiretas da Atividade Orgânica – Pegadas ���� Icnofósseis Evidências Indiretas da Atividade Orgânica – Pegadas 29 ���� Icnofósseis Evidências Indiretas da Atividade Orgânica – Coprólitos ���� Icnofósseis Evidências Indiretas da Atividade Orgânica – Ovos e ninhos Oliveira et al. 2011. Palaeontology v54(2) 30 • A qualidade de nossas observações melhorou muito! ���� Reconstruindo Fósseis Iguanodon ���� Reconstruindo Fósseis 31 Iguanodon – 1980 ���� Reconstruindo Fósseis Tyrannosaurus & Triceratops ���� Reconstruindo Fósseis 32 ���� Reconstruindo Fósseis Tyrannosaurus & Triceratops Elasmosaurus ���� Reconstruindo Fósseis 33 Giraffatitan brancai (=Brachiosaurus brancai) ���� Reconstruindo Fósseis Paleoambiente, comportamento, Morfologia funcional & biomecânica. Oviraptor ���� Reconstruindo Fósseis Morfologia, alimentação, paleoecologia, comportamento reprodutivo. 34 Comportamento de nidificação e cuidado parental em Maiasaurus ���� Reconstruindo Fósseis É necessário ter responsabilidade e preparo metodológico; Credibilidade frente à sociedade como um todo ⇒⇒⇒⇒ Ciência ���� Reconstruindo Fósseis 35 O papel de um paleontólogo é recuperar diversidade e eventos passados, para reconstruir a história da vida. Isso só pode ser feito com muito preparo, uso de metodologias apropriadas, conhecimento de anatomia comparada, publicação com peer review, validação de resultados, acesso livre a materiais e divulgação bem feita para a Socidade. E uma boa dose de cautela! ���� Reconstruindo Fósseis ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. Celacanto 36 ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. Celacanto (Latimeria chalumnae) ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. Celacanto (Latimeria chalumnae) 37 ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. Neoceratodus ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas.Sphenodon punctatus 38 ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. Lingula ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. Nautilus Limulus 39 ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. Ginko ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. Equidna Ornitorrinco 40 ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. “Tubarões” “Crocodilos” ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. PROBLEMA: Ao longo da evolução, espécies podem mudar em características facilmente reconheciveis (eg, anatomia, morfologia externa), mas podem também mudar APENAS em características que não são facilmente identificáveis (eg, genéticas, fisiológicas) ⇒ eidoforonte. Eidoforonte: Entidade evolutiva que muda no tempo e no espaço; a idéia de “fóssil-vivo” é ilusória... uma dificuldade amostral na identificação da natureza da mudança evolutiva; vemos a morfologia, mas não as outras características. 41 ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Fóssil-vivo – Espécie conservativa, que mudou pouco em sua evolução, mantendo as características de seus ancestrais; frequentemente, de grupo ou linhagem que se acreditava extinta ou com poucas espécies vivas. Mais sobre isso em: Romano et al. 2007. Porque um “Fóssil Vivo” não pode Existir: dedução lógica através de abordagem sistemática. In: Carvalho et al. (eds). Paleontologia: Cenários da Vida. Rio de Janeir: Interciência. 51–59. Texto disponível no Moodle! ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Táxon-lazaro (Lazarus-taxon) – Grupo ou espécie com gap no registro fóssil, sem ocorrências conhecidas durante parte importante do registro geológico, mas que “ressurge” em momento mais recente, evidenciando uma ghost-lineage. Ghost-lineage – Linhagem inferida em gap do registro fóssil, com base na distribuição de espécies daquele grupo e nas árvores evolutivas propostas. 42 ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa Young et al. 2013. Journal of Systematic Palaeontology, v11(4) ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa 43 ���� Fósseis-vivos X Lazarus-taxa An dr ad e . 20 10 . Ph D , Un iv e rs ity o f B ris to l, pp 22 5. ���� Legislação DECRETO-LEI Nº 4.146, de 04 de março de 1942 Dispõe sobre a proteção dos depósitos fossilíferos O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o Art. 180 da Constituição, DECRETA: Art.1º - Os depósitos fossilíferos são propriedade da Nação, e, como tais, a extração de espécimes fósseis depende de autorização prévia e fiscalização do Departamento Nacional da Produção Mineral, do Ministério da Agricultura. Parágrafo único - Independem dessa autorização e fiscalização as explorações de depósitos fossilíferos feitas por museus nacionais e estaduais, e estabelecimentos oficiais congêneres, devendo, nesse caso, haver prévia comunicação ao Departamento Nacional da Produção Mineral. Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário. 44 ���� Legislação Código de Mineração Art. 10 - Reger-se-ão por Leis especiais: I - as jazidas de substâncias minerais que constituem monopólio estatal; II - as substâncias minerais ou fósseis de interesse arqueológico; III - os espécimes minerais ou fósseis destinados a Museus, Estabelecimentos de Ensino e outros fins científicos; IV - as águas minerais em fase de lavra; e, V - as jazidas de águas subterrâneas. ���� Legislação 45 ���� Legislação ���� Legislação Retirada de fósseis em escavação no Araripe 46 ���� Legislação Retirada de fósseis de cetáceos em escavação no Chile
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