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FICHAMENTO BONAVIDES

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--------------------------------- FICHAMENTO--------------------------------------
Nome: FABIANO PEREIRA SILVA
R.A. :2170816-7
Turma:1°B
Texto: BONAVIDES, Paulo. “8 - Legalidade e legitimidade do poder político”, em Ciência Política. 10ª edição. São Paulo: Malheiros, 2000. (06/03).
	Preliminarmente, o autor Paulo Bonavides afirma que legalidade é a observância das leis. Na esfera estatal que o Estado deve atuar sempre com as regras jurídicas vigentes e reger-se segundo a Constituição. 
	O autor explica em seguida que legitimidade tem “exigências mais delicadas” fazendo uma comparação com o conceito de legalidade. Taxativamente, o autor afirma: “A legitimidade é a legalidade acrescida de sua valoração”. (BONAVIDES, 2000, p. 140)
	Afrente, o autor afirma que no conceito de legitimidade entram crenças de determinada época, ou seja, que o contexto histórico guia a manifestação do consentimento e a obediência. Pela lógica, infere-se que enquanto o tempo evolui (zeigeist), tais crenças alteram-se. Alterando assim também o próprio conceito de legitimidade. 
	No caso de uma democracia, o autor delega à constituição (quando esta é observada e praticada) o poder de ter legalidade e dar legitimidade ao regime.
	O autor explica que o princípio da legalidade nasceu do anseio de estabelecer regras. Infere-se que a legalidade deve seguir padrões no sentido de estabelecer um patamar que traga segurança, controle. O autor fala que tais regras deveriam ser obras da razão e que deveriam protegessem os indivíduos das ações arbitrárias e imprevisíveis dos governantes. (Ibidem, p. 140). A ideia principal de trazer controle e confiança na atuação dos titulares do poder. Apesar de o autor trazer tal ideia de segurança positivada, dentro de tais regras sempre existiu uma margem de liberdade de atuação do líder político. Quer fosse pela falta de fiscalização, ou pela previsão de um poder moderador�, as regras apenas diminuíam o descontrole do absolutismo. Atualmente, essa liberdade prevista é chamada de discricionariedade. Em momento algum do texto, se fala dessa prerrogativa legal que dá poderes aos líderes para realizarem medidas não oportunas, tão pouco convenientes aos indivíduos. Tal liberdade dentro da legalidade enseja para admissão de um caráter pessoal interferindo nos atos Administrativos. 
	O autor dá contexto histórico para o nascimento da legalidade e legitimidade e cita a França de 1804 quando o código napoleônico marcou o início da legalidade positivada. 
	Citando exemplos da crise da legalidade, o autor relembra a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha e a implantação da ditadura na Tchecoslováquia pelo partido comunista, pois tais fatos históricos foram de fato guiados e balizados pelas leis.
	 Ainda no tocante à crise da legalidade, o autor cita Marx que alega que a lei foi “degradada” aos interesses das lutas de classes. (Ibidem, p. 144) 
Indaga-se, que outra serventia teria a lei para quem as faz, senão atacar a oposição. Afinal, isso é luta de classes. Isso é política. Quando a oposição chega ao poder, manipula e degrada a lei da mesma forma que os antigos governantes. A política usa a lei para os interesses de setores específicos na sociedade. 
O autor fala das razões que regem a necessidade ou inevitabilidade do poder político na sociedade. O autor questiona a legitimidade de uma sociedade onde uns mandam e outros obedecem e da temporariedade do poder estatal e sua coerção. (Ibidem, p. 145) 
O autor não considera separar o poder político do Estado, inferindo que um não pode existir sem o outro. No pensamento do autor o Estado não poderia ser tecnocrático e ser gerido objetivamente sem ingerência política.
O autor cita Max Weber que distingue três formas básicas de manifestação de legitimidade. A saber, a carismática, a tradicional e a legal. (Ibidem, p. 145) A carismática assenta-se sobre crenças. A autoridade tradicional, segundo Max Weber, é o da autoridade patriarcal, onde o governante é o senhor. (Ibidem, p. 147) Na autoridade legal, temos o estatuto como suporte de tal autoridade. 
O autor lembra que a legitimidade requer uma presunção de juridicidade. (Ibidem, p. 148). Ainda sobre o tema, o autor cita a doutrina mais recente em que a legalidade é formal e a legitimidade se respalda na opinião pública. Um governo é legal, consequentemente legítimo (Ibidem, p. 149)
Ainda sobre o tema, o autor assevera que o governo legítimo se faz obedecer não pela força, mas pela obediência espontânea e o governo só é contestado pelo anarquismo. (Ibidem, p. 150). O texto segue relembrando que na idade média a crença era voltada para Deus e atualmente se consente o regime da democracia, que logo no seu início na Grécia matou Sócrates.
� O Poder Moderador é um dos quatro poderes de � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado" \o "Estado" �Estado� instituídos pela � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_de_1824" \o "Constituição Brasileira de 1824" �Constituição Brasileira de 1824� e pela � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_Constitucional_portuguesa_de_1826" \o "Carta Constitucional portuguesa de 1826" �Carta Constitucional portuguesa de 1826� (ambas saídas do punho do soberano de D. � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil" \o "Pedro I do Brasil" �Pedro de Alcântara�, � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Imperador_do_Brasil" \o "Imperador do Brasil" �imperador do Brasil� e � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Rei_de_Portugal" \o "Rei de Portugal" �rei de Portugal�). Idealizada pelo francês � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Benjamin_Constant_(escritor)" \o "Benjamin Constant (escritor)" �Benjamin Constant�, o Poder Moderador é o que se sobrepõe aos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, cabendo ao seu detentor força coativa sobre os demais.

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