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Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 423 423 12 ANÁLISE CONJUNTA DE EXPERIMENTOS Em muitas áreas da pesquisa agropecuária, o pesquisador dificilmente teria condições de conduzir um experimento num determinado ambiente com o objetivo de aplicar os seus resultados para toda uma região, tendo em vista que as condições climáticas variam muito de um ambiente para outro, afetando, sobremaneira, o comportamento dos seres vivos. Tal fato ocorre, por exemplo, nos experimentos com vegetais, nos quais o solo e as condições climáticas têm influência muito grande. Já em experimentos com animais a influência do local e do clima é muito menor, principalmente quando eles recebem rações controladas e dispõem de abrigos convenientes. Nestes casos, só uma experimentação apropriada permitiria ao pesquisador dar uma solução definitiva ao problema de generalização dos resultados de um experimento para toda uma região. Tem-se, então, a análise conjunta de experimentos. Pode-se citar como exemplo, o estudo da adubação química da cana-de-açúcar no Estado de Alagoas, tendo em vista obter resultados gerais para toda área canavieira do Estado. Com esse objetivo, devem-se instalar experimentos por toda a região que deverão ser o mais simples possível para que o custo não seja excessivo. Além disso, os experimentos deverão ser os mesmos por toda a área, isto é, deverão obedecer ao mesmo delineamento estatístico, bem como incluir os mesmos tratamentos com, se possível, o mesmo número de repetições. Também, o manejo animal ou vegetal deverá se o mesmo em todos os experimentos. Este procedimento irá facilitar grandemente a análise da variância conjunta. De preferência, ainda, esses experimentos deverão se repetir por vários anos. 12.1 Esquema da Análise da Variância Conjunta Para se efetuar uma análise conjunta de experimentos devem-se seguir os seguintes passos: a) Em primeiro lugar, definem-se os ambientes onde a pesquisa será conduzida, ou seja, diferentes localidades, anos diferentes de uma mesma localidade, anos e localidades diferentes, etc., instalam-se os experimentos, que geralmente são implantados no delineamento em blocos casualizados, e após a coleta dos dados, efetuam-se todas as análises individuais, isto é, análise para cada ambiente de acordo com o delineamento estatístico utilizado. b) Examinam-se, a seguir, as grandezas dos QM Resíduos, ou seja, se forem homogêneos (quando a relação entre o maior e o menor QM Resíduos não for superior a mais de quatro vezes) todos os ambientes poderão ser incluídos na análise conjunta sem Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 424 424 restrições, e, em caso contrário, devem-se organizar subgrupos com QM Resíduos homogêneos, sendo que as análises conjuntas serão feitas para cada subgrupo. c) Elabora-se, posteriormente, a tabela de dupla entrada, conforme se verifica a seguir: Tabela de Dupla Entrada Tratamentos Ambientes Totais de Tratamentos A1 A2 A3 T1 T2 T3 T4 TT1A1 TT1A2 TT1A3 TT2A1 TT2A2 TT2A3 TT3A1 TT3A2 TT3A3 TT4A1 TT4A2 TT4A3 TT1 TT2 TT3 TT4 Totais de Ambientes TA1 TA2 TA3 d) Agora, efetua-se a análise da variância conjunta, segundo o esquema abaixo: Quadro da ANAVA Conjunta Causa de Variação GL SQ QM F Tratamentos (T) t – 1 SQ Tratamentos QM Tratamentos )( AxTInteraçãoQM sTratamentoQM Ambientes (A) a – 1 SQ Ambientes QM Ambientes )( AxTInteraçãoQM AmbientesQM Interação (T x A) (t – 1) (a – 1) SQ Interação (T x A) QM Interação (T x A) MédiosíduoQM AxTInteraçãoQM Re )( Resíduo Médio N' - QM Resíduo Médio onde: GL = número de graus de liberdade; SQ = soma de quadrados; QM = quadrado médio; F = valor calculado do teste F; t = número de tratamentos; a = número de ambientes; N' = soma dos graus de liberdade dos resíduos das análises individuais; SQ Tratamentos = 22 TT T axr Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 425 425 onde: TT = total de cada tratamento; r = número de repetições do experimento; N = número de observações, que corresponde ao número de tratamentos (t) multiplicado pelo número de repetições do experimento (r) multiplicado pelo número de ambientes (a); SQ Ambientes = 22 AA T txr onde: TA = total de cada ambiente; SQ Interação (T x A) = 22 TATA T r – (SQ Tratamentos + SQ Ambientes) onde: TTA = total de cada combinação (TA); QM Tratamentos = sTratamentoGL sTratamentoSQ QM Ambientes = AmbientesGL AmbientesSQ QM Interação (T x A) = AxTInteraçãoGL AxTInteraçãoSQ QM Resíduo Médio = a AsíduoQMAsíduoQMAsíduoQM )(Re)(Re)(Re 321 Vejam-se, a seguir, algumas considerações importantes a respeito da interpretação do teste F na análise conjunta de experimentos: a) O teste F para tratamentos irá dizer se eles diferem entre si, sem levar em conta os ambientes; b) O teste F para ambientes irá dizer se eles diferem entre si, sem levar em conta os tratamentos; c) O teste F para a interação (T x A) irá dizer se o comportamento dos tratamentos é influenciado pelo tipo de ambiente; d) A interação (T x A) apresentando F não significativo, indica que o comportamento dos tratamentos independe dos ambientes. Então, neste caso, podem-se fazer recomendações gerais para toda a região, ou seja, o melhor tratamento é indicado para todos os ambientes. Contudo, para se chegar ao melhor tratamento é necessário se proceder da seguinte maneira: Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 426 426 d.1) Se os tratamentos forem qualitativos, deve-se aplicar um teste de comparação de médias adequado, desde que o teste F seja significativo e se tenha mais de dois níveis; d.2) Se os tratamentos forem quantitativos, deve-se usar a regressão polinomial na análise de variância e, em seguida, calcula-se a equação de regressão, a partir da regressão de maior grau que apresentou significância estatística pelo teste F, acompanhada de um gráfico; e) A interação (T x A) apresentando F significativo, indica que o comportamento dos tratamentos é influenciado pelos ambientes. Neste caso, não há necessidade de se aplicar um teste de comparação de médias para os tratamentos se eles forem qualitativos ou a regressão polinomial na análise de variância se eles forem quantitativos. Têm-se, então, duas alternativas a seguir: e.1) Consideram-se os resultadosobtidos nas análises individuais. Não se podem fazer, então, recomendações gerais para toda a região, valendo as conclusões ou indicações para cada ambiente em separado; e.2) Desdobram-se os graus de liberdade de tratamentos mais o da interação (T x A), conforme a seguir: Quadro da ANAVA Conjunta Causa de Variação GL Ambientes (A) a – 1 Entre Tratamentos Dentro de A1 t – 1 Entre Tratamentos Dentro de A2 t – 1 Entre Tratamentos Dentro de A3 t – 1 Resíduo Médio N' onde: SQ Entre Tratamentos dentro de A1 = txrr Adedentro AT 22 1 1 SQ Entre Tratamentos dentro de A2 = txrr Adedentro AT 22 2 2 SQ Entre Tratamentos dentro de A3 = txrr Adedentro AT 22 3 3 QM Entre Tratamentos dentro de A1 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 427 427 = 1 1 t AdedentrosTratamentoSQ QM Entre Tratamentos dentro de A2 = 1 2 t AdedentrosTratamentoSQ QM Entre Tratamentos dentro de A3 = 1 3 t AdedentrosTratamentoSQ F Calculado Entre Tratamentos dentro de A1 = MédiosíduoQM AdedentrosTratamentoQM Re 1 F Calculado Entre Tratamentos dentro de A2 = MédiosíduoQM AdedentrosTratamentoQM Re 2 F Calculado Entre Tratamentos dentro de A3 = MédiosíduoQM AdedentrosTratamentoQM Re 3 Esta alternativa tem a vantagem, em relação à primeira, de contar com maior número de graus de liberdade para o resíduo, portanto, análise mais sensível. Neste caso, deve-se proceder da seguinte maneira: se os tratamentos forem qualitativos, deve-se aplicar um teste de comparação de médias adequado para comparar os tratamentos dentro de cada ambiente, desde que o teste F seja significativo e se tenha mais de dois níveis. Se os tratamentos forem quantitativos, deve-se usar a regressão polinomial na análise de variância para os tratamentos dentro de cada ambiente e, em seguida, calcula-se a equação de regressão a partir da regressão de maior grau que apresentou significância estatística pelo teste F, acompanhada de um gráfico. 12.2 Exemplo com Interação Não Significativa A fim de apresentar-se a análise da variância conjunta e a interpretação dos resultados de um grupo de experimentos, será discutido, a seguir, um exemplo com interação não significativa. Exemplo 1: A partir dos dados das TABELAS 12.1 e 12.2, pede-se: Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 428 428 a) Fazer a análise da variância conjunta; b) Obter os coeficientes de variação das análises da variância individuais; c) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de espécies e de locais. TABELA 12.1 - VALORES E SIGNIFICÂNCIAS DOS QUADRADOS MÉDIOS DAS ANÁLISES DA VARIÂNCIA DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE ESPÉCIES DE EUCALIPTO COM TRÊS ANOS DE IDADE Causa de QM 1/ Variação ____________________________________________________ GL A B C D E Espécies 3 2,52450 ** 1,77133 ** 2,39600 ** 3,02450 ** 3,17383 ** Resíduo 16 0,07775 0,05050 0,06375 0,03725 0,04675 FONTE: BARBIN (1982). NOTAS: (1/) A - Araraquara; B - Mogi-Guaçu; C - São Joaquim de Barra; D - São Simão; E - Araras. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade pelo teste F. TABELA 12.2 - TOTAIS DE ALTURA (EM METROS) DE PLANTAS DAS ESPÉCIES DE EUCALIPTO COM TRÊS ANOS DE IDADE DOS ENSAIOS REALIZADOS EM SÃO PAULO NO DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO COM QUATRO TRATAMENTOS (ESPÉCIES) E CINCO REPETIÇÕES FONTE: BARBIN (1982). NOTA: (1/) A - Araraquara; B - Mogi-Guaçu; C - São Joaquim de Barra; D - São Simão; E - Araras. Resolução: a) Análise de Variância Conjunta: R = síduoQM síduoQM Re Re = 03725,0 07775,0 2,09 Verifica-se que a relação entre o maior e o menor QM Resíduos das análises individuais é de aproximadamente 2,09. Logo, os cinco experimentos poderão ser reunidos numa única análise conjunta, sem restrições. Tratamentos Totais de Altura de Plantas 1 (Espécies) _____________________________________________________ A B C D E E. saligna 17,9 20,3 17,9 17,7 18,0 E. tereticornes 19,7 19,8 19,4 19,7 20,0 E. alba 19,7 20,3 20,7 20,7 21,0 E. citriodora 12,2 14,2 12,8 12,0 12,1 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 429 429 Tabela de Dupla Entrada Locais Totais de Espécies _______________________________________ Espécies A B C D E E. saligna 17,9 (5) 20,3 17,9 17,7 18,0 91,8 (25) E. tereticornes 19,7 19,8 19,4 19,7 20,0 98,6 E. alba 19,7 20,3 20,7 20,7 21,0 102,4 E. citriodora 12,2 14,2 12,8 12,0 12,1 63,3 Totais de Locais 69,5 (20) 74,6 70,8 70,1 71,1 356,1 t = 4 l = 5 r = 5 GL Espécies = t – 1 = 4 – 1 = 3 GL Locais = 1 – 1 = 5 – 1 = 4 GL Interações (E x L) = (t – 1) (l – 1) = (4 – 1) (5 – 1) = (3) (4) = 12 GL Resíduo Médio = N' = 16 x 5 = 80 N = t x r x l = 4 x 5 x 5 = 100 SQ Espécies = 22 EE T lxr= 100 1,356 55 )3,63()4,102()6,98()8,91( 22222 x = 100 21,807.126 25 89,006.476,485.1096,721.924,427.8 = 100 21,807.126 25 85,641.32 = 1.305,674 – 1.268,0721 = 37,6019 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 430 430 SQ Locais = 22 LL T txr = 100 1,356 45 )1,71()1,70()8,70()6,74()5,69( 222222 x = 100 21,807.126 20 21,055.501,914.464,012.516,565.525,830.4 = 100 21,807.126 20 27,377.25 = 1.268,8635 – 1.268,0721 = 0,7914 SQ Interação (E x L) = 22 ELEL T r – (SQ Espécies + SQ Locais) = 100 1,356 5 )1,12(...)3,20()9,17( 2222 – (37,6019 + 0,7914) = 100 21,807.126 5 41,146...09,41241,320 38,3933 = 100 21,807.126 5 67,537.6 – 38,3933 = 1.307,534 – 1.268,0721 – 38,3933 = 1,0686 QM Espécies = EspéciesGL EspéciesSQ = 3 6019,37 = 12,533967 QM Locais = LocaisGL LocaisSQ = 4 7914,0 = 0,197850 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 431 431 QM Interação (E x L) = LxEInteraçãoGL LxEInteraçãoSQ = 12 0686,1 = 0,089050 QM Resíduo Médio = l LsíduoQMLsíduoQMLsíduoQM EBA )(Re...)(Re)(Re 1 = 5 04675,003725,006375,005050,007775,0 = 5 276,0 = 0,0552 F Calculado para Espécies = )( LxEInteraçãoQM EspéciesQM = 089050,0 533967,12 140,75 F Calculado para Locais = )( LxEInteraçãoQM LocaisQM = 089050,0 197850,0 2,22 F Calculado para Interação (E x L) = MédiosíduoQM LxEInteraçãoQM Re )( = 0552,0 089050,0 1,61 F Tabelado (1%) para Espécies = 5,95 F Tabelado (5%) para Espécies = 3,49 F Tabelado (1%) para Locais = 5,41 F Tabelado (5%) para Locais = 3,26 F Tabelado (1%) para Interação (E x L) 2,4467 F Tabelado (5%) para Interação (E x L) = 1,89 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 432 432 TABELA 12.3 - ANÁLISE DA VARIÂNCIA CONJUNTA DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE ESPÉCIES DE EUCALIPTO COM TRÊS ANOS DE IDADE. PIRACICABA - SP, 1982 Causa de Variação GL SQ QM F Espécies (E) 3 37,6019 12,533967 140,75 ** Locais (L) 4 0,7914 0,197850 2,22 ns Interação (E x L) 12 1,0686 0,089050 1,61 ns Resíduo Médio 80 - 0,055200 NOTAS: (ns) Não significativo no nível de 5% de probabilidade. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade. De acordo com o teste F, tem-se: Houve diferença significativa, no nível de 1% de probabilidade, entre as espécies de eucalipto em relação à altura de plantas com três anos de idade. Não houve diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, entre os locais em relação à altura de plantas de eucalipto com três anos de idade. Não houve diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, para a interação (E x L), indicando que a altura das plantas das espécies de eucalipto com três anos de idade independe dos locais onde as mesmas foram cultivadas. b) Coeficientes de Variação: Para Araraquara - SP: N X m )( = 20 5,69 = 3,475 síduoQMs Re = 07775,0 = 0,27884 CV = m sx 100 = 475,3 27884,0100 x Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 433 433 = 475,3 884,27 8,02% O coeficiente de variação em Araraquara - SP foi 8,02%, indicando uma ótima precisão experimental. Para Mogi-Guaçu - SP: N X m )( = 20 6,74 = 3,73 síduoQMs Re = 05050,0 = 0,22472 CV = m sx 100 = 73,3 22472,0100 x = 73,3 472,22 6,02% O coeficiente de variação em Mogi-Guaçu - SP foi 6,02%, indicando uma ótima precisão experimental. Para São Joaquim de Barra - SP: N X m )( = 20 8,70 = 3,54 síduoQMs Re = 06375,0 = 0,25248 CV = m sx 100 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 434 434 = 54,3 25248,0100 x = 54,3 248,25 7,13% O coeficiente de variação em São Joaquim de Barra - SP foi 7,13%, indicando uma ótima precisão experimental. Para São Simão - SP: N X m )( = 20 1,70 = 3,505 síduoQMs Re = 03725,0 = 0,1930 CV = m sx 100 = 505,3 1930,0100 x = 505,3 30,19 5,51% O coeficiente de variação em São Simão - SP foi 5,51%, indicando uma ótima precisão experimental. Para Araras - SP: N X m )( = 20 1,71 = 3,555 síduoQMs Re = 04675,0 = 0,21621 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 435 435 CV = m sx 100 = 555,3 21621,0100 x = 555,3 621,21 6,08% O coeficiente de variação em Araras - SP foi 6,08%, indicando uma ótima precisão experimental. c) Teste de Tukey: Espécies: mˆ 1 = 3,672 mˆ 3 = 4,096 mˆ 2 = 3,944 mˆ 4 = 2,532 s = L)x(E Interação QM = 089050,0 = 0,2984124 r s q %5 = 25 2984124,0 20,4 = 4,20 5 2984124,0 4,20 x 0,0596824 = 0,250666 TABELA 12.4 - ALTURA MÉDIA (EM METROS) DE PLANTAS DE ESPÉCIES DE EUCALIPTO COM TRÊS ANOS DE IDADE EM CINCO MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. PIRACICABA-SP, 1982 Espécies Médias (em metros) 1/ E. citriodora 2,532 a E. saligna 3,672 b E. tereticornes 3,944 c E. alba 4,096 c NOTA: (1/) As médias de espécies com a mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey no nível de 5% de probabilidade. Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 436 436 De acordo com o teste de Tukey, no nível de 5% deprobabilidade, tem-se: A espécie E. citriodora apresentou a menor altura média de plantas com três anos de idade. As espécies E. alba e E. tereticornes não diferem estatisticamente entre si e apresentaram as maiores alturas médias de plantas com três anos de idade, e poderão ser recomendadas para os cinco municípios do Estado de São Paulo onde as mesmas foram avaliadas. A espécie E. saligna apresentou uma altura média de plantas intermediária entre todas as espécies avaliadas. 12.3 Exemplo com Interação Significativa Apresentar-se-á, agora, para discussão, a análise da variância conjunta e a interpretação dos resultados de um grupo de experimentos com interação significativa. Exemplo 2: A partir dos dados das TABELAS 12.5 e 12.6, pede-se: a) Fazer a análise da variância conjunta; b) Obter os coeficientes de variação das análises da variância individuais; c) Fazer o desdobramento do número de graus de liberdade de progênies mais o da interação progênies x locais; d) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de progênies dentro de locais. TABELA 12.5 - VALORES E SIGNIFICÂNCIAS DOS QUADRADOS MÉDIOS DAS ANÁLISES DA VARIÂNCIA DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DAS PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE QM 1/ Causa de GL _________________________________________________ Variação A B C Progênies 5 10,7007 ns 10,4324 ns 21,2114 * * Resíduo 15 3,7831 3,7560 1,4354 FONTE: BARBIN (1982). NOTAS: (1/) A - Araraquara; B - Bento Quirino; C - Mogi-Guaçu. (ns) Não significativo no nível de 5% de probabilidade pelo teste F. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade pelo teste F. TABELA 12.6 – TOTAIS DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DAS PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE DOS ENSAIOS REALIZADOS EM SÃO PAULO NO DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS COM SEIS TRATAMENTOS (PROGÊNIES) E QUATRO REPETIÇÕES Totais de Altura de Plantas 1/ Progênies ___________________________________________ A B C 1 – Pretória* 82,5 39,1 89,0 2 – 637** 76,2 48,1 85,5 3 – 2093** 92,1 56,0 85,0 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 437 437 4 – 2094** 90,0 51,9 96,7 5 – 9559*** 87,8 56,5 108,1 6 – 9575*** 78,0 47,9 85,4 FONTE: BARBIN (1982). NOTAS: (1/) A - Araraquara; B - Bento Quirino; C - Mogi-Guaçu. (*) Procedente da África do Sul. (**) Procedente de Rio Claro-SP. (***) Procedente da Austrália. Resolução: a) Análise de variância conjunta: R = síduoQM síduoQM Re Re = 4354,1 7831,3 2,64 Verifica-se que a relação entre o maior e o menor QM Resíduos das análises individuais é de aproximadamente 2,64. Logo, os três experimentos poderão ser reunidos numa única análise conjunta, sem restrições. Tabela de Dupla Entrada Progênies Locais Totais de Progênies A B C 1 - Pretória 2 - 637 3 - 2093 4 - 2094 5 - 9559 6 - 9575 82,5 (4) 39,1 89,0 76,2 48,1 85,5 92,1 56,0 85,0 90,0 51,9 96,7 87,8 56,5 108,1 78,0 47,9 85,4 210,6 (12) 209,8 233,1 238,6 252,4 211,3 Totais de Locais 506,6 (24) 299,5 549,7 1.355,8 t = 6 l = 3 r = 4 GL Progênies = t – 1 = 6 – 1 = 5 GL Locais = 1 – 1 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 438 438 = 3 – 1 = 2 GL Interação = (P x L) = (t – 1) (l – 1) = (6 – 1) (3 – 1) = (5) (2) = 10 GL Resíduo Médio = N' = 15 x 3 = 45 SQ Progênies = 22 PP T lxr = 72 8,355.1 34 )3,211(...)8,209()6,210( 2222 x = 72 64,193.838.1 12 69,647.44...04,016.4436,352.44 = 72 64,193.838.1 12 42,987.307 = 25.665,6183 – 25.530,4672 = 135,1511 SQ Locais = 22 LL T txr = 72 8,355.1 64 )7,549()5,299()6,506( 2222 x 72 64,193.838.1 24 09,170.30225,700.8956,643.256 = 72 64,193.838.1 24 90,513.648 = 27.021,4125 – 25.530,4672 = 1.490,9453 SQ Interação (P x L) = 22 ALAL T r – (SQ Progênies + SQ Locais) Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 439 439 = 72 8,355.1 4 )4,85(...)1,39()5,82( 2222 – (135,1511 + 1.490,9453) = 0964,626.1 72 64,193.838.1 4 16,293.7...81,528.125,806.6 = 72 64,193.838.1 4 54,932.108 – 1.626,0964 = 27.233,1350 – 25.530,4672 – 1.626,0964 = 76,5714 QM Progênies = ogêniesGL ogêniesSQ Pr Pr = 5 1511,135 = 27,03022 QM Locais = LocaisGL LocaisSQ = 2 9453,490.1 = 745,47265 QM Interação (P x L) = LxPInteraçãoGL LxPInteraçãoSQ = 10 5714,76 = 7,65714 = l LsíduoQMLsíduoQMLsíduoQM CBA )(Re)(Re)(Re = 3 4354,17560,37831,3 = 3 9745,8 = 2,9915 F Calculado para Progênies = )( Pr LxPInteraçãoQM ogêniesQM Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 440 440 = 65714,7 03022,27 3,53 F Calculado para Locais = )( LxPInteraçãoQM LocaisQM = 65714,7 47265,745 97,36 F Calculado para Interação (P x L) = MédiosíduoQM LxPInteraçãoQM Re )( = 9915,2 65714,7 2,56 F Tabelado (1%) para Progênies = 5,64 FTabelado (5%) para Progênies = 3,33 F Tabelado (1%) para Locais = 7,56 F Tabelado (5%) para Locais = 4,10 F Tabelado (1%) para Interação (P x L) 2,7575 F Tabelado (5%) para Interação (P x L) = 2,0575 TABELA 12.7 - ANÁLISE DA VARIÂNCIA CONJUNTA DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE. PIRACICABA-SP, 1982 Causa de Variação GL SQ QM F Espécies (E) 5 135,1511 27,03022 3,53 * Locais (L) 2 1.490,9453 745,47265 97,36 ** Interação (P x L) 10 76,5714 7,65714 2,56 * Resíduo Médio 45 - 2,99150 (*) Significativo no nível de 5% de probabilidade. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade. De acordo com o teste F, tem-se: Houve diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, entre as progênies de Eucaliptus grandis em relação à altura de plantas com sete anos de idade. Houve diferença significativa, no nível de 1% de probabilidade, entre os locais em relação à altura de plantas de Eucaliptus grandis com sete anos de idade. Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 441 441 Houve diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, para a interação (P x L), indicando que a altura das progênies de Eucaliptus grandis com sete anos de idade depende dos locais onde as mesmas foram cultivadas. b) Coeficiente de Variação: Para Araraquara - SP: N X m )( 24 6,506 21,1083 síduoQMs Re = 7831,3 = 1,9450193 CV = m sx 100 = 1083,21 9450193,1100 x 1083,21 50193,194 9,21% O coeficiente de variação em Araraquara - SP foi de 9,21%, indicando uma ótima precisão experimental. Para Bento Quirino - SP: N X m )( 24 5,299 12,4792 síduoQMs Re = 7560,3 = 1,9380402 CV = m sx 100 = 4792,12 9380402,1100 x Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 442 442 4792,12 80402,193 15,53% O coeficiente de variação em Bento Quirino - SP foi de 15,53%, indicando uma precisão experimental regular. Para Mogi-Guaçu - SP: N X m )( 24 7,549 22,9042 síduoQMs Re = 4354,1 = 1,1980818 CV = m sx 100 = 9042,22 1980818,1100 x 9042,22 80818,119 5,23% O coeficiente de variação em Mogi-Guaçu foi de 5,23%, indicando uma ótima precisão experimental. c) Desdobramento do Número de Graus de Liberdade de Progênies Mais o da Interação Progênies x Locais: SQ Progênies dentro do local A = txrr Ldedentro LP 22 1 1 = 64 6,506 4 )0,78(...)2,76()5,82( 2222 x = 24 56,643.256 4 00,084.6...44,806.525,806.6 = 24 56,643.256 4 94,987.42 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 443 443 = 10.746,9850 – 10.693,4817 = 53,5033 SQ Progênies dentro do local B = txrr Ldedentro LP 22 2 2 = 64 5,299 4 )9,47(...)1,48()1,39( 2222 x = 24 25,700.89 4 41,294.2...61,313.281,528.1 = 24 25,700.89 4 69,158.15 = 3.789,6725 – 3.737,5104 = 52,1621 SQ Progênies dentro do local C = txrr Ldedentro LP 22 3 3 = 64 7,549 4 )4,85(...)5,85()0,89( 2222 x = 24 09,170.302 4 16,293.7...25,310.700,921.7 = 24 09,170.302 4 91,785.50 = 12.696,4775 – 12.590,42 = 106,0575 QM Progênies dentro do local A = 1 Pr t AlocaldodentroogêniesSQ = 16 5033,53 = 5 5033,53 = 10,70066 QM Progênies dentro do local B = 1 Pr t BlocaldodentroogêniesSQ = 16 1621,52 Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 444 444 = 5 1621,52 = 10,43242 QM Progênies dentro do local C = 1 Pr t ClocaldodentroogêniesSQ = 16 0575,106 = 5 0575,106 = 21,2115 F Calculado para progênies dentro do local A = MédiosíduoQM AlocaldodentroogêniesQM Re Pr = 9915,2 70066,10 3,58 F Calculado para progênies dentro do local B = MédiosíduoQM BlocaldodentroogêniesQM Re Pr = 9915,2 43242,10 3,49 F Calculado para progênies dentro do local C = MédiosíduoQM ClocaldodentroogêniesQM Re Pr = 9915,2 2115,21 7,09 F Tabelado (1%) para Progênies dentro dos locais = 3,4675 F Tabelado (5%) para Progênies dentro dos locais = 2,43 A TABELA 12.7, agora, fica da seguinte maneira: Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 445 445 TABELA 12.7 - ANALISE DA VARIÂNCIA CONJUNTA DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE. PIRACICABA-SP,1982 Causa de Variação GL SQ QM F Locais (L) 2 1.490,9453 - - Progênies dentro do local Araraquara 5 53,5033 10,70066 3,58 * * Progênies dentro do local Bento Quirino 5 52,1621 10,43242 3,49 * * Progênies dentro do local Mogi-Guaçu 5 106,0575 21,21150 7,09 * * Resíduo Médio 45 - 2,99150 NOTA: (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade. De acordo com o teste F, tem-se: Houve diferença significativa, no nível de 1% de probabilidade, entre as progênies de Eucaliptus grandis dentro dos locais Araraquara, Bento Quirino e Mogi- Guaçu em relação à altura de plantas com sete anos de idade. e) Teste de Tukey: Progênies dentro do local Araraquara: mˆ 1 = 20,625 mˆ 4 = 22,500 mˆ 2 = 19,050 mˆ 5 = 21,950 mˆ 3 = 23,025 mˆ 6 = 19,500 Progênies dentro do local Bento Quirino: mˆ 1 = 9,775 mˆ 4 = 12,975 mˆ 2 = 12,025 mˆ 5 = 14,125 mˆ 3 = 14,000 mˆ 6 = 11,975 Progênies dentro do local Mogi-Guaçu: mˆ 1 = 22,250 mˆ 4= 24,175 mˆ 2 = 21,375 mˆ 5 = 27,025 mˆ 3 = 21,250 mˆ 6 = 21,350 (5%) = q r Médio Resíduo QM Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 446 446 = 4,2125 4 2,9915 = 4,2125 0,747875 = 4,2125 x 0,8647976 = 3,643 TABELA 12.8 – MÉDIAS DE ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE EM TRÊS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. PIRACICABA-SP, 1982 Progênies Locais Araraquara 1/ Bento Quirino Mogi-Guaçu 1 - Pretória 2 - 637 3 - 2093 4 - 2094 5 - 9559 6 – 9575 20,625 ab 9,775 a 22,250 a 19,050 a 12,025 ab 21,375 a 23,025 b 14,000 b 21,250 a 22,500 ab 12,975 ab 24,175 ab 21,950 ab 14,125 b 27,025 b 19,500 ab 11,975 ab 21,350 a NOTA: (1/) Nas colunas, as médias de progênies dentro de locais seguidas de pelo menos uma mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey no nível de 5% de probabilidade. De acordo com o teste de Tukey, no nível de 5% de probabilidade, tem-se: Em Araraquara, a progênie 2093 de Eucaliptus grandis apresentou a maior altura de plantas com sete anos de idade, e diferiu estatisticamente da progênie 637, que apresentou a menor altura de plantas. Neste mesmo local, as progênies Pretória, 2094, 9559 e 9575 de Eucaliptus grandis apresentaram uma altura de plantas intermediária entre as progênies 2093 e 637. Em Bento Quirino, as progênies 9559 e 2093 de Eucaliptus grandis apresentaram as maiores alturas de plantas com sete anos de idade, e diferiram estatisticamente da progênie Pretória, que apresentou a menor altura de plantas. Neste mesmo local, as Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 447 447 progênies 637, 2094 e 9575 de Eucaliptus grandis apresentaram uma altura de plantas intermediária entre as progênies 9559 e 2093, e Pretória. Em Mogi-Guaçu, a progênie 9559 de Eucaliptus grandis apresentou a maior altura de plantas com sete anos de idade, apesar de não diferir estatisticamente da progênie 2094, que apresentou uma altura de plantas intermediária entre as progênies avaliadas. Neste mesmo local, as progênies Pretória, 637, 2093 e 9575 de Eucaliptus grandis apresentaram as menores alturas de plantas com sete anos de idade, e diferiram estatisticamente da progênie 9559. 12.4 Exercícios a) A partir dos dados das TABELAS 12.9 e 12.10, pede-se: a.1) Fazer a análise da variância conjunta; a.2) Obter os coeficientes de variação das análises da variância individuais; a.3) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de adubação e de locais; a.4) Se a interação adubação x locais for significativa, fazer o desdobramento do número de graus de liberdade de adubação mais o da interação adubação x locais; a.5) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de adubação dentro de locais. TABELA 12.9 – VALORES E SIGNIFICÂNCIAS DOS QUADRADOS MÉDIOS DAS ANÁLISES DA VARIÂNCIA DE ADUBAÇÃO DE PLANTAS DE ALGODOEIRO, CUJO PARÂMETRO FOI A PRODUÇÃO (kg/parcela) EM CINCO LOCAIS (A, B, C, D, E) QM Causa de ____________________________________________________ Variação GL A B C D E Adubação 4 1,2730 ** 7,8940 ** 2,1880 * 17,6350 ** 1,3457 ** Resíduo 15 0,2700 0,6580 0,6830 0,6180 0,0115 FONTE: GOMES (1985). NOTAS: (*) Significativo no nível de 5% de probabilidade pelo teste F. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade pelo teste F. TABELA 12.10 – TOTAIS DE PRODUÇÃO (kg/parcela) DOS ENSAIOS DE ADUBAÇÃO DE PLANTAS DE ALGODOEIRO CONDUZIDOS EM CINCO LOCAIS (A, B, C, D, E) NO DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO COM CINCO TRATAMENTOS (ADUBAÇÃO) E QUATRO REPETIÇÕES Totais Tratamentos ________________________________________________________ (Adubação) A B C D E Autor: PAULO VANDERLEI FERREIRA – CECA-UFAL, 2011. Página 448 448 N1PK1 14,6 45,0 27,5 33,4 6,88 N1PK2 11,8 39,0 32,0 30,0 9,85 N2PK1 12,8 42,0 26,5 33,2 10,70 N2PK2 11,8 42,5 33,5 31,0 11,41 Testemunha 8,4 30,5 30,5 13,4 6,24 FONTE: GOMES (1985).
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