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DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
A Plurissignificação da linguagem
As palavras não apresentam um sentido único. Dependendo da forma como são utilizadas ou da situação em que são empregadas, podem assumir sentidos diferentes. Empregadas em determinados contextos, elas ganham sentidos novos, figurados, carregados de valores afetivos ou sociais.
A plurissignificação da linguagem
Quando a palavra é utilizada no seu sentido comum, o que aparece no dicionário, dizemos que foi empregada denotativamente.
 
Quando, porém, é utilizada com sentido diferente daquele que lhe é comum, dizemos que foi empregada conotativamente.
Denotação X Conotação
DENOTAÇÃO:
Palavra com significação restrita;
palavra com sentido comum, aquele encontrado no dicionário;
palavra utilizada de modo objetivo;
linguagem exata e precisa.
Texto literário X Texto não literário
Texto literário
Um texto será literário, quando consegue produzir um efeito estético, ou seja, quando proporciona uma sensação de prazer e emoção no receptor. Esse texto busca empregar as palavras com liberdade, preferindo o seu sentido conotativo, figurado. É aquele que pretende emocionar e que, para isso, emprega a língua com liberdade e beleza, utilizando-se do sentido conotativo 
ou metafórico das palavras.
Texto não - literário
O texto não - literário emprega as palavras sem preocupação com a beleza, sem efeito emocional. O escritor busca instruir, procura perpassar ao leitor uma determinada idéia. Esse texto emprega as palavras no seu sentido dicionarizado, denotativamente.
Composição poética, no senso comum, é um enunciado escrito (poderá também ser oral) que visa exprimir o sentimento profundo ou a opinião de um sujeito poético (aquele que “fala” no poema) ou do seu autor (o sujeito poético poderá coincidir, ou não, com o autor). A composição poética é, geralmente, redigida em verso. Porém, hoje considera-se que pode ser também em prosa. Para isso, terá de possuir uma certa musicalidade e ritmo e obedecer às regras da poesia, onde as palavras ganham grande simbolismo, profundidade, musicalidade e ritmo.
O conceito de poética é alargado, complexo e polémico e tem sido motivo de diferentes teorias. No passado, já foi equiparado ao de literatura.
A estrutura interna de um poema são os elementos estruturantes endógenos que contribuem para a construção da sua mensagem; por exemplo, as palavras-chave, as expressões mais valorativas e o seu relacionamento na elaboração do assunto. Tem de ter em conta os aspetos morfossintáticos, semânticos e fónicos; nestes três campos, estão presentes os elementos que, criteriosamente selecionados, dão origem à mensagem poética. Pode referir-se, por exemplo, a tipologia de frases, os advérbios, os verbos, os pronomes, os recursos estilísticos que são escolhidos para que o texto esteja em conformidade com as ideias do seu autor.  
1- Denotação e Conotação
A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. Observe os seguintes exemplos:
A menina está com a cara toda pintada.
Aquele cara parece suspeito.
No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".
Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja:
Marcos quebrou a cara.
Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu.
Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:
a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.
b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.
Obs.: a linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho contínuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana também é comum  a exploração do sentido conotativo, como consequência da nossa forte carga de afetividade e expressividade.
Figuras de Estilo ou Linguagem
Formas de utilizar as palavras no sentido conotativo, figurado, com o objetivo de ser mais expressivo.
A seguir, as principais figuras de estilo em ordem alfabética:
1 - Anacoluto- interrupção na sequência lógica da oração deixando um termo solto, sem função sintática. 
Ex.: Mulheres, como viver sem elas?
2 - Anáfora- repetição de palavras. 
Ex.: Ela trabalha, ela estuda, ela é mãe, ela é pai, ela é tudo!
3 - Antonomásia - substituição do nome próprio por qualidade, ou característica que o distinga. É o mesmo que apelidado, alcunha ou cognome. 
Exemplos.:
Xuxa (Maria das Graças)
O Gordo (Jô Soares)
4 - Antítese - aproximação de ideias, palavras ou expressões de sentidos opostos. 
Ex.: Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.
5 - Apóstrofo ou invocação - invocação ou interpelação de ouvinte ou leitor, seres reais ou imaginários, presentes ou ausentes. 
Exemplos.:
Mulher, venha aqui! 
Ó meu Deus! Mereço tanto sofrimento?
6 - Assíndeto - ausência da conjunção aditiva entre palavras da frase ou orações de um período. Essas aparecem justapostas ou separadas por vírgulas. 
Ex.: Nasci, cresci, morri. 
(ao invés de: Nasci, cresci e morri.)
7 - Catacrese - metáfora tão usada que perdeu seu valor de figura e se tornou cotidiana, não representando mais um desvio. Isso ocorre pela inexistência das palavras mais apropriadas. Surge da semelhança da forma ou da função de seres, fatos ou coisas. 
Exemplos.: céu da boca; cabeça de prego; asa da xícara; dente de alho.
8 - Comparação ou símile - aproximação de dois elementos realçando pela sua semelhança. Conectivos comparativos são usados: como, feito, tal qual, que nem... 
Ex.: Aquela criança era delicada como uma flor.
9 - Elipse - omissão de palavras ou orações que ficam subentendidas. 
Ex.: Marta trabalhou durante vários dias e ele, (trabalhou) durante horas.
10 - Eufemismo - atenuação de algum fato ou expressão com objetivo de amenizar alguma verdade triste, chocante ou desagradável. 
Ex.: Ele foi desta para melhor. 
(evitando dizer: Ele morreu.)
11 - Hipérbole - exagero proposital com objetivo expressivo.
Ex.: Estou morrendo de cansada.
12 - Ironia - forma intencional de dizer o contrário da ideia que se pretendia exprimir. O irônico é sarcástico ou depreciativo. 
Ex.: Que belo presente de aniversário! Minha casa foi assaltada.
13 - Metáfora - é um tipo de comparação em que o conectivo está subentendido. O segundo termo é usado com o valor do primeiro.
Ex.: Aquela criança é (como) uma flor.
14 - Metonímia - uso de uma palavra no lugar de outra que tem com ela alguma proximidade de sentido.
A metonímia pode ocorrer quando usamos:
a - o autor pela obra
Ex.: Nas horas vagas, lê Machado. 
(a obra de Machado)
b - o continente pelo conteúdo
Ex.: Conseguiria comer toda a marmita.
Comeria a comida (conteúdo) e não a marmita (continente)
c - a causa pelo efeito e vice-versa
Ex.: A falta de trabalho é a causa da desnutrição naquela comunidade.
A fome gerada pela falta de trabalho que causa a desnutrição.
d - o lugarpelo produto feito no lugar
Ex.: O Porto é o mais vendido naquela loja.
O nome da região onde o vinho é fabricado
e - a parte pelo todo
Ex.: Deparei-me com dois lindos pezinhos chegando.
Não eram apenas os pés, mas a pessoa como um todo.
f - a matéria pelo objeto
Ex.: A porcelana chinesa é belíssima.
Porcelana é a matéria dos objetos
g - a marca pelo produto
Ex.: - Gostaria de um pacote de Bom Bril por favor.
Bom Bril é a marca, o produto é esponja de lã de aço.
h - concreto pelo abstrato e vice-versa
Ex.: Carlos é uma pessoa de bom coração
Coração (concreto) está no lugar de sentimentos (abstrato) 
15 - Onomatopeia – uso de palavras que imitam sons ou ruídos. 
Ex.: Psiu! Venha aqui!
16 - Paradoxo ou oxímoro - Aproximação de palavras ou ideias de sentido oposto em apenas uma figura. 
Ex.: "Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo." (Carlos Drummond de Andrade)
17 - Personificação, prosopopeia ou animismo – atribuição de características humanas a seres inanimados, imaginários ou irracionais. 
Ex.: A vida ensinou-me a ser humilde.
18 - Pleonasmo ou redundância - repetição da mesma ideia com objetivo de realce. A redundância pode ser positiva ou negativa. Quando é proposital, usada como recurso expressivo, enriquecerá o texto:
Ex.: Posso afirmar que escutei com meus próprios ouvidos aquela declaração fatal.
Quando é inconsciente, chamada de “pleonasmo vicioso”, empobrece o texto, sendo considerado um vício de linguagem: Irá reler a prova de novo. 
Outros: subir para cima; entrar para dentro; monocultura exclusiva; hemorragia de sangue.
19 - Polissíndeto - repetição de conjunções (síndetos). 
Ex.: Estudou e casou e trabalhou e trabalhou...
20 - Silepse - concordância com a ideia, não com a forma. 
Ex.: Os brasileiros (3ª pessoa) somos (1ª pessoa) massacrados – Pessoa.
Vossa Santidade (fem.) será homenageado (masc.) – Gênero.
Havia muita gente (sing.) na rua, corriam (plur.) desesperadamente – Número.
21 - Sinestesia - mistura das sensações em uma única expressão. 
Ex.: Aquele choro amargo e frio me espetava.
Mistura de paladar (amargo) e tato (frio, espetava)

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