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Noçoes Gerais da Economia

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Por que estudar economia?
Antes de justificar a decisão de estudar Economia, convém definir essa área das Ciências Humanas e apresentar os requisitos essenciais para uma boa formação profissional.
A Economia deve ser vista como uma ciência social, que estuda uma série de relações entre indivíduos dentro da sociedade — mais especificamente aquelas relacionadas ao mercado.
Cabe acrescentar que a maior parte dos fenômenos estudados pelos economistas apresenta um grau de complexidade significativo. A própria questão “por que estudar Economia?” já apresenta um caráter complexo e, ao mesmo tempo, um desafio extremamente interessante: o de desvendar os mistérios subjacentes aos fenômenos que norteiam o funcionamento do mundo em que vivemos.
Para que se possa entender os fenômenos econômicos e sociais, ou seja, as relações que estão por trás e que desencadeiam tais fenômenos na sociedade, os economistas necessitam de um profundo conhecimento histórico, teórico, quantitativo, metodológico e das questões institucionais.
1. Tentando responder à questão inicial — por que estudar economia?
Uma boa justificativa seria que o estudo da Economia permite uma compreensão maior acerca do mundo em que vivemos. Sem menosprezar as demais áreas que fazem parte das ciências sociais, a Economia pode ser considerada a ciência que mais avançou nos últimos tempos — embora ainda não consiga apresentar respostas para diversos fenômenos. Porém, qual ciência possui resposta para tudo?
O conhecimento é algo sistemático, portanto, espera-se sempre sua progressão. Este é o grande desafio dos economistas: acompanhar as mudanças do mundo e propor novas explicações para problemas, por exemplo:
 Por que existe o desemprego?
Por que é difícil compatibilizar os mais variados interesses entre as empresas, governo, famílias e resto do mundo?
 Por que em determinados momentos o crescimento econômico é maior ou
menor?
 Quanto produzir?
Como produzir?
O que produzir?
 Para quem produzir?
 O que vem antes: a estabilidade de preços ou o crescimento?
A partir do entendimento de tais questões, abre-se o caminho para a mudança social que possibilite um mundo melhor e mais justo.
2 Definição de Economia
O problema econômico tem origem nas necessidades ilimitadas do ser humano e nas limitações dos recursos existentes para a satisfação daquelas. Se os indivíduos pudessem obter tudo que desejassem, não haveria economia, e os bens existentes no mundo seriam abundantes ou livres.
O que se entende, então, por economia?
Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.
Problemas econômicos
Originam-se os chamados “problemas econômicos fundamentais” a partir da escassez dos recursos ou fatores de produção, associada às necessidades ilimitadas do homem. 
O que e quanto produzir: dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas.
Como produzir: a sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e de serviços, dado o nível tecnológico existente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo como serão produzidos os bens e os serviços.
Para quem produzir: a sociedade terá também de decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da renda não dependerá só da oferta e da demanda nos mercados. Diante da impossibilidade do atendimento pleno das necessidades humanas em virtude da escassez de recursos, as quatro questões são levantadas, e suas respostas envolvem o problema fundamental da economia, isto é, o problema da escassez.
Lei da escassez: é a impossibilidade de produzir bens e serviços em quantidades ilimitadas para satisfazer as necessidades humanas permanentemente ampliadas, pois os fatores da produção existem em quantidades limitadas.
Escassez — problemas fundamentais econômicos
É por meio do conhecimento fundamental econômico que se cria uma percepção crítica do funcionamento do sistema financeiro, facilitando o entendimento de diversas questões que envolvem investimentos, avaliação, riscos, retorno, entre outros itens. A economia estuda como o indivíduo e a sociedade devem empregar recursos produtivos limitados na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre os vários grupos da sociedade para atender às ilimitadas necessidades humanas. Toda sociedade econômica apresenta os chamados problemas econômicos fundamentais determinados pela lei da escassez. Eles são: o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir. Em função da escassez dos fatores de produção (recursos produtivos como terra, trabalho e capital), a sociedade deverá decidir os produtos a serem produzidos e definir as respectivas quantidades. A sociedade deverá escolher os recursos empregados para a produção. Os produtores escolherão métodos eficientes ao menor custo possível. Ela terá de definir como os seus membros participarão da distribuição de bens produzidos.
Economias centralizadas e economias de mercado
Em economias centralizadas — também chamadas economias socialistas —, os problemas mencionados em tópicos anteriores são resolvidos pelo governo. As dificuldades fundamentais econômicas são dirimidas por um órgão central de planejamento; já os fatores de produção são propriedades do governo. Nas economias de mercado – também conhecidas como economias capitalistas –, essas questões são resolvidas pelo mecanismo de preços e de livre-comércio e orientadas pelas forças de mercado, predominando a livre-iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
 Sistemas econômicos
Em toda comunidade organizada, mesclam-se, em maior ou menor medida, os mercados e a atividade dos governos. O grau de concorrência dos mercados é variado, indo do monopólio, em que apenas uma empresa opera, à economia de livre- mercado, que apresenta uma verdadeira concorrência, com várias empresas operando. O mesmo ocorre quanto à intervenção pública, que engloba desde uma intervenção mínima em impostos, crédito, contratos e subsídios até o controle dos salários e dos preços dos sistemas de economia centralizada que imperam nos países comunistas. Entretanto, em ambos os sistemas ocorrem divergências: no primeiro, existem somente monopólios estatais, sobretudo nas linhas aéreas e na malha ferroviária; no segundo, somente concessões à empresa privada. As principais diferenças entre a organização econômica centralizada e a capitalista residem em quem é o proprietário das fábricas, fazendas e outras empresas, assim como os diferentes pontos de vista sobre a distribuição da renda ou a forma de estabelecer os preços. Em quase todos os países capitalistas, uma parte importante do Produto Nacional Bruto (PNB) é produzida pelas empresas privadas, pelos agricultores e pelas instituições não governamentais, como universidades e hospitais particulares, cooperativas e fundações. Os problemas mais importantes enfrentados pelo capitalismo são o desemprego, a inflação e as injustas desigualdades econômicas. Os problemas mais graves das economias centralizadas são o subemprego, o maciço emprego informal, o racionamento, a burocracia e a escassez de bens de consumo. Em uma situação intermediária entre a economia centralizada e a economia de livre-mercado, encontram-se os países socialdemocratas ou liberal-socialistas. A atividade econômica recai, em sua maior parte, sobre o setor privado, mas o setor público regula essa atividade, intervindo para proteger os trabalhadores e redistribuir a renda. É a chamada economia mista. Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de organizaçãoda produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar.
Os elementos básicos de um sistema econômico são:
 Estoque de recursos produtivos ou fatores de produção: aqui, incluem-se os recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia.
 Complexo de unidade de produção: constituído pelas empresas.
 Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: são a base da organização da sociedade.
 Produção econômica
A produção econômica pode ser classificada em três categorias, de acordo com a sua destinação:
 Bens e serviços de consumo.
 Bens e serviços intermediários.
 Bens de capital.
 Composição do sistema econômico
No sistema econômico de uma nação, encontramos um grande e diversificado número de unidades produtoras, cada qual organizando os fatores de produção para a obtenção de um determinado produto ou para a prestação de um serviço. Utilizando esse critério, veremos que as unidades produtoras podem ser agrupadas em três setores básicos compostos em um sistema econômico:
 Setor primário.
 Setor secundário.
 Setor terciário.
 Os fluxos do sistema econômico
Durante o processo de produção, em que são obtidos bens e serviços, as unidades produtoras remuneram os fatores de produção por elas empregados e pagam:
 Salários aos seus trabalhadores.
 Aluguel pelas instalações que ocupam.
 Juros pelos financiamentos obtidos e distribuem lucros aos seus proprietários.
Essa remuneração é recebida pelos proprietários dos fatores de produção e permite-lhes adquirir os bens e os serviços de que necessitam. Pode-se dizer, portanto, que em um sistema econômico existem dois fluxos:
 Fluxo real, formado pelos bens e serviços produzidos no sistema econômico, que também recebe o nome de Produto.
 Fluxo nominal ou monetário, formado pelo pagamento que os fatores de produção recebem durante o processo produtivo, também denominado Renda.
Esses dois fluxos têm um significado muito importante para a teoria econômica. O primeiro constitui a oferta da economia, ou seja, tudo aquilo que foi produzido está à disposição dos consumidores; o segundo é a demanda ou procura da economia, é aquilo que as pessoas procuram para satisfazer suas necessidades e desejos. Portanto, a oferta e a procura são as duas funções mais importantes de um sistema econômico. Essas duas funções formam o mercado onde as pessoas que querem vender se encontram com as pessoas que querem comprar.
A circulação no sistema econômico
No item anterior, foram apresentados os elementos fundamentais do sistema econômico: o fluxo real, o fluxo monetário e o mercado, para onde os fluxos se dirigem. Falaremos, agora, a respeito do funcionamento do sistema econômico, caracterizado pelo permanente trânsito dos fluxos real e monetário, tanto no sentido do mercado como no sentido contrário. Convém dizer, ainda, que nesse sistema econômico toda a renda recebida pelos proprietários dos fatores de produção é gasta em bens e serviços de consumo e toda a produção das empresas é vendida, não havendo formação de estoques. Dessa forma, o nosso sistema econômico será formado pelas empresas (unidades produtoras) e pelas famílias (pessoas que consomem bens e serviços e possuem os fatores de produção). Um sistema econômico é formado por mais duas entidades: o setor público, ou governo, e o resto do mundo, ou setor externo. Para facilitar o raciocínio, consideraremos apenas as empresas, cujo conjunto vamos chamar de aparelho produtivo, e as famílias. É importante observar que, na realidade, os fluxos monetários e real estão, ao mesmo tempo, tanto com as famílias e empresários como no mercado, não sendo necessário haver uma volta completa para que eles se reiniciem.
 A Ação do Governo na Economia
Funções econômicas do governo:
Para ser eficaz, o governo executa quatro funções econômicas:
 Função alocativa: refere-se à alocação de recursos visando à oferta de bens públicos (transportes, estrutura de segurança), bem-estar social (educação, cultura, saúde, combate à fome), e infraestrutura (saneamento, habitação popular, energia elétrica).
 Função distributiva: é a redistribuição da renda e da riqueza nacional realizada por meio das transferências de recursos às parcelas carentes da população (reforma agrária, “Bolsa Família”, energia elétrica subsidiada, previdência social, saúde pública, habitação popular, quotas estudantis, bolsas de estudos, etc.).
 Função estabilizadora: é a aplicação de políticas públicas visando à geração de empregos, ao desenvolvimento social e à convivência pacífica entre os cidadãos.
 Função reguladora: o governo regula a atividade econômica utilizando-se de leis e dispositivos administrativos (controle de preços, leis de proteção ao consumidor, etc.) visando otimizar o uso de recursos em favor do bem comum.

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