Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 2. – Verbo Há várias formas de definirmos gramática, duas delas são: Gramática Internalizada ( É o conjunto de regras que a criança internaliza durante o processo de aquisição da linguagem. Ela cria regras como forma de se expressar. Gramática Normativa ( É um conjunto de regras gramaticais que estabelece um padrão de linguagem, cujo emprego deve se adequar aos contextos formais de uso da língua. Ex: A frase correta seria: “O livro de que eu gosto já esgotou” ao invés de: “O livro que eu gosto esgotou”, pois de acordo com a norma-padrão o verbo gostar exige a preposição “de”. O estudo da gramática de uma língua divide-se em quatro partes: Fonologia ( Trata dos fonemas. Morfologia ( Trata das classes de palavras. Sintaxe ( Trata das funções e das relações das palavras nas sentenças. Semântica ( Trata dos significados das palavras. Para que possamos comunicar nossas ideias, os enunciados da língua devem aparecer em determinada ordem e estabelecer uma relação coerente entre si. Em outras palavras, nosso discurso precisa ser organizado com base em uma estrutura sintática que nos permita formar frases claras e objetivas. A ordem direta deve ser: sujeito + verbo + objeto. Frase ( É um enunciado que possui sentido completo. Há dois tipos: Frase Nominal ( Aquela que não apresenta verbo. “Socorro, uma barata!”. Frase Verbal ( Também chamada de oração, trata-se daquela que possui verbo. “Vou socorrer você.”. Verbo ( Unidade que significa ação ou processo organizado para expressar modo, tempo, pessoa e número. Modos: Indicativo ( “Acertei todas as questões da prova”. O conteúdo é tomado pelo falante como certo. Subjuntivo ( “Se eu soubesse que você tinha estudado”. O conteúdo é tomado pelo falante como duvidoso. Imperativo ( “Não vai se esquecer dos amigos”. O conteúdo expressa uma ordem, uma súplica, um conselho podendo ser afirmativo ou negativo. Tempo: Presente ( Aquele que indica o momento atual. “Você está salvo!”. Pretérito ( Aquele que é anterior ao momento em que se fala. “Eu não estudei nada!”. Futuro ( Aquele que é posterior ao momento que se fala. “A partir de hoje, melhorará seu desempenho.”. Pessoa: 1ª Pessoa ( Aquele que fala. “Eu não estudei nada!”. 2ª Pessoa ( Aquele com quem se fala. “(Você) Não vai se esquecer dos amigos”. 3ª Pessoa ( Aquele de quem se fala. “A partir de hoje, melhorará seu desempenho e a professora (ela) o aprovará.”. Número ( As formais verbais podem se apresentar no singular ou plural. Número Pessoa Sujeito Singular 1ª Eu 2ª Tu 3ª Ele, Ela [Você, Senhor(a)] Plural 1ª Nós 2ª Vós 3ª Eles, Elas [Vocês, Senhores(as)] Transitividade Verbal ( Indica se o verbo necessita ou não de complemento. O significado do verbo pode precisar ser completado por uma estrutura. Se o verbo não for acrescido de uma sequencia de ideias que torne seu significado completo, não o entenderemos por si só. Transitivo Indireto ( Aqueles que exigem complemento preposicionado. Ex.: “Eu gosto de você”. O verbo gostar precisa de uma preposição. Transitivo Direto ( Aqueles que exigem complemento sem preposição. Ex.: “Tomou Doril”. O verbo tomar precisa de um complemento, mas sem o uso de preposição. Bitransitivos ( Aqueles que exigem dois tipos de complemento. Ex.: “Ela mostrou a uma família a leveza da Hortifruti.”. O verbo mostrar apresentou um TR.D: “a leveza do Hortifruti” e um TR.I: “A uma família”. Intransitivo ( Aqueles que não exigem complemento, traz a ideia completa da ação. Ex.: “A dor sumiu”. O verbo sumir não necessita de complemento. Preposição ( É a palavra que tem função de relacionar termos ou orações. Regência Verbal ( É o estudo da relação de dependência entre os verbos e seus complementos. Usando ou não uma preposição podemos alterar o significado de um verbo. “Eu assisto o jogo” ( Sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer. Usa-se sem preposição. “Eu assisto ao jogo” ( Sentido de ver, presenciar. Neste caso a preposição é obrigatória. O verbo “lembrar” possui duas regências: Transitivo Direto: “lembrar algo” e Transitivo Indireto: “lembrar-se de algo”. O verbo “esquecer” também possui duas regências: Transitivo Direto: “esquecer algo” e Transitivo Indireto: “esquecer-se de algo”. O verbo “preferir” tem sentido de “escolher” e possui dois objetos: Objeto direto sem preposição: “aquilo que escolhemos” e Objeto Indireto com preposição a: “aquilo que deixamos em segundo plano”. Regência Nominal ( Assim como os verbos, os nomes também podem precisar de complementos para apresentar significação completa. Uso de preposições: Em nível ( “A questão será resolvida em nível federal.”. Evitar: “a nível de”. Dele e De Ele ( Dele: Pronome possessivo: “A paciência dele acabou.” ou combinação de preposição com pronome pessoal: “Ana gosta muito dele, mas prefere ficar em silêncio.”. Já De Ele é preposição com pronome pessoal mas é usada apenas quando ele for sujeito de oração reduzida ao infinitivo: “Conversamos sobre isso de ele sair.”. Tem de ( “A família tem de pagar todas as dívidas.”. Tem que é aceitável mas devemos utilizar preferencialmente tem de. Para Mim e Para Eu ( Para Mim é utilizado quando não se é o sujeito da frase: “Ana trouxe o livro para mim” e Para Eu é quando se é o sujeito da frase: “Ana trouxe o livro para eu ler.”. Entre Eu e Você e Entre Mim e Você ( Entre Eu e Você é utilizado quando temos o verbo no infinitivo: “Não há nada entre eu sair e você ficar em casa.”. Já o Entre Mim e Você quando não há verbo no infinitivo: “Não há nada entre mim e você.”. A Quem ( “Aquele é o professor a quem enviei o trabalho.”. Quando o substantivo que antecede o pronome relativo é pessoa. De Que, De Quem e Do Qual ( “Estes são os processos de que (dos quais) o escritório dispõe.”. Quando estamos falando dos processos. “Estes são os advogados de quem (dos quais) o escritório dispõe.”. Quando estamos falando dos advogados. O pronome relativo qual é usado sempre que antecedido de preposição. Cujo ( “Este é o autor a cuja obra eu me referi.”. É usado sempre que houver ideia de posse. Que ( “Os refrigerantes DE QUE precisávamos para a festa não chegaram.”. Quando substitui coisa. “As senhoras QUE cumprimentamos eram muito simpáticas.”. Quando substitui quem.
Compartilhar