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apostila aulas praticas QI 1 2012-1

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Universidade Federal de Pelotas
Centro de Ciências Químicas et al.
Curso de Química Industrial
(2º Semestre)
Química Inorgânica I
Aulas Práticas
(2012-1)
(Química dos elementos dos grupos 1, 2, 13 – 18 e de seus 
compostos)
Prof. Dr. rer. nat. W. Martin Wallau (Dipl.-Chem.)
ii
iii
Auch in den Wissenschaften kann man eigentlich nichts wissen,
es will getan sein.
(Johann Wolfgang von Goethe, 1822 aus den Heften zur Morphologie)
iv
v
Índice 
Índice ........................................................................................................................................................v
Índice de Tabelas ....................................................................................................................................xi
Índice de Figuras ................................................................................................................................... xiii
Índice dos Experimentos ........................................................................................................................xv
Parte I: Informações gerais ..................................................................................................................... 1
Introdução ........................................................................................................................................... 1
Datas das provas (QI 1 2012-1):......................................................................................................... 2
Datas das aulas práticas (QI1; 2012-1) .............................................................................................. 3
Datas das aulas teóricas (QI1, 2012-1) .............................................................................................. 4
Comportamento no Laboratório .......................................................................................................... 5
Elaboração dos protocolos.................................................................................................................. 6
Modelo de protocolo (Aula Prática I, Experimento 1.2) ...................................................................... 7
Operações e equipamentos típicos no laboratório químico................................................................ 9
Filtração .......................................................................................................................................... 9
Aquecimento de amostras .............................................................................................................. 9
Manuseio de sólidos ..................................................................................................................... 11
Manuseio de líquidos.................................................................................................................... 12
Fixação de equipamentos de laboratório ..................................................................................... 13
Perigos toxicológicos e proteção de saúde e meio ambiente ............................................................... 15
Agentes químicos insalubres – Limite de tolerância e toxicidade – ................................................. 15
Tratamento de resíduos .................................................................................................................... 16
Introdução de compostos químicos na rede de esgoto................................................................ 16
Tratamento de nitrito (NO2
-).......................................................................................................... 16
Tratamento de sais de metais pesados p.e. compostos de As, Cd ............................................. 16
Tratamento de sais de cromo(VI) ................................................................................................. 16
Tratamento de resto de sódio metálico ........................................................................................ 17
Tratamento de cloro, dióxido de enxofre e cloreto de hidrogênio ................................................ 17
vi
Tratamento de bromo ................................................................................................................... 17
Tratamento de cianetos ................................................................................................................ 18
Tratamento de fósforo branco ...................................................................................................... 18
Classificação e rotulagem de substancias e misturas perigosas.......................................................... 20
O sistema estabelecido pela Directiva 1999/45/CE.......................................................................... 20
O sistema GHS ................................................................................................................................. 20
Pictogramas, palavras-sinal e Frases utilizados na rotulagem .................................................... 20
Classificação de substâncias........................................................................................................ 24
Classificação de misturas ............................................................................................................. 25
Primeiro socorro em caso de acidentes ................................................................................................ 30
Obrigação do socorrista primário...................................................................................................... 30
Avaliação inicial................................................................................................................................. 30
Remoção – Acomodação.................................................................................................................. 30
Reanimação cardiorrespiratória ........................................................................................................ 32
Choque.............................................................................................................................................. 35
Ferimentos externos ......................................................................................................................... 35
Queimaduras..................................................................................................................................... 36
Lesões e queimações oculares......................................................................................................... 37
Acompanhamento compreensivo...................................................................................................... 38
Parte II: Propriedades, preparação e utilização dos elementos dos grupos 1 (metais alcalinos), 
2 (metais alcalinos terrosos), 13 (trielos), 14 (tetrelos), 15 (pentelos), 16 (calcogênios), 17 
(halogênios) e 18 (gases nobres).......................................................................................................... 39
No principio é o Hidrogênio............................................................................................................... 39
Propriedades................................................................................................................................. 39
Importância econômica................................................................................................................. 40
Preparação ................................................................................................................................... 40
Utilização ...................................................................................................................................... 41
Os elementosdo grupo 1 (metais alcalinos) e suas propriedades................................................... 42
Propriedades................................................................................................................................. 42
Importância econômica................................................................................................................. 43
Preparação ................................................................................................................................... 43
vii
Utilização ...................................................................................................................................... 45
Os elementos do grupo 2 (metais alcalinos terrosos) e suas propriedades..................................... 46
Propriedades................................................................................................................................. 46
Importância econômica................................................................................................................. 47
Preparação ................................................................................................................................... 47
Utilização ...................................................................................................................................... 48
Os elementos do grupo 13 (trielos) e suas propriedades ................................................................. 49
Propriedades................................................................................................................................. 49
Importância econômica................................................................................................................. 50
Preparação ................................................................................................................................... 50
Utilização ...................................................................................................................................... 51
Os elementos do grupo 14 (tetrelos) e suas propriedades............................................................... 52
Propriedades................................................................................................................................. 52
Importância econômica................................................................................................................. 53
Preparação ................................................................................................................................... 53
Utilização ...................................................................................................................................... 55
Os elementos do grupo 15 (pentelos) e suas propriedades............................................................. 56
Propriedades................................................................................................................................. 56
Importância econômica................................................................................................................. 57
Preparação ................................................................................................................................... 57
Utilização ...................................................................................................................................... 59
Os elementos do grupo 16 (calcogênios) e suas propriedades ....................................................... 60
Propriedades................................................................................................................................. 60
Importância econômica................................................................................................................. 61
Preparação ................................................................................................................................... 61
Utilização ...................................................................................................................................... 63
Os elementos do grupo 17 (halogênios) e suas propriedades ......................................................... 64
Propriedades................................................................................................................................. 64
Importância econômica................................................................................................................. 65
Preparação ................................................................................................................................... 65
viii
Utilização ...................................................................................................................................... 66
Os elementos do grupo 18 (gases nobres) e suas propriedades..................................................... 67
Propriedades................................................................................................................................. 67
Importância econômica................................................................................................................. 67
Preparação ................................................................................................................................... 67
Utilização ...................................................................................................................................... 68
Parte III: Experimental ........................................................................................................................... 69
Miniaturização de Experimentos com Gases utilizando seringas..................................................... 69
Aula Prática I: Reações de hidrogênio.............................................................................................. 73
Lista de Materiais para Aula Prática I: Reações de hidrogênio:................................................... 75
Lista de Químicos para Aula Prática I: Reações de hidrogênio: .................................................. 75
Aula Prática II: Compostos de elementos do grupo 1 ...................................................................... 77
Lista de Materiais para Aula Prática II: Compostos de elementos do grupo 1: ........................... 79
Lista de Químicos para Aula Prática II: Compostos de elementos do grupo 1: ........................... 79
Aula Prática III: Compostos de elementos do grupo 2 ..................................................................... 81
Lista de Materiais para: Aula Prática III: Compostos de elementos do grupo 2: ......................... 83
Lista de Químicos para Aula Prática III: Compostos de elementos do grupo 2 ........................... 83
Aula Prática IV: Compostos de elementos do grupo 13 ................................................................... 85
Lista de Materiais para Aula Prática IV: Compostos de elementos do grupo 13: ........................ 87
Lista de Químicos para Aula Prática IV: Compostos de elementos do grupo 13 ........................ 87
Aula Prática V: Compostos de elementos do grupo 14 .................................................................... 89
Lista de Materiais para Aula Prática V: Compostos de elementos do grupo 14: ......................... 91
Lista de Químicos para Aula Prática V: Compostos de elementos do grupo 14: ........................ 91
Aula Prática VI: Compostos de elementos do grupo 15 ................................................................... 93
Lista de Materiais para Aula Prática VI: Compostos de elementos do grupo 15: ........................ 95
Lista de Químicos para Aula Prática VI: Compostos de elementos do grupo 15 ........................95
Aula Prática VII: Obtenção do oxigênio e reações de compostos de enxofre.................................. 97
Lista de Materiais para Aula Prática VII: Obtenção do oxigênio e reações de compostos de 
enxofre: ....................................................................................................................................... 100
Lista de Químicos para Aula Prática VII: Obtenção do oxigênio e reações de compostos de 
enxofre: ....................................................................................................................................... 100
ix
Aula Prática VIII: Preparação de halogênios e reações de compostos de fluoro e cloro............... 101
Lista de Materiais para Aula Prática VIII: Preparação de halogênios e reações de compostos de 
fluoro e cloro: .............................................................................................................................. 104
Lista de Químicos para Aula Prática VIII: Preparação de halogênios e reações de compostos de 
fluoro e cloro: .............................................................................................................................. 104
Aula Prática IX: Reações de oxigênio, hidrogênio, cloreto de hidrogênio e amônia. ..................... 105
Lista de Materiais para Aula Prática IX: Reações de oxigênio, hidrogênio, cloreto de hidrogênio e 
amônia. ....................................................................................................................................... 108
Lista de Químicos para Aula Prática IX: Reações de oxigênio, hidrogênio, cloreto de hidrogênio 
e amônia. .................................................................................................................................... 108
Aula Prática X: Reações de sulfeto de dihidrogênio e dióxido de enxofre. .................................... 109
Lista de Materiais para Aula Prática X: Reações de sulfeto de dihidrogênio e dióxido de enxofre.
.................................................................................................................................................... 112
Lista de Químicos para Aula Prática X: Reações de sulfeto de dihidrogênio e dióxido de enxofre.
.................................................................................................................................................... 112
Aula Prática XI: Reações de dióxido e monóxido de carbono........................................................ 113
Lista de Materiais para Aula Prática XI: Reações de dióxido e monóxido de carbono:............. 116
Lista de Químicos para Aula Prática XI: Reações de dióxido e monóxido de carbono: ............ 116
Aula Prática XII: Reações de cloro (parte I).................................................................................... 117
Lista de Materiais para Aula Prática XII: Reações de cloro (parte I):......................................... 119
Lista de Químicos para Aula Prática XII: Reações de cloro (parte I); ........................................ 119
Aula Prática XIII: Reações com cloro (parte 2)............................................................................... 120
Lista de Materiais para Aula Prática XIII: Reações com cloro (parte 2) ..................................... 122
Lista de Químicos para Aula Prática XIII: Reações com cloro (parte 2) .................................... 122
Aula Prática XIV: Reações de óxidos de nitrogênio ....................................................................... 123
Lista de Materiais para Aula Prática XIV: Reações de óxidos de nitrogênio ............................. 125
Lista de Químicos para Aula Prática XIV: Reações de óxidos de nitrogênio............................. 125
Aula Prática XV: Coloração de chama dos metais alcalinos e alcalinos terrosos.......................... 127
Lista de Materiais para Aula Prática XV: Coloração de chama dos metais alcalinos e alcalinos 
terrosos: ...................................................................................................................................... 129
Lista de Químicos para Aula Prática XV: Coloração de chama dos metais alcalinos e alcalinos 
terrosos: ...................................................................................................................................... 129
Anexos................................................................................................................................................. 131
Anexo I: Concentrações comuns das soluções importantes .......................................................... 131
x
Anexo II: Frases R/S ....................................................................................................................... 132
Frases R ..................................................................................................................................... 132
Combinações de Frases R ......................................................................................................... 133
Frases S...................................................................................................................................... 135
Combinações de Frases S ......................................................................................................... 136
Anexo III: Símbolos de risco ........................................................................................................... 138
Anexo IV: Advertências de Perigo (Hazard Satements) ................................................................. 139
Anexo V: Recomendações de prudência (Precautionary Statements)........................................... 142
Anexo VI: Lista das substancias utilizadas nas aulas práticas de Química Inorgânica I e Química 
Inorgânica II..................................................................................................................................... 146
Anexo VII: Tipos de literatura química para pesquisa de dados etc............................................... 170
Bibliografia ........................................................................................................................................... 172
xi
Índice de Tabelas
Tabela 1. Tabela Modelo para Tabela: Classificação dos perigos para saúde das substâncias e 
soluções utilizadas. ................................................................................................................................. 7
Tabela 2. Propriedades de alguns gases e vapores inorgânicos ......................................................... 19
Tabela 3. Pictogramas de perigos utilizados no GHS........................................................................... 21
Tabela 4. Classificação da Toxicidade aguda segundo GHS. .............................................................. 23
Tabela 5. Sub-classificação da corrosão cutânea na categoria 1......................................................... 24
Tabela 6. Concentrações limites para consideração de perigos para saúde e o meio ambiente em 
misturas. ................................................................................................................................................ 25
Tabela 7. Classificação da toxicidade aguda de NaCN e Ba(OH)2 como função da concentração. .... 26
Tabela 8. Valores de concentração limite para classificação da corrosão e irritação cutânea na 
aplicação do Principio da Adicionação.................................................................................................. 27
Tabela 9. Valores de concentração limite para classificação da corrosão e irritação cutânea para 
substancias que não permitem a aplicação do Principio da Adicionação. ........................................... 27
Tabela 10. Classificação de corrosão/irritação cutânea paraH2SO4 e NaOH...................................... 28
Tabela 11. Valores de concentração limite para classificação da lesão e irritação ocular na aplicação 
do Principio da Adicionação. ................................................................................................................. 28
Tabela 12. Valores de concentração limite para classificação da lesão e irritação ocular para 
substancias que não permitem a aplicação do Principio da Adicionação. ........................................... 29
Tabela 13. Classificação de lesão/irritação ocular para ZnSO4. ........................................................... 29
Tabela 14. Propriedades de hidrogênio. ............................................................................................... 39
Tabela 15. Propriedades dos metais alcalinos (grupo 1). ..................................................................... 42
Tabela 16. Comparação de processos de eletrólise de NaCl para produção de NaOH e Cl2. ............ 45
Tabela 17. Utilização dos metais alcalinos e seus principais compostos inorgânicos. ........................ 45
Tabela 18. Propriedades dos metais alcalinos terrosos (grupo 2)........................................................ 46
Tabela 19. Utilização dos metais alcalinos e seus principais compostos inorgânicos. ........................ 48
Tabela 20. Propriedades dos trielos (grupo 13). ................................................................................... 49
Tabela 21. Utilização dos trieles e seus principais compostos inorgânicos. ........................................ 51
Tabela 22. Propriedades dos elementos do grupo 14 (tetrelos). .......................................................... 52
Tabela 23. Utilização dos tetrelos e seus principais compostos inorgânicos. ...................................... 55
Tabela 24. Propriedades dos pentelos (grupo 15) ................................................................................ 56
Tabela 25. Utilização dos pentelos e seus principais compostos inorgânicos. .................................... 59
xii
Tabela 26. Propriedades dos calcogênios (grupo 16) .......................................................................... 60
Tabela 27. Utilização dos calcogênios e seus principais compostos inorgânicos. ............................... 63
Tabela 28. Propriedades dos halogênios (grupo 17) ............................................................................ 64
Tabela 29. Utilização dos halogênios e seus principais compostos inorgânicos.................................. 66
Tabela 30. Propriedades dos gases nobres (grupo 18)........................................................................ 67
Tabela 31. Utilização dos gases nobres. .............................................................................................. 68
Tabela 32. Preparação de gases em reatores miniaturizado. .............................................................. 70
xiii
Índice de Figuras
Figura 1. Funis para transferência e separação de líquidos e sólidos: (a) Funil com papel de filtro; (b) 
Funil com filtro; (c) Papel de filtro pregueado; (d) Funil para pós. .......................................................... 9
Figura 2. Garrafa de sucção com funil de Büchner para filtração a vácuo. ............................................ 9
Figura 3. (a) Bico de Bunsen; (b) Chama do bico de Bunsen............................................................... 10
Figura 4. Recipientes para aquecimento de amostras: (a) tubo de ensaio; (b) béqueres; (c) concha de 
porcelana; (d) pinça para tubos de ensaio; (e) raque para tubos de ensaio; (f) cadinhos com tenaz de 
cadinhos. ............................................................................................................................................... 11
Figura 5. (a) Almofariz com pistilo (mão); (b) Espátulas; (c) Funil de sólidos; (d) Vidros de relógio. ... 11
Figura 6. (a) Frasco lavador; (b) Pipetas de vidro e polietileno (PE); (c) Provetas graduadas; (d) Balão 
volumétrico. ........................................................................................................................................... 12
Figura 7. Instrumentos para transferência de líquidos: (a) Bureta; (b) Pipetas graduadas; (c) Pipeta 
volumétrica; (d) Pêra de Peleus. ........................................................................................................... 12
Figura 8. (a) Suporte universal; (b) Mufa, (c) Garra; (d) Garra para bureta; (e) Garra para 
condensador; (f) Argola. ........................................................................................................................ 13
Figura 9. Theophrastus Bombastus von Hohenheim chamado Paracelsus ......................................... 15
Figura 10. Codificação das (a) Advertências de risco; (b) Recomendações de Prudência.................. 20
Figura 11. Manobra de salvação de Rautek. ........................................................................................ 30
Figura 12. Posição lateral de segurança............................................................................................... 31
Figura 13. Massagem cardíaca. ............................................................................................................ 32
Figura 14. Desobstrução das vias aéreas............................................................................................. 33
Figura 15. Respiração artificial (boca-nariz).......................................................................................... 34
Figura 16. Seqüência na reanimação cardiopulmonar (RCP) .............................................................. 34
Figura 17. Acomodação em caso de choque........................................................................................ 35
Figura 18. Lavagem de ferimentos externos......................................................................................... 36
Figura 19. Ligadura de pressão. ........................................................................................................... 36
Figura 20. Queimaduras de grau diferente. .......................................................................................... 36
Figura 21. Irrigação de olhos................................................................................................................. 38
Figura 22. Hidrogênio. ........................................................................................................................... 39
Figura 23. Consumo de H2 nos EUA em 1996...................................................................................... 41
Figura 24. Os metais alcalinos. ............................................................................................................. 42
Figura 25. Eletrólise de NaCl fundido.................................................................................................... 43
xiv
Figura 26. Processos eletrolíticos de obtenção de NaOH e Cl2 (a) processos amalgama; (b) processo 
diafragma; (c) processo membrana. ..................................................................................................... 44
Figura 27. Os Metais alcalinos terrosos. ............................................................................................... 46
Figura 28. Os trielos. ............................................................................................................................. 49
Figura 29. Produção de alumínio por eletrólise de Al2O3 dissolvido em Na3[AlF6] fundido. ................. 50
Figura 30. Os tetrelos. ........................................................................................................................... 52
Figura 31. Produção de Si puríssimo: (a) Preparação de granulado de Si;(b) segregação de Si num 
bastão fino; (c) preparação de monocristal de Si.................................................................................. 54
Figura 32. Os pentelos. ......................................................................................................................... 56
Figura 33. Os calcogênios..................................................................................................................... 60
Figura 34. Processo Frasch para extração de enxofre elementar. ....................................................... 62
Figura 35. Os halogênios ...................................................................................................................... 64
Figura 36. Cela de eletrólise para produção de Fluoro molecular. ....................................................... 65
Figura 37. Os gases nobres. ................................................................................................................. 68
Figura 38. Utilização de seringas como funis de gotejar. ..................................................................... 69
Figura 39. Variações de mini-reatores para desenvolvimento de gases. ............................................. 69
xv
Índice dos Experimentos
Experimento 1.1: Reação de Hidrogênio em “status nascendi” com permanganato de potássio ........ 73
Experimento 1.2: Reação de Hidrogênio molecular com permanganato de potássio .......................... 73
Experimento 1.3: Reação de hidrogênio com oxigênio (gás detonante) .............................................. 73
Experimento 1.4: Oxidação de sódio .................................................................................................... 74
Experimento 2.1: Mistura eutética de LiCl/KCl...................................................................................... 77
Experimento 2.2: Precipitação de Li+ como periodatoferrato(III) de lítio (Li2[FeIO6])............................ 77
Experimento 2.3: Precipitação de fosfato de lítio .................................................................................. 77
Experimento 2.4: Precipitação de Na[Sb(OH)6] .................................................................................... 77
Experimento 2.5: Precipitação de tartrato de hidrogênio de potássio .................................................. 77
Experimento 2.6: Precipitação de hexanitrocobaltato(III) de dipotássio de sódio ................................ 78
Experimento 2.7: Precipitação de hexanitrocobaltato(III) de diamônio de sódio .................................. 78
Experimento 2.8: Precipitação de hexanitrito de dipotássio de chumbo(II) de cobre(II) (K2CuPb(NO2)6)
............................................................................................................................................................... 78
Experimento 2.9: Precipitação de hexanitrito de diamônio de chumbo(II) de cobre(II) 
((NH4)2CuPb(NO2)6)............................................................................................................................... 78
Experimento 3.1: Oxidação de Magnésio no ar .................................................................................... 81
Experimento 3.2: Preparação de Iodeto de magnésio.......................................................................... 81
Experimento 3.3a: Precipitado de carbonato/bicarbonato de cálcio ..................................................... 81
Experimento 3.4: Complexação de Ca2+ ............................................................................................... 81
Experimento 3.5: Precipitação de sulfato de estrôncio e bário ............................................................. 82
Experimento 3.6: Solubilidade de sais dos metais alcalinos terrosos .................................................. 82
Experimento 4.1: Ativação de alumínio................................................................................................. 85
Experimento 4.2: Anfóteria de alumínio ................................................................................................ 85
Experimento 4.3: Mascaração de Alumínio........................................................................................... 85
Experimento 4.4: Dissolução de Alumínio em Ácidos e Bases............................................................. 85
xvi
Experimento 4.5: Complexação de ácido bórico................................................................................... 86
Experimento 4.6: Precipitação de metaborato de prata ........................................................................ 86
Experimento 4.7: Precipitação de metaborato de cálcio ....................................................................... 86
Experimento 4.8: Preparação de trimetilborato (Chama verde)............................................................ 86
Experimento 5.1: Crescimento de silicatos cristalinos (Jardim Inorgânico).......................................... 89
Experimento 5.2: Precipitação de carbonato/bicarbonato de cálcio e bário ......................................... 89
Experimento 5.3: Liberação de ácido acético ....................................................................................... 89
Experimento 5.4: Preparação de etilacetato ......................................................................................... 89
Experimento 5.5: Preparação de CO/CO2 ............................................................................................ 89
Experimento 5.6: Oxidação de aldeídos (Reação de Fehling).............................................................. 90
Experimento 5.7: Precipitação de oxalato de cálcio, estrôncio e bário................................................. 90
Experimento 5.8: Oxidação de ácido oxálico ........................................................................................ 90
Experimento 5.9: Decomposição de bicarbonato de sódio (Serpentes de Faraó) ............................... 90
Experimento 6.1: Síntese de nitrogênio ................................................................................................ 93
Experimento 6.2: Reações de nitrato de amônio .................................................................................. 93
Experimento 6.3: Decomposição de bicarbonato de amônio (Hirschhornsalz = sal de cifres do veado)
............................................................................................................................................................... 93
Experimento 6.4: Reação de ácido nítrico com zinco ........................................................................... 93
Experimento 6.5: Preparação de arseneto de prata (Teste de Gutzeit) ............................................... 94
Experimento 6.6: Preparação de Arsênio (Teste de Bettendorf) .......................................................... 94
Experimento 6.7: Equilíbrio redox (Sb3+/Sb5+ -) ..................................................................................... 94
Experimento 6.8: Precipitação e complexação de Bi3+ ......................................................................... 94
Experimento 7.1: Disproporção de clorato de potássio (KClO3) ........................................................... 97
Experimento 7.2: Redução de MnO2..................................................................................................... 97
Experimento 7.3: Desproporcionamento de H2O2 catalisado por MnO2 ............................................... 97
Experimento 7.4: Redução de KMnO4 .................................................................................................. 97
Experimento 7.5: Fusão de enxofre ......................................................................................................98
xvii
Experimento 7.6: Reação de enxofre com metais ................................................................................ 98
Experimento 7.7: Preparação de SO2 ................................................................................................... 98
Experimento 7.8: Reação de ácido sulfúrico diluído com metais.......................................................... 98
Experimento 7.9: Reação de ácido sulfúrico concentrado com metais ................................................ 98
Experimento 7.10: Reação de ácido sulfúrico concentrado com material orgânico (Lava preta)......... 99
Experimento 8.1: Preparação de cloro por oxidação de cloreto ......................................................... 101
Experimento 8.2: Cloro por comproporção de cloreto e clorato.......................................................... 101
Experimento 8.3: Bromo por oxidação de brometo............................................................................. 101
Experimento 8.4: Iodo por oxidação de iodeto.................................................................................... 101
Experimento 8.5: Oxidação com clorato ............................................................................................. 101
Experimento 8.6: Precipitação de fluoretos de metais alcalinos terrosos........................................... 102
Experimento 8.7: Fluoração superficial de vidro (Teste de arrasto) ................................................... 102
Experimento 8.8: Precipitação de cloreto de prata e redução de prata(I) em meio ácido .................. 102
Experimento 8.9: Precipitação de cloreto de prata e redução de prata(I) em meio básico ................ 102
Experimento 8.10: Precipitação e dissolução de cloreto de prata ...................................................... 102
Experimento 8.11: Precipitação e dissolução de cianeto de prata ..................................................... 103
Experimento 9.1: Reações de oxigênio............................................................................................... 105
Experimento 9.2: Reações com Hidrogênio........................................................................................ 105
Experimento 9.3: Reações de cloreto de hidrogênio. ......................................................................... 106
Experimento 9.4: Reações com amônia ............................................................................................. 107
Experimento 10.1: Propriedades de H2S ............................................................................................ 109
Experimento 10.2: Propriedades de SO2 ............................................................................................ 109
Experimento 10.3: Preparação de enxofre (Processo Claus)............................................................. 110
Experimento 10.4: Preparação de ácido sulfúrico .............................................................................. 110
Experimento 10.5: Dessulfurização de gases de exaustão. ............................................................... 111
Experimento 11.1: Propriedades de dióxido de carbono .................................................................... 113
xviii
Experimento 11.2: Oxidação de monóxido de carbono ...................................................................... 114
Experimento 11.3: Redução com monóxido de carbono. ................................................................... 114
Experimento 11. 4: Formação de complexos de carbonila. ................................................................ 115
Experimento 12.1: Disproporcionamento de cloro em água ............................................................... 117
Experimento 12.2: Preparação de O2 singlete. ................................................................................... 117
Experimento 12.3: Preparação N2 triplete........................................................................................... 117
Experimento 12.4: Preparação de bromo ........................................................................................... 118
Experimento 12.5: Preparação de I2. .................................................................................................. 118
Experimento 12.6: Preparação seqüencial de Br2 e de I2. .................................................................. 118
Experimento 13.1: Reação de cloro com metais ................................................................................ 120
Experimento 13.2: Reação de cloro com não-metais ......................................................................... 120
Experimento 14.1: Propriedades de monóxido de nitrogênio ............................................................. 123
Experimento 14.2: NO como ligante ................................................................................................... 123
Experimento 14.3: Formação e reações de dióxido de nitrogênio...................................................... 124
Experimento 15.1: Fogo Bengalês ...................................................................................................... 127
Experimento 15.2: Neblina artificial ..................................................................................................... 128
1
Parte I: Informações gerais
Introdução
As aulas práticas da disciplina Química Inorgânica I são orientadas nos elementos dos
grupos principais da Tabela periódica (grupo 1 – 2, 13 – 18). 
É pré-requisito para realização dos experimentos que os alunos tomam conhecimento 
das aulas praticas antes de sua execução e, portanto devem conhecer os respectivos 
conceitos teóricos, como também as perigos das subtâncias e misturas (soluções) utilizadas. 
Os experimentos devem ser executados em grupos de dois ou no máximo três alunos. 
Cada grupo deve apresentar um protocolo (sempre na próxima aula!) mostrando a 
execuçãodos experimentos, as observações e a inbtrerpretação dos resultados, como também 
uma Tabela com a classificação dos perigos para saúde das substãncias e misturas utilizadas 
na respectiva aula prática. Os protocolos serão avaliados com 0 – 10 pontos e sua média de 
terá um peso de 5 % na nota final. Antes de cada aula será aplicado um teste versando sobre o 
conteúdo da aula anterior e a média de todos estes pós-testes terá um peso de 5 % na nota 
final. 
Além da média dos protocolos e dos pós´testes a avaliação da disciplina Química 
Inorgânica I se baseia em três provas da parte teórica e da parte prática cada um com peso de 
30 % na nota final. Assim a nota final da disciplina é calculada como:
testespósprotocolos0,05
prova30,3prova20,3prova10,3Nota aaafinal
−×+×+
+×+×+×=
05,0
2
Datas das provas (QI 1 2012-1):
1ª Prova (parte teórica)
Estrutura atômica; Tabela Periódica e Propriedades periódicas; Ligação metálica; 
Ligação iônica; Ligação covalente (Estruturas de Lewis, Nox, carga formal).
03/05/2012
2ª Prova (parte teórica)
Ligação covalente (Modelo VSPER, Simetria e grupos pontuais, Teoria do orbital 
molecular); Ácidos e Bases.
28/06/2012
3ª Prova (parte prática)
Os Elementos dos grupos 1, 2, 13 – 18 e suas propriedades; Nomenclatura na química 
inorgânica, segurança no laboratório e tratamento de resíduos, Classificação de perigos 
para saúde de substãncias e misturas.
05/07/2012
EXAME
Estrutura atômica; Tabela Periódica e Propriedades periódicas, Ligação metálica, 
Ligação iônica; Ligação covalente; Teoria do orbital molecular; sólidos, forças 
intermoleculares, ácidos e bases; Os Elementos dos grupos 1, 2, 13 – 18 e suas 
propriedades; Nomenclatura na química inorgânica, segurança no laboratório e 
tratamento de resíduos, Classificação de perigos para saúde de substãncias e misturas.
12/07/20123
Datas das aulas práticas (QI1; 2012-1)
Aula Data Tema
Aula Prática I 09/03/2012 Reações de hidrogênio
Aula Prática II 16/03/2012 Compostos de elementos do grupo 1
Aula Prática III 23/03/2012 Compostos de elementos do grupo 2
Aula Prática IV 30/03/2012 Compostos de elementos do grupo 13
Aula Prática V 13/04/2012 Compostos de elementos do grupo 14
Aula Prática VI 20/04/2012 Compostos de elementos do grupo 15
Aula Prática VII 27/04/2012 Obtenção do oxigênio e reações de compostos de enxofre
Aula Prática VIII 04/05/2012
Preparação de halogênios e reações de compostos de fluoro 
e cloro
Aula Prática IX 11/05/2012
Reações de oxigênio, hidrogênio, cloreto de hidrogênio e
amônia.
Aula Prática X 18/05/2012 Reações de sulfeto de dihidrogênio e dióxido de enxofre.
Aula Prática XI 25/05/2012 Reações de dióxido e monóxido de carbono
Aula Prática XII 01/06/2012 Reações de cloro (parte I)
Aula Prática XIII 15/06/2012 Reações com cloro (parte 2)
Aula Prática XIV 22/06/2012 Reações de óxidos de nitrogênio
Aula Prática XV 29/06/2012
Coloração de chama dos metais alcalinos e alcalinos 
terrosos
4
Datas das aulas teóricas (QI1, 2012-1)
Aula Assunto Data
Aula I Introdução geral, Átomos e partículas elementares; Modelos 
atômicos de Rutherford, Bohr e Kimball
08/03/2012
Aula II O modelo quântico do átomo de hidrogênio e de átomos 
polieletrônicos, o principio da construção da Tabela periódica 
15/03/2012
Aula III A Tabela periódica e as propriedades periódicas e aperiódicas 22/03/2012
Aula IV Nomenclatura na Química Inorgânica, Ligação metálica e estrutura de metais 29/03/2012
Aula V Ligação iônica, energia reticular e ciclo de Born-Haber, estrutura de compostos iônicos, Propriedades de sólidos iônicos 12/04/2012
Aula VI Ligação covalente (Estruturas de Lewis, Nox, carga formal) 19/04/2012
Aula VII Revisão 26/04/2012
Aula VIII 1ª Prova 03/05/2012
Aula IX Ligação covalente (Modelo de VSEPR), 10/05/2012
Aula X Simetria molecular e grupos pontuais 17/05/2012
Aula XI Teoria do orbital molecular 24/05/2012
Aula XII Ácidos e Bases 31/05/2012
Aula XIII Ácidos e Bases 14/06/2012
Aula XIV Revisão 21/06/2012
Aula XV 2ª Prova 28/06/2012
Aula XVI 3ª Prova 05/07/2012
5
Comportamento no Laboratório
⇒ No laboratório o uso de avental (de algodão), óculos de proteção (também para 
usuários de óculos) e sapatos fechados é obrigatório (nada de chinelos, sandálias ou 
saltos altos).
⇒ Cabelos longos devem ser presos. (Não será admitido o uso de bonés, chapéus etc.!)
⇒ Fumar e o consumo de comida e bebida são proibidos no laboratório.
⇒ Durante as aulas somente os alunos do respectivo curso e o professor podem 
permanecer no laboratório. Se for necessário de falar com outras pessoas somente 
fora do laboratório.
⇒ Economizar água, gás e substancias químicas. 
⇒ Experimentos só podem ser realizados se eles são descrito na apostila ou autorizados 
pelo professor.
⇒ Com substâncias agressivas e venenosas deve-se trabalhar na capela.
⇒ Antes da saída o laboratório deve ser arrumado e os equipamentos limpados.
⇒ Violações graves do regulamento resultam depois de uma advertência na exclusão do 
aluno e os protocolos faltando serão contado com zero ponto. 
6
Elaboração dos protocolos 
q O protocolo deve mostrar a execução do experimento
q O protocolo deve permitir a reprodução do experimento
q O protocolo deve conter data e identificação do experimento
q O protocolo deve conter uma Tabela enumerando os perigos para a saúde das
substâncias e soluções utilizadas.
q O protocolo não precisa conter todos os detalhes da instrução do experimento (estes 
são dados na apostila ou podem ser substituídas pela referencia). Mesmo assim o 
protocolo deve conter um curto esboço do experimento. 
q a identificação das amostras deve ser inequívoco! E documentado (reprodutibilidade) 
q as observações devem ser descritas conciso e preciso.
q Explicação do experimento:
1. Esclarecimento conciso, 2. Equação da reação.
q Perguntas adicionais:
Não escrever novelas: Na regra algumas sentenças e equações são suficientes.
=> Um cientista deveria expressar-se conciso e preciso. 
q Extensão do protocolo:
=> tão conciso como possível, tão detalhado como necessário! 
(10 páginas são geralmente demais, 1 geralmente de menos).
q redação do protocolo:
Observações e resultados devem ser escritos durante a execução do experimento 
diretamente no caderno de protocolo.
(Portanto é necessário de pensar antes de começar o experimento)
=> A seguir precisamos somente interpretar e explicar os dados e responder as 
perguntas adicionais (se houver). 
q IMPORTANTE: Prepara-se antes de começar o experimento! Tudo mundo deve 
saber o que ele está fazendo e por que! 
7
Modelo de protocolo (Aula Prática I, Experimento 1.2)
A Descrição do experimento como ela se encontra na apostila
Experimento 1.2: Reação de Hidrogênio molecular com permanganato de potássio
Material; Béquer 100 mL, tripé com rede de amianto, Bico de Bunsen; vidro de relógio
Químicos: ácido sulfúrico diluído; solução de KMnO4 (0,1 M); grânulos de zinco
Coloca algumas gotas da solução de KMnO4 no meio da placa de vidro. No Béquer 
adicione alguns pedacinhos de zinco ao H2SO4 diluído, se não há desenvolvimento de gás 
aquece um pouco e cobre com a placa de vidro, assim que a gota de KMnO4 fica em contato 
com o gás desenvolvido como é mostrado abaixo.
Espera o fim do desenvolvimento de gás e descrevem as observações, tenta de 
expressar-las com equações químicas. 
O Protocolo para esse experimento poderia aparecer na seguinte maneira:
Disciplina: Química Inorgânica I
Protocolo da Aula Prática I: Reações de hidrogênioI 
Nome: Erika Musterfrau
Data: 35 de maio de 1331
Cada protocolo deve conter uma Tabela das substancias e soluções usadas com suas 
classificações em respeito aos perigos de saúde.
Tabela 1. Tabela Modelo para Tabela: Classificação dos perigos para saúde das 
substâncias e soluções utilizadas.
Classificação
Composto/mistura Pictogramas
Tox. C/Icut C/Iolh Outras*
Frases H
Zn Não é substancia perigoso
H2SO4 (1 M) - 1A 1 -
H314 Provoca 
queimaduras na pele e 
lesões oculares graves
KMnO4 (0,1 M ≈
1,5 %)
4 - - - H302 Nocivo por ingestão
*Sensibilização cutânea; Toxicidade para órgãos-alvo específicos, Irritação das vias respiratórias, efeito narcóticos;
Sensibilização respiratória, mutagenicidade em células germitivas carcinogenicidade, toxicidade reprodutiva, perigo de 
aspiração. 
H2SO4; Zn
Gota de KMnO4
8
Experimento (2a): Adição de um granulo de zinco ao ácido sulfúrico 
diluído.
Observação: Formação de um gás incolor.
Explicação: O zinco é oxidado pela ação dos prótons do ácido;
Zn + 2 H3O
+ → Zn2+ + H2↑ + 2 H2O
Experimento (2b): Depois do começo da formação de H2 o béquer foi coberto com 
uma placa de vidro com uma gota da solução de KMnO4
aderida como é mostrado na Figura abaixo.
Observação: A cor do permanganato de potássio não mudou com a 
exposição da solução ao hidrogênio gasoso liberado.
Explicação: À temperatura ambiente hidrogênio molecular não é capaz de 
reduzir o permanganato.
MnO4
- + H2O + K
+ + H2 (gás) → não há reação
H
2
SO
4
(diluído) 
Gota de 
KMnO
4
 em 
água
H
2
↑ + Zn2+
H
2
Zn metálico
9
Operações e equipamentos típicos no laboratório químico 
Filtração
Para separação de sólidos e líquidos usam-se funis com filtros de papel. Os funis 
usados nas aulas práticas possuem geralmente diâmetro de 3,5 cm e os filtros de papel 
correspondendo um diâmetro de 5,5 a 7 cm. Os papeis são dobrados pela metade e depois 
mais uma vez dobrados assimetricamente como mostra Figura 1a. Assim o papel pode ser 
aberto em um cartucho maior ou menor, dependendo da forma do funil. Importante é que a 
pontado papel está pendurada livremente no meio do funil como mostra Figura 1b. Para fixar o 
papel no funil ele é umedecido com algumas gotas de água. Em caso de grandes quantidades 
de líquidos recomenda-se o uso de papeis de filtros pregueados. Funis sem o papel de filtro 
serão utilizados para transferência segura de líquidos.
(a) (b) (c)
Figura 1. Funis para transferência e separação de líquidos e sólidos: (a) Funil com papel 
de filtro; (b) Funil com filtro; (c) Papel de filtro pregueado; (d) Funil para pós. 
Para acelerar a filtração pode ser usada a filtração a vácuo utilizando funis de Büchner 
e garrafas de sucção, ligados a uma bomba de vácuo, na configuração mostrado na Figura 2.
Figura 2. Garrafa de sucção com funil de Büchner para filtração a vácuo.
Aquecimento de amostras
Muito usado no laboratório (de ensino) é o bico de Bunsen. Como é mostrado na Figura 
3a o gás entra pelo bico A no tubo do queimador e é misturado com o ar entrando pelos 
10
buracos B. A quantidade do ar pode ser regulada pelo estojo C. A chama possui no interior um 
cerne (aba na Figura 3b) levemente verde com propriedades redutivas, devido ao excesso de 
monóxido de carbono e de hidrogênio, resultado de queima incompleta. Na parte externo (aca
na Figura 3b), levemente azul, existe um excesso de oxigênio e a chama possui propriedades 
oxidantes. A temperatura da chama pode atingir 1000 – 1500 °C, mas na base da chama 
redutiva a temperatura é somente em torno de 300 °C. As diversas zonas da chama mostradas 
na Figura 3b são: α: Base da chama, relativamente frio (300 °C); β: Zona de fusão com a 
temperatura mais alta; γ: Zona de oxidação superior; δ: Zona de oxidação superior; ε e θ zonas 
de redução com temperatura e potencial de redução maior em θ. 
(a) (b)
Figura 3. (a) Bico de Bunsen; (b) Chama do bico de Bunsen.
Se a quantidade do ar em relação à quantidade do gás é muito grande a combustão do 
gás pode acontecer já no tubo do bico e pode acender até a mangueira de borracha. Por isso o 
bico de Bunsen não deve ser deixado sem observação. Também para acender o bico de 
Bunsen o aceso de ar deve ser completamente fechado para evitar que a chama é apagada 
pelo ar entrando. 
Como recipientes para aquecer e ferver soluções serão utilizados tubos de ensaios
(Figura 4a) ou béqueres de diversos tamanhos (Figura 4b). Para evaporação de líquidos ou 
eliminação de gases das amostras a temperaturas elevadas usam se conchas de porcelana 
(Figura 4c). Cadinhos de porcelana ou outros materiais, por exemplo, platina e níquel, (Figura 
4d) são usados para fusão e decomposição de sólidos. Para o manuseio dos cadinhos e 
conchas quentes são usados tenazes apropriadas (Figura 4d). 
(a) (b) (c)
11
(d) (e)
(f)
Figura 4. Recipientes para aquecimento de amostras: (a) tubo de ensaio; (b) béqueres; 
(c) concha de porcelana; (d) pinça para tubos de ensaio; (e) raque para tubos de ensaio; 
(f) cadinhos com tenaz de cadinhos.
Manuseio de sólidos
Sólidos podem ser transportados, balançados ou misturados em béqueres, conchas ou 
cadinhos. Muitas vezes porem há necessidade de esmiuçar os compostos, o que é feito num 
almofariz com a ajudo do pistilo (Figura 5a).
Para pegar e transferir sólidos em pó usa-se no laboratório espátulas de diversos 
tamanhos (Figura 5b). Estas espátulas devem ser usadas somente para pegar de transferir os 
sólidos e não para agitar soluções, uma vez que eles são na regra cobertas com níquel que 
facilmente é dissolvido e assim contamina as soluções. Para transferência de quantidades 
maiores recomenda-se o uso de funis de sólidos (Figura 5c), caracterizados por um tubo maior 
que os funis para líquidos. Os vidros de relógio (Figura 5d) são segmentos de esferas chatos 
em diversos tamanhos. Alem de ser utilizados para transportar ou pesar pequenas quantidades 
de químicas eles são úteis para tampar béqueres ou outros vasos no laboratório. 
(a) (b) (c) (d)
Figura 5. (a) Almofariz com pistilo (mão); (b) Espátulas; (c) Funil de sólidos; (d) Vidros de 
relógio.
12
Manuseio de líquidos
Muito útil no laboratório são frascos lavadores (Figura 6a), hoje em dia geralmente 
feitos de polietileno. Assim o liquido (água ou solvente orgânico) pode ser espirrado apertando 
o frasco. Eles permitam no laboratório a lavagem da vidraria e a transferência de pequenas 
quantidades de líquidos. 
Pequenas quantidades de líquidos podem ser transferidas (gota a gota) também com o 
uso de pipetas de vidro (pipetas Pasteur) ou de polietileno (Figura 6b). O volume das gotas 
depende do diâmetro na ponta do tubo, e é para pipetas Pasteur em torno de 0,03 mL. As 
pipetas de PE não são adequadas para o manuseio de soluções quentes e também o volume 
das goras é maior que o das pipetas Pasteur (em torno de 0,5 mL).
(a) (b) (c) (d)
Figura 6. (a) Frasco lavador; (b) Pipetas de vidro e polietileno (PE); (c) Provetas 
graduadas; (d) Balão volumétrico.
(a) (b) (c) (d)
Figura 7. Instrumentos para transferência de líquidos: (a) Bureta; (b) Pipetas graduadas; 
(c) Pipeta volumétrica; (d) Pêra de Peleus.
13
Para medir volumes maiores de líquidos usam-se provetas graduadas (Figura 6c), 
enquanto balões volumétricos (Figura 6d) são utilizados para trabalhos quantitativos, onde eles 
servem para preparação de soluções com concentrações definidas. Como estes equipamentos 
volumétricos podem mudar seu volume a altas temperaturas eles não devem ser secos na 
estufa. Recomenda-se que eles são antes do uso lavados com o solvente, para assegura que 
eles são limpos. 
Para mediação exata de volumes de líquidos são usados diversos equipamentos como 
buretas (Figura 7a). Estas existem com diversos volumes e precisões permitindo a mediação 
exata de volumes variáveis de líquidos. Menos exata que a dosagem com buretas, mas mais 
rápido, é a dosagem de volumes variáveis utilizando pipetas graduadas (Figura 7b) úteis para 
trabalhos semi – quantitativas que também são fornecidas com diversos volumes e precisões. 
Para transferência ou dosagem exata de volumes definidas (por exemplo: 1, 5, 10, 25, 100 mL) 
são utilizados pipetas volumétricas (Figura 7c).
Para encher as pipetas os líquidos não devem ser sugados com a boca, mas com 
equipamentos apropriados para evitar a ingerimento acidental do liquido. Um desses 
equipamentos é a pêra de Peleus (Figura 7d), basicamente um balão de borracha com três 
válvulas e um tubo para conectar as pipetas. Para esvaziar o balão aperta-se a válvula 1. 
Apertando a válvula 2 o liquido é sugado pelo vácuo no balão na pipeta, que pode ser 
esvaziada com a abertura da válvula 3.
Fixação de equipamentos de laboratório
(a) (b) (c)
(d) (e) (f)
Figura 8. (a) Suporte universal; (b) Mufa, (c) Garra; (d) Garra para bureta; (e) Garra para 
condensador; (f) Argola.
Para segurar os diversos equipamentos usam-se no laboratório suportes universais 
(Figura 8a) nos quais garras (Figura 8c) para segura os equipamentos são fixadas com mufas 
(Figura 8b). Estas garras podem ser adquiridas em diversos tamanhos ou para equipamentos 
14
específicos como buretas (Figura 8d) ou condensadores (Figura 8e). Para segurar 
equipamentos como funis pode-se usar argolas (Figura 8f) que permitem sua remoção rápida.
15
Perigos toxicológicos e proteção de saúde e meio ambiente
Agentes químicos insalubres – Limite de tolerância e toxicidade –
Dosis sola facit venenum
A frase em latim acima é a versão resumida da observação de Paracelsus (Figura 9): 
„All Ding’ sind Gift und nichts ohn’ Gift; allein die Dosis macht, dass ein Ding kein Gift ist“, ou 
seja, toda coisa é veneno e nada é sem veneno, somente a dose faz que uma coisa não seja
veneno.
Figura 9. Theophrastus Bombastus von Hohenheim chamado Paracelsus
Portanto o uso de quantidades pequenas é um método eficiente de minimizar os 
perigos no laboratório. Porem mesmo o uso de quantidadespequenas como é realizado nas 
aulas práticas não exclue completamente os possíveis perigos. Para avaliar o potencial nocivo 
de substancias típicas utilizadas na química inorgânica, a Tabela 2 enumera as propriedades 
de diversos gases junto com a concentração máxima permitida para o lugar de trabalho. Esta 
concentração é considerada pelos conhecimentos atuais como inofensiva mesmo se a
exposição ocorrer repetidamente a longo prazo (em geral por 8 horas por dia, correspondendo 
à uma média de 40 horas por semana). Os valores dados na Tabela 2 são tirados da TRGS 
900 (technische Regel für Gefahrstoffe) conforme a legislação européia.
Os respectivos valores para o Brasil diferem ligeiramente, são considerados por uma 
exposição de 48 horas semanais e podem ser encontrados na página do Ministério de Trabalho 
e Emprego (http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_15_anexo11.pdf, 
acessado 23/02/2010).
Para avaliar a toxicidade dos diversos compostos a Tabela 2 ainda mostra a CL50, a 
concentração letal capaz de matar 50 % das cobaias nas condições dadas. Uma boa fonte 
para tais dados toxicológicos, as concentrações máximas permitidas e os limites de percepção 
olfativa são as Datasheets (Folhas de dados) fornecidas pelos produtores de diversos 
compostos químicos, que podem ser encontrados, geralmente nos sítios da internet das 
empresas produtoras e/ou distribuidoras de produtos químicos. 
É interessante ressaltar (Tabela 2) que o limite de percepção olfativa é em geral muito 
menor que a concentração máxima permitida pela legislação de Segurança e Saúde no 
Trabalho. Portanto, a percepção do cheiro de diversos compostos químicos não implica um 
perigo imediato para a saúde. 
Recomenda-se que os alunos, já preparam antecipadamente uma Tabela com a 
classificação dos perigos para saúde das substâncias e soluções utilizadas nas aulas práticas> 
esta Tabela, deve constar obrigatoriamente em cada protocolo. 
16
Tratamento de resíduos 
Principalmente o trabalho com compostos químicos requer que o aluno se informe
sobre os seguintes pontos:
• Processos de tratamento e reciclagem de resíduos;
• Equipamento de proteção individual;
• Recipientes de coleta e tratamento de resíduos;
• Meios de Adsorção;
• Meios e possibilidades de limpeza.
A seguir são enumerados alguns exemplos práticos para o tratamento de químicos
presentes em laboratórios de química inorgânica.
Introdução de compostos químicos na rede de esgoto
Somente compostos não tóxicos, que podem ser integrantes de alimentos podem ser 
introduzidos na rede de esgoto. Mesmo assim somente em quantidades pequenas e altamente 
diluídos. Exemplos são ácidos como HCl, H2SO4, HNO3 e H3PO4 ou bases como NaOH, KOH e 
NH3, depois da neutralização. Solventes orgânicos, com exceção de etanol não devem ser 
introduzidos na rede de esgoto. Isto deve ser considerado no uso de trompas de água e 
rotaevaporadores. 
Tratamento de nitrito (NO2
-)
Transformação em nitrogênio molecular por comproporcionamento. Compare a síntese 
de nitrogênio no laboratório (Aula Prática VI: Compostos de elementos do grupo 15, página 93).
HNO2 + NH3 → N2↑ + 2 H2O
ou
HNO2 + (NH2)HSO3 → N2↑ + H2SO4 + H2O
Depois da neutralização e da diluição, a solução obtida pode ser introduzida à rede de 
esgoto. 
Tratamento de sais de metais pesados p.e. compostos de As, Cd
Sais de metais pesados e suas soluções devem ser coletados em recipientes 
separados. Recomenda-se a sua precipitação em forma de sal menos solúvel, como p.e.:
2 As(OH)3 + H2S → As2S3↓ + 6 H2O
CdCl2 + H2S → CdS↓ + 2 HCl
Os precipitados são separados por filtração e coletados em recipientes adequados. 
Depois da oxidação de sulfeto com peróxido de hidrogênio a solução é neutralizada, diluída e 
introduzida à rede de esgoto. 
Tratamento de sais de cromo(VI)
Sais de cromo(VI) que podem causar danos à herança genética ou câncer pela 
inalação devem ser reduzido para cromo(III). As soluções de Cr(VI) serão acidificados (pH 2 –
3) com ácido sulfúrico e cuidadosamente tratados com NaHSO3 para redução.
Cr2O7
2- + 3 HSO3
- + 5 H+ → 2 Cr3+ + 3 SO4
2- + 4 H2O
O cromo(III) é precipitado como hidróxido e coletado em recipiente adequado.
Cr3+ + 3 OH- →Cr(OH)3↓
17
Depois da neutralização e da diluição, o filtrado obtido pode ser introduzida à rede de 
esgoto. 
Tratamento de resto de sódio metálico 
Restos de sódio metálico serão oxidados com álcool (Aula Prática II: Compostos de 
elementos do grupo 1, página 77). 
Na + CH3CH2OH → NaOCH2CH3 + ½ H2
Tratamento de cloro, dióxido de enxofre e cloreto de hidrogênio
Estes gases serão tratados com uma solução aquosa diluída de hidróxido de sódio:
Para cloro:
Cl2 + 2 OH
- → OCl- + Cl- + H2O
Redução do hipoclorito formado com tiossulfato:
S2O3
2- + 4 OCl- + H2O → 4 Cl
- + 2 SO4
2- + 2H+
Para dióxido de enxofre: 
SO2 + OH
- → HSO3
-
Oxidação do sulfito de hidrogênio com H2O2:
HSO3
- + H2O2 → HSO4
- + H2O
Para cloreto de hidrogênio: 
HCl + OH- → H2O + Cl
-
As soluções obtidas podem, depois da neutralização e da diluição, ser introduzidas à 
rede de esgoto. 
Tratamento de bromo
Redução com tiossulfato:
4 Br2 + S2O3
2- + 5 H2O → 8 Br
- + 2 SO4
2- + 10 H+
Depois da neutralização e da diluição, a solução obtida pode ser introduzida à rede de 
esgoto. 
18
Tratamento de cianetos
Oxidação com hipoclorito para cianato em meio básico (pH 10 – 11), seguida de 
oxidação para dióxido de carbono e nitrogênio em solução fracamente básica (pH 8 -9):
CN- + OCl- + H2O → CNCl + 2 OH
-
CNCl + 2 OH- → OCN- + Cl- + H2O
2 OCN- + 3 OCl- + H2O → 2 CO2 + N2 + 3 Cl
- + 2 OH-
Depois da neutralização e da diluição, a solução obtida pode ser introduzida à rede de 
esgoto. 
Tratamento de fósforo branco
Oxidação com permanganato de potássio em meio ácido.
P4 + 4 MnO4
-→ 4 PO4
3- + 4 Mn2+
Depois da precipitação do manganês(II), p.e. como hidróxido, a solução é neutralizada 
e diluída e pode ser introduzida à rede de esgoto. 
19
Tabela 2. Propriedades de alguns gases e vapores inorgânicos 
Concentração máxima no lugar de 
trabalhoComposto Pe (°C) Odor 
Percepção olfativa 
(mg/m3)
mg/m3 ppm
CL50 (ppm/x h)
H2 -295,9 Inodoro - - - -
F2 -187 Picante 0,035 ppm 0,2 0,1 185/1
Cl2 -34,6 Sufocante 0,2 ppm 1,5 0,5 293/1
Br2 58,78 Picante 0,05 ppm 0,7 0,1 180/6,5
I2 457,4 - 0,8 ppm 1 0,1 800*/1
HF 19,54 Penetrante 0,03 – 0,11 2,5 3 1100*/1
HCl -84,9 Irritante 0,77 5,5 4 3124/1
HBr 126 Irritante 2 10 3 2858/1
HCN 26 Desagradável 0,58 ppm 2,1 1,9 484/0,08
H2S -60,2 Podre 0,012 15 100 712/1
NH3 -33 Picante 3,7 35 20 2000/4
PH3 -87,77 Desagradável 0,021 0,4 0,3 11/4
AsH3 -62 Desagradável 1,6 0,2 0,05 83*/1
CO2 -78,5
† Inodoro - 9000 5000 470000/0,5
CO -191,6 inodoro - 55 50 1807/4
NO -152 Pouco 0,3 – 1 ppm 30 25 115/1
SO2 -10 Irritante 3 – 5 ppm 5 2 2520/1
SO3 44,5 Irritante 1 0,5 - 510*/2
ClO2 11 Desagradável 0,1 ppm 0,3 0,1 150/1
COCl2 7,44 Podre 0,125 ppm 0,4 0,1 12,35/2
*mg/m3; †sublimação
As concentrações máximas de gases, vapores e compostos voláteis são dados como ppm, equivalente a mL/m3. Neste caso a concentração é independente 
da temperatura e da pressão atmosférica. Também pode ser dado como mg/m3, para uma temperatura de 20 °C e uma pressão de 101,3 kPa. A última 
medida é utilizada exclusivamente para sólidos suspensos como pó, fumaça e neblinas. Nas condições normais (20 °C, 101,3 kPa) as diferentes medidas 
podem ser convertidas pelas seguintes formulas onde o volume molar para 20°C e 101,3 kPa é igual à 24,1 L.



⋅=






⋅=



3333 m
mL
c
Lemmolarvolume
gemmolarmassa
m
mg
ce
m
mg
c
gemmolarmassa
Lemmolarvolume
m
mL
c
20
Classificação e rotulagem de substancias e misturas perigosas
O sistema estabelecido pelaDirectiva 1999/45/CE
Segundo o Decreto 2.657/1998 é necessário que “os produtos químicos perigosos 
deverão portar, …, uma etiqueta facilmente compreensível para os trabalhadores, que facilite 
informações essenciais sobre a sua classificação, os perigos que oferecem e as precauções de 
segurança que devam ser observadas” (art. 7 parágrafo 2). Um sistema utilizado para 
confecção dessas etiquetas foi estabelecido pela Directiva 1999/45/CE da Comissão Européia 
e utiliza para estes fins os símbolos de risco e frases R/S (frases de risco/Segurança) 
mostrados no Anexo III e no Anexo II respectivamente. Para substancias puras este sistema 
deve ser substituído desde Fevereiro de 2011 pelo sistema GHS (Inglês: Globally Harmonized 
System of Classification and Labeling of Chemicals = Sistema Globalmente Harmonizado de 
Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos) que também deve ser utilizado para 
misturas a partir de Junho de 2015.
O sistema GHS
Pictogramas, palavras-sinal e Frases utilizados na rotulagem
No sistema GHS os Perigos são classificados em:
(a) Perigos físicos
(b) Perigos para saúde
(c) Perigos para o meio ambiente
Enquanto as mediadas de Prudência são classificadas em:
(a) Medidas Gerais
(b) Medidas de Prevenção 
(c) Medidas de Reação 
(d) Medidas de Estocagem
(e) Medidas de Eliminação
Para a indicação dos perigos nas rotulagens são utilizados os pictogramas de perigos, 
mostrados na Tabela 3 em conjunto com as palavras-sinal “PERIGO” e “ATENÇÃO” que 
indicam o grau de periculosidade relativa. As frases R (frases de risco) são substituídas no 
sistema GHS pelas advertências de perigo enumeradas nas Frases H (Hazard Statements) que 
se encontram no Anexo IV e as frases S são substituídas pelas recomendações de Prudência 
enumeradas nas Frases P (Precautionary Statements) que se encontram no Anexo V. 
A codificação das frases H ilustrado na Figura 10a permite imediatamente a 
diferenciação entre perigos físicos, para saúde e para o meio ambiente, enquanto a codificação 
das frases P ilustra imediatamente quais medidas devem ser tomadas em termos gerais, para 
precaução, para reação em casos de acidente, para estocagem e para eliminação dos 
produtos. 
(a) (b)
Figura 10. Codificação das (a) Advertências de risco; (b) Recomendações de Prudência.
21
Tabela 3. Pictogramas de perigos utilizados no GHS.
Perigos físicos
Pictograma/Código Descrição Perigo
GHS01
Bomba a explodir Explosivo
GHS02
Chama Inflamável
GHS03
Chama sobre círculo Comburente
GHS04
Garrafa de gás Gás sob pressão
GHS05
Corrosão Corrosivo para os metais
22
Tabela 3. Pictogramas de perigos utilizados no GHS.
Perigos para saúde
Pictograma/Código Descrição Perigo
GHS05
Corrosão Corrosão cutânea; Lesões oculares graves
GHS06
Caveira sobre tíbias 
cruzadas
Toxicidade aguda (< 300 mg/kg por via oral)
GHS07
Ponto de exclamação
Toxicidade aguda (300 – 2000 mg/kg por via 
oral); Irritação cutânea, Irritação ocular, 
Sensibilização cutânea, Toxicidade para 
órgãos-alvo específicos Irritação das vias 
respiratórias, Efeitos narcóticos
GHS08
Perigo para a saúde
Sensibilização respiratória, Mutagenicidade 
em células germinativas, Carcinogenicidade, 
Toxicidade reprodutiva, Toxicidade para 
órgãos-alvo específicos; Perigo de 
aspiração,
Perigos para o ambiente
Pictograma/Código Descrição Perigo
GHS09
Ambiente Perigoso para o ambiente aquático
23
Tabela 4. Classificação da Toxicidade aguda segundo GHS.
Exposição CL50/DL50 Perigo Categoria ATE* Pictograma
≤ 0,05 mg/L H330 (Mortal por inalação) 1 0,005
0,05 – 0,5 mg/L H330 (Mortal por inalação) 2 0,05
0,5 – 1,0 mg/L H331 (Tóxico por inalação) 3 0,5Inalação (poeiras e névoa)
1,0 – 5,0 mg/L H332 (Nocivo por inalação) 4 1,5
≤ 0,5 mg/L H330 (Mortal por inalação) 1 0,05
0,5 – 2,0 mg/L H330 (Mortal por inalação) 2 0,5
2,0 – 10,0 mg/L H331 (Tóxico por inalação) 3 3Inalação (vapor)
10,0 – 20,0 mg/L H332 (Nocivo por inalação) 4 11
≤ 100 ppmV H330 (Mortal por inalação) 1 10
100 – 500 ppmV H330 (Mortal por inalação) 2 100
500 – 2500 ppmV H331 (Tóxico por inalação) 3 700Inalação (gás) 
2500 – 20000 ppmV H332 (Nocivo por inalação) 4 4500
≤ 50 mg/kg H310 (Mortal em contacto com a pele) 1 5
50 – 200 mg H310 (Mortal em contacto com a pele) 2 50
200 – 1000 mg/kg H311 (Tóxico em contacto com a pele) 3 300Cutânea
1000 – 2000 mg/kg H312 (Nocivo em contacto com a pele) 4 1100
≤ 5 mg/kg H300 (Mortal por ingestão) 1 0,5
5 – 50 mg/kg H300 (Mortal por ingestão) 2 5
50 – 300 mg/kg H301 (Tóxico por ingestão) 3 100Oral 
300 – 2000 mg/kg H302 (Nocivo por ingestão) 4 500
*ATE = Acute Toxicity Estimate (Estimativa da Toxicidade Aguda)
24
Classificação de substâncias 
Considerações gerais
Os critérios para classificação e rotulagem de substâncias são descritos no
REGULAMENTO (CE) N.o 1272/2008 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 16 
de Dezembro de 2008, publicado no Jornal Oficial da União Européia.* Este regulamento já 
contém uma Lista com a classificação de mais de 3300 Substâncias e classes de substâncias 
diferentes, indicando também os pictogramas, o palavra-sinal e as advertências de risco, que 
devem constar no rotulo dessas substancias. Uma outra boa fonte para encontrar a 
classificação de diversas substâncias são as FISPQ (FISPQ - Ficha de Informações de 
Segurança de Produtos Químicos) ou MSDS (Material Safety Data Sheet) que devem ser 
obrigatoriamente fornecidas pelos produtores e comerciantes de produtos químicos.†
Este processo de classificação de substancias é em geral muito complexo requerendo 
diversas informações. Aqui nos restringem as considerações de classificação aos perigos
agudos à saúde, especialmente a toxicidade aguda, a corrosão e irritação cutânea e a lesão e 
irritação ocular. 
Classificação da toxicidade aguda
Relativamente simples é a classificação da toxicidade aguda de substancias, mostrado 
na Tabela 4, que somente considera os diversos caminhos de intoxicação (inalação, 
contaminação cutânea ou ingestão oral) e a concentração ou dose letal (CL50 e DL50, 
respectivamente). A DL50 é a quantidade aplicada via oral ou cutânea em dose singular ou em 
doses múltiplos durante 24 h capaz de matar 50 % da população de teste enquanto para 
determinação da CL50 um gás ou aerossol é inalado durante 4 h. 
Classificação da corrosão e irritação cutânea 
A corrosão e irritação cutânea é classificada em duas categorias 1 (corrosão cutânea) e 
2 (irritação cutânea). A classificação como corrosivo na categoria 1 acontece se existem 
experiências em humanos sobre lesões cutâneas irreversíveis, resultados positivos num teste 
in-vitro validado, em caso de valores pH extremos (≤ 2 ou ≥ 11,5) ou relações estruturais ou de 
atividade com outras substancias ou misturas corrosivas. Semelhante a classificação na 
categoria 2 (irritação cutânea) acontece se existem experiências em humanos sobre lesões 
cutâneas reversíveis, resultados positivos num teste in-vitro validado, relações estruturais ou 
de atividade com outras substancias ou misturas irritantes, avermelhamento, exulceração ou 
formação de edemas em pelo menos 2 de 3 cobaias ou inflamação em pelo menos 2 cobaias 
dentro de 14 dias. 
Dependendo da ação corrosiva a corrosão cutânea é subdividido em três categorias 
como mostra a Tabela 5. 
Tabela 5. Sub-classificação da corrosão cutânea na categoria 1.
Sub-categoria Tempo de Exposição Destruição da pele em pelo 
menos um de três cobaias
1A ≤ 3 minutos ≤ 1 hora
1B > 3 minutos ≤ 1 hora ≤ 14 dias 
1C > 1 hora ≤ 4 horas ≤ 14 dias 
* Jornal Oficial da União Européia de 31/12/2008, página 1 – 1355 (versão em Português) 
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:353:0001:1355:pt:PDF
(acessado 16/11/2011)
† MSDS podem ser encontrados na página da Sigma-Aldrich 
(http://www.sigmaaldrich.com/brazil.html)

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