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Elementos de Geologia 2017

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Notas de aula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Carlos José de Mesquita 
 
 
Agosto/2015 
Apresentação 
 
As dificuldades encontradas nas universidades brasileiras de aquisição de 
bibliografias de qualidade e em quantidade suficiente para atender seus estudantes de 
cursos de graduação, aliadas aos problemas das editoras nacionais em publicar livros 
didáticos, seja devido a seu alto custo ou a sua pequena tiragem, fazem com que os 
professores universitários tenham grandes dificuldades de cumprir com seu verdadeiro 
papel de educadores, passando a atuar como meros repassadores de conhecimento e 
utilizando para isto a sórdida figura da “apostila” ou “nota de aula”. 
Você deve estar pensando ser incoerente se iniciar uma publicação desta 
natureza justamente falando-se mal dela. Na verdade o problema de qualquer “apostila” é 
a forma como o aluno a encara. 
É preciso que se entenda que uma publicação desta natureza nada mais é que 
um guia de estudos, a ser utilizado pelo aluno para adquirir conhecimentos básicos, 
posteriormente enriquecidos por consultas a livros, onde verdadeiramente os assuntos são 
abordados de forma completa. 
Para isso, estas “Notas de Aulas” não apresentam ilustrações ou tabelas, e 
quando o fazem é apenas na forma de instrumento prático para consulta rápida em 
trabalhos práticos. Para consultas aprofundadas devem ser consultados os livros texto 
indicados pelo professor. Entendendo a maneira correta de utilizar este volume, ele 
poderá lhe ser muito útil. 
Agradeço quaisquer correções quanto a erros constados e sugestões que 
possam melhorar esta publicação. 
O livro texto base para a elaboração destas notas de aula é Geologia 
Aplicada à Engenharia de Nivaldo José Chiossi (Editora do Grêmio Politécnico). 
A disciplina está estruturada em capítulos a seguir apresentados: 
Capítulo 01 – Introdução à Geologia 
 
Capítulo 02 – Crosta da Terra 
 
Capítulo 03 – Minerais 
 
Capítulo 04 – Rochas 
 
Capítulo 05 – Rochas magmáticas 
 
Capítulo 06 – Rochas sedimentares 
 
Capítulo 07 – Rochas metamórficas 
 
Capítulo 08 – Identificacao macroscópica das rochas 
 
Capítulo 09 – Elementos sobre solos 
 
Capítulo 10 – Solos e rochas como materiais de construção 
 
Capítulo 11 – Estruturas geológicas 
 
Capítulo 12 – Investigação do subsolo 
 
Capítulo 13 – Mapas geológicos 
 
Capítulo 14 – Água subterrânea 
 
Capítulo 15 – Geologia prática 
 
Prof. Carlos Mesquita 
 
ELEMENTOS DE GEOLOGIA 
 
GEOLOGIA E POSIÇÃO DA GEOLOGIA DE ENGENHARIA 
 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
 
1.1 A GEOLOGIA DE ENGENHARIA 
 
 
Geologia  ciência que trata da origem, evolução e estrutura da Terra, através do 
estudo das rochas (GEO = terra; LOGOS = estudo). Divide-se em: 
 
Geologia Física ou Geral  estuda a composição e fenômenos que ocorrem 
na Terra;
Histórica ® seqüência de fatos que resultam no atual estágio de 
desenvolvimento do planeta. 
 
 
APLICAÇÕES: mineração e à engenharia civil. 
 
 
GEOLOGIA DE ENGENHARIA: definida como a aplicação de conhecimentos das 
Geociências em estudos, projetos e obras de engenharia. Ou, de acordo com a 
definição da Associação Internacional de Geologia de Engenharia: 
 
“A ciência dedicada à investigação, estudo e solução de problemas de 
engenharia e meio ambiente, decorrentes da interação entre a Geologia e os 
trabalhos e atividades do homem, bem como à previsão e desenvolvimento de 
medidas preventivas ou reparadoras de acidentes geológicos”. 
 
 
GEOTECNIA: Geologia de Engenharia + Mecânica dos Solos + Mecânica das Rochas 
 
 
O estudo da Geologia de Engenharia abrange: 
 
 Definição das condições da geomorfologia, estrutura, estratigrafia, 
litologia e água subterrânea das formações geológicas;
 Caracterização das propriedades mineralógicas, físicas, 
geomecânicas, químicas e hidráulicas de todos os materiais terrestres envolvidos 
em construção, recuperação de recursos e alterações ambientais; 
 Avaliação do comportamento mecânico e hidrológico dos solos e 
maciços rochosos; 
 Previsão de alterações, ao longo do tempo, das propriedades citadas 
anteriormente; 
 Determinação dos parâmetros a serem considerados na análise de 
estabilidade de taludes de obras de engenharia e de maciços naturais; 
 
 Melhoria e manutenção das condições ambientais e das propriedades 
dos terrenos. 
Portanto, a Geologia de Engenharia aborda: 
 
 A utilização das rochas, solos ou materiais terrosos como material de 
construção; 
 Os fenômenos que ocorrem na superfície da Terra e que podem trazer 
algum tipo de problema às obras, destacando-se a alteração, erosão e assoreamento 
nos diversos ambientes (rios, lagos, mares), os movimentos de massa e a ação da 
água em subsuperfície; 
 Os maciços rochosos e terrosos, sua investigação e como devem ser 
apresentados ao engenheiro; 
 Exemplos de conhecimentos geológicos necessários ao projeto, 
construção e conservação de diversos tipos de obras. 
 

 HISTÓRICO DA GEOLOGIA 
 
 
 - Geologia como ramo específico da ciência para estudo da Terra – séc. 
VII; 
 - Nicolaus Steno (1631-1686), Bispo de Hamburgo, é reconhecido como 
o fundador da Geologia como um ramo independente da Ciência; 
 - Dentre os pioneiros no desenvolvimento da Geologia, encontram-se 
J.G. Lehmann, estudioso alemão falecido em 1767, um dos primeiros a visualizar a 
possibilidade de ordenar a disposição e idade das rochas da crosta terrestre; 
 - James Hutton (1726-1797), um escocês de Edimburgo, foi o primeiro 
grande nome nos anais da Ciência. Seu livro “Teoria da Terra”, publicado em 1785, 
trouxe as bases para os grandes avanços realizados durante o século XIX; 
 - No século XIX, a nova ciência geológica defronta-se com uma série de 
preconceitos de ordem religiosa e filosófica – oposição às idéias a respeito da 
antiguidade da Terra; 
 A moderna Geologia sofre influência da publicação “A origem das 
espécies” de Charles Darwin (1859); 
 Em meados do século XIX, o progresso da sociedade industrial européia 
motivou grandes obras, possibilitando o desenvolvimento da Geologia; 
 Desenvolvimento de novas ciências a partir de 1914: Mecânica das 
Rochas, Geomecânica e Mecânica dos Solos; 
 A partir da década de 1950, houve um grande surto de desenvolvimento 
após a 2ª Guerra Mundial, exigindo a utilização de especialistas em todas as áreas de 
conhecimento científico e tecnológico, resultando no acelerado crescimento da 
Geotecnia. 



 POSIÇÃO DA GEOLOGIA DE ENGENHARIA 
 
 
 GEOLOGIA TEÓRICA OU NATURAL 
 
2.1.1 FÍSICA: estudo dos tipos de materiais e seu modo de ocorrência bem 
como de estudo de certas estruturas. 
 Mineralogia – trata das propriedades cristalográficas (formas e estruturas) 
físicas e químicas dos minerais, bem como da sua classificação;
 Petrografia – descrição dos caracteres intrínsecos da rocha, analisando sua 
origem (composição química, minerais, arranjo dos grânulos minerais, estado de 
alteração, etc.); 
 Sedimentologia – é o estudo dos depósitos sedimentares e sua origem. As 
inúmeras feições apresentadas nas rochas podem indicar os ambientes que existiam no 
local no passado e assim entender os ambientes atuais; 
 Estrutural – investiga os elementos estruturais presentes nas rochas e causados 
por esforços; 
 Geomorfologia – trabalha com a evolução das feições observadas na superfície 
da Terra, identificando os principais agentes formadores dessas feições e 
caracterizando a progressão da ação de agentes como o vento, gelo, água... que 
afetam bastante o relevo terrestre. Em resumo: estuda a maneira como as formas da 
superfície da Terra são criadas e destruídas.2.1.2 HISTÓRICA: estudo da evolução dos acontecimentos e fenômenos 
ocorridos no passado. 
 
 
 Paleontologia – estuda a vida pré-histórica, tratando do estudo de fósseis de 
animais e plantas micro e macroscópicos, sendo conhecidos através de seus restos ou 
vestígios encontrados nas rochas. Os fósseis são importantes indicadores das 
condições de vida existentes no passado geológico, preservados por meios naturais na 
crosta terrestre; 
 Estratigrafia – trata do estudo da seqüência das camadas (condições de sua 
formação e a correlação entre os diferentes estratos ou camadas). 


 GEOLOGIA APLICADA: ligada ao estudo da ocorrência, exploração de minerais e 
rochas sob o ponto de vista econômico, bem como à aplicação dos 
conhecimentos geológicos aos projetos e às construções de obras de 
Engenharia. 
 
 
2.2.1 A ECONOMIA: envolve a aplicação de princípios geológicos para o 
estudo do solo, rochas, água subterrânea e sua influência no 
planejamento e construção de estruturas de engenharia, ou seja, é o 
estudo dos materiais do reino mineral que o homem extrai da Terra para 
a sua sobrevivência e evolução (substâncias orgânicas e inorgânicas). 
 
 Mineração;
 Petróleo.


 A ENGENHARIA: emprego dos conhecimentos geológicos para a solução 
de certos problemas de Engenharia Civil, principalmente na abertura 
de túneis e canais, implantação de barragens, construção de estradas, 
obtenção de água subterrânea, projeto de fundações, taludes, etc. 
ESTRUTURA E CROSTA DA TERRA 
 
 DEFINIÇÃO 
 
 
A Terra tem um raio médio de 6.370 Km e sua estrutura interna é 
constituída por três camadas concêntricas distintas: 
 
 
 Litosfera ou Crosta: espessura de 120 Km;

A crosta não é uma camada única, sendo constituída de várias placas 
tectônicas, divididas em três seções: continentes, plataformas continentais (extensões 
das planícies costeiras que declinam suavemente abaixo do nível do mar) e os 
assoalhos oceânicos (nas profundidades abissais dos oceanos). Sua espessura varia 
de 5 a 10 km sob os oceanos e, de 25 a 90 km, nos continentes. É formada por três 
grandes grupos de rochas: magmáticas ou ígneas, metamórficas e sedimentares. 

 Manto: espessura de 2.900 Km;

Camada pastosa (material magmático) composta de silício, alumínio, 
ferro e magnésio, sendo estes os elementos químicos predominantes. O manto 
constitui 83% do volume e 65% da massa interna do nosso planeta. Sua temperatura 
pode variar de 870º C, junto à crosta, até 2.200º C, junto à parte externa do núcleo. 

 Núcleo: espessura de 3.300 Km;

Constituído de Fe e Ni derretidos e sua temperatura varia de 2.200º C na 
parte superior até cerca de 5.000º C nas regiões mais profundas. Apesar da alta 
temperatura, a parte central do núcleo é formada de níquel e ferro em estado sólido – 
conseqüência da grande pressão do interior do planeta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO 
 
 Rochas: agregados naturais de um ou mais minerais – magmáticas (ou 
ígneas), sedimentares e metamórficas;

 Em volume: 95 % de rochas magmáticas e 5 % de rochas sedimentares;
 Em área: 25 % de rochas magmáticas e 75 % de rochas sedimentares; 
 
 99 % da crosta é constituída por oito elementos químicos: O, Si, Al, Fe, 
Ca, Na, K e Mg, sendo o oxigênio dominante. 
 Litosfera ou crosta terrestre é a camada menos densa da Terra e a mais 
consistente. É constituída de duas camadas: uma mais externa (SIAL) e outra mais 
interna (SIMA), com uma variação de temperatura de 15ºC até 1.200ºC; 
 SIAL: são encontrados os elementos químicos que concentram 90% dos 
minerais formadores das rochas do subsolo da crosta, como o silício, alumínio, 
oxigênio e ferro. O SIAL apresenta espessuras variáveis, sendo mais espesso nas 
áreas continentais (50 Km) e praticamente zero nos oceanos e mares. É também 
chamado de camada granítica; 
 SIMA: os elementos químicos dominantes são silício e magnésio e há o 
predomínio de rocha vulcânica conhecida como basalto. É também chamado de 
camada basáltica; 
 A litosfera nos oceanos tem cerca de 5 km e só apresenta o SIMA, daí as 
ilhas oceânicas serem de natureza basáltica. 
MINERAIS 
 
 
1. CONCEITO DE UM MINERAL 
 
MINERAL – é toda substância homogênea, sólida ou líquida, de origem 
inorgânica que surge naturalmente na crosta terrestre. Normalmente com 
composição química definida e, se formado em condições favoráveis, terá 
estrutura atômica ordenada condicionando sua forma cristalina e suas 
propriedades físicas. 
 
EXCEÇÕES: o petróleo e o âmbar são considerado minerais, embora não 
possuam composição química definida e serem matéria orgânica. 
 
Mineralogia – ciência que estuda as propriedades, composição, maneira de 
ocorrência e gênese dos minerais. 
 
Os minerais se formam por cristalização, a partir de líquidos magmáticos ou 
soluções termais, pela recristalização em estado sólido e ainda, como produto 
de reações químicas entre sólidos e líquidos. 
 
As rochas podem ser identificadas pelo tipo de mineral que as integra: 
 
 Mineral essencial: o mineral caracteriza um tipo de rocha, como 
por exemplo, o granito que é constituído pelo quartzo, micas e feldspatos;

 Minerais acessórios: revelam condições especiais de cristalização;

 Minerais secundários: aparecem na rocha depois de sua formação, 
ou seja, são formados da alteração de outros minerais.


 ESTRUTURA INTERNA DOS MINERAIS 
 
Arranjo geométrico interno  estrutura cristalina 
 
 Macrocristalina;

 Microcristalina;

 Criptocristalina;

 Sem arranjo cristalino  estrutura amorfa.
 
Os minerais não-amorfos ocorrem como cristais, que são corpos com forma 
geométrica, limitados por faces, arranjadas de maneira regular e relacionadas 
com a orientação da estrutura cristalina. 
 
 
EXEMPLO: 
Estrutura interna e 
forma Halita (NaCl). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os cristais, com base nos elementos de simetria, foram reunidos em seis 
grupos, denominados sistemas cristalinos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS 
 
 De acordo com a composição química:

 Silicatos: feldspato, mica, quartzo, serpentina, dorita, talco;

 Óxidos: hematita, magnetita, limonita;

 Carbonatos: calcita, dolomita;

 Sulfatos: gesso, anidrita.

 De acordo como o elemento constituinte:
 
Exemplo: hematita – Fe2O3 (trigonal romboédrico), magnetita – 
Fe3O4 (isométrico), goethita – HFeO2 (ortorrômbico), pirita – FeS2 
(isométrico), marcassita – FeS2 (ortorrômbico), etc; 
 
 Quanto à densidade: leves (menos densos que o bromofórmio) e 
pesados (mais densos – d = 2,89).

 Segundo a gênese e tipo de ocorrência do mineral:

 Magmáticos: são resultantes da cristalização do magma e constituem as 
rochas ígneas ou magmáticas. Nota-se n fase cristalina resultante a presença de 
vários minerais com composições e propriedades diferentes.

Exemplo: rochas (basaltos, gabro, granito, etc) e depósitos 
minerais (magnetita, etc). 

 Metamórficos: originam-se principalmente pela ação da temperatura, 
pressão litostática e pressão das fases voláteis sobre rochas magmáticas, 
sedimentares e também sobre outras rochas metamórficas.

Exemplo: granada, andaluzita, cianita, etc. 

 Minerais sublimados: são aqueles formados diretamente da 
cristalização de um vapor, como também da interação entre vapores e destes 
com as rochas dos condutos por onde passam.

 Minerais pneumatolíticos: são formados pela reação dos constituintes 
voláteisoriundos da cristalização magmática, desgaseificação do interior terrestre ou 
de reações metamórficas sobre as rochas adjacentes.

Exemplo: topázio, berilo, turmalina, etc. 


 Quanto à coloração: podem ser márficos ou fêmicos e félsicos ou 
cíclicos.


 
 
 PROPRIEDADES DOS MINERAIS 
 
 
4.1 PROPRIEDADE FÍSICAS 
4.1.1 DUREZA 
 
 É a resistência que um mineral oferece à abrasão ou ao risco;

 A dureza depende da sua composição química e da estrutura 
cristalina;

 Na prática, utilizam-se escalas comparativas, representadas por 
certos minerais. Ex: Escala de Mohs – comporta dez graus e é constituída 
apenas por minerais que, quando pulverizados deixam um pó branco.
 
 
Dureza Mineral Observações 
 
1 Talco Risca-se com a unha. 
 
2 Gipsita Risca-se com plástico comum e prego. 
 
3 Calcita Risca-se com prego e canivete de aço. 
 
4 Fluorita Risca-se com lima de aço e vidro de quartzo. 
 
5 Apatita Material constituinte de ossos de animais. 
 
6 Ortoclásio Não se risca com prego. Dureza do vidro comum. 
 
7 Quartzo Não se risca com canivete de aço e vidro comum. 
 
8 Topázio Não se risca com lima de aço. 
 
9 Coríndon Material correspondente a abrasivo “alundum”. 
 
10 Diamante Nenhum material pode riscar o diamante. 
 
 
 
4.1.2 TRAÇO 
 
 Propriedade de o mineral deixar um risco de pó, quando 
friccionado contra uma superfície não polida de porcelana branca, sendo 
necessário que o mineral tenha dureza inferior à porcelana;

 O traço nem sempre apresenta a mesma cor que o mineral.
 
 
4.1.3 CLIVAGEM 
 
 Propriedade de um mineral se fragmentar segundo direções 
determinadas; 
 Esta propriedade é uma boa característica de identificação, pois 
nem todos minerais apresentam clivagem; 
 Podem ser: proeminente (Calcita), perfeita (Feldspatos), distinta 
(Fluorita) e indistinta (Apatita). 
 
 
4.1.4 FRATURA 
 
 É a superfície irregular que alguns minerais apresentam quando 
rompidos sob a ação de uma força diferente do plano de clivagem ou de 
partição; 
 Os termos usados mais comumente para exprimir o tipo de fratura 
são: 
 
 Concóide ou Conchoidal – é a mais comum, com superfícies lisas 
e curvadas de modo semelhante à superfície interna de uma concha (quartzo, 
vidro, galena, pirolusita); 
 Acicular – rompimento na forma de agulhas ou fibras finas; 
 Serrilhada – rompimento segundo uma superfície de forma 
dentada, irregular, com bordas angulosas; 
 Irregular – rompimento formado por superfícies rugosas e 
irregulares. 
 
 
 TENACIDADE 
 
 É a resistência oferecida pelo mineral ao ser rasgado, moído, 
dobrado ou triturado. Podem ser classificados em: 
 Friável ou Quebradiço – facilmente rompidos e são reduzidos com 
facilidade a pó (galena, pirolusita); 
 Maleável – o mineral é estendido por uma força compressiva, 
transformando-se em uma lâmina fina ou folha por meio de deformação 
plástica permanente (ouro, cobre); 
 Séctil – o mineral é cortado por faca ou canivete em folhas finas 
(cobre); 
 Dúctil – o mineral é extraído e alongado por uma força 
distensional formando fios, por deformação plástica (ouro, prata); 
 Plástico – diante de um esforço, o mineral se deforma 
plasticamente, e não retoma a sua forma original mesmo após a retirada do 
esforço (gesso, clorita); 
 Elástico – recupera a forma primitiva ao cessar a tensão que o 
deforma, desde que não tenha atingido o limite de ruptura (mica). 
 
 
4.1.6 FLEXIBILIDADE 
 
 É uma deformação que pode ser: elástica ou plástica. 
 
 
4.1.7 PESO ESPECÍFICO 
 
 Corresponde ao peso do mineral em relação ao peso de igual volume de água, 
calculado através: 

esp. 
P
ar 
P
ar 

 
P
água 
 
Onde: 
 
Par = peso do mineral no ar; 
Págua = peso do mineral imersa na água. 
 
 O valor é constante para cada tipo de mineral, pois o resultado está 
relacionado com a sua composição e estrutura cristalina. 
 
 
 
 
4.1.8 PROPRIEDADES ÓPTICAS 
 
 Brilho: é a propriedade que os minerais possuem de refletir a luz. Não 
depende da cor, podendo o mineral apresentar brilho metálico ou não metálico. Ex: 
Pirita (ouro de tolo) 
 
 Cor: importante característica de identificação dos minerais, estando 
relacionada com defeitos estruturais, composição química ou impurezas contidas no 
mineral. Podem ser classificados como: 
 
 Incolores (acromáticos) – os raios luminosos atravessam-nos sem 
absorção na parte visível do espectro. Ex: diamante, cristal de rocha; 
 Coloridos (idiocromáticos) – a cor resulta da presença de átomos de um 
dado elemento próprio do mineral. Ex: azurita – azul devido ao Cobre e rodonita – 
rosa devido ao Magnésio; 
 Cor adquirida (alocromáticos) – a cor resulta da presença de átomos de 
um elemento que o mineral contém vestígios, como acontece, por exemplo, com 
certas variedades de quartzo, de halita, de turmalina, etc. A coloração pode ser 
proveniente da presença de núcleos coloridos produzidos por um defeito na 
estrutura cristalina sem mistura de outros elementos. Ex: quartzo fumado, ametista, 
diamante, fluorita; 
 
 Aparentemente coloridos (pseudocromáticos) – produzem-se efeitos 
coloridos no cristal na seqüência de fenômenos ópticos. Ex: fratura, refração, 
curvatura, dispersão ou interferência dos rios luminosos. 
 
 Microscopia: não será abordado. 
 
 
 PROPRIEDADES MORFOLÓGICAS 
 
4.2.1 HÁBITO: é a maneira mais freqüente como um cristal ou mineral se 
apresenta, segundo os seis sistemas cristalinos existentes. 
 
 PROPRIEDADES QUÍMICAS: variam de acordo com sua composição 
química e podem ser classificados como óxidos, silicatos, carbonato, sulfetos, 
etc. 
 Grupo Densidade Composição química Exemplos 
 
Leve < 2,9 Silicatos félsicos. 
Quartzo, ortoclásio, 
 
plagioclásio. 
 Pouco pesado 2,9 ~ 3,4 Silicatos máficos. 
Anfibólios, Ortopiroxênio. 
 
 
 Pesado 4,0 ~ 8,0 Óxidos e sulfetos de metal. 
Magnetita, pirita. 
 
 Muito pesado > 8,0 Elem. nativos metálicos. 
Ouro, prata e platina nativos. 
 
 DESCRIÇÃO DOS MINERAIS MAIS COMUNS DE ROCHAS 
 
 
 PROPRIEDADES FÍSICAS GERAIS DOS MINERAIS DE ROCHAS 
 
 
 FORMA E HÁBITO: geralmente os minerais não se apresentam como 
cristais, ou seja, não possuem forma geométrica. Considera-se, portanto, três tipos de 
rochas: magmática (maior probabilidade de formar minerais com forma própria – 
cristal idiomorfo), metamórfica (não apresentam cristais bem formados) e sedimentar 
(apresentam minerais desgastados). 
 
 COR: quando puro, possui uma cor inerente, que pode variar de acordo 
com as impurezas. 
 
 COR DO TRAÇO: não é critério para determinação de minerais 
 CLIVAGEM: pode ser evidente nos minerais de rochas com granulação 
grossa. 
 FRATURA: consideraremos uma só fratura: a concóide de quartzo. 
 REAÇÕES QUÍMICAS: fazer uso do KCl (1:1) para obter a 
efervescência em carbonatos (calcários e dolomitos). 
 PESO ESPECÍFICO: pouco usual. 
 
 OS MINERAIS MAIS COMUNS DAS ROCHAS 
 
 
 
 1. Quartzo 6. Zircão 11. Topázio 16. Amianto 
 
 2. Feldspatos 7. Magnetita 12. Calcita 17. Talco 
 
 3. Micas 8. Hematita 13. Dolomita 18. Zeólitas 
 
 4. Anfibólios 9. Pirita 14. Caolim 19. Fluorita 
 
 5. Piroxênios 10. Turmalina 15. Clorita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Algumas dessas rochas, devido à granulação 
muito fina, a exemplo de alguns tipos de 
basaltos, mostram-se em um exame a olho 
nu, com aparência de um único mineral 
(massas homogêneas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todavia, quando observado ao microscópiopetrográfico e 
em casos extremos ao microscópio eletrônico, verifica-se 
que são constituídos por várias substâncias cristalinas e, 
às vezes, também por material amorfo (vidro). 
 
 
 Segundo a gênese e tipo de ocorrência do mineral:
 
Magmáticos: arsenopirita Metamórficos: cianita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Minerais sublimados: enxofre Minerais pneumatolíticos: 
cassiterita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feldspato: mineral 
formador de rocha. 
 
ROCHAS 
 
 
1. DEFINIÇÃO 
 
São agregados naturais de uma ou mais espécies de minerais e constituem 
unidades mais ou menos definidas da crosta terrestre. 
 
Exceção: lavas vulcânicas – nem sempre se mostram formadas por 
grânulos de minerais iguais ou diferentes, e sim constituídos de material vítreo, 
amorfo e de cores diversas. 
 
Classificação das rochas quanto à quantidade de tipos de mineral 
 
 Simples ou uniminerálicas – formada por apenas uma espécie de 
mineral. Exemplo: quartzito – mineral único: quartzo (SiO2)
mármore – mineral único: cristais de calcita (CaCO3) 
 Composta ou pluriminerálicas – formada por mais de uma espécie de 
mineral.
Exemplo: granito – presença de quartzo, feldspato e mica diabásios – 
presença de feldspato, piroxênio e magnetita 
 Mineral – matéria mineral é aquela formada por processos inorgânicos da 
natureza e que possui composição química e estrutura definidas.

Sob o ponto de vista mineralógico, as rochas existentes na Crosta são 
constituídas de somente 20 minerais. São eles: feldspatos (mais importantes e 
abundantes), feldspatóides, micas, ferromagnesianos, olivinas e serpentina, 
silicatos, óxidos, carbonatos, fosfatos, etc. 


 CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em função da sua gênese: 
Magmáticas ou endógenas 
Sedimentares ou exógenas ou estratificadas 
Metamórfica 
 
 
 
 
 
ORIGEM E FORMAÇÃO DAS ROCHAS 
 
 
 
 
MAGMA: CORRESPONDE AO ESTADO DE FUSÃO DOS 
CONSTITUINTES FORMADORES DA TERRA E, PRINCIPALMENTE, 
FORMADORES DA CROSTA (SiO2; Al2O3; FeO; MgO; CaO; Na2O; K2O). 
 
ROCHA: É UM AGREGADO NATURAL DE UM OU MAIS MINERAIS, 
OU VIDRO VULCÂNICO, OU AINDA MATÉRIA ORGÂNICA, E QUE 
FAZ PARTE IMPORTANTE DA CROSTA SÓLIDA DA TERRA. 
 
RESFRIAMENTO + CONSOLIDAÇÃO 
MAGMA ROCHA ÍGNEA 
 
PELA ORIGEM DA TERRA, AS ROCHAS ÍGNEAS TERIAM SIDO AS 
PRIMERIAS A SE FORMAREM. APÓS A SUA FORMAÇÃO, AS 
ROCHAS ÍGNEAS PASSARAM A SOFRER A AÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E 
BIOLÓGICA DOS AGENTES ATMOSFÉRICOS, O QUE LEVA A 
INSTABILIZAÇÃO DE SEUS MINERAIS E A FORMAÇÃO DO SOLO 
RESIDUAL. A ESTE PROCESSO, DENOMINAMOS DE 
INTEMPERISMO . 
 
INTEMPERISMO 
ROCHA ÍGNEA SOLO RESIDUAL 
 
O SOLO RESIDUAL FORMADO FICA SUJEITO A AÇÃO DE FLUXO DA 
ÁGUA, DO AR, DO GELO, DO IMPACTO DOS GRÃOS E COMEÇA A 
SOFRER EROSÃO. O GRÃO SOLTO PASSA A SER TRANSPORTADO, 
ATRAVÉS DE UM AGENTE TRANSPORTADOR, E DEPOSITA-SE EM 
REGIÕES BAIXAS E PLANAS, PASSANDO A SER DENOMINADO DE 
SEDIMENTO. 
 
EROSÃO + TRANSPORTE + DEPOSIÇÃO 
SOLO RESIDUAL SEDIMENTO 
 
O SEDIMENTO FORMADO PODE SER LEVADO A GRANDES 
PROFUNDIDADES POR SITUAÇÕES TAIS COMO A CHOQUE DE 
PLACAS, DE FORMA QUE FICA SUJEITO A AÇÃO DE ALTAS 
TEMPERATURAS E PRESSÃO. NESTE CASO, O SEDIMENTO PASSA A 
SOFRER O PROCESSO DE LITIFICAÇÃO, TORNANDO-SE UMA 
ROCHA SEDIMENTAR. 
 
SEDIMENTO 
LITIFICAÇÃO 
ROCHA SEDIMENTAR 
 
CASO HAJA A CONTINUIDADE DO CHOQUE DE PLACAS 
(SUBSIDÊNCIA) A ROCHA SEDIMENTAR OU ÍGNEA PODERÁ 
ATINGIR PROFUNDIDADES DE 5 A 20 Km, ONDE AS 
TEMPERATURAS E PRESSÕES PROVOCAM MUDANÇAS 
MINERALÓGICAS QUE SÃO DENOMINADAS DE METAMORFISMO . 
AS ROCHAS RESULTANTES DA AÇÃO DESTES PROCESSOS SÃO 
DENOMINADAS DE ROCHAS METAMÓRFICAS. 
 
 
ROCHA SEDIMENTAR 
METAMORFISMO 
ROCHA METAMÓRFICA 
 
TENDO CONTINUIDADE O AUMENTO DE PROFUNDIDADE, A 
ROCHA ATINGIRÁ TEMPERATURAS E PRESSÕES TAIS QUE PODEM 
PROVOCAR A SUA FUSÃO TOTAL OU PARCIAL, FORMANDO 
NOVAMENTE O MAGMA . 
 
 
ROCHA METAMÓRFICA 
FUSÃO
 MAGMA 
 
 
RESUMO: A FORMAÇÃO DAS ROCHAS SE DÁ POR REFRIAMENTO 
DO MAGMA, CONSOLIDAÇÃO DE DEPÓSITOS SEDIMENTARES E 
METAMORFISMO. 
 
 
ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS 
 
 
 
 
1. SEQÜÊNCIA DE CRISTALIZAÇÃO DAS ROCHAS ÍGNEAS: 
 
AS ROCHAS ÍGNEAS SÃO CARACTERIZADAS POR SE ORIGINAREM ATRAVÉS 
DO RESFRIAMENTO E CONSOLIDAÇÃO DO MAGMA, QUE É UMA SOLUÇÃO 
SILICATADA COMPLEXA, QUENTE, EM ESTADO TOTAL OU PARCIAL DE FUSÃO. 
 
 ROCHAS DE COMPOSIÇÃO DIFERENTES FUNDEM EM TEMPERATURAS
DIFERENTES; 

 MINERAIS RESULTANTES DA SOLIFICAÇÃO DE UMA FUSÃO
DEPENDEM DA: 
 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA FUSÃO 
 PRESSÃO TOTAL 
 PRESSÃO PARCIAL DOS VOLÁTEIS 
 
2. NATUREZA DOS MAGMAS: 
 
AS LAVAS SÃO MAGMAS QUE ATINGEM A SUPERFÍCIE DA TERRA, 
ATRAVÉS DOS VULCÕES. 
VELOCIDADE – 100 m/dia a 50 km/h. 
TEMPERATURA – 900 a 1200
o
C 
 
 MODO DE OCORRÊNCIA DAS ROCHAS ÍGNEAS: 
 
EXTRUSIVAS: FORMADAS NA SUPERFÍCIE TERRESTRE 
 
 DERRAMES VULVÂNICOS – extravasamento e resfriamento da 
lava; corpos magmáticos de forma tabular que cobrem certas 
áreas que dependem da fluidez do magma, que por sua vez 
depende da composição química. 
 
Ex: 
 
 Magmas básicos: pobres em Si e ricos em Fe e Mg – são 
mais móveis, como por exemplo, o basalto

 Magmas ácidos: ricos em Si e pobres em Fe e Mg – são 
mais viscosos dando origem às estruturas vulcânicas
 
 DEPÓSITOS PIROCLÁSTICOS – ocorrem explosões 
 
Ex: brechas vulcânicas, tufos, cineritos. 
 
INTRUSIVAS: O RESFRIAMENTO SE DÁ NO INTERIOR DA CROSTA. SUA 
FORMA DEPENDE DA ESTRUTURA GEOLÓGICA E DA NATUREZA DA ROCHA 
QUE NELAS PENETRAM. 
 
Concordante – o magma ao penetrar uma rocha pré-existente se 
orienta segundo os planos de estratificação ou xistosidade 
 
Discordante ou transgressiva – não orientada segundo planos 
de estratificação ou xistosidade 
 
Mais comum no Brasil: sills, diques e batólitos 
 
PLUTÔNICAS OU ABISSAIS – são formadas a grandes 
profundidades (batólitos) 
Ex: granito, sienito 
 
HIPOABISSAIS – são formadas a médias profundidades (sills e 
diques) 
Ex: diabásio 
 
4. CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS: 
 
4.1 Porcentagem de sílica 
 
Sílica está sempre presente. De acordo com a porcentagem: 
 
 ácidas (superiores a 65%) 
 intermediárias ou neutras (entre 52% e 65%) 
 básicas (inferiores a 52%) 
 
 Cor dos minerais 
 
Félsicos (claros) ou máficos (escuros). 
 
Em relação a minerais escuros: 
 
 Leucocráticas (inferiores a 30%) 
 Mesocráticas (entre 30% e 60%) 
 Melanocráticas (superiores a 60%) 
 
 Tipo de feldspato 
 
 Alcalinas: predominância dos feldspatos potássicos, sódicos, e 
os intercrescimentos de ambos sobre os plagioclásios. 
 Monzoníticas: equilíbrio entre feldspatos alcalinos e 
feldspatos alcali-cálcicos. 
 
 
- Alcali-cálcicas ou plagioclásticas: predominância dos 
plagioclásios sobre feldspatos alcalinos. 
 
4.4 Granulação 
 
A granulação do mineral também é utilizada como base de classificação 
 
 Grossa (> 5 mm): rochas formadas a grandes profundidades 
 Média (entre 1 mm e 5 mm): rochas formadas a profundidades 
médias 
 Fina (< 1 mm): rochas formadas na superfície da Terra 
 
 Classificação resumida 
 
 Rochas portadoras de feldspatos 
 Rochas ácidas: granitos, pegmatitos, aplitos, granadioritos 
 Rochas intermediárias : sienitos, dioritos 
 Rochas básicas: basaltos, diabásios, gabros 
 
 Rochas sem feldspatos 
 Ultramafitos: consistem em minerais ferromagnesianos e acessórios. 
A presença de qualquer tipo de feldspato, exclui a rocha deste grupo. 
Ex. piroxenitos,peridotitos, etc. 
 Lamprófitos: difícil enquadramento em qualquer esquema de 
classificação. Associados com qualquer grupo citado anteriormente. 
 
4.6 Classificação das rochas ígneas em Geologia de Engenharia 
 
 
 4.6.1 Rochas graníticas ou ácidas 
 
 Pegmatito Granito Granodiorito Aplito 
 Granulação Muito grossa Grossa a média Média a fina Fina 
 
Modo de ocorrência Diques Grandes massas Massas e diques Diques 
Cor mais comum Clara Tons de cinza-róseo Cinza Cinza-clara e rósea 
 
 4.6.2 Rochas básicas 
 
 Gabro Diabásio Basalto Basalto 
 maciço vesicular 
 Granulação Grossa Média a fina Fina Fina, com cavid. 
 
 Modo de Massa de rochas e diques Diques Derrames Derrames 
 ocorrência 
 Cor mais comum Preta-cinza-esverdeada Preta Preta, cinza, Marron 
 esverdeada 
 4.6.3 Rochas intermediárias ou alcalinas 
 
 Nefelina-Sienito Tinguaíto, Fonólito 
 Granulação Média a grossa Fina a média, com cristais maiores 
 
 Modo de ocorrência Intrusões Intrusões 
 Cor mais comum Tons de cinza Verde-escura preta 
 
 
 
 
APLICAÇÕES PRÁTICAS DAS ROCHAS ÍGNEAS 
 
 
 
 
a) CONSTRUÇÃO CIVIL – EDIFICAÇÕES: 
 
O GRANITO É A ROCHA MAIS EMPREGADA COMO PEDRA DE 
 
CONSTRUÇÃO: GRANDES BLOCOS PARA PEDESTAL DE MONUMENTOS, 
 
PEDRAS PARA MUROS E MEIO-FIOS, PARALELEPÍPEDOS E PEDRAS 
 
IRREGULARES PARA PAVIMENTAÇÃO, BRITA PARA CONCRETO, PLACA 
 
POLIDAS PARA REVESTIMENTO DE PAREDES, PIAS, LAVABOS, ETC. 
 
O BASALTO TAMBÉM SE PRESTA PARA AS MESMAS UTILIDADES. 
 
 
b) ATERROS: 
 
OS SOLOS ORIGINADOS DE ROCHAS GRANÍTICAS, POR MISTURAREM 
 
GRÃOS DE QUARTZO COM LAMELAS DE ARGILA, APRESENTAM-SE COMO 
 
EXCELENTES MATERIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DE ATERROS 
 
COMPACTADOS, POIS ALIAM ATRITO E COESÃO. 
 
SOLOS PROVENIENTES DE BASALTO POSSUEM GRÃOS PURAMENTE 
 
ARGILOSOS, RESISIT INDO SOMENTE À COESÃO. 
 
 
 
SOLO DE GRANITO H SOLO DE BASALTO 
 
 
c) ESTRADAS: 
 
AS ROCHAS GRANÍTICAS TÊM A GRANDE VANTAGEM DE FORNECER 
 
GRAGMENTOS DE BRITA DE FORMA CUBÓIDE, IDEAIS PARA O EMPREGO 
 
EM BASES DE ESTRADAS, FACE À ELEVADA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO 
 
E AO DESGASTE QUE A ELAS CONFERE. 
 
 
 
 
 
 
P 
REVESTIMENTO 
 (asfalto, concreto) 
PAVIMENTO Ep 
SOLO NATURAL 
OU SUB-LEITO 
 BASE 
 (Brita Graduada) 
 SUB-BASE 
 (Rachão ou 
 Macadame Seco) 
 
O PAVIMENTO É UMA ESTRUTURA CONSTRUÍDA APÓS A TERRAPLENAGEM 
 
E DESTINADA, ECONÔMICA E SIMULTANEAMENTE, EM SEU CONJUNTO A: 
 
 RESISTIR E DISTRIBUIR AO SUBLEITO OS ESFORÇOS 
 
VERTICAIS E HORIZONTAIS PRODUZIDOS PELO TRÁFEGO; 
 
 MELHORAR AS CONDIÇÕES DE ROLAMENTO E 
 
SEGURANÇA; 
 
 
 
 
RODOVIAS FERROVIAS AEROPORTOS 
 
d) BARRAGENS: 
 
BARRAGENS EM BASALTOS – PROBLEMAS DE PERMEABILIDADE, DEVIDO 
 
AO INTENSO FRATURAMENTO DA ROCHA. 
 
 INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO; 
 
 CORTINA DE JET GROUTING; 
 
 BERMAS NA REGIÃO DE MONTANTE. 
 
 
 
 
 
 
Linha de 
Injeção 
 
 
 
 
 
 
Rio Barragem 
 
e) FUNDAÇÕES: 
 
TANTO ROCHAS GRANÍTICAS COMO AS BASÁLTICAS SÃO EXCELENTES 
 
MATERIAIS PARA SERVIREM DE FUNDAÇÃO DE PRÉDIOS E DEMAIS OBRAS 
 
DE ENGENHARIA. 
 
O PROBLEMA ESTÁ ASSOCIADO AOS SOLOS RESIDUAIS DESSAS ROCHAS – 
 
PRESENÇA DE MATACÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOLO 
 MATACÃO 
ROCHA ROCHA 
ERRADO CERTO 
 
 
 
ROCHAS SEDIMENTARES 
 
 
 
1. DEFINIÇÃO 
 
 
AS ROCHAS SEDIMENTARES OU SECUNDÁRIAS OU EXÓGENAS SÃO 
RESULTANTES DA CONSOLIDAÇÃO DE SEDIMENTOS, OU SEJA, PARTÍCULAS 
MINERAIS PROVENIENTES DA DESAGREGAÇÃO E TRANSPORTE DE ROCHAS PRÉ- 
EXISTENTES. 
ROCHA ÍGNEA 
 INTEMPERISMO 
SOLO RESIDUAL 
EROSÃO + TRANSPORTE + DEPOSIÇÃO 
 
SOLO RESIDUAL 
 
SEDIMENTO 
LITIFICAÇÃO 
 
SEDIMENTO 
 
ROCHA SEDIMENTAR 
 
2. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A FORMAÇÃO DE UMA ROCHA 
SEDIMENTAR 
 
 
 PRÉ-EXISTÊNCIA DE ROCHAS; 
 PRESENÇA DE AGENTES MÓVEIS OU IMÓVEIS QUE DESAGREGUEM OU 
DESINTEGREM AQUELAS ROCHAS; 
 PRESENÇA DE AGENTE TRANSPORTADOR DOS SEDIMENTOS; 
 DEPOSIÇÃO DESSE MATERIAL EM UMA BACIA DE ACUMULAÇÃO, 
CONTINENTAL OU MARINHA; 
 CONSOLIDAÇÃO DESSES SEDIMENTOS; 
 DIAGÊNESE – TRANSFORMAÇÃO DO SEDIMENTO EM ROCHAS DEFINITIVAS. 
 
 AS ÁREAS DE OCORRÊNCIA SÃO DENOMINADAS BACIAS SEDIMENTARES 
EXEMPLOS: BACIA SEDIMENTAR DO PARANÁ, BACIA SEDIMENTAR DE SÃO 
PAULO... 
 
LITIFICAÇÃO (DIAGÊNESE): ÚLTIMO PROCESSO QUE OCORRE NA FORMAÇÃO 
DAS ROCHAS SEDIMENTARES. O PROCESSO É DIVIDO EM: 
 
- CIMENTAÇÃO: CRISTALIZAÇÃO DE MATERIAL CARREADO PELA ÁGUA QUE 
PERCOLA PELOS VAZIOS DO SEDIMENTO (ESPAÇO DE VAZIOS DEIXADOS PELAS 
PARTÍCULAS SÓLIDAS), PREENCHENDO-OS E DANDO COESÃO AO MATERIAL; 
 COMPACTAÇÃO: COMPRESSÃO DOS SEDIMENTOS DEVIDO AO PESO DAQUELES 
SOBREPOSTOS, HAVENDO GRADUAL DIMINUIÇÃO DA POROSIDADE (REDUÇÃO DOS 
VAZIOS); 
 
 AUTIGÊNESE: FORMAÇÃO DE NOVOS MINERAIS IN SITU. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA DAS ROCHAS SEDIMENTARES 
 
 
O QUE MAIS CARACTERIZA AS ROCHAS SEDIMENTARES É A SUA 
ESTRATIFICAÇÃO, POIS SÃO GERALMENTE FORMADAS DE CAMADAS 
SUPERPOSTAS QUE PODEM DIFERIR UMA DAS OUTRAS EM COMPOSIÇÃO, TEXTURA, 
ESPESSURA, COR, RESISTÊNCIA, ETC. 
 
OS PLANOS DE ESTRATIFICAÇÃO, TAMBÉM CHAMADOS DE PLANOS DE 
SEDIMENTAÇÃO, SÃO NORMALMENTE PLANOS DE FRAQUEZA DA ROCHA, QUE 
MUITO INFLUEM NO SEU COMPORTAMENTO MECÂNICO. 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE ESTRATIFICAÇÃO x 
 
PLANO DE FRAQUEZA DA ROCHA 
 INTEMPERISMO OU METEORIZAÇÃO 
 
 
 O CONJUNTO DE PROCESSOS MAIS GERAL QUE OCASIONA A 
DESINTEGRAÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DAS ROCHAS E DOS MINERAIS POR AÇÃO DE 
AGENTES ATMOSFÉRICOS E BIOLÓGICOS. 
 
MAIOR IMPORTÂNCIA GEOLÓGICA: DESTRUIÇÃO DAS ROCHAS PARA 
ORIGINAR SOLOS, SEDIMENTOS E AS ROCHAS SEDIMENTARES. 
 
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS: 
 
 CONCENTRAÇÃO DE MINERAIS ÚTEIS OU MINÉRIOS (ouro, platina, pedras 
preciosas, etc);

 FORMAÇÃO DE DEPÓSITOS ENRIQUECIDOS DE Cu, Mn, Ni, etc.
 
DIFERENÇA ENTRE INTEMPERISMO E EROSÃO : 
 
 INTEMPERISMO: fenômeno de alteração das rochas executado por agentes 
essencialmente imóveis;

 EROSÃO: remoção e transporte dos materiais por meio de agentes móveis (água, vento).
 
PRODUTO FINAL DA INTEMPERIZAÇÃO: REGOLITO OU MANTO DE 
DECOMPOSIÇÃO. 
 
 AGENTES DO INTEMPERISMO 
 
 
 FÍSICOS OU MECÂNICOS (DESAGREGAÇÃO) 
 VARIAÇÃO DA TEMPERATURA 
 
 CONGELAMENTO DA ÁGUA 
 CRISTALIZAÇÃO DE SAIS 
 AÇÃO FÍSICA DE VEGETAIS 
 
 
 QUÍMICOS (DECOMPOSIÇÃO) 
 
 HIDRÓLISE 
 HIDRATAÇÃO 
 
 OXIDAÇÃO 
 CARBONATAÇÃO 
 AÇÃO QUÍMICA DOS ORGANISMOS E DOS MATERIAIS ORGÂNICOS 
 
 FATORES QUE INFLUEM NO INTEMPERISMO 
 
 CLIMA 
 
REGIÕES QUENTES E ÚMIDAS: PREDOMINA INTEMPERISMO QUÍMICO 
 
REGIÕES GELADAS E NOS DESERTOS: PREDOMINA INTEMPERISMO FÍSICO 
 TOPOGRAFIA 
 TIPO DE ROCHA 
 VEGETAÇÃO 
 TIPOS DE INTEMPERISMO 
 
 
 INTEMPERISMO FÍSICO 
 
 AÇÃO DA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA: EXPANSÃO-CONTRAÇÃO  
DESINTEGRAÇÃO 
 CONGELAMENTO DA ÁGUA: AUMENTO DE VOLUME - 10% 
 CRISTALIZAÇÃO DE SAIS: FORÇA DE CRISTALIZAÇÃO 
 
 AÇÃO FÍSICA DOS VEGETAIS: CRESCIMENTO DE RAÍZES 
 
 
3.3.2 INTEMPERISMO QUÍMICO 
ÁGUA + O2, CO2, E ÀS VEZES NITRATOS E NITRITOS – PODEM FICAR 
IMPREGNADOS DE ÁCIDOS, SAIS E PRODUTOS ORGÂNICOS E INICIAR ATAQUES ÀS 
ROCHAS.A) HIDRÓLISE 
 
COMBINAÇÃO DE ÍONS DA ÁGUA COM OS COMPOSTOS – FORMAÇÃO DE 
NOVAS SUBSTÂNCIAS. 
Exemplo: KALSI3O8 + H2O  HALSI3O8 + KOH (FELDSPATO ORTOCLÁSIO) 
 
B) HIDRATAÇÃO 
 
ADIÇÃO DE MOLÉCULAS DE ÁGUA AOS MINERAIS FORMANDO NOVOS 
COMPOSTOS. 
Exemplo: CASO4 + H2O  CASO4
.
2H2O 
PROVOCA TAMBÉM O AUMENTO DE VOLUME – DESINTEGRAÇÃO 
 
 CARBONATAÇÃO (DECOMPOSIÇÃO POR CO2) 
CO2 CONTIDO NA ÁGUA FORMA ÁCIDO 
CARBÔNICO Exemplo: CO2 + H2O  H2CO3 
CACO3 + H2CO3  CA(HCO3)2 
(CALCITA) + (ÁC. CARB.)  (BICARBONATO DE CÁLCIO) 
 
 OXIDAÇÃO 
DECOMPOSIÇÃO DOS MINERAIS PELA AÇÃO OXIDANTE DE O2 E CO2 
DISSOLVIDOS NA ÁGUA – HIDRATOS, ÓXIDOS, CARBONATOS, ETC. 
 
MINERAIS CONTENDO FE, MN, S, CU – MAIS SUSCEPTÍVEIS À 
OXIDAÇÃO Exemplo: FE
++
  FE
+++ 
 
FE(HCO3)2 + O2  FE2O3NH2O + 
HCO3 (LIMONITA) 
 
E) DECOMPOSIÇÃO QUÍMICO-BIOLÓGICA 
 
AÇÃO QUÍMICA DOS ORGANISMOS – MUITO VARIADA 
4. DECOMPOSIÇÃO DAS ROCHAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Solo proveniente de uma rocha granítica inalterada a uma profundidade de 7 m. 
 
Mineral Composição Alteração Produto 
 
Quartzo SiO2 não se decompõe Grãos de areia 
Feldspato Silicato de Al e K é solúvel Argila e material 
 solúvel 
Muscovita Silicato de Al+K+H2O não se decompõe Placas de mica 
(mica) 
 
Biotita (mica) Silicato de Al, Fe,K,Mg+H2O é solúvel Argila e material 
 solúvel 
 
Zircão Silicato de Zr não se decompõe e não Cristais de zircão 
 se altera 
 
GRUPO RESULTANTE DA DECOMPOSIÇÃO DE UM GRANITO: 
 
MINERAIS INALTERÁVEIS: QUARTZO, ZIRCÃO E MUSCOVITA. 
 
RESÍDUOS INSOLÚVEIS: ARGILAS, SUBSTÂNCIAS CORANTES. 
SUBSTÂNCIAS SOLÚVEIS: SAIS DE K, NA, FE, MG E SÍLICA. 
 
SUBSTÂNCIAS SOLÚVEIS: 
 
GERALMENTE TRANSPORTADO PARA O MAR (SALINIZAÇÃO);

REGIÕES DE ALTA EVAPORAÇÃO – DEPÓSITOS;

SÍLICA, GERALMENTE DEPOSITADAS EM FRATURAS, E COMO MATERIAL DE
CIMENTAÇÃO. 
 
SUBSTÂNCIAS INSOLÚVEIS: 
 
PODEM PERMANECER NO LOCAL;

GRÃOS DE QUARTZO FORMAM CAMADAS DE AREIA;

PARTÍCULAS DE ARGILA SÃO TRANSPORTADAS, E DEPOIS SEDIMENTADAS
PARA FORMAR CAMADAS DE LAMA. 
Tipo de rocha 
Intemperizada até uma 
profundidade máxima de: 
Arenito 15 m 
Basalto 25 m 
Granito 40 m 
Gnaisse 60 m 
 
5. CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES 
 
 
PREVALECE O CRITÉRIO GENÉTICO, SENDO DE ORIGEM EXTERNA. 
 
CLASSIFICAÇÃO RESUMIDA DAS ROCHAS SEDIMENTARES 
Rocha de origem Rocha de origem Rocha de origem 
mecânica orgânica química 
 
1. GROSSEIRAS: 1. CALCÁRIAS: Calcários, 1. CALCÁRIAS: Estalactites 
Conglomerados, Brechas Dolomitos e estalagmites, Mármores 
 travertinos 
 
2. ARENOSAS: Arenitos, 2. SILICOSAS: Sílex 2. FERRUGINOSAS: 
Siltitos Minérios de ferro 
3. ARGILOSAS: Argilas, 3. FERRUGINOSAS: 3. SALINAS: Cloretos, 
Argilitos, Folhelhos Depósitos ferruginosos Nitratos, Sulfatos 
______ 4. CARBONOSAS: Turfas, 4. SILICOSAS: Sílex 
 Carvões 
 
 
5.1 ROCHAS DE ORIGEM MECÂNICA 
 
 
TAMBÉM DENOMINADAS: CLÁSTICAS OU DETRÍTICAS. 
 
FORMADAS A PARTIR DA DESAGREGAÇÃO DE ROCHAS PRÉ-EXISTENTES 
PELO TRANSPORTE DA AÇÃO SEPARADA OU CONJUNTA DA GRAVIDADE, VENTO, 
ÁGUA E GELO, E DEPOSITADA POSTERIORMENTE. 
 
A COMPOSIÇÃO DESTES SEDIMENTOS REFLETE OS PROCESSOS DE 
INTEMPERISMO E A GEOLOGIA DA ÁREA DA FONTE. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
 
INICIALMENTE INCONSOLIDADO CONSTITUINDO O SEDIMENTO. 
 
DIMENSÕES DAS PARTÍCULAS: COLOIDAIS ATÉ CENTÍMETROS E BLOCOS 
MAIORES. 
 
APÓS COMPACTAÇÃO E/OU CIMENTAÇÃO – ROCHAS SEDIMENTARES OU 
ROCHA ESTRATIFICADA. 
 
SUBSTÂNCIAS CIMENTANTES MAIS COMUNS: SÍLICA, CARBONATO DE 
CÁLCIO, LIMONITA, GIPSO, BARITA, ETC. 
SUBDIVISÕES DE ACORDO COM DIÂMETROS PREDOMINANTES: 
 
 GROSSEIRA 
 ARENOSAS 
 
 ARGILOSAS 
 
5.1.1 Rochas grosseiras 
 
f ³ 2 ?mm e são originadas por depósitos coluviais de tálus e os de aluvião. Tipos: 
 
Conglomerados – fragmentos arredondados, transportados e depositados. O tamanho dos 
fragmentos varia de seixos até matacões. 
Brechas – fragmentos angulosos e cimentados por sílica, carbonato de cálcio, etc; o que 
demonstra que o transporte não foi muito grande. 
 
5.1.2 Rochas arenosas 
 
São as mais representativas e comuns, com diâmetros entre 0,01 e 2 mm. Tipos: 
 
Arenitos – constituídas substancialmente de partículas ou grânulos de quartzo detrítico, sub-
angulares ou angulares. O cimento pode ser sílica, carbonato e cálcio, substâncias 
ferruginosas, etc. 
 
Siltito – granulação finíssima f » 0,01 mm, formados por erosão fluvial, lacustre ou glacial. 
Apresentam camadas muito finas identificadas por diferentes faixas coloridas (películas de 
óxido de ferro). 
 
5.1.3 Rochas argilosas 
 
São representadas pelos mais finos sedimentos mecanicamente formados, com f < 0,01 mm 
até dimensões coloidais. São divididos em três grupos: 
 
Grupo do caulim 
Grupo da montmorillonita 
 
Grupo das illitas (hidrômicas) 
 
Exemplos: folhelhos (camadas horizontais bem destacadas em planos) e argilito (planos 
horizontais são menos comuns). 
 
EM RESUMO : AS ROCHAS SEDIMENTARES CLÁSTICAS FORMAM A GRANDE 
FAMÍLIA DAS ROCHAS SEDIMENTARES. O TIPO DE SEDIMENTO ORIGINÁRIO 
CONCEDE O NOME A ROCHA FORMADA. 
 
CLASSE SEDIMENTO ROCHA FORMADA 
BLOCO, PEDRA OU SEIXO CASCALHO 
CONGLOMERADO OU 
BRECHA 
 
AREIA GROSSA, MÉDIA 
AREIA ARENITO 
OU FINA 
SILTE SILTE SILTITO 
ARGILA ARGILA ARGILITO 
5.2 ROCHAS DE ORIGEM QUÍMICA 
 
 
ALÉM DOS PRODUTOS CLÁSTICOS DEPOSITADOS MECANICAMENTE, 
RESULTAM DO INTEMPERISMO COMPOSTOS SOLÚVEIS QUE TEM DESTINOS 
DIVERSOS. ESTES COMPOSTOS PODEM PRECIPITAR JUNTO COM AS FRAÇÕES 
DETRÍTICAS E SOFRER CIMENTAÇÃO. ENTRETANTO, É IMPORTANTE FRIZAR QUE A 
MAIOR PARTE DOS COMPOSTOS SOLÚVEIS SÃO LEVADOS AOS MARES 
(SALINIDADE). 
 
EXISTEM 4 GRUPOS DE ROCHAS: 
 
Calcárias – precipitados em bacias através de mudanças físico-químicas do meio. Ex. 
mármore travertino, crescimento de estalactites e estalagmites, dolomitos, etc. 
Ferruginosas – origem inorgânica e química. 
Silicosas – precipitação de soluções cujo constituinte predominante é a sílica. 
Ex. sílex de origem química. 
 
Salinas – produto da precipitação química das bacias. 
 
Ex. cloretos, sulfatos, boratos, nitratos, etc. 
 
5.3 ROCHAS DE ORIGEM ORGÂNICA 
 
 
SÃO AQUELES DEPÓSITOS SEDIMENTARES DEVIDOS, DIRETA OU 
INDIRETAMENTE, À ATIVIDADE ANIMAL E/OU VEGETAL DE NATUREZA DIVERSA. 
ESSES MATERIAIS ACUMULAM-SE PRINCIPALMENTE NO FUNDO DOS MARES. 
 
PRINCIPAIS TIPOS: 
 
Calcárias – acúmulo de conchas ou carapaças de composição carbonatada. 
Carbonosas – acúmulo de matéria vegetal com posterior carbonização, total ou parcial, e 
consolidada. Compreende as turfas e carvão. 
 
Os carvões são classificados em lignito, carvão betuminoso e antracito conforme 
diminuição da porcentagem de matéria volátil e o aumento do conteúdo de carbono. 
 
- ROCHAS CARBONATADAS CALCÁREO, GIZ 
- ROCHAS FOSFATADAS 
 
FOSFORITO, GUANO 
- RICHAS FERRÍFERAS 
 
LIMONITA 
- ROCHAS SILICOSAS 
 
DIATOMITOS 
- ROCHAS CARBONOSAS 
 
CARVÃO, ANTRACITO 
 
5.4 ROCHAS SEDIMENTARES NÃO CLÁSTICAS RESIDUAIS 
 
 
NA CONDIÇÃO DE AÇÕES CLIMÁTICAS, TOPOGRÁFICAS E DE VEGETAÇÃO, OS 
SOLOS DE UMA DETERMINADA REGIÃO PODEM SOFRER SENSÍVEIS MODIFICAÇÕES. 
A RETIRADA E AUMENTO DE DETERMINADOS COMPONENTES PODE LEVAR O 
SOLO AO CONCRECIONAMENTO EM UM PRIMEIRO ESTÁGIO E A CRUSTIFICAÇÃO 
(GERAÇÃO DE CROSTAS) EM UM ESTÁGIO FINAL. 
 
EX: CANGAS. 
 
 
APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS 
SEDIMENTARES 
 
 
 
A) CONSTRUÇÃO CIVIL – EDIFICAÇÕES: 
 
AS ROCHASSEDIMENTARES BEM CIMENTADAS PODEM SE CONSTITUIR EM 
BOM MATERIAL PARA BLOCOS DE FUNDAÇÃO E DE ALVENARIA, CALÇADAS, 
MEIOS FIOS, ETC. 
 
Ex: ARENITO DE BOTUCATU. 
 
QUANDO POUCOS CIMENTADOS OU TRABALHADOS POR AGENTES 
GEOLÓGICOS, AS ROCHAS SEDIMENTARES PODEM DAR ORIGEM A DEPÓSITOS DE 
AREIAS E PEDREGULHOS OU DE LAMITOS, COM IMENSA UTILIZAÇÃO NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL, OS PRIMEIROS NO CONCRETO E OS ÚLTIMOS, NA FABRICAÇÃO 
DE TIJOLOS E CERÂMICAS. 
 
B) ATERROS: 
 
OS SOLOS ORIGINADOS DE ROCHAS SEDIMENTARES, ESPECIALMENTE AS 
ARGILO-ARENOSAS, PODEM SER UTILIZADAS COM CERTA TRANQUILIDADE EM 
ATERROS, JÁ QUE COMBINANDO O ATRITO DAS AREIAS COM A COESÃO DAS 
ARGILAS DÃO, COMO PRODUTO FINAL, UM MATERIAL COM BOA RESISTÊNCIA E DE 
RELATIVAMENTE FÁCIL TRABALHABILIDADE. 
 
OS PROBLEMAS SURGEM QUANDO SOLOS SÃO PREDOMINANTEMENTE 
ARENOSOS, POIS SÃO VULNERÁVEIS À EROSÃO PELA ÁGUA DAS CHUVAS E 
VENTOS. 
 
C) TALUDES: 
 
A ESTABILIDADE DO TALUDE ESTÁ DIRETAMENTE ASSOCIADA À DIREÇÃO 
DO PLANO DE ESTRATIFICAÇÃO DA ROCHA. 
D) TÚNEIS: 
 
NOVAMENTE, A DIREÇÃO PREDOMINANTE DO PLANO DE ESTRATIFICAÇÃO 
DA ROCHA É FUNDAMENTAL PARA O COMPORTAMENTO DO MACIÇO NA FRENTE 
DE ESCAVAÇÃO E DOS POSSÍVEIS TIPOS DE TRATAMENTO E ESCORAMENTO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO 1:TÚNEL SEMPRE NAS MESMAS CAMADAS HORIZONTAIS. ESTA 
SITUAÇÃO É DESFAVORÁREL, POIS PODE OCORRER 
DESPLACAMENTO DO TETO POR AÇÃO DE FLEXÃO. 
 
SITUAÇÃO 2:TÚNEL CORTA CAMADAS DIFERENTES, MERGULHANTES. 
SITUAÇÃO DESFAVORÁVEL, POIS COM A ESCAVAÇÃO AS 
PLACAS DE ROCHAS TENDEM A SER DESCALÇADAS, 
ORIGINANDO GRANDES DESMORONAMENTOS. 
 
SITUAÇÃO 3:TÚNEL ATRAVESSA CAMADAS VERTICAIS DIFERENTES. ESTA É 
UMA SITUAÇÃO FAVORÁVEL, POIS NÃO HÁ DESCALÇAMENTO 
DAS PLACAS DE ROCHA NA ESCAVAÇÃO. 
 
SITUAÇÃO 4:TÚNEL ATRAVESSA AS MESMAS CAMADAS MERGULHANTES. 
SITUAÇÃO DESFAVORÁVEL NO PÉ-DIREITO DO LADO DIREITO 
E FAVORÁVEL NO PÉ-DIREITO DO LADO ESQUERDO. 
EXIGÊNCIA DE ESPESSURA ASSIMÉTRICA DA ABÓBODA DE 
CONCRETO ARMADO. 
 
SITUAÇÃO 5:TÚNEL ATRAVESSA AS MESMAS CAMADAS VERTICAIS. 
SITUAÇÃO DESFAVORÁVEL, POIS AS LAJES SÃO DESCALÇAS 
DURANTE A ESCAVAÇÃO. O DESMORONAMENTO É MENOR DO 
QUE QUANDO SÃO ENCONTRADAS CAMADAS HORIZONTAIS. 
SITUAÇÃO 6:TÚNEL ATRAVESSA CAMADAS MERGULHANTES DUAS 
VEZES. 
A SITUAÇÃO É DESFAVORÁVEL NO TETO DO PÉ-DIREITO 
ESQUERDO E FAVORÁVEL NO PÉ-DIREITO LADO DIREITO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO 1: MUITO ESTÁVEL
SITUAÇÃO 2: POUCO ESTÁVEL
SITUAÇÃO 3: RAZOAVELMENTE ESTÁVEL
SITUAÇÃO 4: MUITO ESTÁVEL
SITUAÇÃO 5: MUITO ESTÁVEL
SITUAÇÃO 6: POUCO ESTÁVEL (rocha ígnea diaclasada)

 BARRAGENS: 
 
O EMPUXO DAS ÁGUAS PROVOCA ESFORÇOS HORIZONTAIS QUE TENDEM A 
FAZER COM QUE A BARRAGEM DESLIZE, INDEPENDENTE DO TIPO DE ROCHA DE 
FUNDAÇÃO. O QUE VAI IMPEDIR O DESLIZAMENTO SERÁ O ATRITO ENTRE A BASE 
DA BARRAGEM E A ROCHA. PARA AUMENTAR ESSE ATRITO É QUE SE ENGASTA A 
ESTRUTURA NA ROCHA ATRAVÉS DA ESCAVAÇÃO DE DENTES. 
 
EM ALGUMAS SITUAÇÕES DESFAVORÁVEIS É COMUM A UTILIZAÇÃO DE 
TIRANTES DE AÇO ANCORADOS ABAIXO DO ÚLTIMO PLANO DE ESTRATIFICAÇÃO. 
ESTA MEDIDA GARANTE A ESTABILIDADE DO MACIÇO E AUMENTA A 
INTERLIGAÇÃO DA BASE DA BARRAGEM COM A ROCHA DE FUNDAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATRITO ENTRE A BASE DA BARRAGEM E A ROCHA DE FUNDAÇÃO 
PROBLEMAS DE EROSÃO: 
 
A EROSÃO INTERNA É PROVOCADA PELA PERCOLAÇÃO DE ÁGUAS ÁCIDAS 
ATRAVÉS DAS CAMADAS, DISSOLVENDO O CARBONATO DE CÁLCIO E DEIXANDO 
NAS CAMADAS VAZIOS QUE IRÃO PROGRESSIVAMENTE AUMENTANDO ATÉ 
ATIINGIREM CAVERNAS DE GRANDES DIMENSÕES. 
 
A EROSÃO EXTERNA É AQUELA PROVOCADA PELAS ÁGUAS QUE SAEM DA 
BARRAGEM, VIA ESTRUTURAS HIDRÁULICAS COMO O VERTEDOURO, A DESCARGA 
DE FUNDO, ETC. ESSAS CORRENTES TURBILHONADAS, VIA DE REGRA DOTADAS DE 
GRANDE VELOCIDADE, PODERÃO LEVAR, EM POUCO TEMPO, UM VOLUME ENORME 
DE ROCHAS SEDIMENTARES POUCO OU MEDIANEMTNE CIMENTADAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERCOLAÇÃO DE 
TOMBAMENTO ÁGUAS ÁCIDAS 
DA BARRAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EROSÃO REGRESSIVA 
 
 
 
 
F) FUNDAÇÕES: 
 
OS SEDIMENTOS RECENTES, ATUALMENTE CONCENTRADOS NAS PLANÍCIES 
DE INUNDAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA (QUE ESTÃO EM PLENO PROCESSO DE 
EROSÃO-TRANSPORTE-DEPOSIÇÃO E QUE AINDA NÃO SOFRERAM MAIS 
DIAGÊNESE, SENÃO A PRESSÃO DO PRÓPRIO PESO DAS CAMADAS SOBREPOSTAS), 
MOSTRAM ALGUMAS CARACTERÍSTICAS QUE INFLUEM NOS PROJETOS DE 
FUNDAÇÕES: PRESENÇA D’ÁGUA MUITO PRÓXIMA DA SUPERFÍCIE E A PRESENÇA 
DE CAMADAS LENTICULARES DE ARGILA NO PERFIL (ARGILA MOLE). 
 
OUTROS PROBLEMAS ESTÃO ASSOCIADOS A ROCHAS CALCÁREAS EM 
CONTATO COM ÁGUAS ÁCIDAS, PROVOCANDO EROSÃO INTERNA, E ARENITOS 
POUCO CIMENTADOS QUE ESTÃO SUJEITOS A EROSÃO EXTERNA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CALCÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARENITO 
 
 
 
CARVÃO MINERAL: 
 
O CARVÃO MINERAL É UMA ROCHA SEDIMENTAR COMBUSTÍVEL, DE COR 
PRETA E DE VITAL IMPORTÂNCIA NA MODERNA INDÚSTRIA, POIS, ALÉM DA SUA 
UTILIZAÇÃO EM USINAS TERMELÉTRICAS E NA SIDERURGIA, CONSTITUI UMA DAS 
PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS NA FABRICAÇÃO DE VÁRIOS TIPOS DE PLÁSTICOS E 
COMPOSTOS QUÍMICOS. 
 
ROCHAS METAMÓRFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
ROCHAS ÍGNEAS / SEDIMENTARES 
METAMORFISMO 
ROCHAS METAMÓRFICAS 
METAMORFISMO: META = MUDANÇA MORPHO = FORMA 
 
METAMORFISMOS SÃO ALTERAÇÕES OU METAMORFOSES NO ESTADO SÓLIDO DA 
COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA, TEXTURA E/OU ESTRUTURA DAS ROCHAS PRÉ- 
EXISTENTES (SEDIMENTARES, ÍGNEAS OU METAMÓRFICAS ANTERIORES), DEVIDO 
À AÇÃO DE AGENTES ENERGÉTICOS (ALTAS TEMPERATURAS, PRESSÕES E/OU 
SOLUÇÕES QUÍMICAS, DITOS “AGENTES DO METAMORFISMO”), SEM NO ENTANTO 
SOFREREM FUSÃO. 
 
AGENTES DO METAFORMISMO: 
 
TEMPERATURA: AO APROFUNDAREM-SE PROGRESSIVAMENTE SOB UM 
CRESCENTE NÚMERO DE CAMADAS DE SEDIMENTOS AS ROCHAS VÃO 
SOFRENDO TEMPERATURAS CADA VEZ MAIS ELEVADAS. 
 CALOR RESIDUAL DA TERRA – GRAU GEOTÉRMICO (1ºC a cada 33 m); 
 INTRUSÕES ÍGNEAS – GRANDES MASSAS DE ROCHAS – COZINHAMENTO 
PRODUZEM ALTAS TEMPERATURAS; 
 DESINTEGRAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS – ENERGIA 
LIBERADA; 
 ATRITO ENTRE CAMADAS – ENERGIA DE FRICÇÃO. 
 
PRESSÃO: A SIMPLES ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA NÃO É UM FATOR 
DETERMINANTE DO METAMORFISMO, MAS É PRINCIPALMENTE A PRESSÃO 
EM COMBINAÇÃO COM A TEMPERATURA QUE MAIS CONTRIBUI PARA AS 
PROFUNDAS MODIFICAÇÕES DAS ROCHAS. 
 PRESSÕES ORIENTADAS – SOBRECARGA DE ROCHAS SOBREJACENTES; 
 PRESSÕES HIDROSTÁTICAS – ZONAS PROFUNDAS DA CROSTA, ONDE AS 
ROCHAS TRABALHAM HIDROSTATICAMENTE; 
 OUTRAS PRESSÕES – PRESSÃO DA ÁGUA, GASES, VAPORES (CO2, O2). 
EFEITOS DA PRESSÃO: ELIMINAÇÃO DA POROSIDADE 
EXPLUSÃO DE VOLÁTEIS 
DESAPARECIMENTO DE FÓSSEIS 
APARECIMENTO DE MINERAIS MAIS DENSOS 
 
FLUIDOS: OS FLUIDOS, TAIS COMO ÁGUA, GÁS CARBONO, OXIGÊNIO, 
FLUOR, ETC DESEMPENHAM A FUNÇÃO DE FACILITAR AS REAÇÕES E 
TRANSFORMAÇÕES MINERALÓGICAS  ATIVIDADE QUÍMICA. 
TIPOS DE TRANSFORMAÇÕES: 
 METAMORFISMO NORMAL – SEM QUALQUER PERDA OU ADIÇÃO DE NOVO 
MATERIAL A ROCHA QUE SOFREU METAMORFISMO, OU SEJA, A COMPOSIÇÃO 
QUÍMICA CONTINUA A MESMA, EMBORA A ROCHA SEJA OUTRA. 
EXEMPLOS: 
ARENITOS  QUARTZITO 
CALCÁRIOS  MÁRMORES 
FOLHELHOS  MICAXISTOS 
 
 METAMORFISMO METASSOMÁTICO OU METASSOMATISMO – OCORRE 
MUDANÇA DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA ROCHA, EVIDENCIADO PELA 
FORMAÇÃO DE MINERAIS NOVOS NÃO EXISTENTES ANTERIORMENTE. 
 
ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM E IDENTIFICAM UMA ROCHA METAMÓRFICA: 
 MINERAIS ORIENTADOS
 DOBRAS E FRATURASDUREZA MÉDIA A ELEVADA
 
TIPOS DE METAMORFISMO: 
 
 
 METAMORFISMO TÉRMICO OU DE CONTATO: OCORRE ATRAVÉS DO 
CONTATO DE DUAS ROCHAS PRÉ-EXISTENTES. O AGENTE PRINCIPAL NESTE 
TIPO DE METAMORFISMO É O CALOR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTINÇÃO ENTRE: 
 PIROMETAMORFISMO – TRANSFORMAÇÃO QUÍMICA E FÍSICA DA SUPERFÍCIE
DAS ROCHAS PELO CONTATO IMEDIATO COM UM MAGMA. 
 METAMORFISMO DE CONTATO – OCORRE AO REDOR DAS GRANDES MASSAS
MAGMÁTICAS INTERNAS, PORÉM COM A TEMPERATURA INFERIOR À QUE 
PREDOMINA NO PIROMETAMORFISMO. AUMENTA A MOBILIDADE DA ROCHA 
ENCAIXANTE, FAVORECENDO O APARECIMENTO DE NOVOS MINERAIS E DE 
FENÔMENOS DE RECRISTALIZAÇÃO. 
 
 METAFORMISMO DINÂMICO OU CATACLÁSTICO: PRESSÃO NÃO UNIFORME 
ASSOCIADA AO AUMENTO DE TEMPERATURA PROVOCA FRATURAS 
ORIGINANDO ESTRUTURAS E TEXTURAS PRÓPRIAS. ESTE TIPO DE 
METAMORFISMO OCASIONA O DESLOCAMENTO DE MASSAS DE ROCHAS EM 
ZONAS DE FALHAS – PRESSÃO ORIENTADA E SE RESTRINGE A PARTES POUCO 
PROFUNDAS DA CROSTA TERRESTRE, CONSISTINDO NO FRATURAMENTO, 
TRITURAÇÃO E MOAGEM DAS ROCHAS ORIGINAIS, COM A CONSEQÜENTE 
MODIFICAÇÃO DA TEXTURA E ESTRUTURA. NÃO HÁ PROCESSOS DE 
RECRISTALIZAÇÃO. 
 METAMORFISMO REGIONAL DÍNAMO TERMAL: AÇÃO CONJUNTA DA 
TEMPERATURA E PRESSÃO PROVOCANDO A RECRISTALIZAÇÃO NA ROCHA E 
FAVORECENDOOAPARECIMENTODENOVASESTRUTURAS.ESTÁ 
INTIMAMENTE RELACIONADO COM A FORMAÇÃO DE CADEIAS DE MONTANHAS 
(ÁREAS CONHECIDAS COMO GEOSINCLINAIS). É TAMBÉM CHAMADO DE 
“GERAL”, POIS AFETA GRANDES REGIÕES E É CONSIDERADO O MAIS 
IMPORTANTE. ESTE TIPO DE METAMORFISMO OCORRE A GRANDES 
PROFUNDIDADES, MAS, PELA AÇÃO DE INTEMPERISMO E EROSÃO, AS ROCHAS 
METAMORFISADAS PODEM ATINGIR A SUPERFÍCIE, COMPLETAMENTE 
TRANSFORMADA EM GRANDES MASSAS DE XISTOS E GNAISSES. 
 
 METAMORFISMO PLUTÔNICO: NUM APROFUNDAMENTO AINDA MAIOR, AS 
ROCHAS ENTRAM NA FASE PLÁSTICA, PASTOSA E JÁ NÃO TRANSMITEM 
PRESSÕES DIRIGIDAS, PERDENDO POUCO A POUCO A ORIENTAÇÃO DOS SEUS 
MINERAIS, ENQUANTO NOVOS SE FORMAM, PRATICAMENTE SEM XISTOSIDADE. 
 
CAUSAS DO METAMORFISMO: 
 
 CONTATO DE ROCHAS PRÉ-EXISTENTES; 
 
 MOVIMENTOS TANGENCIAIS DOS CONTINENTES (PLACAS TECTÔNICAS). 
 
SEQÜÊNCIA DO METAMORFISMO: 
 
 
 DEFORMAÇÃO DOS MINERIAIS COM REDUÇÃO DOS POROS; 
 
T + P 
 
 ACHATAMENTO DOS MINERAIS; 
 
 
PRESSÃO DOMINANTE 
 
 ORIENTAÇÃO DOS MINERAIS; 
 
 
PRESSÃO ORIENTADA 
 
 DOBRAMENTO DAS ROCHAS; 
 
 
 
 
 
 
ESFORÇOS TANGENCIAIS 
À CROSTA 
 
 
 
PLANO DE XISTOSIDADE 
x 
 
PLANO DE FRAQUEZA DA ROCHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE XISTOSIDADE: 
 
XISTOSIDADE É UMA EXPRESSÃO DA MEDIDA EM QUE MINERAIS MICÁCEOS, 
LAMELARES OU PRISMÁTICOS PARALELOS OU SUB-PARALELOS CARACTERIZAM A 
APARÊNCIA DE UMA ROCHA METAMÓRFICA. A XISTOSIDADE É EVIDENCIADA PELO 
ACHATAMENTO E ORIENTAÇÃO DOS GRÃOS DA ROCHA DURANTE O PROCESSO DE 
METAMORFISMO. 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE ROCHAS METAMÓRFICAS: 
 
 ROCHA ÍGNEA OU SEDIMENTAR 
ROCHA METAMÓRFICA RESULTANTE ORIGINAL 
 
 CONGLOMERADO METACONGLOMERADO 
 ARENITO QUARTZITO 
 ARENITO ARGILOSO QUARTZITO MICÁCEO 
 ARDÓSIA 
 
ARGILITO & SILTITO (LAMITOS) 
 FILITO 
 
MICAXISTO 
 GNAISSE 
 CALCÁREO PURO MÁRMORE BRANCO 
 CALCÁREO ARGILOSO MÁRMORE MICÁCEO 
 CALCÁREO DOLOMÍTICO MÁRMORE VERDE 
 
CARVÃO 
 ANTRACITO 
 
GRAFITE 
 GRANITO GNAISS 
 
BASALTO 
 XISTOS VERDES 
 
ANFIBOLITOS 
 SERPENTINOS 
 ULTRABÁSICAS TALCO-XISTOS 
 PEDRA SABÃO 
PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ROCHAS METAMÓRFICAS: 
 
 
É EVIDENTE QUE AS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DOS MACIÇOS E DAS ROCHAS 
METAMÓRFICAS IRÃO DEPENDER, FUNDAMENTALMENTE, DA XISTOSIDADE 
(AUSENTE, FRACA OU BEM PRONUNCIADA), DA COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA E DA 
TEXTURA QUE ELAS APRESENTAREM. 
 
 
POR SUAS CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS SITUA-SE ENTRE AS SEDIMENTARES 
E AS ÍGNEAS: TEM MAIOR DENSIDADE E SÃO MAIS RESISTENTES QUE AS 
SEDIMENTARES ORIGINAIS E SÃO MENOS RESISTENTES E MAIS DEFORMÁVEIS 
QUE AS ÍGNEAS, ESPECIALMENTE DEVIDO À XISTOSIDADE. 
 
 
É IMPORTANTE SALIENTAR QUE O ARRANJO ORIENTADO DOS GRÃOS E A 
XISTOSIDADE FACILITAM ALTAMENTE O ATAQUE DOS AGENTES DO 
INTEMPERISMO , FACILITANDO BASTANTE A PROFUNDA ALTERAÇÃO DAS ROCHAS 
METAMÓRFICAS, GERANDO SOLOS ESPESSOS. 
 
 
OUTRO ASPECTO IMPORTANTE PARA PRÁTICA DE ENGENHARIA É A EXTREMA 
RAPIDEZ DE VARIAÇÃO LATERAL E VERTICAL DE SUAS CAMADAS EM TERMOS 
DE NATUREZA E CARACTERÍSTICAS. 
 
 
ARDÓSIA – XISTOSIDADE E CLIVAGEM BEM DESENVOLVIDAS 
 
MICAXISTO – XISTOSIDADE E CLIVAGEM BEM DESENVOLVIDAS 
 
GNAISSE – POBRE CLIVAGEM E XISTOSIDADE 
 
 
SEQÜÊNCIA DE CAMPO: 
 
GNAISSE 
 
MICAXIST 
 
FILITOS 
 
ARDÓSIA 
 
GRANITO 
 
ROCHA SEDIMENTAR 
MINERAIS METAMÓRFICOS 
 
1 – INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO ORIGINAL 
 
AS TRANSFORMAÇÕES MINERAIS DEPENDEM: 
 
COMPOSIÇÃO DA ROCHA ORIGINAL; 
NATUREZA OU TIPO DE METAMORFISMO SUBMETIDO. 
 
TIPOS DE ROCHAS SEGUNDO COMPOSIÇÃO INICIAL: 
 
ARGILOSAS – MUDANÇAS SÃO BEM CARACTERIZADAS DE ACORDO COM A 
ELEVAÇÃODETEMPERATURAEPRESSÃO.SERVEMPARAO 
ESTABELECIMENTO DOS SUCESSIVOS GRAUS DE METAMORFISMO. 
ARENOSAS, ÍGNEAS ÁCIDAS E TUFOS; XISTOS ÁCIDOS E GNAISSES – MENOS 
SENSÍVEIS ÀS MUDANÇAS, PORTANTO DIFÍCEIS DE SEREM ACOMPANHADAS. 
CALCÁRIOS E OUTRAS ROCHAS CARBONATADAS – SÃO ROCHAS 
CONSTITUIDAS DE CARBONATO DE CÁLCIO PURO: AS MUDANÇAS SÃO 
PEQUENAS EXCETO RECRISTALIZAÇÃO. 
ÍGNEAS INTERMEDIÁRIAS, BÁSICAS E SEUS TUFOS – SÃO DO TIPO 
MAGMÁTICO BÁSICO. 
 
 
 
2 – PROCESSOS 
 
 
AS REAÇÕES SE PROCESSAM NO ESTADO SÓLIDO (NÃO SOFREM FUSÃO). 
PROVA: CONSEVAÇÃO DE VESTÍGIOS DE ESTRATIFICAÇÃO E PELA PRESENÇA DE 
RESTOS FÓSSEIS EM ROCHAS COMPLEMENTE RECRISTALIZADAS. 
 
OS CRISTAIS CRESCERÃO NA DIREÇÃO PERPENDICULAR À DIREÇÃO DA MAIOR 
PRESSÃO (ALONGADAS PARALELAMENTE À DIREÇÃO DE MENOR PRESSÃO). 
APLICAÇÃO PRÁTICA DE 
ROCHAS METAMÓRFICAS 
 
 
 
 
A) MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO: 
 
A UTILIZAÇÃO DE ROCHAS METAMÓRFICAS NA COSNTRUÇÃO CIVIL DEPENDERÁ 
DE SUA COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA E GRAU DE METAMORFISMO. 
 
PEDRA BRITADA – APROVEITA-SE OS GNAISSES, QUARTZITOS E OS MÁRMORES. 
AS ROCHAS XISTOSAS, DEVIDO A TENDÊNCIA DE FORMAR FRAGMENTOS 
LAMELARES, NÃO SÃO APROPRIADAS PARA MATERIAL DE BRITA, SEJA PARA 
CONCRETO, SEJA PARA ASFALTO. 
 
REVESTIMENTO DE PISOS E PAREDES – O MÁRMORE, POR SUA BELEZA QUANDO 
POLIDO E PELO SEU PREÇO ACESSÍVEL É SEMPRE BASTANTE REQUISITADO. OS 
ENGENHEIROS DEVEM ESTAR ATENTOS PARA O FATO DE QUE, EM PISOS DE 
PRÉDIOS PÚBLICOS, O MÁRMORE (DUREZA 2) EM POUCO TEMPO ESTARÁ 
TOTALMENTE RISCADO PELOS FRAGMENTOS DE AREIA (DUREZA 7). A PRESENÇA 
DE MICAS NA GRANDE MAIORIA DAS ROCHAS METAMÓRFICAS CONFERE-LHES UM 
BRILHO DE GRANDE BELEZA QUE, COMBINADO COM A IMENSA VARIEDADE DE 
CORES E A FACILIDADE COM QUE DESAGREGAM EM PLAQUETAS, FAZEM DELAS 
REQUISITADOS MATERIAIS DE REVESTIMENTO DE FACHADAS E PAREDES 
INTERNAS. 
 
COBERTURAS – A FACILIDADE DE SEPARAR-SE EM PLACAS CONFERE ÀS ARDÓSIAS 
A POSSIBILIDADE DE SEREM UTILIZADAS COMO TELHAS OU COMO LAJOTAS DE 
REVESTIMENTO DE CALÇADAS. 
 
 
B) TALUDES: 
 
VALEM AS MESMAS CONSIDERAÇÕES APRESENTADAS EM RELAÇÃO ÀS ROCHAS 
SEDIMENTARES, COM UM AGRAVANTE: ALÉM DOS PLANOS DE XISTOSIDADE, VIA 
DE REGRA, SEREM MAIS INSTÁVEIS DO QUE OS PLANOS DE ESTRATIFICAÇÃO, 
DENTRO DO PACOTE DE ROCHAS METAMÓRFICAS MERGULHANTES PODEM 
EXISTIR CAMADAS COM BAIXÍSSIMA RESISTÊNCIA,ESPECIALMENTE DEVIDO ÀS 
MICAS. 
C) TÚNEL: 
 
A ESTABILIDADE DOS TÚNEIS E O PROCESSO DE ESCORAMENTO E TRATAMENTO 
DEVERÃO OBEDECER A DIREÇÃO DO PLANO DE XISTOSIDADE E A COMPOSIÇÃO 
MINERALÓGICA DO MACIÇO ROCHOSO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS OBSERVAÇÕES FEITAS PARA AS ROCHAS SEDIMENTARES SÃO TAMBÉM 
VÁLIDAS PARA AS ROCHAS METAMÓRFICAS EM OBRAS DE TÚNEIS. 
 
VALE NOVAMENTE A RESSALVA: OS PLANOS DE XISTOSIDADE SÃO, EM GERAL, 
MENOS RESISTENTES QUE OS PLANOS DE ESTRATIFICAÇÃO. 
 
 
D) BARRAGENS: 
 
DE UMA MANEIRA GERAL, AS ROCHAS METAMÓRFICAS SÃO POUCO PERMEÁVEIS, 
APRESENTANDO ESPESSURAS DE SOLOS QUE JUSTIFICAM A OPÇÃO POR 
BARRAGENS HOMOGÊNEAS DE TERRA. 
 
O GRANDE PROBLEMA É A ATITUDE DA XISTOSIDADE! 
RESUMO DE IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA 
 
DOS PRINCIPAIS TIPOS DE ROCHAS 
 
 
 
OS QUATRO GRUPOS APRESENTADOS SÃO DE ACORDO COM A GRANULAÇÃO E 
 
TIPO DE ESTRUTURA. 
 
DE ACORDO COM A GRANULAÇÃO: 
 
FINÍSSIMA – não se consegue observar cristais 
 
POUCO A MUITO GROSSEIRA – percebe-se cristais a olho nu 
 
 
GRUPO I 
 
ROCHAS COM ESTRUTURA MACIÇA. GRANULAÇÃO FINÍSSIMA. NÃO SE OBSERVAM 
 
MINERAIS. SEM ORIENTAÇÃO PREFERENCIAL. 
 
 
1. DUREZA: RISCÁVEL PELA UNHA 
 
 
 
 Descrição Composição Rocha Origem 
 
Odor característico, quando molhada (moringa). 
Argila 
 
Argilito 
 
Sedimentar 
Macia ao tato. Não efervesce com HCl. 
 
 
2. DUREZA: RISCÁVEL PELO AÇO 
 
 Descrição Composição Rocha Origem 
 
Cheiro de moringa quando molhada. Não Mica (sericita) 
Ardósia 
 
Metamórfica 
efervesce com HCl 
 
Quartzo 
 
 
Odor de argila ausente ou fraco. Forte 
Calcita 
 
Calcário 
 
Sedimentar 
efervescência com HCl. Cores diversas 
 
 
Idem. Efervescente somente a quente. Dolomita Dolomito Sedimentar 
3. DUREZA: NÃO RISCÁVEL, OU DIFICILMENTE, PELO AÇO 
 
 Descrição Composição Rocha Origem 
 Muito duras. Sem odor característico de 
Calcedônia 
 
Sílex 
 
Sedimentar 
 
 
argila. Não efervesce com HCl. 
 
 
 Densas. Não efervescem. Cores: pretas, Feldspato e 
Basalto 
 
Magmática 
 
 
verde-escura, marrom. 
 
Piroxênio 
 
 
 Claras: róseas, creme, branca. Maciça. 
Quartzo 
 
Quartzito 
 
Metamórfica 
 
 
Duras. Risca o vidro. 
 
 
 
GRUPO II 
 
ROCHAS COM ESTRUTURA MACIÇA. GRANULAÇÃO MÉDIA A GROSSA. SÃO 
 
OBSERVADOS CRISTAIS. SEM ORIENTAÇÃO PREFERENCIAL. 
 
1. DUREZA: FACILMENTE RISCÁVEL PELO AÇO 
 
Descrição Composição Rocha Origem 
Efervescem com HCl. Granulação fina a grossa. 
Calcita Calcário 
Sedimentar 
Cores diversas. (met.) 
Efervescem com HCl. Granulação fina a grossa. 
Dolomita Dolomito 
Sedimentar 
Cores diversas. Efervesce a quente. (met.) 
 
 
 DUREZA: DIFICILMENTE OU NÃO RISCÁVEL PELO AÇO 
 
a) Textura eqüigranular (minerais com tamanho semelhante) 
 
Descrição Composição Rocha Origem 
Cores claras, em tons róseo e cinza. Quartzo 
Quartzo, 
Feldspatos e Granito Magmática 
comum. Granulação milimétrica. 
Micas 
 
 
Cores claras, em tons róseo e cinza. Quartzo 
Quartzo, 
Feldspatos e Aplito Magmática 
comum. Granulação finíssima. 
Micas 
 
 
 Feldspato e 
Cores escuras. Granulação milimétrica. Piroxênio Gabro Magmática 
 (magnetita) 
 Feldspato e 
Cores escuras. Granulação ligeiramente menor. Piroxênio Diabásio Magmática 
 (magnetita) 
 Nefelina e 
Nefelina- 
 
Cor clara. Granulação milimétrica e superior. Feldspato Magmática 
sienito 
(Fêmicos) 
 
 
Cores diversas, claras. Risca o vidro. Formada 
 Quartzito, 
Magmática 
Quartzo Arenito 
de fragmentos. (Sedimentar) 
silicificado 
Cores escuras. Cor verde e preta. Anfibólios Anfibolito Metamórfica 
 
b) Textura ineqüigranular (minerais de diferentes tamanhos) 
 
Descrição Composição Rocha Origem 
Cores claras 
Feldspato, Quartzo 
Granitos (ácidas) Magmática 
(Mica) 
Cores escuras Feldspato, Piroxênio Basaltos (Básicas) Magmática 
Cores médias a escuras 
Feldspatos Fêmicos Nefelina-sienitos 
Magmática 
(sem quartzo) (Alcalina) 
 
GRUPO III 
ROCHAS ORIENTADAS EM PLANOS OU LINHAS. 
 
1. CAUSADAS POR ESTRUTURA GNAISSICA OU XISTOSA 
 
 
Descrição Composiçã Rocha Origem 
 o 
Cores claras. Granulação grossa a média. Grandes 
Quartzo, 
Feldspato 
 
cristais de feldspato. Cores variadas. Riscável pelo Gnaisse Metamórfica 
(Fêmicos), 
aço. Minerais placóides de mica. 
 
Micas 
 
 
Cores claras a média. Cor cinza-esverdeada. Tato Quartzo e Filito 
Metamórfica 
macio de pote, quando molhada. Sericita (xistos) 
Cores claras. Branca ou creme. Granulação média a 
Quartzo Quartzito 
 
finíssima. Divisibilidade em placas, às vezes boa. Risca Metamórfica 
(Mica) (micáceo) 
o vidro. Às vezes, com micas. 
 
 
Cor cinza, média a escura. Divisibilidade em placas. Micas Ardósia Metamórfica 
 
 
GRUPO IV 
 
ROCHAS COM CAMADAS PRÓXIMAS DA HORIZONTAL. ESTRATIFICADAS. 
 
CLÁSTICAS. GRANULAÇÃO VARIÁVEL. FRIÁVEIS. 
 
 Descrição Composição Rocha Origem 
Fragmentos ou seixos de tamanho maior que 
Cascalho e material 
 
2mm, semi-arredondados, cimentados por Conglomerado Sedimentar 
limonita, argila, etc. cimentante 
 
Fragmentos ou seixos de tamanho maior que 
Fragmentos e 
 
2mm, em fragmentos angulares, ligados por Brecha Sedimentar 
material cimentante 
material cimentante. 
 
 
Grãos semi-arrendondados, por vezes angu- 
losos, com tamanho entre 2mm e 0,1mm Areia grossa 
Arenito Sedimentar 
(visíveis a olho nu).Cor variada, às vezes Areia média 
estratificada, áspera ao tato. 
Grãos semi-arrendondados, por vezes angu- 
losos, com grãos entre 0,1mm e 0,01mm, 
friáveis, ásperas ao tato, dificilmente Silte Siltito Sedimentar 
distingüíveis a olho nu. Transição entre arenito 
e argilito. 
Odor característico, quando molhada 
(moringa). Macia ao tato. Não efervesce com Argila Folhelho Sedimentar 
HCl. Cores diversas. 
Odor de argila ausente ou fraco. Forte 
Calcita Calcário Sedimentar 
efervescência com HCl. Cores diversas. 
 
 
Odor de argila ausente ou fraco. Efervescente 
Dolomita Dolomito Sedimentar 
somente a quente 
 
RESUMO PARA IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DO TIPO 
DA ROCHA (principais características) 
 
 Rochas magmáticas 
 
Estrutura maciça, compacta. 
Dureza média a elevada. 
No campo, a cor é relativamente homogênea. 
 
 Rochas sedimentares 
 
Estrutura em camadas. 
Dureza baixa. 
No campo, a cor pode variar no sentido horizontal e vertical. 
Estruturas sedimentares típicas: estratificação cruzada, marcas de ondas, de 
animais, de chuva, do gelo, etc. Fósseis. 
 
 
 Rochas metamórficas 
 
Estrutura orientada. Paralelismo dos minerais. 
Dureza média a elevada, com exceção das micáceas e carbonatadas. 
No campo, a cor pode variar, como as sedimentares. 
 
 
ROTEIRO PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ROCHAS 
 
Cor – deve ser referida, embora não seja muito importante; 
Granulação – importante: muito grossa, grossa, média, fina ou finíssima; 
Dureza – sua avaliação é dada por: riscável pela unha, facilmente pelo 
canivete e dificilmente pelo canivete; 
Estrutura – resume-se em: maciça, orientada ou estratificada; 
Minerais presentes – depende de um maior conhecimento do indivíduo; 
Conclusão: verificara qual dos grupos anteriores pertence. 
 
 
Complementação: 
 
Graus de alteração – classificam-se em: inalterada ou sã, ligeiramente, 
medianamente ou bastante alterada; 
Outras observações – elementos como: eventual fratura, presença de 
vesículas, etc; 
 
Tipo da rocha – Justificar; 
Nome da rocha – Justificar. 
 
 
 
 
 
PROPRIEDADES DAS ROCHAS 
 
 
 
I – QUÍMICAS Composição química 
 
Reatividade 
 
Durabilidade 
 
 
II – FÍSICAS Cor 
 
Densidade 
 
Porosidade 
 
Permeabilidade 
 
Absorção 
 
Dureza 
 
Módulo de Elasticidade 
 
Coeficiente de Poisson 
 
 
III – GEOLÓGICAS Composição mineralógica 
 
Textura 
 
Estrutura 
 
Estado de alteração 
 
Fraturas 
 
Gênese 
 
 
IV - MECÂNICAS Resistência à compressão 
 
Resistência ao choque 
 
Resistência ao desgaste 
 
Resistência ao corte 
 
Resistência à britagem 
 
 
V - GEOTÉCNICAS Grau de alteração 
 
Grau de resistência à compressão simples 
 
Grau de consistência 
 
Grau de fraturamento 
 
 
 PROPRIEDADES QUÍMICAS 
 
 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
 
 Por si só não é um elemento suficiente par definir uma rocha;

 A composição varia muito de uma amostra pra outra;

 Existem limites de erros permitidos nas diferentes dosagens.


REATIVIDADE 
 
 Algumas rochas possuem elementos químicos capazes de reagir, 
como por exemplo, o silicato e a sílica mineral (reagem com álcalis 
do cimento Portland);

 Reações – cimento/agregado: provocam a deteriorização do concreto;

 Outros tipos: transformação do anidrito em gesso (túneis), dissolução 
dos carbonatos, lixiviação de rochas em obras hidráulicas, etc.


DURABILIDADE 
 
 Resistência da rocha à ação do intemperismo;

 Julgamento é feito na prática pela preservação de monumentos 
antigos e por meio de ensaios.
 
 
 PROPRIEDADES FÍSICAS 
 
 
 
COR 
 
 Fator de classificação fraco devido a grande variabilidade, até 
mesmo dentro de uma mesma jazida;

 Podem ser: monócronas (uma única coloração uniformemente 
distribuída) e polícronas (duas ou mais cores);

 Rochas compactas (sedimentares)  coloração devido a 
pigmentações ou difusão de grãos;

 Amarela, alaranjada ou vermelha  pigmentação de hidróxido de 
ferro;

 Cinzenta e preta  pigmentos carbonosos ou betuminosos;

 Verde  depende de compostos de ferro (sulfetos) e de níquel.
 
 
 PESO ESPECÍFICO 
 
 Depende do peso específico dos seus elementos constituintes e de 
sua porosidade;

 Determinado em laboratório:
 
- Peso específico aparente (d ou p.e.) = 
W0 
 
Wa  Ws 
Onde: Wo = peso da amostra 
Ws = peso da amostra saturada 
Wa = peso da amostra dentro da água 
- Peso específico real (d ou p.e.) = W0 
Wa  A  Ws 
Onde: A = Wa-Wo 
 
 
 Fatores que influenciam na densidade das rochas:

 Estado de alteração: 
 
 reações químicas dos minerais densos em minerais menos 
densos;

 aumento de volumes desses minerais.

 Porosidade e compacidade: 
 
 rocha porosa com vazios isolados diminui a densidade real, 
enquanto que, se interligados, a densidade real será maior;

 rochas muito porosas são de baixa densidade;

 resistência à compressão cresce com a densidade;

 resistência ao desgaste cresce com a densidade;

 dificuldade de corte cresce com a densidade.


 POROSIDADE 
 
 É a propriedade das rochas em conter espaços vazios (relação entre 
o volume dos vazios e o volume total da rocha);

 Dependente de:

 Tipo de rocha: 
 
 Sedimentares: grande volume de vazios dando-lhes maior 
porosidade mas, quanto cimentadas, a porosidade diminui; 
 
 Igneas: extrusivas possuem maior porosidade que as 
intrusivas; 
 Metamórficas: baixa porosidade e varia com o grau de 
metamorfismo, sendo que, quanto mais intenso, mais porosa é a rocha.

 Estado de alteração: 
 
 Tem influência através do fenômeno de lixiviação e 
dissolução; 
 Resistência à compressão diminui com a porosidade; 
 Classificação: extremamente porosa (50%), muito porosa (10 
a 30%), bastante porosa (5% a 10%), medianamente porosa (2,5% a 5%), pouco 
porosa (1 a 2,5%) e muito compacta (1%). 
 
 
Rocha Porosidade (%) 
 
Granito 0,5 a 1,5 
Arenito 10 a 20 
Calcário 5 a 12 
Argila 45 a 50 
 
 
 
 PERMEABILIDADE 
 
 Maior ou menor facilidade que a rocha oferece à percolação da água;
 Primária  existe desde a sua formação;
 Secundária  devido à lixiviação, dissolução de componentes 
mineralógicos, etc;
 Metamórficas possuem baixa permeabilidade e sedimentares, maior 
valor.
 ABSORÇÃO 
 
 É a propriedade na qual uma certa quantidade de líquido é capaz de 
ocupar os vazios de uma rocha, ou parte desses vazios;
 É dada por: C a  
Pa 

 
Ps x100
Ps 
Sendo: Pa = peso após longa imersão 
Ps = peso seco 
 
 
 DUREZA 
 
 Resistência ao risco, dada pela escala de Mohs;

 Na prática:

 Riscável pela unha ou exageradamente fácil pelo canivete; 
 riscável pelo canivete; dificilmente ou não riscáveis pelo 
canivete. 
 
 
 
 
MÓDULO DE ELASTICIDADE OU MÓDULO DE YOUNG 
 
 Deformação elástica (a amostra tende a recuperar sua forma e 
tamanho originais) ou plástica ou irreversível (parte da deformação permanece);
 
 
isotrópicas (mesmas propriedades elásticas em todas as direções); 
 
 As propriedades elásticas normalmente é afetada pela anisotropia.


COEFICIENTE DE POISSON () 
 
 Relação entre as deformações transversais e longitudinais;
 
B 
 É dado por:  L 
B 
L 
 
 
 PROPRIEDADES MECÂNICAS 
 
 
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO 
 
 Grande variabilidade de resultados;

 Para rochas estratificadas: compressão paralela e perpendicular ao 
leito de estratificação tanto no caso seco quanto saturado;

 Normalmente tem-se:

 rochas de grãos finos, da mesma espécie que rochas de grãos 
grossos, possuem maior resistência à compressão; 
 
 quanto mais forte for o ligamento entre os cristais, maior a 
resistência à compressão; 
 
 as rochas silicificadas tem maior resistência; 
 
 os corpos de prova com compressão perpendicular aos planos de 
estratificação apresentam maior resistência à compressão. 
 
 Tensão de ruptura dada por: Tr  P 
 S
média 
 
RESISTÊNCIA AO CHOQUE (Rc) 
 
 Resistência ao impacto de um peso que cai de uma certa altura;
 Medida pelo produto do peso pela altura de queda que provoca a 
ruptura do corpo-de-prova;

 Importância quando a rocha for usada para pavimentação de estradas 
e aeroportos;

 Ensaio – Resistência ao Impacto Treton;

 RESISTÊNCIA AO DESGASTE 
 
 Resistência ao desgaste por atrito mútuo  resistência da rocha sob 
a forma de agregado, quando submetida a atrito mútuo de seus fragmentos. Em 
alguns métodos são acrescentada esferas de ferro fundido ou aço. Conforme o 
tipo de máquina: resistência ao desgaste Los Angeles, Deval, etc;

 Resistência ao desgaste por abrasão ® resistência da rocha quando 
submetida à abrasão de abrasivos especificados. Importância especial quando a 
rocha for empregada sob a forma de pavimentos. Método utilizado é o de 
resistência à abrasão Los Angeles; 
 É dado por: Ra  Rc 
 
 RESISTÊNCIA AO CORTE 
 
 É a resistência de uma rocha se deixar cortar em superfícies lisas;

 Normalmente a resistência ao corte cresce com a dureza da rocha.

 COMPORTAMENTO ANTE A BRITAGEM 
 
 Propriedade da rocha em apresentar maior ou menor dificuldade de 
se fragmentar quando submetida à britagem;

 Fatores de influência: fissuramentos, leitos

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