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DIREITO EMPRESARIAL

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SOCIEDADE SIMPLES (AULA DE REPOSIÇÃO 1)
O sócio que presta sérvio poderá integrar o quadro, denominado de sócio operário. Ex. ele é especialista em alguma área. Ele só tem direito a participar dos lucros e não das perdas.
Art. 1007, cc traz o sócio operário, regra geral, o sócio normal participa das perdas e lucras, salvo o sócio operário que somente participa dos lucros.
O capital dessa sociedade poderá ser composto por bens, dinheiro e ainda serviços.
O sócio normal, diferentemente dos sócios operário, participa da distribuição de lucros e das perdas.
Esta sociedade não tem obrigação de especificar o capital, diferentemente das outras espécies de sociedade. Pois umas são de caráter cultural ou assistencialista. 
Em relação à administração
art. Relacionados: 818, 822, 1007, 1008, 1011, 1016 do cc.
Problemas relativos a administração: art. 977, III, IV E VII do cc. Os poderes deverão aparecer no contrato social ou no estatuto social em favor de diretores os de administradores. Esses poderes geralmente são ordinários, ou seja, poderes de caráter geral. Com isso a responsabilidade deles poderá ser: (subsidiária e solidária)
 Subsidiária¸ pois primeiramente quem responde será a sociedade simples, visto que ela é um sujeito de direito. Por isso a responsabilidade do sócio é subsidiária. Tem-se o benefício de excussão significa que tem de esgotar todos os meios de cobrança da sociedade, não tendo mais nenhum meio de executar da sociedade parte para cobrar os sócios, art. 1024, cc.
Solidária sociedade e sócio no mesmo nível e patamar jurídico. Essa é a responsabilidade solidária, implica em igualdade.
Então a respeito da dívida o sócio responderá subsidiariamente no limite de suas cotas. Já os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e perante terceiros, como descrito no art. 1016, cc.
Art. 661, cc nas hipóteses em que seja necessário: alienar, hipotecar, garantir, para isso é necessário PODERES ESPECIAIS, não somente os poderes gerais serão suficientes, daí tem-se um problema em relação a administração. 
Ex. a fiança cabe ter poder especial, ela se trata de uma obrigação, ela é um contrato de caráter bilateral na sua origem, mas seus efeitos serão de caráter unilateral. Sujeitos da fiança: credor e fiador. O contrato de fiança independe da vontade do devedor. Ela é feita para garantir uma obrigação principal. A regra é a fiança é um contrato benéfico, mas as vezes se torna em um contrato bilateral imperfeito. Ela tem efeito unilateral devido seu caráter benéfico, ou seja, ela é gratuita. Mas quando vincula ela a uma remuneração (quando se remunera o fiador) essa torna a fiança em um contrato bilateral imperfeito, isso quando se trata de caráter empresarial. 
Assim, no contexto de que o fiador assume a obrigação sem algum benefício diz-se que será um contrato unilateral gratuito. Porém quando o fiador deixa de ser gratuito e passa a ser oneroso, ou seja, receber um remuneração, se torna um contrato oneroso bilateral imperfeito.
O devedor assume a obrigação principal, para constituir garantias pessoais o administrador ou direto necessita ter poderes especiais.
O fiador responde subsidiariamente. Tem-se dois benefícios que pertencem a ele: BENEFÍCIO DE ORDEM (SOCIEDADE EMPRESÁRIA) X BENEFÍCIOS DE EXCUSSÃO (SOCIEDADE SIMPLES).
Mas haverá um caso em que o devedor responde solidariamente, no caso de fins mercantis, onde o fiador não terá os benefícios supracitados, que cabem para fins civis, colocando o fiador no mesmo patamar do devedor.
SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO
Trata-se de uma sociedade que já existe, ela participa de uma licitação para desenvolver obras importantes. Ex. construção de estradas, reforma de estádios, construção de estradas...
O tempo de vigência da sociedade é determinado, ou seja, enquanto durar a obra ela estará existindo. Então tem-se um prazo que é fixado no próprio ato constitutivo.
Ela não tem definida sua estrutura societária pela lei. Assim ela poderá adotar qualquer uma das formas societárias reconhecidas pela lei. Podendo ter uma sociedade de propósito específico cuja estrutura seja de uma Ltda ou simples. A própria empresa define a sua estrutura, a própria assembleia dos sócios. Art.9 da lei de Parceria Público Privada (11079/2004)
O modelo da empresa dependerá da atividade econômica que irá desenvolver.
Do processo de falência (qualquer tipo de empresa caberá esse processo, seja ela regular ou irregular)
na lei 11101/2005 traz o processo de falência. Este processo se caracteriza da seguinte maneira:
Processo Concursal
Processo de Execução
Os processos são necessários para administrar, arrecadar, liquidar os bens do falido.
Esses bens liquidados se torna a massa falida que tem os seguintes elementos: subjetivo (credores) e objetivo (bens).
Tem-se um administrador judicial, ele é responsável por administrar, arrecadar e liquidar os bens a massa falida. Ele é nomeado pelo juiz responsável pela falência. Ele irá assinar o termo de compromisso. Ele será nomeado assim que for decretada a falência. Neste decreto trará que a empresa não tem condição de pagar aos credores e não tem condição de desenvolver suas atividades econômicas regularmente.
Qual a finalidade da falência? Pagar aos credores. Tem-se o quadro geral de credores. Só poderá cobrar a dívida aquele que integra esse quadro, cobrará o crédito dentro do processo da falência.
O adm judicial deverá iniciar o processo de arrecadação dos bens do falido. Nessa arrecadação além dos bens são arrecadados os livros, os papeis referentes a documentação contábil do falido. Arrecadado elabora um processo denominado ato de arrecadação ele tem dois elementos: inventário e laudo de arrecadação.
É necessário qualificar o inventário, isso significa que é preciso dizer as características. Ex. caso seja um lote deverá dizer tudo sobre ele, tamanho, qual atividade econômica é realizada nele, qual o registro no inventário do imóvel. Já o laudo de avaliação é determinar o preço.
Uma vez arrecadado o laudo é anexado ao processo, posteriormente é iniciada a liquidação (realização do ativo) isso significa que irá vender, quem venderá será o adm judicial. Poderá vender o estabelecimento comercial por inteiro, ex. o estabelecimento completo, de portas fechadas ou de forma individual, ex. só a mesa ou só o maquinário. E a quem se vende? Ao conjunto de credores.
Esse modelo de sociedade diz que podem ser adotadas formas distintas de realização do ativo, lembrando que esse ativo significa liquidar. São formas alternativas: a forma normal é a venda, mas poderá adotar formas distintas. Umas dessas formas é constituir sociedade de propósito específico. O quadro de credores a lei permite que eles constituam esse tipo de sociedade, a finalidade destes credores, ao constituir a sociedade, é receber o pagamento que eles tem direito o falido. Será constituída por tempo determinado e por objeto específico. É o conjunto de credores que decidem integrar essa sociedade.
ex. a Varig é do Vladimir e nós somos seus credores, ele não está conseguindo nos pagar, então ele entra com um processo de falência. Assim para receber nós constituímos uma sociedade de propósito específico. Qual estrutura societária melhor se adequara a finalidade dos credores? Deverá tratar de uma empresa que capta recursos com o dinheiro de terceiros e não do seu próprio bolso. Então constituem uma sociedade anônima. Este modelo tem o interesse de captar recursos e poderá fazer isso com a emissão de debêntures. Digamos no nosso exemplo que a sociedade de propósito específico fosse a Gol, ela constitui uma SA de capital fechado. A Gol compra a Varig não com o dinheiro do seu bolso, mas com o dinheiro que arrecadou através da emissão de valores mobiliários, no caso as debêntures, que foram emitidas pela empresa que ela constitui só para arrecadar lucros e assim comprar a Varig. A AS não investe em uma nova empresa, mas investe na empresa falida, no caso a que ela comprou, e ela vem zerada, ou seja, sem nenhuma dívida. Demora cerca de10, 15, 20 anos para receber os valores mobiliários aqueles que os compraram, por isso é um bom negócio. Até chegar a data de pagar a esses investidores a empresa que eles investiram o dinheiro que arrecadaram já deu lucros o suficiente para que sejam repassados, via de regra. 
Art.145 da lei 11101 traz a possibilidade de constituir uma sociedade a partir de credores.
Art. 133, Código Tributário Nacional aquele que compra a empresa assume os encargos, via de regra. §1° mas a cobrança dos encargos não se aplica quando se adquiri empresa falida.
DIREITO EMPRESARIAL – SOCIETÁRIO, SEGUNDA PROVA
Art. 80. A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares:
        I - subscrição, pelo menos por 
2
 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto;
Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes.
Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração.
§ 1
o
 Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos.
SOCIEDADES ANÔNIMAS: origem
Atividade comercial liga Hauseática
Atividade econômica Comunas Italianas
Nascimento da companhia das índias orientais e ocidentais (nascem quando a Holanda é centro financeiro comercial. 1600 – 1700)
No Brasil: lei 6404/1976 regula As no direito brasileiro, são 300 artigos. É por essência uma sociedade empresária, de capital, é uma sociedade cujo o capital será representado por meio de ações. Deverá ser constituída e precisa de um marco regulatório (conhecido como estatuto societário – é por essência um contrato social, lei que irá regular o funcionamento da SA). O seu funcionamento é considerado como uma estrutura complexa. Não é beneficente, não presta assistência social, não é filantrópica. A finalidade é o LUCRO. Lucrar significa que o acionista que passa a integrar o quadro societário, sua responsabilidade fica única e exclusivamente atrelada ao valor das ações subscritas e integralizadas. Ou seja, jamais ultrapassará sua quota de contribuição. Não há desconsideração da PJ na SA. Levando em consideração que é um contrato social, leva à questão se der um contrato plurilateral, pois envolve a totalidade dos sócios, acionistas e da sociedade.
Art. 80, I, lei 6404 – precisa de pelo menos duas pessoas para constituir uma SA, cada um subscrevendo 50% de capital social.
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.Art. 2º, lei 6404 – na íntegra. Objeto social = atividade econômica que a SA irá desenvolver. O objeto social precisa ser descrito de modo preciso e de modo completo. Para salvaguardar/resguardar os direitos dos acionistas minoritários e delimitar a responsabilidade 
Art. 98. Arquivados os documentos relativos à constituição da companhia, os seus administradores providenciarão, nos 30 (trinta) dias subseqüentes, a publicação deles, bem como a de certidão do arquivamento, em órgão oficial do local de sua sede.
        § 1° Um exemplar do órgão oficial deverá ser arquivado no registro do comércio.
        § 2º A certidão dos atos constitutivos da companhia, passada pelo registro do comércio em que foram arquivados, será o documento hábil para a transferência, por transcrição no registro público competente, dos bens com que o subscritor tiver contribuído para a formação do capital social (artigo 8º, § 2º).
        § 3º A ata da assembléia-geral que aprovar a incorporação deverá identificar o bem com precisão, mas poderá descrevê-lo sumariamente, desde que seja suplementada por declaração, assinada pelo subscritor, contendo todos os elementos necessários para a transcrição no registro público.
Art. 7º O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.
Avaliação
Art. 8º A avaliação dos bens será feita por 
3
 (três) peritos ou por empresa especializada, nomeados em assembléia-geral dos subscritores, convocada pela imprensa e presidida por um dos fundadores, instalando-se em primeira convocação com a presença 
desubscritores
 que representem metade, pelo menos, do capital social, e em segunda convocação com qualquer número.
§ 1º Os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo fundamentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruído com os documentos relativos aos bens avaliados, e estarão presentes à assembléia que conhecer do laudo, a fim de prestarem as informações que lhes forem solicitadas.
§ 2º Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela assembléia, os bens incorporar-se-ão ao patrimônio da companhia, competindo aos primeiros diretores cumprir as formalidades necessárias à respectiva transmissão.
§ 3º Se a assembléia não aprovar a avaliação, ou o subscritor não aceitar a avaliação aprovada, ficará sem efeito o projeto de constituição da companhia.
§ 4º Os bens não poderão ser incorporados ao patrimônio da companhia por valor acima do que lhes tiver dado o subscritor.
§ 5º Aplica-se à assembléia referida neste artigo o disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 115.civil, administrativa e penal dos diretores ou administradores (que exercem poderes administrativos) da SA. De caráter ordinário (responsabilidades normais/corriqueiras) ou de maneira especial.
Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante.
§ 1
o
 O instrumento particular deve conter a indicaç
ão do lugar onde foi 
passado, a 
qualificação do outorgante
 e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos.
§ 2
o
 O terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir que a procuração 
traga
 a firma reconhecida.
Poderes especiais do direito ou administrador da SA para praticar determinados atos:
Outorgar fiança
Em todas as hipóteses de transigir
Hipóteses de hipoteca
Ou praticar atos além das competências ordinárias.
A autorização especial precisa ser EXPRESSA. Os poderem têm que ser detalhados expressamente. O objeto social de uma S/A precisa ser completo e preciso. 
Art. 661, § 1º, 654, §§ 1º e 2º, 818 e 819, todos do CC.
Art. 294. A companhia fechada que tiver menos de vinte acionistas, com patrimônio líquido inferior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), poderá: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 
2001)
I - convocar assemble
ia-geral por anúncio entregu
e a todos os acionistas, contrar
recibo, com a antecedência prevista no artigo 124; 
e
II - deixar de publicar os documentos de que trata o artigo 133, desde que sejam, por cópias autenticadas, arquivados no registro de comércio juntamente com a ata da assembleia que sobre eles deliberar.
§ 1º A companhia deverá guardar os recibos de entrega dos anúncios de convocação e arquivar no registro de comércio, juntamente com a ata da assembleia, cópia autenticada dos mesmos.
§ 2º Nas companhias de que trata este artigo, o pagamento da participação dos administradores poderá ser feito sem observância do disposto no § 2º do artigo 152, desde que aprovada pela unanimidade dos acionistas.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica à companhia controladora de grupo de sociedade, ou a ela filiadas.
Classificação: SA de capital aberto: oferta pública. Registro CVM. Autorização expressa da CVM. Emissão de valores mobiliários – pode ser negociada na bolsa de valores ou no mercado de balcão (são mercados formais regulados, existem controles. Participam adquirentes de coisa móvel - valores mobiliário. Mercados regulados por lei). 
Para emissão de valor mobiliário uma sociedade anônima de capital aberto precisa publicar a oferta púbica.Instruções normativas 480 e 481 da CVM.
Para emissão de valor mobiliário de uma sociedade anônima de capital fechado será oferta particular. Porque é uma subscrição particular. 
Pode-se classificar a emissão de valores mobiliários em duas categorias
“A”: todas as SA’s que poderão emitir qualquer espécie de valor mobiliário, inclusive emissão de valores mobiliários que sejam representativos do capital social da sociedade. Ou seja, poderá emitir ações. 
“B”: todas as SA’s que poderão emitir toda e qualquer espécie de valores mobiliários, exceto os que sejam representativos do capital social.
Sociedade anônima de capital fechado – o número de acionistas não pode ultrapassar 20. O mínimo de capital social será de um milhão. O anúncio (chamamento) será entregue a cada acionista de forma pessoal no prazo de oito dias. Art. 294, lei 6404 (estrutura da sociedade simples de SA). Pode formar sociedade anônima de capital fechado de acordo com o intuito personae (pode estabelecer no estatuto uma limitação na transferência de ações nominativas), que é um caráter estritamente familiar.
Não existe S/A de capital autorizado, existe S/A de capital aberto autorizado e S/A de capital fechado autorizado. A diferença entre S/A de capital aberto e S/A de capital fechado está na emissão de valores mobiliários.
CAPITAL AUTORIZADO: 1- valor do capital (seu limite); 2- porcentagem de aumento de capital; 3- espécies e classes de ações; 4- previsto nos estatutos das S/As por ato posterior.
A sociedade limitada pode emitir valores mobiliários também, a diferença é que necessita de autorização expressa da CVM, coisa que a sociedade anônima não precisa.
A CVM fica mais de olho na sociedade anônima de capital aberto, a fiscalização é menor na sociedade anônima de capital fechado.
Art. 89. A incorporação de imóveis para formação do capital social não exige escritura pública.Capital social: representado por ações. A responsabilidade dos sócios está atrelada ao valor da emissão. Não há responsabilidade solidária e sim individual. Pode ser formado pela via de bens (art. 8º lei 6404 e arts. 7º, 9º , 89 e 98 da mesma lei. Que falam da avaliação econômica e da transferência da propriedade de imóveis, que não necessita de escritura pública, somente de certidão contendo identificação e qualificação do imóvel. Arts. 1424, 1245 e 1246, CC) ou dinheiro.
Sociedade anônima emite valore mobiliários que podem ser.
Parte beneficiária
Pode ser emitida exclusivamente por sociedade anônima de capital fechado, é proibida para sociedade anônima de capital aberto.
É um título de crédito (papel passível de ser negociado), título fiduciário. Art. 2º da lei 6385/76. 
Surge como uma forma de investimento.
É passível de ser outorgado para beneficiar determinados sujeitos (em primeiro lugar o(s) fundador(es) da sociedade anônima, forma de retribuir; em segundo lugar para favorecer determinados acionistas e em terceiro lugar uma maneira de remunerar os terceiros que prestam serviços em favor da sociedade anônima.
Contém um direito de natureza eventual (é a característica principal). Será passível de resgate somente quando a sociedade tiver lucro. Atrela-se ao lucro da sociedade, por isso é eventual, se não houver lucro, não tem como pagar. A parte beneficiária precisa estipular o prazo de resgate, o pagamento desse título deverá ser feito pela companhia. A sociedade anônima pode abrir uma capitalização de lucro ou reserva para ao final poder pagar.
O valor das partes beneficiárias não poderá ser maior que 10% dos lucros da companhia. 
Conversibilidade das partes beneficiárias em ações. Essa possibilidade deve ser expressa na cártula e no estatuto societário. Poderá ter critério ou índice de correção monetária.
Não é representativo do capital social. Não tem valor nominal. São títulos executivos extrajudiciais. Art. 585, CPC.
Valor mobiliário: é um título de crédito, é um título fiduciário emitido como regra geral pelas S/A’s. a emissão de valores tem a finalidade de captar recursos financeiros no mercado. São papéis e são passíveis de negociação, pode transferir, doar, vender, ceder. Os títulos de crédito têm que ter esses aspectos: 1- circularidade (possibilidade de transferir, ceder, doar, vender. Pode utilizar como garantia); 2- cartularidade (vai se materializar num papel chamado de certificado de emissão. A quota jamais deve se desvencilhar do contrato na ltda) ; 3- autonomia; 4-literalidade (informação verdadeira, é um documento representativo de uma quantidade, montante de dinheiro (título fiduciário). Ações são valores mobiliários que circulam, são certificados de emissão, tem autonomia, não precisa alterar o ato constitutivo. Os valores mobiliários que podem ser emitidos pela companhia são ações, debêntures, partes beneficiárias (somente emitidas por S/A’s de capital fechado), contratos futuros e bônus de subscrição. 
§ 6º Os avaliadores e o subscritor responderão perante a companhia, os acionistas e terceiros, pelos danos que lhes causarem por culpa ou dolo na avaliação dos bens, sem prejuízo da responsabilidade penal em que tenham incorrido; no caso de bens em condomínio, a responsabilidade dos subscritores é solidária.
Transferência dos Bens
Art. 9º Na falta de declaração expressa em contrário, os bens transferem-se à companhia a título de propriedade.S/A de capital aberto para emitir valores mobiliários deverá fazer oferta pública que está regulada na inscrição normativa 461/07. A oferta pública precisa ter registro na CVM para emitir, negociar valores mobiliários precisa de autorização da CVM. O local que pode negociar valores mobiliários é na bolsa de valores ou pode negociar também no mercado de balcão (que opera fora da bolsa de valores – participam empresas especializadas e determinados profissionais. O objeto social é negociar valores mobiliários de forma particular. São mercados exclusivos. Ex: banco de investimento). A autorização tem que ser expressa. A S/A de capital fechado não precisa de autorização da CVM para emissão de valores mobiliários. 
Determinadas S/A’s precisam de requisitos específicos, algumas peculiaridades. Toda sociedade de economia mista é uma S/A.
Bolsa de valores e mercado de balcão – são mercados formais regulados, os quais existem controles. Participam ofertantes e adquirentes de cois móvel, que são os valores mobiliários. Mercados regulados por lei.
DEBÊNTURES: valor mobiliário emitido pelas companhias de sociedades anônimas de capital fechado ou de capital aberto. Título fiduciário ou título de crédito, de rentabilidade, renda fixa, diferente de ação que é variável. É emitida com propósito de captar recursos no mercado. Pode ser negociado em bolsa de valores e também no mercado de balcão. A emissão tem que ser devidamente autorizada pela CVM e a sociedade tem que ter registro na CVM para emitir debêntures. Decreto lei 177 – A/1893. Porém as debêntures nunca foram utilizadas corretamente pelas companhias. É um título a ser adquirido a médio e longo prazo de resgate (mais ou menos 5/10 anos). As debêntures representam simplesmente uma obrigação que deriva do contrato de mútuo (representativo de obrigação). trata-se de uma obrigação ao portador que representa uma parcela de um contrato mútuo. Debêntures têm os mesmos direitos e obrigações, deveres e vantagens dentro de uma mesma série. Ex: série A – 10 mil debêntures – mesmos direitos, deveres, obrigações e vantagens para as 10 mil. Os 10 mil adquirentes terão tudo igual, até mesmo os prazos, não podem ser diferentes. Não podem ser emitidas debêntures da série B se as 10 da série A não estiverem devidamente negociadas (possuir adquirentes), por exemplo. Se restarem algumas debêntures da série A a companhia pode cancelá-las.
Debenturistas: são adquirentes das debêntures. Os 10 mil do exemplo acima, formam/estruturam uma comunhão de debenturistas (todos de uma mesma série). Essa comunhão deve organizar-se e formar uma assembleia de debenturistas para salvaguardar interesses e direitos. A essa assembleia dedebenturistas se aplicam as mesmas regras da assembleia da lei 6404. A diferença é que debenturista não é acionista, porque debênture não é representativa de capital. Quando na própria carta da debênture vier prevista a conversibilidade de debênture em ação, o debenturista PODE VIR A TORNAR-SE um acionista.
Agente fiduciário: representa o conjunto de debenturista a respeito da sociedade anônima que deu lugar ao processo de comunhão de debenturistas. Habitualmente é um banco. E normalmente tem registro na CVM. 
Vai representar o direito de todos os debenturistas
Deverá salvaguardar os interesses de caráter econômico/financeiro de cada debenturista.
Tem a obrigação de manter devidamente informado o conjunto de debenturistas a respeito da situação econômico financeira da companhia. (informar se está desenvolvendo normalmente sua atividade econômica, entre outros).
Deverá emitir relatórios após balanço geral/patrimonial, dentro do prazo de 4 meses.
   Art. 26. O Comitê de Credores será constituído por deliberação de qualquer das classes de credores na assembléia-geral e terá a seguinte composição:
I – 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 
2
 (dois) suplentes;Se a sociedade for à falência os credores (debenturistas) para cobrar seu crédito representativo de obrigação deve habilitar-se. Credor não habilitado não recebe na falência. Art. 26, I da lei 11.101/2005. O agente fiduciário passa a integrar o comitê dos credores e a assembleia geral de credores. O agente fiduciário se habilita, pois ele representa os debenturistas. Por isso, ao invés de habilitar 10 mil debenturistas, habilita-se somente o agente fiduciário (que tem competência para requerer a falência da companhia que emitiu as debêntures). O agente fiduciário pode ser um debenturista, mas não necessariamente. 
Debêntures: 
Simples
Passíveis de conversibilidade em ações
Subordinadas. Art. 58, § 6º, lei 6404.
Com garantia real
Sem garantia (quirografárias)
Com garantia flutuante
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se 
se
 tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.Como se classificam os créditos na falência: 
Concursal: Todos os créditos anteriores à recuperação judicial ou decretação de falência, vencidos ou por vencer. Créditos trabalhistas, decorrentes de acidentes de trabalho, crédito com garantia real (art. 1225, CC), crédito com privilégio especial (art. 964, CC), crédito com privilégio geral (art. 965, CC), crédito tributário, crédito quirografário (desprovido de garantia), crédito subordinado (vinculados a debêntures, art. 69, §§1 º e 2º lei 6404/76). Art. 1225 classifica os direitos reais sobre casa própria (direito de propriedade), sobre coisa alheia (uso, habilitação), sobre garantia (hipoteca, alienação fiduciária em garantia, anticrese – vinculado a contratos agrários).
Art. 591. Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros, os quais, 
sob pena
 de redução, não poderão exceder a taxa a que se refere o art. 406, permitida a capitalização anual.
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.Extraconcursal: todos os créditos gerados, devidos dentro do processo de recuperação judicial ou decretação de falência.
Passível de restituição: todos os créditos que pertencem a terceiros distintos. 
Em falência paga-se primeiros os créditos passíveis de restituição. Depois paga-se os extraconcursais e por fim o s concursais. Mas dentro do extraconcursal e do concursal há classificações. O crédito do debenturista é concursal. Ex: decreta-se falência em 18/10/2013 e as debêntures venceriam em 18/10/2020. Daí é antecipada o vencimento para a data da falência. Art. 333, CC. seria, no caso, uma debênture por vencer.
Debênture com garantia real situa-se o crédito no 2º lugar na ordem de prelação do crédito concursal.
Art. 1º. É vedado, e será punido nos termos desta lei, estipular em quaisquer contratos taxas de juros superiores ao dobro da taxa legal.
Art. 2º. E vedado, a pretexto de comissão; receber taxas maiores do que as permitidas por esta lei.
Art. 9º. Não é válida a cláusula penal superior 
a
 importância de 10% do valor da dívida.Debênture sem garantia situa-se o crédito no 6º lugar na ordem de prelação do crédito concursal.
Debênture subordinada situa-se o crédito no 7º e último lugar na ordem de prelação do crédito concursal.
Debênture com privilégio especial situa-se o crédito no 4º lugar na ordem de prelação do crédito concursal.
Debênture com privilégio geral situa-se o crédito no 5º lugar na ordem de prelação do crédito concursal.
Debênture com privilégio flutuante situa-se o crédito no 2º lugar (igual de garantia real) na ordem de prelação do crédito concursal.
Não pode haver dentro de uma mesma série debêntures com garantias diferentes. Todas devem ser absolutamente iguais.
Diferença entre garantia real e flutuante: há um grupo societário composto de 5 empresas (Holding), a empresa 3 é autorizada pela CVM a emitir debêntures. Se a própria empresa 3 emitir a garantia, é garantia real. agora, se a empresa 3 que emite as debêntures, mas a garantia for emitida pela empresa 1, 2, 4 ou 5, configura-se garantia flutuante.
Obrigação ao portador: parcela do contrato de mútuo feneratício (contrato de empréstimo fungível – R$) – taxa de juros. 
Art. 58. A debênture poderá, conforme dispuser a escritura de emissão, ter garantia real ou garantia flutuante, não gozar de preferência ou ser subordinada aos demais credores da companhia.
§ 1º A garantia flutuante assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo.
§ 2º As garantias poderão ser constituídas cumulativamente.
§ 3º As debêntures com garantia flutuante de nova emissão são preferidas pelas de emissão ou emissões anteriores, e a prioridade se estabelece pela data da inscrição da escritura de emissão; mas dentro da mesma emissão, as séries concorrem em igualdade.
§ 4º A debênture que não gozar de garantia poderá conter cláusula de subordinação aos credores quirografários, preferindo apenas aos acionistas no ativo remanescente, se houver, em caso de liquidação da companhia.
§ 5º A obrigação de não alienar ou onerar bem imóvel ou outro bem sujeito a registro de propriedade, assumida pela companhia na escritura de emissão, é oponível a terceiros, desde que averbada no competente registro.
§ 6º As debêntures emitidas por companhia integrante de grupo de sociedades (artigo 265) poderão ter garantia flutuante do ativo de 
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 (duas) ou mais sociedades do grupo.
Taxa de juros:
Civil: não vigora. DL 22.626/33 (arts. 1º, 2º e 9º). Art. 591, 406, CC. art; 135, § 1º, CTN.
Financeira: súmula 296 STJ/STF.
Art. 53. A companhia poderá efetuar mais de uma emissão de debêntures, e cada emissão pode ser dividida em séries.
Parágrafo único. As debêntures da mesma série terão igual valor nominal e conferirão a seus titulares os mesmos direitos.
Art. 54. A debênture terá valor nominal expresso em moeda nacional, salvo nos casos de obrigação que, nos termos da legislação em vigor, possa ter o pagamento estipulado em moeda estrangeira.
§ 1o A debênture poderá conter cláusula de correção monetária, com base nos coeficientes fixados para correção de títulos da dívida pública, na variação da taxa cambial ouem outros referenciais não expressamente vedados em lei. 
§ 2o A escritura de debênture poderá assegurar ao debenturista a opção de escolher receber o pagamento do 
principal e acessórios, quando do vencimento,
 amortização ou resgate, em moeda ou em bens avaliados nos termos do art. 8o. Para a lei das SA’s as debêntures não são representativas do contrato de mútuo (contrato de empréstimo de coisa fungível. Na sua origem é considerada um NJ ou contrato bilateral. Nos efeitos é considerada contrato unilateral porque quem admite a plenitude das obrigações é o mutuário. Característica central: empréstimo (transferência de propriedade), apesar de ser de empréstimo adquire a propriedade. Finalidade fundamental da debentures: captar recursos financeiros no mercado onde SA é o devedor e o debenturista é o credor). Ex: precisa de um milhão, daí a SA emite 10 mil debentures de mil reais. Quando se emite debentures está sendo uma parcela representativa do empréstimo de mútuo. A sociedade pode pagar com dinheiro ou com bens. E dependendo do estatuto o debenturista pode virar um acionista. A lei de S/A não fica um valor nominal mínimo, quem fixa é a assembleia de acionistas ou o conselho de administração. Pode negociar o valor da debenture em 1000, no caso, acima ou abaixo de 100. 
Acima do par = ágio
Abaixo do par = deságio
Valor nominal = mil reais (no exemplo)
A companhia paga o valor nominal com juros e correção monetária fixados na escritura de emissão da debenture.
Debentures vão ser emitidas por valor nominal e ser expressas em moeda corrente do país. No caso, em reais, como diz a CVM e a CMN. Mas há a possibilidade de negociar debentures no mercado internacional de acordo com a circular 2.199/90 do Banco Central (que autoriza a emissão de debentures em moeda estrangeira, é o exemplo do pré-sal).
Decreto lei 22.626/33 => 1% ao mês ou 12% ao ano. Se não for convencionado é 6%. Art. 406, CC e art. 135, § 1º da CTN. Pode duplicar. 
Anatocismo = juros sobre juros, proibido no direito brasileiro.
Súmulas 296 e 596 do STJ e STF – não tem aplicação do decreto lei 22.626 para instituições financeiras, são reguladas pelas leis do mercado (livre negociação). Ou seja, fica atrelado aos juros da instituição financeira ou lucro.
Capitalização de juros = permitido em três tipos de contratos de empréstimo
Crédito rural
Crédito industrial
Crédito de exportação
Uma instituição financeira para negociar livremente suas taxas de juros necessita de autorização do CMN com ratificação do BACEN a respeito da porcentagem da taxa de juros (que não é de caráter genérico) é uma autorização expressa. 
Art. 70. A substituição de bens dados em garantia, quando autorizada na escritura de emissão, dependerá da concordância do agente fiduciário.
Parágrafo único. O agente fiduciário não tem poderes para acordar na modificação das cláusulas e condições da emissão.Duas exigências que dão problemas para o banco: exigir que seja anexada aos autos do processo a autorização expressa do CMMN e do BACEN e demonstração contábil da taxa de juros. Em hipóteses de conflito entre o banco e o mutuário. Para legitimar a cobrança de juros cobrado pelo mutuário.
Certificado do debêntures (deverá conter).
A denominação, prazo de duração, sede, e objeto social.
Art. 170. Depois de realizados 3/4 (três quartos), no mínimo, do capital social, a companhia pode aumentá-lo mediante subscrição pública ou particular de ações.
§ 1º O preço de emissão deverá ser fixado, sem diluição injustificada da participação dos antigos acionistas, ainda que tenham direito de preferência para subscrevê-las, tendo em vista, alternativa ou conjuntamente: 
I - a perspectiva de rentabilidade da companhia; 
II - o valor do patrimônio líquido da ação; 
III - a cotação de suas ações em Bolsa de Valores ou no mercado de balcão organizado, admitido ágio ou deságio em função das condições do mercado. 
§ 2º A assembléia-geral, quando for de sua competência deliberar sobre o aumento, poderá delegar ao conselho de administração a fixação do preço de emissão de ações a serem distribuídas no mercado.
§ 3º A subscrição de ações para realização em bens será sempre procedida com observância do disposto no artigo 8º, e a ela se aplicará o disposto nos §§ 2º e 3º do artigo 98.
§ 4º As entradas e as prestações da realização das ações poderão ser recebidas pela companhia independentemente de depósito bancário.
§ 5º No aumento de capital observar-se-á, se mediante subscrição pública, o disposto no artigo 82, e se mediante subscrição particular, o que a respeito for deliberado pela assembléia-geral ou pelo conselho de administração, conforme dispuser o estatuto.
§ 6º Ao aumento de capital aplica-se, no que couber, o disposto sobre a constituição da companhia, exceto na parte final do § 2º do artigo 82.
Art. 256. A compra, por companhia aberta, do controle de qualquer sociedade mercantil, dependerá de deliberação da assembléia-geral da compradora, especialmente convocada para conhecer da operação, sempre que:
I - O preço de compra constituir, para a compradora, investimento relevante (artigo 247, parágrafo único); 
ou
II - o preço médio de cada ação ou quota ultrapassar uma vez e meia o maior dos 
3
 (três) valores a seguir indicados:
a) cotação média das ações em bolsa ou no mercado de balcão organizado, durante os noventa dias anteriores à data da 
contratação
b) valor de patrimônio líquido (artigo 248) da ação ou quota, avaliado o patrimônio a preços de mercado (artigo 183, § 1º);
c) valor do lucro líquido da ação ou quota, que não poderá ser superior a 15 (quinze) vezes o lucro líquido anual por ação (artigo 187 n. VII) nos 
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 (dois) últimos exercícios sociais, atualizado monetariamente.
§ 1º A proposta ou o contrato de compra, acompanhado de laudo de avaliação, observado o disposto no art. 8º, §§ 1º e 6º, será submetido à prévia autorização da assembléia-geral, ou à sua ratificação, sob pena de responsabilidade dos administradores, instruído com todos os elementos necessários à deliberação. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 
1997)
§ 2º Se o preço da aquisição ultrapassar uma vez e meia o maior dos três valores de que trata o inciso II do caput, o acionista dissidente da deliberação da assembléia que a aprovar terá o direito de retirar-se da companhia mediante reembolso do valor de suas ações, nos termos do art. 137, observado o disposto em seu inciso II. 
 A data de criação da sociedade e do arquivamento e publicação de seus atos constitutivos.
A data de publicação da assembleia geral que delibera sobre a emissão
A data e o ofício do registro em que foi inscrita a emissão
A denominação de debentures (devidas) e a indicação da espécies, pelas palavras “com garantia real”, “com garantia flutuante”, “sem preferência” ou “subordinada” (arts. 58, 54, 53, 70 da lei 6404/76).
Designação da emissão e série.
Número de ordem
Valor nominal, correção monetária, vencimento, autorização, resgate, juros, participação no lucro ou premio de reembolso. 
Condições de conversibilidade.
Nome do debenturistas
Nome do agente fiduciário (circular 2183/90 BACEN).
Data de emissão do certificado e assinatura de dois diretores
Autenticação do agente fiduciário
 Características das debêntures
Confere a seu titular direito de crédito contra a companhia emissora.
Considera-se título representativo (fração) do contrato de mútuo.
A lei da S/A não faz referencia a mútuo ou empréstimo. 
A lei 6385/76 classifica a debenture como valor mobiliário
Representa uma obrigação pecuniária
Para o senhor Cavalcante a debenture é um título abstrato, independe de causas.
A palavra valor mobiliário é o gênero dos títulos de emissão.
A debenture é valor mobiliário que incorpora obrigação pecuniária com características de cartularidade, literalidade, autonomia e abstração.
AÇÕES
O capital social da S/A é composto por dinheiro e bens (imóveis, móveis).
Pessoas físicas ou jurídicas podem contribuir para a formação desse capital social, são os acionistas,sócios.
Essa contribuição se materializa na ação.
Características:
Valor mobiliário representativo do capital social.
Encarna uma série de direitos (de participação nos lucros da sociedade, de participação no acervo líquido da sociedade em caso de liquidação e negócios do título em bolsa de valores), obrigações e deveres do acionista em relação à sociedade.
O acionista não tem o direito de pedir a restituição do valor que foi pago na contribuição -> não tem direito de reclamar a restituição da contribuição.
O estatuto social deverá ter todos os requisitos, todos os elementos constitutivos.
Valor nominal = cifra numérica, nome, expressão numérica que não necessariamente vai coincidir com o valor da emissão.
Valor de emissão = contribuição econômica, contribuição da formação do capital social, é o valor que contribui, é o responsável para delimitar qual será a responsabilidade do acionista, não pode entrar no patrimônio pessoal do sócio.
 Art. 173. A assembléia-geral poderá deliberar a redução do capital social se houver perda, até o montante dos prejuízos acumulados, ou se julgá-lo excessivo.
§ 1º A proposta de redução do capital social, quando de iniciativa dos administradores, não poderá ser submetida à deliberação da assembléia-geral sem o parecer do conselho fiscal, se em funcionamento.
§ 2º A partir da deliberação de redução ficarão suspensos os direitos correspondentes às ações cujos certificados tenham sido emitidos, até que sejam apresentados à companhia para substituição.
 
Art. 45. O reembolso é a operação pela qual, nos casos previstos em lei, a companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da assembléia-geral o valor de suas ações.
§ 6º Se, no prazo de cento e vinte dias, a contar da publicação da ata da assembléia, não forem substituídos os acionistas cujas ações tenham sido reembolsadas à conta do capital social, este 
considerar-se-á
 reduzido no montante correspondente, cumprindo aos órgãos da administração convocar a assembléia-geral, dentro de cinco dias, para tomar conhecimento daquela redução.Valor econômico = determinado por três critérios (art. 170, 256, LSA). Está associado à situação econômica da sociedade, ao desempenho operacional da sociedade.
Renda: participação na distribuição dos lucros da sociedade.
Patrimônio líquido: participação no acervo líquido.
Lucratividade: possibilidade de negócios dos títulos em bolsas de valores.
Ações podem sofrer alterações por: no grupamento ou no fracionamento os direitos dos acionistas permanecem incólumes, não podem ser reduzidos.
Grupamento de ações: ocorre quando as ações estão com valor mobiliário desvalorizados, o estatuto societário permite a junção das ações. 
Fracionamento de ações: acontece quando negociados no mercado, quando há acréscimo, sobrevaloração do valor mobiliário o estatuto societário permite o fracionamento de ações. Porque fica difícil comprar/vender ações. 
Cancelamento de ações: (LSA permite a aquisição de suas próprias ações). Prazo = 6 meses para guardar em tesouraria após adquirir e negociar, se passar o prazo de 6 meses e não negociar a companhia tem que cancelar. Art. 11, 12, 256, LSA.
 
Art. 11. O estatuto fixará o número das ações em que se divide o capital social e estabelecerá se as ações terão, ou não, valor nominal.
§ 1º Na companhia com ações sem valor nominal, o estatuto poderá criar uma ou mais classes de ações preferenciais com valor nominal.
§ 2º O valor nominal será o mesmo para todas as ações da companhia.
§ 3º O valor nominal das ações de companhia aberta não poderá ser inferior ao mínimo fixado pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 12. O número e o valor nominal das ações somente poderão ser alterados nos casos de modificação do valor do capital social ou da sua expressão monetária, de desdobramento ou grupamento de ações, ou de cancelamento de ações autorizado nesta Lei.
Redução do número de ações
Aquisição de suas próprias ações: art. 30, § 1º, LSA
Resgate: art. 44, § 1º, LSA
Reembolso: art. 45, § 6º, LSA - prova
Cancelamento: art. 173, LSA
Finalidade de reserva de capital em S/A
Pagar aos acionistas preferenciais
Absorver eventuais prejuízos que ultrapassam o lucro
Resgate, reembolso e compra de ações
Incorporação do capital social
Resgate de parte beneficiária
Preço ou valor de emissão da ação: é o valor que efetivamente o acionista pagou/contribuiu.
O estatuto autoriza que uma parcela desse valor de emissão forme a reserva de capital além do capital social. 
Obrigatoriamente, para se constituir uma S/A tem que emitir ações. No momento que a S/A for se reestruturar e os acionistas minoritários não concordam, podem exercer seu direito de retiro. Daí a sociedade paga o valor das ações para o acionista minoritário, ele sai, mas as ações ainda subexistem, e a S/A tem que negociá-las num prazo de 120 dias (a contar da publicação na ata), se não negociar reduz o capital social no montante que não foi adquirido.
COMO SE CLASSIFICAM AS AÇOES
Art. 44. O estatuto ou a assembléia-geral extraordinária pode autorizar a aplicação de lucros ou reservas no resgate ou na amortização de ações, determinando as condições e o modo de proceder-se à operação.
§ 1º O resgate consiste no pagamento do valor das ações para retirá-las definitivamente de circulação, com redução ou não do capital social, mantido o mesmo capital, será atribuído, quando for o caso, novo valor nominal às ações remanescentes.
 
Art. 8º Sempre que houver razões que justifiquem, a União deterá, direta ou indiretamente, ação de classe especial do capital social da empresa ou instituição financeira objeto da desestatização, que lhe confira poderes especiais em determinadas matérias, as quais deverão ser caracterizadas nos seus estatutos sociais.
 § 7º A proposta de aumento do capital deverá esclarecer qual o critério adotado, nos termos do § 1º deste artigo, justificando pormenorizadamente os aspectos econômicos que determinaram a sua escolha.De classe especial: 9491/97; 8031/90. Processo de privatização (privatiza todas as atividades econômicas). O Estado deve manter-se com uma participação mínima na economia, intervindo na atividade econômica. Modelo neoliberal, todas as empresas tinham que ser competitivas (o que exige qualificação profissional e eficiência). Quando houve a privatização no Chile, muitas empresas foram à falência. (1974 a 1978 todas as empresas no Chile estavam privatizadas). O processo de privatização no Chile foi tão drástico porque era na época do regime militar. O empresariado chileno buscou se qualificar, buscou profissionais qualificados para palestras, hoje tudo lá é privatizado, a inflação é de 4,8% ao ano, os juros são de 0,8% ao mês e a taxa de analfabetismo é de 1,8%. Todo o processo de privatização foi assustador, mas gerou uma mudança de pensamento. No Brasil foi diferente, o processo de privatização começou com a lei 8031 que foi revogada pela 9491, art. 8º – ação de classe especial, que é um valor mobiliário. O Estado brasileiro é titular, por disposição de lei, desse tipo mobiliário assim que privatizado. Dentro da administração da empresa privatizada tem o poder público, são direitos para intervir/resolver e deliberar a respeito de matérias relevantes para essa sociedade, claro, quando ocorre privatização (direitos que a lei permite ao poder público/união no processo de privatização de empresas). Dentro das empresas privatizadas a União tem poder absoluto. Esse tipo de ação é também conhecida como “ações de ouro”.
 
Art. 30. A companhia não poderá negociar com as próprias ações.
§ 1º Nessa proibição não se compreendem:
a) as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em lei;
b) a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital social, ou por doação;
c) a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e mantidas em tesouraria;
d) a compra quando, resolvida a redução do capital medianterestituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual à importância que deve ser restituída.Ordinárias: são representativos do capital social. Se caracteriza porque não tem nenhuma condição, privilégios, nem benefícios reconhecidos ao titular das ações ordinárias. Quando são emitidos por uma companhia de capital fechado ou capital aberto existem umas diferenças. Emitida por capital aberto as ações ordinárias são absolutamente idênticas. Sociedade aberta de capital fechado as ações ordinárias podem ser desiguais os critérios diferenciados são: reconhecer ao titular de uma ação ordinária que possa transformar em uma ação de caráter preferencial; estabelecer que o titular das ações ordinárias seja de nacionalidade brasileira; reconhecer o direito a voto de caráter seletivo para escolher diretores para cargos da companhia (pode-se reconhecer o direito a voto a uma parcela dos acionistas para escolher diretores, outra parcela para escolher administradores, e outra parcela pode nem ter o direito a voto, tudo definido no estatuto societário). 
Preferenciais: aqui o acionista é privilegiado. Tem privilégios, pode ter prêmios constituídos em seu favor ou pode ser pago ou se pagar em primeiro lugar na divisão de lucro. Direitos: se paga em primeiro lugar quando houver distribuição de lucros; em caso de participação do acervo líquido em caso de liquidação da sociedade, aí é que ele pode se pagar primeiro com privilégios; poderá ser instituído em favor dele determinados prêmios. Nas três hipóteses ele sempre vai ser pago primeiro. Tudo isso é definido no estatuto societário. Esse acionista, para votar, tem que estar disposto no estatuto as condições, porém se, durante três períodos consecutivos (anos) não houver distribuição de lucros para os acionistas preferenciais eles têm, automaticamente, seu direito a voto (se não tiver nada anteriormente previsto no estatuto, porque geralmente acionistas preferenciais não têm direito a voto no estatuto, mas não quer dizer que não possa ter). 
Art. 100. A companhia deve ter, além dos livros obrigatórios para qualquer comerciante, os seguintes, revestidos das mesmas formalidades legais:
I - o livro de Registro de Ações Nominativas, para inscrição, anotação ou averbação:
a) do nome do acionista e do número das suas ações;
b) das entradas ou prestações de capital realizado;
c) das conversões de ações, de uma em outra espécie ou classe; 
d) do resgate, reembolso e amortização das ações, ou de sua aquisição pela companhia;
e) das mutações operadas pela alienação ou transferência de ações;
f) do penhor, usufruto, fideicomisso, da alienação fiduciária em garantia ou de qualquer ônus que grave as ações ou obste sua negociação.
II - o livro de "Transferência de Ações Nominativas", para lançamento dos termos de transferência, que deverão ser assinados pelo cedente e pelo cessionário ou seus legítimos representantes;
 
Art. 44. O estatuto ou a assembléia-geral extraordinária pode autorizar a aplicação de lucros ou reservas no resgate ou na amortização de ações, determinando as condições e o modo de proceder-se à operação.
§ 5º As ações integralmente amortizadas poderão ser substituídas por ações de fruição, com as restrições fixadas pelo estatuto ou pela assembléia-geral que deliberar a amortização; em qualquer caso, ocorrendo liquidação da companhia, as ações amortizadas só concorrerão ao acervo líquido depois de assegurado às ações não a amortizadas valor igual ao da amortização, corrigido monetariamente.De fruição: ligado à amortização das S/A’s, previsto em estatuto social, se não tiver tem que fazer uma assembleia geral de acionistas. Amortizar: a S/A vai pagar de forma parcial ou de maneira total o valor do título (que pode ser ação ordinária ou preferencial). Isso implica que a companhia tem que pagar em dinheiro, mas na verdade a companhia vai emitir o que chamamos de ação de fruição. Mas agora esse acionista não será mais acionista preferencial, nem ordinário, e tem alguns direitos: participação no acervo líquido quando verificar-se a liquidação da companhia (depois, claro, do pagamento ao acionista preferencial); participação nos lucros da sociedade; fiscalização dos atos de administração da sociedade; possibilidade da conversibilidade em novas ações que poderão ser preferenciais. Pode ser emitida por S/A de capital aberto ou fechado. Art. 44, § 5º, LSA. Ação preferencial é muito similar à ação de fruição, a diferença é que a preferencial deixa espaço para ser acionista controlador, e a de fruição não.
Escriturais: é aquela que tem registro nos livros de registro da própria companhia. Não existe um documento representativo. O único papel que se tem é tipo um extrato que tira no banco. Se quiser transferir, pode, mas tem que informar a companhia para fazer alteração no livro de transferência da companhia. 
     Art. 168. O estatuto pode conter autorização para aumento do capital social independentemente de reforma estatutária.
§ 1º A autorização deverá especificar:
a) o limite de aumento, em valor do capital ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas;
b) o órgão competente para deliberar sobre as emissões, que poderá ser a assembléia-geral ou o conselho de administração;
c) as condições a que estiverem sujeitas as emissões;
d) os casos ou as condições em que os acionistas terão direito de preferência para subscrição, ou de inexistência desse direito (artigo 172).
§ 2º O limite de autorização, quando fixado em valor do capital social, será anualmente corrigido pela assembléia-geral ordinária, com base nos mesmos índices adotados na correção do capital social.
§ 3º O estatuto pode prever que a companhia, dentro do limite de capital autorizado, e de acordo com plano aprovado pela assembléia-geral, outorgue opção de compra de ações a seus administradores ou empregados, ou a pessoas naturais que prestem serviços à companhia ou a sociedade sob seu controle.
por
 parte da companhia, recurso à Comissão de Valores Mobiliários.
§ 2o  Nas companhias abertas, os livros referidos nos incisos I a V do caput deste artigo poderão ser 
substituídos, observadas
 as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, por registros mecanizados ou eletrônicos. 
Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares
, são
 ordinárias, preferenciais, ou de fruição.
§ 1º As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da companhia aberta e fechada poderão ser de uma ou mais classes.
§ 2o O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas 
a
 restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do total das ações emitidas.
III - o livro de "Registro de Partes Beneficiárias Nominativas" e o de "Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas", se tiverem sido emitidas, observando-se, em ambos, no que couber, o disposto nos números I e II deste artigo;
IV - o livro de Atas das Assembléias Gerais; 
 
V - o livro de Presença dos Acionistas; Nominativas: aparece indicado o valor e o titular é devidamente identificado. Há um registro das ações nominativas em livros próprios da companhia, para saber os titulares. Art. 100 LSA. Toda vez que houver alteração tem que informar/registrar no livro específico, para controla da companhia.
Diferença entre falência e liquidação: em processo de falência, como regra geral é para sociedade empresária. Mas pode decretar falência para uma sociedade irregular/de fato, essa é a regra geral, estão de fora da falência: companhia de seguro; sociedade de economia mista; empresa pública; todas as sociedades empresárias que integram sistema financeiro; cooperativas de créditos; sociedade de capitalização. Essas exceções são S/A’s que entram em LIQUIDAÇÃO e não em falência. Cada uma das S/A’s se regulam por uma norma especialíssima. Na hipótese em que a norma especial não regula um determinado tópico ou não tiver sido publicada, aplica-seSUBSIDIARIAMENTE, a lei da falência. 
Falência: 11.101/2005
Liquidação: DL 73/66; 6424; 7438
PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DE UMA S/A
VI - os livros de Atas das Reuniões do Conselho de Administração
, se houver
, e de A
tas das Reuniões de Diretoria;
VII - o livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal. 
§ 1º A qualquer pessoa, desde que se destinem a defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal ou dos acionistas ou do mercado de valores mobiliários, serão dadas certidões dos assentamentos constantes dos livros mencionados nos incisos I a III, e por elas a companhia poderá cobrar o custo do serviço, cabendo, do indeferimento do 
pedido
 
O contrato constitutivo tem natureza de contrato plurilateral (é ou pode ser estatuto societário).
No mínimo duas pessoas para constituir uma S/A, que ficam obrigadas a subscrever 50% cada um do capital social e integralizar também no tempo certo e da forma convencional. Mas a S/A subsidiária integral pode ser estruturada por UM ÚNICO sócio, só que esse sócio não pode ser pessoa física, e sim pessoa jurídica brasileira.
Constituição instantânea: todos os subscritores (sujeitos da sociedade) vão subscrever o capital social na porcentagem que seja do interesse de cada um e vai-se convocar a primeira Assembleia Geral de acionistas subscritores, essa assembleia vai deliberar sobre tudo para constituição da S/A. pode ser constituída por escritura pública ou particular. Art. 215, CC. a assembleia geral, a primeira, é uma assembleia de constituição, que vai se materializar em uma ata.
Art. 18. O estatuto pode assegurar a uma ou mais classes de ações preferenciais o direito de eleger, em votação em separado, um ou mais membros dos órgãos de administração.
Parágrafo único. O estatuto pode subordinar as alterações estatutárias que especificar 
à
 aprovação, em assembléia especial, dos titulares de uma ou mais classes de ações preferenciais.Constituição sucessiva: Se caracteriza pelo seguinte: normalmente deriva da ideia de um único sujeito (chamado de fundador/fundadores) que vai pensar e definir o que precisa para constituir uma S/A. art. 80 e 84, IV, VI e XI, LSA. É necessário que do valor da emissão seja depositado o equivalente a 10% do valor total das ações a serem emitidas. esses 10% ficam em nome de cada acionista no prazo de 6 meses, se dentro desse prazo não se constituir a sociedaade, o dinheiro volta para o indivíduo. Subscrição = contrato. Pode reconhecer ao fundador parte baneficiária, ações preferenciais, representante e pode ter o caráter de investimento de prêmios.
REQUERIMENTO CVM: para a primeira emissão de valores mobiliários é necessário requerer subscrição pública, é necessário à intermediação da empresa especializada. 
Requisitos do requerimento:
1- Todos os fundamentos de natureza econômica/financeira que permitem sustentar o projeto de constituição da S/A. (Explica sobre viabilidade econômica do seu projeto empresarial (são 45 requisitos).
2 - Acompanhar o projeto do estatuto societário.
3 - Acompanhar prospecto que deverá ser organizado e assinado pelos fundadores 
A CVM vai analisar o requerimento, se manifestar a respeito de cada tópico do projeto. poderá formular objeções, críticas, exigir que o projeto seja reformado, reformulado ou pode até mesmo indeferir o projeto. O prospecto é importante para a autorização da CVM para a primeira emissão de valores mobiliários. O prospecto contém aspectos relevantes do requerimento, elementos fundamentais da S/A, tipo de valores mobiliários, tipos de direitos dos sócios, tipo de direito ao voto, etc. todas informações necessárias para o investidor.
4- DETALHE: tem que colocar E explicar, no documento, 5 grandes obstáculos que você tem na implantação do projeto (poderá ser problema de caráter econômico, financeiro, de mercado, tecnológico. Se não colocar esses problemas a CVM não avalia o projeto. Os obstáculos são colocados pelo seu competidor. Tem que manifestar soluções para os problemas. A CVM tem competência para mandar reformar, exigir que o requerimento atenda determinados requisitos, etc.
Art. 11. O estatuto fixará o número das ações em que se divide o capital social e estabelecerá se as ações terão, ou não, valor nominal.
§ 1º Na companhia com ações sem valor nominal, o estatuto poderá criar uma ou mais classes de ações preferenciais com valor nominal.
§ 2º O valor nominal será o mesmo para todas as ações da companhia.
§ 3º O valor nominal das ações de companhia aberta não poderá ser inferior ao mínimo fixado pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;REQUISITOS DO ESTATUTO SOCIAL
1- Denominação. Art. 997, II, CC e 3º LSA.
2- Sede social. Art. 997, II, CC.
3- Prazo de duração. Art. 997, II, CC.
4- Objeto social. Art. 997, II.
Art. 19. O estatuto da companhia com ações preferenciais declarará as vantagens ou preferências atribuídas a cada classe dessas ações e as restrições a que ficarão sujeitas, e poderá prever o resgate ou a amortização, a conversão de ações de uma classe em ações de outra e em ações ordinárias, e destas em preferenciais, fixando as respectivas condições.5- Capital social, cujo valor será expresso em moeda nacional.
Art. 3º A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões "companhia" ou "sociedade anônima", expressas por extenso ou abreviadamente
 mas
 vedada a utilização da primeira ao final.
§ 1º O nome do fundador, acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha concorrido para o êxito da empresa, poderá figurar na denominação.
§ 2º Se a denominação for idêntica ou semelhante 
a
 de companhia já existente, assistirá à prejudicada o direito de requerer a modificação, por via administrativa (artigo 97) ou em juízo, e demandar as perdas e danos resultantes.6- Número de ações em que se divide o capital. Art. 11 LSA.
7- Espécie e classes de ações. Art. 15, LSA.
8- Autorização para aumento de capital. Art. 168, LSA.
9- Valor nominal se houver para odas as ações. Art. 11 e § 2º LSA.
Art. 36. O estatuto da companhia fechada pode impor limitações à circulação das ações nominativas, contanto que regule minuciosamente tais limitações e não impeça a negociação, nem sujeite o acionista ao arbítrio dos órgãos de administração da companhia ou da maioria dos acionistas.
Parágrafo único. A limitação à circulação criada por alteração estatutária somente se aplicará às ações cujos titulares com ela expressamente concordarem, mediante pedido de averbação no livro de "Registro de Ações Nominativas".10- Se as ações são sem valor nominal.
11- Preferências e vantagesn das ações preferenciais. Art. 17 e 19, LSA.
12- Vantagens políticas de ações preferenciais. Art. 18, LSA.
13- Previsão sobre ações escriturais. Art. 34, LSA.
14- Limitação à circulação das ações (só companhia fechada). Art. 36, LSA.
15- Resgate e amortização. Art. 44, LSA.
16- Partes beneficiárias (só companhia fechada). Art. 46 a 51, LSA.
17- Bônus de subscrição. Art. 77 a 79, LSA.
18- Condições de realização as ações. Art. 106, LSA.
19- Solução por arbitragem. Art 109, § 3º, LSA.
20- Limitação do número de voto de cada acionista. Art. 110, § 1º, LSA.
21- Exclusão ou restrição a direitos das ações preferenciais.
22- Composição da meta da assembleia geral. Art. 128, LSA.
23- Quorum mais elevado para determinadas matérias. Art. 129, § 1º, LSA.
24- Critérios de solução em caso de embate nas deliberações da assembleia geral. Art. 129, § 2º, LSA.
25- Previsão para a criação de ações preferenciais. Art. 136, I, LSA.
26- Composição do conselho de administração.
27- Composição da diretoria. Art. 143, LSA.
28- Poderes dos diretores. Art. 144, LSA.
29- Garantia da gestão dos administradores. Art. 148, LSA.
30- Modo de substituição dos diretores.
31- Participação dos administradores nos lucros. Art. 152, § 1º, LSA.
32- Funcionamentodo conselho fiscal. Art. 161, LSA.
33- Competência da assembleia geral. Art. 166, II, LSA.
34- Fixação do prazo para o exercício do direito de preferência.
35- Previsão de reservas. Art. 194, LSA.
36- Fixação de dividendos. Art. 202, LSA.
37- Levantamento de balanços. Art. 204, LSA.
38- Autorização para distribuir dividendos. Art. 204, § 2º, LSA.
39- Dissolução. Art. 206, LSA.
40- Modo de liquidação. Art. 208, LSA.
41- Transformação da companhia. Art. 221, LSA.
Se o processo de constituição for por escritura pública tem que seguir todos os requisitos do art. 215, CC (gerais) e todos os requisitos específicos.
O requerimento da CVM é também chamado de subscrição pública, que é um contrato bilateral, específico de S/A de capital aberto, é um contrato por adesão (ou seja, não pode formular cláusula do contrato, só pode escolher entre aderir ou não, não há a capacidade ou possibilidade por parte do futuro acionista de exteriorizar sua vontade modificando a estrutura do contrato). Se subscrever a lista/carta terá a condição de subscritor. Quando manifesta-se vontade acerca da subscrição pública quer dizer que quer adquirir valores mobiliários, que ligam o acionista à sociedade.
DIREITO DOS ACIONISTAS – uma vez subscrito e integralizado o capital, o sujeito vira acionista. O acionista tem ligação DIRETA com determinado (não qualquer) valor mobiliário (sua respectiva ação). A ação é quem vai indicar os direitos que o acionista tem, e que não pode abrir mão, são direitos essenciais e fundamentais.
Direito de participação nos lucros da sociedade, que automaticamente abre espaço para mais dois tipos de direitos:
Direito do acionista na distribuição ou participação de dividendos.
Direito que lhe assiste à companhia, destinar uma parcela dos lucros a determinadas finalidades da empresa/companhia/sociedade empresária.
Até a lei 6404/76 a companhia não distribuía os lucros aos acionistas dando a desculpa de que estava em crise financeira, em processo de liquidez... a partir de 76 TODAS as companhias, quando houver o lucro, têm que distribuir e nunca essa distribuição poderá ser menor que 25% do lucro líquido (que o dinheiro que sobre após pagas todas as despesas. Se distribuir antes de pagar, por exemplo, os impostos, pode haver uma evasão fiscal). Tem como característica caráter eventual, pois está atrelado a um evento futuro e incerto e um caráter estritamente patrimonial.
Direito de participação no acervo líquido (que é o total, o estabelecimento empresarial) da companhia em caso de liquidação ou dissolução da sociedade. Tem como características o caráter patrimonial e o eventual também (porque está atrelado ao processo de liquidação ou dissolução da sociedade). É um direito essencial. Alguns autores afirmam que está atrelado a um futuro evento e incerto. Alguns autores acrescentam também o exercício do direito de recesso, que o acionista quer se afastar do quadro societário.
Direito de fiscalização da gestão empresarial. A diferença da LTDA (art. 159, § 4º) é que o acionista não tem direito de vasculhar todas as informações contáveis/financeiras/econômicas (art. 1021, CC). O acionista (art. 133, e 161 § 4º LSA) não tem direito de vascular qualquer informação, até porque tem o conselho fiscal que faz isso. Só pode fiscalizar no tempo certo e com a formalidade que foi anteriormente especificada. O acionista somente pode fiscalizar relatórios de administração; cópias de demonstrativos financeiros; parecer de auditores; pareceres do conselho fiscal e demais documentos.
Direito de preferência: previsto em diversos âmbitos do direito. No contrato de locação residencial ou comercial é regido pela lei 8245/91, artigos 27 a 32 e 52. Consiste em: celebrado o contrato e estando o mesmo em vigência com cada qual assumindo sua responsabilidade, ambos (locatário e locador) são titulares de um direito obrigacional e um direito real. Ambos têm posse durante a vigência do contrato. A posse do locatário é uma posse direta, pois tem uma relação direta entre o locatário e o bem. E a posse lhe dá o direito de usar e de fruir, tirar proveito econômico, se o locatário tiver permissão de sub-locar. Art. 3º da lei. A posse do locador é indireta. Posse múltipla = um só bem e dois sujeitos. Se o locador quiser vender ou alienar o bem na vigência do contrato de locação o direito de preferência é do locatário, ou seja, é um caráter de prioridade. Precisa de três requisitos para o direito de preferência no contrato de locação: 1- necessidade de constar, por escrito, um contrato. 2- o contrato deve ser averbado no cartório de registro de imóvel e 3- deve estar prevista a cláusula do direito de preferência. É mais comum em locação comercial.
O direito de preferência também existe no direito real de superfície. IESB é superficiário e a Igreja é o proprietário. A igreja alugou o terreno, mas a igreja ainda é proprietária, o IESB foi autorizado a construir e plantar. Na hipótese da igreja resolver vender o terreno, a preferência é do IESB. Mas o IESB não pode vender para ninguém a construção nem a plantação devido a uma cláusula proibitiva no contrato.
Direito de preferência na S/A está associado a duas circunstancias: 1- quando a sociedade dá lugar ao processo da emissão de novos valores mobiliários e 2- quando a sociedade determinar aumento do capital social. O direito de preferência estabelece critérios de prioridade, essa é a essência do direito.
Direito a voto: a lei não considera essencial, mas é muito importante. O exercício desse direito está definido no estatuto societário, ou seja, ele pode ser gerenciado (pode reconhecer esse direito a determinados acionistas de forma total, ou de maneira parcial, pode reconhecer esse direito de caráter restritivo, dar a uns e negar a outros). Há um direito a voto incondicionado (é inerente ao acionista preferencial, independente se ele tem o direito a voto reconhecido ou não no estatuto), há algumas coisas que o manifesta: 1- quando houver aumento do número de ações preferenciais; 2- em todas as hipóteses em que houver modificação/aumento/diminuição/alteração/restrição de direitos ou vantagens dos acionistas preferenciais, 3- na assembléia geral especial para decidir a respeito do aumento de ações preferências, 4- na eleição de membros do conselho de administração de companhia aberta. Art. 141, § 4º, II e § 5º e 6º, LSA, 5- na eleição de membros do conselho fiscal quando não permanente. Art. 161, LSA, 6- sempre que a companhia deixar de pagar dividendos. Art. 111, LSA. O direito a voto tem alguns problemas também: 1- limite de direito a voto por acionista. 2- voto plural – é proibido no Brasil, seria tipo: uma ação igual a dois votos, por exemplo. A regra geral é uma ação = a um voto. Art. 110, LSA. 3- impedimento de voto. Ex: acionista não pode aprovar seu próprio laudo de contribuição com bens na S/A. 4- acordo de voto, direito a voto de quem não é titular de ações, ou seja, não é acionista, não é membro. 5- ceder o direito voto, uma coisa é ceder o exercício e outra é ceder o direito. Pode ceder o exercício a advogados, administradores ou instituições financeiras por mandato – com instrumento de procuração. Art. 354, §§ 1º e 2º, CC. O mandante vota conforme o seu próprio entendimento. 6- voto abusivo, é contrário ao afectio societatis, é um voto contrário aos acionistas, à sociedade. Atende a interesses particulares, próprios. 
Direito de retiro
Acordo de acionista
Acionista controlador 
Com 0.5% do capital social o acionista pode requerer a relação de endereço daqueles a quem a companhia remeteu procuração para representá-la em assembléia. Art. 126, §§ 1º ao 3º.
Acionista titular de 5% do capital social pode requerer a exibição judicial dos livros sociais. Art. 124, LSA
Também tem legitimidade para propor ação de responsabilidade dos administradores. Art. 159, § 4º, LSA
Acionistas titulares de 10% do capital social podem requerer a instalação do conselho fiscal. Art. 161, § 2º e impor a adoção de voto múltiplo para a eleição dos membros do conselho fiscal.Art. 141, LSA
Acionista titular de 15% pode escolher um membro do conselho de administração quando se trata de companhia aberta. Art. 141, § 4º, I, LSA.

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