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FILOSOFIA

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FILOSOFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Filosofia é/tem um significado impróprio hoje em dia, por exemplo: “filosofia de vida da 
Angelina Jolie”. Filosofia aplicada à prática/técnica de algo não é próprio também. “Filosofei” é 
o mais usado e é o mais impróprio. 
- para chegarmos à via afirmativa, passamos pela via negativa, porque definir é “limitar” e 
quando se limita, se exclui. Na conceituação de uma via afirmativa, encontra-se, em 
contraposição, negações na via negativa. 
- a filosofia é uma TEORIA. Uma das mais antigas, primeiras das grandes teorias. 
- MITO: toda linguagem e conhecimento não teórico. Teoria NÃO é mito. Mito nasce pela fé, é 
a forma de discurso mais antiga que existe. O mito tem o núcleo na fé (que dá ao mito a não 
revelação completa), que o torna inquestionável. Porém, a explicação que o mito dá é sempre 
verdadeira, verdade ABSOLUTA. O mito nasce de um questionamento, para explicar algo 
(social, político, natural, físico...) ocorrente na sociedade no momento. Mito, aprende-se e 
aceita-se, sem questionamentos. Não existe somente mito religioso, existe político também, 
por exemplo. Os mitos são a produção de uma sociedade, são relevantes e tão importantes 
quanto as teorias. No mito, como não pode discordar, nunca há mudanças. O mito é 
compromissado com a aceitação! 
- o ser humano distingue-se dos outros animais por ser questionador, nunca está satisfeito, 
altera a natureza, é anti-natural. 
- TEORIA: quando o núcleo da teoria (a razão) é trocado pela fé, a teoria vira mito. A teoria 
também é uma resposta a uma pergunta, assim como o mito, mas o homem não aceita, 
questiona a racionalidade. Na teoria há discordância que desencadeia mudança. A teoria DEVE 
ser atacada e é atacada pela condição essencial da CRÍTICA. A teoria é compromissada com a 
justificativa! 
 
 Natureza – razão – princípio do compromisso com a justificativa 
 
TEORIA 
 Ex novo 
Objeto 
 Tantálico 
 
- todo objeto de uma teoria é um quebra cabeça. Tem sempre indícios/dados que os teóricos 
pegam e constroem uma teoria para explica-los. 
- o senso comum é estrutura de conhecimento gerado pelo mito. A COR. 
- os objetos de uma teoria são construções. Ex: dinossauros do jurassic park. 
- a teoria se aproxima da realidade 
- quando se dá explicação/construção teórica para um fato (dado) ele vira uma teoria 
- quarto com bolas variadas. As bolas são os dados, como se arranja as bolas é a teoria. 
- princípio da economia = entre duas ou mais teorias, a que explica com mais simplicidade é a 
melhor. 
 Via negationis 
definição Mito Fé 
 
 
 Via affirmationis Teoria razão 
X X 
- o convencionalista diz que não existe dado, porque tudo é convenção de algo já, nada é nado 
inicialmente. Já Aristóteles diz que não, há sim o dado, só que quanto se tem acesso à ele, 
sempre se faz uma nova teoria. 
- nunca se sabe exatamente o que é o dado ao final, sempre haverá algo a imaginar. 
- sempre vão existir teorias que vão se “transpor”. 
- o objeto de uma teoria não filosófica é sempre pressuposto. A ciência tem que estudar um 
objeto já dado. 
- a filosofia pode estudar um objeto que é pressuposto, como também pode criar o seu próprio 
objeto, o que normalmente acontece (EX NOVO). 
- cada teoria não filosófica estuda seu objeto de perspectiva diferente, e, portanto, o define 
diferentemente. 
- o filósofo não está preso a nenhuma perspectiva, ORA, AÍ É QUE ESTÁ! Ele pode 
determinar/estudar seu objeto na totalidade (TANTÁLICO – tanto quanto baste). O filósofo 
sempre vai buscar o todo. 
- a filosofia busca o que é estritamente humano, enquanto as outras teorias não. 
- as críticas são como a pedra em cima do morro, se chegar ao todo, a teoria vira mito, ou seja, 
uma verdade absoluta. 
- Bochenski – filosofia sem definição específica de objeto, 3º corrente, também chamada de 
realismo. 
- segundo Aristóteles a filosofia é a forma mais completa de conhecimento, ao invés de 
realismo, chamam a filosofia de ciência, mas não é ciência empírica ou social, e sim um termo 
episteme (conhecimento certo e ortodoxo). 
- “todo conhecimento que não é correto é como um homem de várias cabeças, não tem 
direção” – Parmenides. Por isso o senso comum não é a verdade. 
- a episteme se opõe à dóksa (conhecimento que não tem rigor, construção de um método, 
são explicações sem compromisso com a justificativa, opinião comum sem clareza, afirmação 
pela própria afirmação). “No mundo das sombras não temos certeza de nada, mas não 
significa que nada é verdadeiro.” 
 
 DÓKSA 
 
EPISTEME vs 
 
 EMPEIRIA 
 
 
 
 
- falácia de autoridade – aceitar algo por causa de quem fala e não pela 
fundamentação/justificativa. Aparece até hoje e tem o perigo de tornar a teoria um mito. 
- não tem como comparar episteme (pode estudar qualquer objeto, é a verdade absoluta) com 
dóksa (conhecimento falso). 
- segundo Platão, todo conhecimento dóksa que você acumular NUNCA vai ser ciência, é um 
conhecimento diferente. 
- Empeiria, para Aristóteles é exatamente aquele conhecimento que não tem rigor, que se 
chega à verdade total, mas se tem uma parcialidade, todo e qualquer homem pode ter o 
conhecimento empírico. 
- o mecânico sabe como e não sabe o porque, não sabe as leis. 
- episteme é a ciência das causas, pergunta o PORQUE. Já a dóksa e a empeiria perguntam 
COMO, é a ciência dos efeitos. 
CAUSAS/PORQUE? 
latu 
EFEITOS/COMO? 
strictu 
strictu 
- médico -> tratamento da causa -> conhecimento universal -> episteme (conhecimento 
absoluto que leva à verdade) -> trata de modelos de teoria. VS curandeiro -> tratamento do 
efeito -> conhecimento relativo -> empeiria. 
- anos e anos de tentativa e erro dá o caminho para o verdadeiro conhecimento (empeiria) 
- a filosofia não só pode tratar de qualquer objeto, como o universo, como também pode 
estudar todas as teorias. 
- não há limite para o objeto e nem para até onde vai o objeto. 
- não se prende ao objeto e não tem limites para o estudo do objeto. 
- todo objeto de uma teoria, que não é propriamente uma teoria, é um objeto de primeira 
ordem, e a teoria é chamada de teoria de primeira ordem ou teoria-objeto. 
- a filosofia é a única meta-teoria (teoria além das teorias) é de primeira ordem, como também 
é de segunda ordem. E a filosofia é a única que pode estudar a si mesma! 
- positivismo (p/ Bochenski) – não discorda de como é o objeto e sim dos objetos que a 
filosofia pode tratar. 
- o filósofo tem a abrangência de todo o conhecimento (conhecimento total) 
- segundo um positivista, o erro é a filosofia estudar todas as teorias, porque tratava errado, 
pois não é aberta a testes empíricos. 
- a água que bebemos não é o ELEMENTO ÁGUA, mas tem a maior parte do elemento em sua 
formação. Tudo na natureza é formado pelos quatro elementos SEMPRE (terra, água, ar e 
fogo). 
- saúde é quando os quatro elementos estão em equilíbrio, doença é quando está em 
desequilíbrio. O ser humano é formado pelos quatro elementos. 
- Hipócrates estudava os sintomas, nas as causas, tem o controle de experimentações, mas 
todas explicações eram metafísicas. Aceitava a existência dos quatro elementos, mas não tinha 
como provar empiricamente. Era mais próximo do curandeiro do que do médico, só não era 
curandeiro porque sua experimental tinha base teórica e não somente fundada em acerto ou 
erro. Controlava a doença com o elemento oposto ao que estava em desequilíbrio. 
- haverá, para os positivistas, competentemente uma ciência para estudar determinado 
objeto, porque haverá a possibilidade de fazer afirmações empíricas. 
- I. Newton: “Eu não faço hipóteses.” Hipóteses – diferente do termo moderno atual, na 
verdade ele queria dizer que não faz nenhuma afirmação que não possa ser testada 
empiricamente. 
- a filosofia é comparada a um caldeirão de sopa, e os ingredientes são objetos que são 
retirados gradativamentepor outras ciências. Mas nunca ficará sem algum ingrediente. 
- para um positivista um filósofo não pode estudar a natureza, nem a sociedade, porque não 
pode provar nada empiricamente, portanto vai tratar dos objetos erroneamente, nem deve se 
meter com o direito também. Então sobra para o filósofo o que a ciência não pode tratar 
primeiramente, por exemplo, Deus. 
 
METODOLOGIA (lógica das ciências – teorias) 
FCN FCS FD FM 
 
 
 
 
 
 
F B S L TJ FM 
M V S L DP FD 
FCN – filosofia das ciências naturais 
F – física 
M – movimento 
B – biologia 
V – vida 
FCS – filosofia das ciências sociais 
S – sociologia 
S – sociedade 
 
- filosofia é metodologia e não ciência. É dela mesma e de outras ciências. 
 
EPISTEME (REALISMO) 
 
 
 
 
 
 
 
METOLOGIA (POSITIVISMO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POESIS (EXISTENCIALISMO) 
 
 
 
 
 
liberdade... A. Shopenhauer e F.Nietzsche. O homem é o único que existe, o homem que deixa 
de existir se torna nada (e outra coisa se torna um não existir). A natureza humana é poética. A 
filosofia também pode estudar a si mesma como expressão de poesis. Método é uma estrutura 
da lógica, que é composto de regras e princípios lógicos, que determinam a 
argumentação/raciocínio, mas também pode compor-se de uns instrumentos experimentais 
que também são lógicos (empíricos). Não existe teoria que não tenha uma estrutura lógica. 
Com relação ao método qualquer teoria deve ter uma característica em comum: Consistência 
interna: estrutura lógica de uma teoria, regras lógicas, livre de contradições. Consistência 
L – linguística 
L – linguagem 
FD – filosofia do direito 
TJ – teoria jurídica 
DP – direito positivo 
FM – filosofia matemática 
M – matemática 
M - matemática 
 
Filo 
 ciên 
 
Filo 
 ciên 
 
A filosofia pode estudar a ciência, 
o que a ciência estuda (a esfera 
da ciência), o que está além da 
esfera da ciência, pode estudar a 
si mesmo (meta-teoria) e vê o 
homem como racional. 
 
A filosofia só pode estudar a si 
mesma e as ciências. Não o que as 
ciências tratam. Vê o homem 
como racional e a razão sendo a 
potência de tudo. 
 
Filo 
 ciên 
 
O pintor poetiza a tinta; o escultor, a pedra. A filosofia não é um 
modelo teórico no sentido lógico do termo (mas não quer dizer que 
não utilize a lógica) a filosofia nada tem a ver com a esfera da ciência. 
Pode e deve falar de tudo aquilo que a ciência não pode tratar (tudo 
que a lógica e a razão não pode tratar). Vê o homem como irracional e 
a razão é um instrumento, mas não é o motor. Está no núcleo, mas não 
é o núcleo. O motor da filosofia é a subjetividade do amor, da 
externa: ter conhecimento externo está ligado à capacidade de provar a partir de elementos 
obtidos no trabalho. 
- não há como construir um método ilogicamente, existe um conjunto de regras lógicas a se 
seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- método (consistência interna) -> fenomelonógico: forma de se aproximar do objeto. Método 
descritivo. Limitado, não pode falar além do que o objeto dá. É elemento importante para o 
conhecimento do objeto, ponto de partida. -> dedutivo: se estabelece para dar razões ou 
justificar suas afirmações. 
- mito não tem garantia de consistência, porque na verdade adere-se o mito através da crença. 
Vem como explicação, mas não está ligado a nenhuma consistência lógica. 
- as duas perguntas da consistência interna são: 1- respondeu a teoria? E 2 – houve 
contradições na resposta? 
- consistência externa – relação do modelo com a teoria. Só pertence às ciências (ciências 
empíricas, sendo redundante) 
- consistência interna – exemplo do professor de matemática corrigindo uma prova. 
- consistência interna: estabelece-se através de regras de raciocínio ou argumentação. 
Primeira grande regra: dedutiva. Premissas que se estabelecem para justificar a hipótese. 
- para justificar usa-se hipóteses secundarias para fundamentar a hipótese principal. 
- ex: 
( V )TODO HOMEM É MORTAL. 
( V )ORA, SÓCRATES É HOMEM. Premissas secundárias 
 
( V )LOGO SÓCRATES É MORTAL.  Premissa primária. Conclusão. 
 
- diagrama de Venn para testar argumentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sócrates 
Homem 
Mortal 
Método Consistência 
Interna 
Externa 
Regra Nexo 
lógico 
Necessário 
Provável 
Dedutiva 
Indutiva 
Abdutiva 
Analógica 
Método descritivo 
Instrumentação 
experimental 
- sentenças, enunciados e afirmações são falsas ou verdadeiras. Argumentos são 
válidos/inválidos ou certos/incertos. 
- argumentos não são somente um conjunto de sentenças, tem que haver NEXO (condição de 
FORMA, não de CONTEÚDO) entre as mesmas. 
 
- (F) TODA ÁRVORE TEM NARIZ. 
(V) IPÊS SÃO ÁRVORES. 
(F) LOGO, IPÊS TÊM NARIZ. 
Neste caso o argumento é válido, porque há nexo 
entre as afirmações, mesmo sendo falsas. 
- diagrama de Venn 
 
 
 
 
 
- o argumento perfeito é quando a hipótese verdadeira tem premissas verdadeiras. 
 
- (V) TODO PAULISTANO É BRASILEIRO. 
(V) ORA, ALGUM BRASILEIRO FALA INGLÊS. 
(V) LOGO, ALGUM PAULISTANO FALA INGLÊS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- não necessariamente algum brasileiro que fala inglês é paulistano. Não tem como 
estabelecer nexo entre as afirmações. Por isso é incorreto, não há o nexo. Porque pode haver 
duas possibilidades, porém, para haver nexo só pode haver uma resposta. 
- não interessa para a lógica o conteúdo/assunto que você está tratando, somente interessa a 
forma. 
- se não há garantia de nexo, é DEDUTIVO incorreto (0%) e quando há garantia de nexo é 
DEDUTIVO correto (100%). Não há meio termo. No PROVÁVEL há meio termo. O provável pode 
chegar mais perto do correto ou mais perto do incorreto, mas nunca os serão. Por exemplo: é 
provável o paulistano falar inglês, mas não é NECESSÁRIO. 
 
 
 
Ipês 
Árvores 
Seres que têm nariz 
Inglês 
Paulistano 
Brasileiro 
Inglês 
DI 
0 1 
DC 
P 
- o argumento do tipo provável flutua entre os polos do tipo necessário. 
- para Bochenski só há uma regra de probabilidade: indução. Mas há filósofos que acreditam 
em 3: indução, abdução e analógica. 
- teoria de . S. Pierce 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- teoria de Pierce tem três elementos (regra, caso e resultado). 
- regra – sentença que serve como base ou critério de análise 
- caso – descrição do evento que surgiu do método fenomenológico. 
- resultado – adequação da regra ao caso. 
 
- ex. DEDUTIVO: regra – perfuração com instrumento perfuro contundente causa grande 
sangramento e morte. Caso – homem deitado de bruços, com extensa mancha e sangue, com 
uma faca ensanguentada ao lado. Resultado – presume-se que o homem morreu da facada. 
 
- mudando os elementos de ordem obtém-se os outros métodos. 
 
- ex. INDUTIVO: olha o caso, obtém o resultado e cria uma regra que explique o caso, as regras 
são universais e explicam mais de um caso do mesmo tipo. Parte do caso para chegar à regra. É 
PROVÁVEL. Os cientistas trabalham deste modo, testando. 
 
- ex. ABDUTIVO: parte da regra para chegar ao caso. Resultado PROVÁVEL. Nunca um cientista 
trabalha desta forma, o policial que trabalha assim, o detetive, o criminalista. Ganha-se ou 
perde-se tudo. Não há meio termo. 
 
- ex. ANALÓGICO: tem a característica das duas regras anteriores, trabalha por comparação de 
semelhanças e diferenças de casos referentes a uma regra. 
Gminosperma – A, B, C (uma regra) 
X – A, B, C 
Y – A, B, D (dois casos) 
Resultado – Y é uma variação da gminosperma padrão. Pode ser uma gminosperma porque há 
duas semelhanças contrapostas a somente uma diferença. Mas não é NECESSÁRIO, é 
PROVAVELMENTE. Tem a estrutura da regra necessária, mas há o fator probabilidade. 
 
Nexo lógico 
Necessário 
 
Provável 
 
DedutivaIndutiva 
 
Abdutiva 
 
Analógica 
 
Regra 
 Caso 
 
Resultado 
 
Caso 
 Resultado 
 Regra 
 
Regra 
 Resultado 
 Caso 
 
Regra 
 Caso a ... caso n 
 Resultado 
 
- Bochenski chama de método dedutivo o que o professor chama de estrutura analítica, para 
não confundir com a regra dedutiva. 
- o método científico tem descrição, análise e teste, ou seja, estrutura descritiva mais analítica 
mais experimental. 
 
 
PROCESSO METODOLÓGICO (ciência). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo metodológico na matemática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Estados de coisa/fenômenos = todos os dados não ainda analisados, porque não pertencem a 
uma teoria, depois de analisados viram fatos. 
- EX: dados no caso Nardoni = marcas na camisa, sangue, tela cortada, corpo... quando o perito 
vê o sangue na camisa sua biblioteca mental começa a funcionar ligando as coisas, mas não 
quer dizer, necessariamente, que o sangue é da menina. 
D E O P 
ED 
BM 
HP 
NO 
RD 
HC 
HS 
HT 
HA 
HC1 
HC2 
 
Refutação E1 
E2 Verificação 
RD 
RI 
E3 Verificação 
RI 
E4 Verificação 
RI 
E5 Indefinição 
RI 
LEGENDA 
 
BM = biblioteca mental 
D = conjunto de dados 
E = estado de coisas 
O = observação de fenômenos 
ED = estrutura descritiva 
P = problema 
NO = navalha de Ocan 
HP = hipótese principal/central 
HC = hipótese da camisa 
HS = hipótese do sangue 
 
 
HT = hipótese do tênis 
HÁ = hipótese do automóvel 
HC1 = hipótese antagônica da camisa 
HC2 = hipótese antagônica da camisa 
E1, E2, E3, E4 e E5 = experimentos 
RD = regra dedutiva 
RI = regra indutiva 
HC/HS/HT e HA são hipóteses secundárias 
decorrentes da hipótese central. 
Hn’s = inúmeras hipóteses secundárias 
 
P BM HP Hn’s 
- a descrição dos dados observados não é teoria, mas gera um problema. O dado observado 
não é o objeto da teoria, o problema que é, que dará forma aos dados desconectados e a 
teoria é o arranjo desses dados. 
- o problema é COMO arranjar os dados do problema, no caso: como a morte da menina 
ocorreu. 
- dado a existência de um problema, estabelece-se hipóteses que são formas de solucionar o 
problema. Só pode haver uma hipótese correta, mas pode haver mais alternativas. 
- na hipótese central, no caso, o agente da morte de Isabela é Alexandre. 
- hipóteses são sempre afirmações categóricas. 
- podem existir várias hipóteses centrais porém só pode ter uma hipótese central para CADA 
teoria, porque só pode ter uma hipótese central por problema. 
- navalha de Ocan – busca-se a hipótese mais simples, não quer dizer que é complexa. Quando 
a mais simples for refutada tem que haver outras hipóteses para poderem ser testadas 
posteriormente. Porém, não tem como testar se Alexandre foi o assassino de Isabela. 
- COMPLICAÇÃO é a adição de várias hipóteses que não podem ser testadas nem provadas 
empiricamente, dando à hipótese central e à teoria uma característica de impossibilidade. 
- a hipótese da camisa é logicamente ligada que Alexandre estava na cena e participou do 
crime. 
- quando prova-se uma hipótese secundária, prova a hipótese central. 
- toda hipótese tem que ser específica, a hipótese da camisa só pode tratar do dado específico 
(a camisa, nesse caso) 
- não pode descartar nenhuma hipótese plausível de ser aplicada, senão se pré conceitua. 
- as hipóteses antagônicas podem ser testadas. 
- as hipóteses antagônicas se contradizem e ambas são simples, portanto com a navalha de 
Ocan há falha e entra a verificação empírica para excluir alguma hipótese. 
- a hipótese central não pode ser testada diretamente, ela é testada pelas hipóteses 
secundárias. 
- experimentos = testam empiricamente as hipóteses, verificando-as ou refutando-as. Ou ainda 
assim, dando-lhes caráter de indefinição. 
- a refutação diz que a hipótese é falsa e se dá por regra dedutiva. 
- não pode ter como verdadeira uma hipótese antagônica à outra que foi refutada. Tem que 
fazer o experimento com ela também, senão não sai da consistência interna, da lógica. 
- ISOLADAMENTE, a hipótese do tênis é fraca, mas conjuntamente com as outras hipóteses ela 
se torna cada vez mais forte. 
- quanto mais hipóteses secundárias forem verificadas, mais se prova a hipótese central, 
porém a mesma NUNCA será provada 100%. 
- o E5 não provou se o sangue do veículo era de Isabela, podia ser de qualquer filho. 
- REFUTAÇÃO  REGRA DEDUTIVA SEMPRE 
- VERIFICAÇÃO/INDETERMINAÇÃO  REGRA INDUTIVA SEMPRE – porque trabalha com a 
probabilidade. 
(falando da matemática agora) 
- as matemáticas são teorias puras porque ficam somente na consistência interna. São formais 
porque somente precisam da forma e não do experimento. 
- o problema é criado ex-novo. 
- as hipóteses não precisam de experimentação alguma. 
- a matemática é necessariamente dedutiva. 
-TEORIA JURÍDICA tem como objeto os problemas do ordenamento jurídico (da lei) 
- o ordenamento faz com que o fato social se torne fato jurídico 
- a teoria jurídica na ousa do método científico. 
- a lei determina o comportamento social 
- a teoria jurídica não cria a lei, esta a lei, a partir dos problemas (que é seu objeto de estudo) 
da sociedade.

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