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02 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO CONTRATO

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CURSO DE DIREITO UDC 
DIREITO CIVIL IV – CONTRATOS 
PROFESSOR: ME. LUIS MIGUEL BARUDI DE MATOS 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
- GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: contratos – tomo I e II. Vol. IV. São Paulo: Saraiva 
- GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: contratos e atos unilaterais. Vol. III. São Paulo: Saraiva 
- TARTUCE, Flávio. Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil. Vol. 2. São Paulo: Método 
- TARTUCE, Flávio. Direito civil: Teoria geral dos contratos e contratos em espécie. Vol. 3. São Paulo: Método 
 
 
O PRESENTE MATERIAL SERVE DE ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO QUE DEVE SER EMBASADO NA 
BIBLIOGRAFIA INDICADA 
ESTRUTURA DO CONTRATO 
 
CONCEITO 
 
 Contrato é um negócio jurídico por meio do qual as partes declarantes, limitadas pelos 
princípios da função social e da boa-fé objetiva, autodisciplinam os efeitos 
patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia de suas próprias vontades. 
(Pablo Stolze) 
 
 Manifestação da vontade 
 
 Negócio jurídico 
 
 Efeitos patrimoniais 
 
 Limitado pelos princípios sociais do contrato (art. 421 e 422 – CC) 
 
NATUREZA JURÍDICA 
 
 É espécie de negócio jurídico. 
 
 Negócio jurídico conceituado como a manifestação de vontade, emitida em obediência 
aos seus pressupostos de existência, validade e eficácia, com propósito de produzir 
efeitos admitidos pelo ordenamento jurídico, pretendidos pelo agente. 
 
 O aspecto ou característica que o diferencia dos demais negócios jurídicos está na 
convergência das manifestações de vontade contrapostas, que forma o 
consentimento. 
 
 O consentimento ou consenso é o núcleo do negócio jurídico contratual, sem o qual 
este é inexistente. 
 
 
 
CONDIÇÕES DE VALIDADE DO CONTRATO 
 
 Para que o negócio jurídico produza efeitos (aquisição, modificação ou extinção de 
direitos), deve preencher determinados requisitos de validade. 
 
 Se os apresenta é válido. Se não os apresenta é nulo ou anulável. 
 
 O contrato, como espécie de negócio jurídico, também exige uma série de requisitos, 
cuja presença lhe dão validade. 
 
 Esses requisitos ou condições de validade são de duas espécies: 
 
a) De ordem geral: comuns a todos os atos e negócios jurídicos (capacidade do 
agente; objeto lícito, possível, determinado ou determinável; forma prescrita ou 
não defesa). 
 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
 
b) De ordem especial: que são específicos dos contratos (consentimento recíproco ou 
acordo de vontades). 
 
 Os requisitos podem ser então distribuídos em três grupos: subjetivos, objetivos e 
formais. 
 
REQUISITOS SUBJETIVOS 
 
 Os requisitos subjetivos dizem respeito às pessoas dos contratantes e consistem na 
manifestação de duas ou mais vontades e capacidade genérica dos contratantes; 
aptidão específica para contratar (legitimidade) e consentimento. 
 
1. Capacidade genérica: primeiro requisito subjetivo de ordem geral para a 
validade do contrato. 
 
 Os contratos serão nulos (art. 166, I) ou anuláveis (art. 171, I) se a incapacidade, 
absoluta ou relativa, não for suprida pela representação ou assistência. 
 
 No caso das pessoas jurídicas é imprescindível a atuação do representante legalmente 
instituído para tal fim, seja por indicação do contrato social, estatuto ou por mandato. 
 
2. Aptidão específica para contratar (legitimidade): além da capacidade 
genérica, a lei exige capacidade especial para contratar, em especial 
determinadas espécies de contratos. 
 
 Exemplos: 
 
 doação, alienação, que exige o poder de disposição da coisa ou do direito. 
 outorga uxória. 
 consentimento dos descendentes e do cônjuge para venda a outros descendentes. 
 
3. Consentimento: típico dos contratos é a manifestação do acordo de 
vontades ou consentimento recíproco. 
 
 Deve abranger três aspectos: 
 
a) Existência e natureza do contrato 
b) Objeto do contrato 
c) Cláusulas que compõe o contrato 
 
 O consentimento deve ser livre e espontâneo. 
 
 Ocorrendo os vícios de consentimento ou de manifestação da vontade (erro, dolo, 
coação, estado de perigo, lesão e fraude), o negócio jurídico será nulo em sua 
essência. 
 
 A manifestação de vontade pode ser tácita quando a lei não exigir forma expressa. 
 
 Expressa é aquela manifestada verbalmente, por escrito, gesto ou mímica. 
 
 Pode a lei exigir, além da forma expressa, a manifestação escrita como modo 
específico. 
 
 Tácita é aquela que decorre da atuação da parte contratante, sendo que o silêncio 
pode ser interpretado como manifestação tácita. 
 
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e 
não for necessária a declaração de vontade expressa. 
 
 
 
 
 
 Autocontratação: 
 
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o 
representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. 
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio 
realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos. 
 
REQUISITOS OBJETIVOS 
 
 Esses dizem respeito ao objeto do contrato, que deve ser lícito, possível, determinado 
ou determinável. 
 
1. Licitude do objeto: lícito é o objeto que não atenta contra a lei, a moral, 
ou os bons costumes. 
 
 Objeto imediato do negócio jurídico é sempre uma conduta humana e se denomina 
“prestação” (dar, fazer ou não fazer). 
 
 Objeto mediato são os bens ou direitos sobre os quais incide a relação obrigacional. 
 
2. Possibilidade física ou jurídica do objeto: o objeto deve ser possível, se 
não for, o contrato é nulo. 
 
 Impossibilidade física é a que decorre das leis da física ou naturais e deve ser 
absoluta, atingindo a todos os indivíduos indistintamente (retirar areia do fundo do 
mar sem se molhar). Aquela que atinge apenas a pessoa do devedor não é causa de 
nulidade. 
 
Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou 
se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. 
 
 Impossibilidade jurídica é aquela que decorre de proibição legal expressa para 
realização do negócio em questão (bens fora do comércio, herança de pessoa viva, 
cláusula de inalienabilidade). 
 
3. Determinação do objeto: o objeto deve ser determinado ou determinável 
(suscetível de determinação no momento da execução). 
 
 É possível a venda de coisa incerta, indicando-se o gênero e a quantidade, que será 
determinada, por escolha ou não, no momento da execução, ou ainda, a venda 
alternativa. 
 
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. 
 
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se 
estipulou. 
 
 Valor econômico: não determinado por lei como requisito de validade mas entendido 
assim pela doutrina que defende a necessidade de que o objeto tenha algum valor 
econômico para que interesse juridicamente. 
 
REQUISITOS FORMAIS 
 
 O terceiro requisito de validade incorre sobre a forma do contrato, que é o meio de 
exteriorização da vontade das partes. 
 
 A forma deve ser a prescrita para aquele determinado negócio jurídico ou, em caso de 
não determinação, a forma escolhida não pode ser proibida por lei. 
 
 São três espécies de forma admitidas: livre, especial ou solene e contratual. 
 
 Livre: predominante no Direito brasileiro (art. 107). 
 
 Especial ou solene: exigida por lei para determinados negócios jurídicos. 
 
 Contratual: aquela determinada por escolha das partes. 
 
 
Art.166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

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