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09 ALEATÓRIOS PRELIMINAR PESSOA A DECLARAR Prof. Luis Miguel Barudi de Matos

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CURSO DE DIREITO UDC 
DIREITO CIVIL IV – CONTRATOS 
PROFESSOR: ME. LUIS MIGUEL BARUDI DE MATOS 
 
BIBLIOGRAFIA: 
- GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: contratos – tomo I e II. Vol. IV. São Paulo: Saraiva 
- GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: contratos e atos unilaterais. Vol. III. São Paulo: Saraiva 
- TARTUCE, Flávio. Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil. Vol. 2. São Paulo: Método 
- TARTUCE, Flávio. Direito civil: Teoria geral dos contratos e contratos em espécie. Vol. 3. São Paulo: Método 
 
O PRESENTE MATERIAL SERVE DE ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO QUE DEVE SER 
EMBASADO NA BIBLIOGRAFIA INDICADA 
 
CONTRATOS ALEATÓRIOS 
 
 Contrato aleatório é contrato bilateral e oneroso em que pelo menos um dos contraentes não 
pode antever a vantagem que receberá, em troca da prestação fornecida. 
 
 Tem por característica a incerteza, o risco, que afeta pelo menos uma das partes, podendo ser as 
duas, quanto à vantagem a ser recebida. 
 
 Todo contrato, por sua natureza envolve certo risco (de inadimplemento), mas no aleatório o risco 
está na essência do próprio contrato e vinculado a um evento futuro e incerto. 
 
 Os contratos aleatórios são divididos em: 
 
a) Tipicamente aleatórios: seguros e apostas legais 
b) Acidentalmente aleatórios: 
b.1) venda de coisas futuras (existência e quantidade) 
b.2) venda de coisas existentes expostas ao risco 
 
VENDA DE COISAS FUTURAS 
 
 Risco relativo à própria existência da coisa (emptio spei = venda de esperança). 
 
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a 
existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi 
prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a 
existir. 
 
 O risco se encontra na existência ou não da coisa adquirida e que será entregue no futuro. 
 
 Esse risco da existência da coisa é assumido pelo comprador. 
 
 Se assumido pelo comprador, este não terá direito a reaver o valor pago ao vendedor, salvo se 
este agir com dolo ou culpa e que seus atos levem a inexistência da coisa. 
 
 Ex.: compra de safra futura. 
 
 
RISCO QUANTO À QUANTIDADE DA COISA 
 
 O risco de aquisição da coisa futura se limita à quantidade desta. 
 
 Se existir em qualquer quantidade será eficaz o contrato e o vendedor terá direito à totalidade do 
preço. 
 
 Se nada existir será ineficaz o contrato, cabendo ao comprador reaver o valor pago. 
 
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de 
virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de 
sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada. 
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço 
recebido. 
 
VENDA DE COISAS EXISTENTES MAS EXPOSTAS AO RISCO 
 
 No momento da celebração as coisas já existem (não são futuras) mas encontram-se expostas ao 
risco de perecimento ou depreciação. 
 
 Se o risco for assumido pelo comprador, o vendedor terá direito ao recebimento integral do preço. 
 
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido 
pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em 
parte, ou de todo, no dia do contrato. 
 
 Se o risco já estiver consumado e for de conhecimento do vendedor o negócio jurídico poderá ser 
anulado, cabendo ao comprador a prova do fato. 
 
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo 
prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se 
considerava exposta a coisa. 
 
CONTRATO PRELIMINAR 
 
 Contrato preliminar é um acordo através do qual as partes criam em favor de uma ou mais delas a 
faculdade de exigir a realização de um contrato futuro e de suas condições. 
 
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao 
contrato a ser celebrado. 
 
 É o negócio jurídico que tem por objeto a obrigação de fazer um contrato futuro e definitivo. 
 
 Pré-contrato, promessa de contrato ou compromisso. 
 
 Não se confunde com o negócio jurídico projetado e cuja eficácia se pretende exigir. 
 
 Não se confunde com as negociações preliminares, que não geram obrigação futura de contratar, 
mas podem gerar responsabilidade civil pré-contratual. 
 
 Tem natureza jurídica de negócio jurídico, devendo respeitar todos os requisitos de validade e 
eficácia destes. 
 
 Não se exige a mesma forma do contrato definitivo. 
 
 Ex.: promessa de compra e venda (instrumento particular) e escritura de compra e venda 
(instrumento público). 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 Pode ser unilateral quando a possibilidade de exigir o cumprimento futuro caiba a apenas uma das 
partes. 
 
 Ex.: opção de compra, venda a contento, promessa de doação. 
 
Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverá 
manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo 
devedor. 
 
 Pode ser bilateral quando cada parte pode exigir da outra o cumprimento do contrato futuro. 
 
 Ex.: promessa de compra e venda. 
 
DA TUTELA ESPECÍFICA 
 
 Como qualquer negócio jurídico que estabelece obrigações, o contrato preliminar pode ser objeto 
de tutela específica, conforme art. 461 – CPC. 
 
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde 
que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração 
do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive. 
 
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente. 
 
Art. 464. Esgotado o prazo, poderá o juiz, a pedido do interessado, suprir a vontade da parte 
inadimplente, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar, salvo se a isto se opuser a natureza da 
obrigação. 
 
Art. 465. Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo 
desfeito, e pedir perdas e danos. 
 
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR 
 
 Por essa modalidade contratual, um dos contraentes pode se reservar o direito de indicar um 
terceiro para, em seu lugar, adquirir os direitos e assumir as obrigações decorrentes do contrato. 
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar 
a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. 
 
 Situação que é comum nos contratos de compra e venda para evitar os custos da nova alienação 
ou da intermediação, se esta ocorrer. 
 
 Se feita de forma válida, a pessoa indicada assumirá as obrigações e direitos. 
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do 
contrato, se outro não tiver sido estipulado. 
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que 
as partes usaram para o contrato. 
 
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume 
as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado. 
 
 Requer-se a capacidade e legitimação de todos os participantes no momento da estipulação. 
 
 A estipulação não terá validade, permanecendo as condições (direitos e obrigações) com os 
contratantes originários quando não houver a indicação do terceiro ou estese recusar ou, ainda, 
quando o nomeado for insolvente e o outro contratante (não o que nomeia) não tinha 
conhecimento. 
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários: 
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; 
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação. 
 
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato 
produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.

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