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Historia da língua latina

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A Historia da língua latina
O Latim surgiu decorrente de línguas faladas nas tribos do Lácio e em Roma, tornando-se idioma após o século III a.C. Com a expansão do império romano e devido à interação de seus soldados com outras culturas, originaram as línguas neolatinas, dentre elas o português, espanhol, italiano e francês.
Durante o período de ocupação do império romano sobre outros territórios, significava a instalação de um governo local, que deveria utilizar-se do latim para fins gerenciais. Com isso as línguas locais acabavam sendo influenciadas pelo latim, e com o passar do tempo foram tomando características individualizadas, e se constituindo em línguas autônomas. A seguir um trecho que explica melhor esse período que é chamado de latinização.
Latinização ou romanização é a assimilação cultural e linguística dos povos incorporados ao universo da civilização latina. O fato de tantos povos de língua, raça e cultura diferentes terem adotado a língua e, pelo menos em parte, a civilização dos vencedores é um fenômeno único na história da humanidade. Essa aceitação, porém, não se deveu a imposições diretas. As conquistas romanas tinham caráter político e econômico; não houve por parte de Roma pretensão de impor aos conquistados sua língua ou sua religião; ao contrário, considerava o uso da língua latina como uma honra. Se os Drúidas foram perseguidos na Gália, isso aconteceu porque a utilização de vítimas humanas nos sacrifícios feria o direito romano, ao qual se dava grande valor e importância. O novo testamento mostra que os romanos não eliminavam instituições políticas, religiosas ou jurídicas, obviamente desde que não conflitantes, dos povos incorporados: o povo judeu manteve a religião, o sinédrio, o sumo sacerdote, os levitas e os saduceus; a casa real de Herodes continuou a existir. Deviam pagar os impostos, enquanto as legiões cuidavam da segurança e ao governador romano era reservada a palavra final em questões jurídicas específicas, como no caso da condenação à morte. (BASSETO, 2005, p. 103).
 
Com o fim do império romano, o Latim continuou sendo falado em toda a Europa como lingua culta. A Igreja Católica o tem como língua oficial até hoje. Obras literárias e teológicas em Latim foram escritas durante toda a Idade Média. Vários cientistas e filósofos modernos escreveram obras originalmente em Latim.
O latim por ser a lingua que originou o português, influencia diretamente o direito brasileiro, seja nos textos juridicos, seja no discurso normativo, burocrático, decisório ou científico ele é empregado constantemente. Apesar de muitos falarem que o latim é uma lingua morta, ela ainda se mostra muito presente no ambito jurídico.
Segundo Coutinho (2005), as linguas classificam-se em vivas, mortas e extintas. Vivas são as que estão servindo de comunicação entre os individuos de uma nação, mortas são as que ja nao sao faladas, mas deixaram documentos escritos, e extinta as que ja desapareceram sem deixar nenhum documento escrito.
No âmbito jurídico brasileiro por ser orignário do Direito Romano encontra-se muitas palvras e expressões latinas que é usado diáriamente. Portanto diversas palavras de nossa lingua são originárias do latim, sendo que muitas palavras sofreram supressões, acréscimos, e trasposições de letras durante sua evolução.
O emprego de termos latinos e técnicos, principalmente na área jurídica, vem sendo alvos de muitas críticas, porque isso acaba criando jargões e frases feitas onde muita das vezes o falante acaba nem sabendo o real significado daquela palavra, onde por muitas vezes o texto se torna sem coesão ou coerência. “Além disso, a presença do latim na lingua Portuguesa a torna nitidamente adjetivada, por seu excesso de formalismo e pela presença de estrangeirismos e palavras arcaicas...” (façanha, 2014, p.48)
Referências bibliográficas
BASSETO, Bruno Fregni, Elementos da filologia Romântica. São Paulo, EDUSP, 2001. (2. Ed 2005) 380 p.
COUTINHO, Ismael de Lima. Gramática Histórica. Rio de Janeiro, 2005. P. 27.
FAÇANHA, Josanne Cristina Ribeiro, Revista Humana Et AL: a influência da língua latina na linguagem jurídica brasileira, Paço do Lumiar, IESF 2014. v.1, n.2, p. 36-50.

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