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Resumão para AV1 de Ciência Política (ATÉ AULA 09)

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AULA 1
	Política
	Politicagem
	Atividade pela qual interesses divergentes podem ser reconciliados em prol do bem-estar e da sobrevivência de toda comunidade.
	Embora a política seja o meio, por excelência, pelo qual o grupo social atinge seus interesses, uma forma equivocada de se entender o conceito vem sendo utilizada com o intuito de neutralizar os poderes da cidadania e atender os interesses privados de poucos.
 
Política e Poder – Se a política não pode ser compreendida sem que entendamos o conceito de PODER, é possível afirmar que este consiste na habilidade dos indivíduos ou grupos fazerem valer os próprios interesses ou as próprias preocupações, mesmo diante da resistência de outras pessoas.
A busca pelo bem-comum define a política em seu sentido mais amplo. Neste ponto, há uma relação incontornável entre bem-comum, autonomia cidadã e democracia.
Em reportagem constante em http://www12.senado.leg.br/, o filósofo francês Francis Wolff, um ardoroso defensor da democracia, afirmou que um de seus alvos no estudo da política é exatamente o apolitismo. Em sua opinião, o desinteresse dos cidadãos pela política ameaça a democracia, ao fomentar, entre outros males, a ação do que chama de políticos profissionais. Livre de cobranças, esse grupo teria o hábito de aprovar ou impor medidas descoladas das verdadeiras necessidades e desejos dos cidadãos. Por isso, para o filósofo, o apolitismo, seria a recusa dos cidadãos, explícita ou implícita, em participar da vida da comunidade política e das escolhas que essa comunidade faz, ou seja, seria o desinteresse pela coisa pública.
Diante do texto anterior e, de acordo com o que você apreendeu da leitura referente à Aula 1, responda: 
a)A verdadeira concepção de política se coaduna com o desinteresse da coisa pública pela cidadania? 
R: Não, porque o fato do desinteresse social não é levado em conta, visto que, os cidadãos não tem participação ativa nas decisões.
b)Estaria correta a afirmação do filósofo Francis Wolff quando afirma que "o desinteresse dos cidadãos pela política ameaça a democracia"? Justifique sua resposta. 
R: Pois a maior parte dos cidadãos prefere se abster da participação política. Sendo assim, a democracia corre riscos de perder força.
AULA 2
A Ciência Política é uma área do saber que estuda (CONCEITO) os 1- fenômenos políticos, 2- o funcionamento de comunidades políticas e 3- a convivência entre os seus membros. 
Visa, portanto, (OBJETIVO) analisar a política, as estruturas e os processos de governo, utilizando-se de abordagem científica.
O discurso político tem por objetivo (CONCEITO) expressar ideias de forma argumentativa e persuasiva. Seus conteúdos alteram-se de acordo com o contexto (político, social, econômico e jurídico).
Nas sociedades contemporâneas democráticas, predominam a dinamicidade, a fragilidade e mesmo a provisoriedade dos discursos políticos. 
Tal discursividade no plano político considera A RAZÃO, A EMOÇÃO e a AUTORIDADE de quem profere o discurso, daí os vários prismas pelo qual tal discurso político pode ser avaliado.
LOGOS >>>> Convicção – PURO RACIOCÍNIO – Faculdades intelectuais – Busca da verdade – Auditório acredita na perspectiva do orador – motivos e razões.
PATHOS>>>> Relativo aos SENTIMENTOS/AFETO – deslocamentos emocionais para o convencimento do auditório – não é a força do argumento, mas a maneira como é transmitida para o auditório (alegria, tristeza, orgulho, desejo etc.).
ETHOS>>>> As virtudes do caráter do orador – projetando dignidade, confiança e CREDIBILIDADE.
Enquanto o DISCURSO DAS IDEIAS pertence à problemática da verdade (dizer o “verdadeiro”), o DISCURSO DO PODER se satisfaz com a problemática do verossímil (dizer o plausível, o aceitável, o razoável).
Sabe-se que um discurso político pode ser convincente quando fundado em raciocínio claro, baseando-se sobre as faculdades intelectuais e estando voltado para o estabelecimento de verdade. Neste caso, obtém-se a persuasão por meio de argumentos que levam o auditório a acreditar que a perspectiva do orador é correta. Neste sentido, responda: 
a) Em uma democracia, pode haver outros elementos discursivos que influenciem no processo de convencimento do auditório?
R: Sim, razão e emoção: a razão utiliza-se do raciocínio (logos) fundando-se nas faculdades intelectuais, voltando-se para a verdade, já a emoção, pauta-se no sentimento (pathos) nos deslocamentos emocionais “ao afeto” voltados para a plateia.
b) Observando a charge acima, poderia a mesma produzir algum sentido na discussão sobre os limites do discurso político? Explique.
R: Sim, o limite do discurso seria a ética, fazendo com que cada locutor não ultrapasse o limite da razão e nem da emoção. 
AULA 3
O ser humano seria naturalmente gregário e a CIDADE É (CONCEITO) o fim (telos), A CAUSA FINAL DA ASSOCIAÇÃO HUMANA.	
Precede a família e até mesmo o indivíduo, tendo em vista que responde a este citado impulso social. 
Por isso, é um animal político (zoon politikon) inclinado a fazer parte de uma sociedade política.
O precursor da TEORIA NATURALISTA é ARISTÓTELES.
O Estado é (CONCEITO) uma INSTITUIÇÃO NATURAL, necessária e que decorre da natureza humana. “O HOMEM É POR NATUREZA UM ANIMAL POLÍTICO.”
O CONTRATUALISMO (CONCEITO) é uma linha teórica central que abarca várias concepções particulares, com características diversas, todas unidas pela IDEIA CENTRAL DE QUE O ESTADO É FRUTO DE UM CONTRATO (OU PACTO) ENTRE SERES HUMANOS.
Hobbes e a fundamentação do Estado absolutista: 
“HOMEM LOBO DO HOMEM”
•A visão antropológica hobbesiana. 
•O estado de natureza em Hobbes. 
•O contratualismo hobbesiano. 
Na visão de em Hobbes, AS FINALIDADES DO ESTADO SÃO (CONCEITO): 
a)Representar os cidadãos, pois, personifica aqueles que a ele livremente delegaram todos os seus direitos e poderes; 
b)Assegurar a ordem, ou seja, garantir a segurança de todos, monopolizando o uso da força estatal; 
c)Ser a única fonte da lei porque a soberania, sendo absoluta, dita o que é justo e o que é injusto. 
LEVIATÃ>>>> (CONCEITO) Nasce a ideia de que o Estado, enquanto sociedade política, nasce de um contrato celebrado pelos cidadãos que aceitam CEDER SEUS DIREITOS NATURAIS a um poder comum, a cuja autoridade passam a RESPEITAR, SEM QUALQUER TIPO DE CONTESTAÇÃO. Legitima O ESTADO ABSOLUTO.
“O pacto de submissão de Hobbes rejeita o conceito de direito de resistência.”
Como vimos, em Hobbes, o contrato social faz com que os indivíduos abdiquem de sua infinita liberdade e a entreguem a um soberano, que deve garantir suas vidas e uma ordem social segura. Com este acordo, segundo Hobbes, está criada a sociedade e também o Estado. Neste sentido, pergunta-se: 
Quais as finalidades do Estado em Hobbes? Analisando a situação expressa na charge ao lado – corriqueira nas grandes cidades brasileiras –, o que supostamente poderia ser dito por Hobbes, a partir dos termos pactuados no Contrato Social?
R: As finalidades do Estado, segundo Hobbes, são representar os cidadãos, assegurar a ordem e ser a única fonte da lei. Hobbes certamente alegaria que o caos decorre do Estado de Natureza. Por falta de controle absoluto do Estado, nada impede o homem de se rebelar uns contra os outros. “O HOMEM É O LOBO DO HOMEM”.
AULA 4
O Estado de natureza em Locke >>> Ao ordenar que cada um CONSERVE SUA PRÓPRIA VIDA, mas que também NÃO LESE A DOS OUTROS, a lei natural (CONCEITO) pressupõe um estado de natureza na qual, diferentemente do estado de natureza hobbesiano, a violência não é a regra.
Em Locke, o ESTADO DE NATUREZA (CONCEITO) não é um estado de luta, mas um estado de cooperação fundado sob o signo da racionalidade humana.
Na concepção de Locke são direitos naturais anteriores a qualquer decisão política. 
•Vida 
•Liberdade 
•Propriedade 
DIREITO A RESISTÊNCIA: E se o governo não for capaz, por meio das leis, de garantir os direitos à vida, à liberdade e à propriedade?
>>>>A teorização políticade Locke faz avançar a AFIRMAÇÃO DOS DIREITOS NATURAIS, na medida em que (CONCEITO) altera o paradigma contratual que passa a ser um “PACTO DE CONSENTIMENTO” e, não mais um “pacto de submissão” como na obra hobbesiana.
“O pacto de consentimento de John Locke reconhece o direito de resistência e com isso justifica o ESTADO LIBERAL.”
O Contratualismo Rousseauniano>>> A necessidade de se estabelecer um pacto legítimo, que (CONCEITO) devolvesse ao ser humano a liberdade natural perdida com o surgimento das relações sociais.
O governo (corpo administrativo) está ABSOLUTAMENTE LIMITADO pela vontade geral (LEI) DO POVO SOBERANO que tem a função de submeter as vontades particulares.
>>>> A VISÃO ROUSSEAUNIANA (CONCEITO) concebe que a representação política NÃO DEVE SE DAR POR MEIO DE UMA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA, mas sim por intermédio de uma DEMOCRACIA DIRETA, nos moldes daquela experimentada pelos gregos.
Principais ideias: 1) Mandato Imperativo 2) Democracia plebiscitária
3) Concepção fortalecida de soberania popular 4) Submissão do governo à lei
Dentre os contratualistas, Rousseau é aquele que assume posição teorizante que MAIS SE APROXIMA DO PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO E DA DEMOCRACIA PLEBISCITÁRIA DE PARTICIPAÇÃO DIRETA DO POVO.
“A ideia de mandato imperativo aproxima Rousseau da democracia plebiscitária”
Como foi dito, o contratualismo é um rótulo teórico que guarda concepções bastante diferenciadas de organização do poder estatal. Nas várias visões contratualistas, embora a soberania seja percebida como um conceito central para justificar a forma de organização do Estado, os diversos filósofos a enxergaram de forma diversa uns dos outros. Então, tendo por pressuposto a questão da soberania nos três filósofos contratualistas clássicos (Hobbes, Locke e Rousseau), responda:
a) Na charge acima, a que tipo de soberania seria possível dizer que a Graúna (o pássaro, personagem do cartunista Henfil) está referenciando, aquela pensada no contratualismo hobbesiano ou aquela pensada no contratualismo Rousseau? Justifique.
R: Pauta-se no rousseauniano que defende uma democracia direta, nos moldes experimentados pelos gregos, já que a de Hobbes se pauta no absolutismo do Estado. 
 b) O exercício da soberania popular no contratualismo lockeano se dá na mesma forma que no contratualismo rousseauniano? Justifique.
R: Não, Lock acredita que a soberania popular deve ser exercida pelo parlamento enquanto Rousseau acredita que o povo é soberano por si só.
AULA 5
ANTES DA PAZ DE VESTFÁLIA DE 1648 - Organização política típica da medievalidade: 
• Concepção dual de poder: poder temporal x poder eclesiástico; 
• Guerras Religiosas – Guerra dos 30 anos; 
• NÃO EXISTIA O ESTADO NACIONAL PROPRIAMENTE DITO.
 COM A PAZ DE VESTFÁLIA DE 1648::::
FORMAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO: Sociedade Internacional de Estados Nacionais 
FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL PROPRIAMENTE DITO: Estado Absoluto com os três elementos essenciais – povo, território e soberania una e indivisível.
Concepção Medieval de Estado >>> Paz Vestfália 1648
Estado Absoluto >>>> Revolução Francesa 1789
DELIMITAÇÃO ESPACIAL DO PODER:
O TERRITÓRIO (CONCEITO) é componente material da estrutura do Estado. 
Exemplos: Estado da Palestina e a Questão da Ucrânia; 
•Base geográfica do poder estatal; 
•Base física sobre a qual o Estado irá exercer sua jurisdição soberana; 
•Define os limites dentro dos quais se exerce a soberania do Estado. 
CARÁTER MULTIDIMENSIONAL:
•NÃO SE RESTRINGE AO ELEMENTO TERRESTRE; 
•Incluir o ESPAÇO MARÍTIMO E O ESPAÇO AÉREO; 
•Pode INCLUIR ÁREAS DESTACÁVEIS DO NÚCLEO TERRITORIAL DO ESTADO; Exemplos: Ilhas Malvinas e Arco Britânico de Ilhas no Atlântico. 
•INCLUI O SOLO, O SUBSOLO, AS ÁGUAS INTERIORES, O MAR TERRITORIAL E O ESPAÇO AÉREO SOBREJACENTE. 
MAR TERRITORIAL: 12 MILHAS 22,2 KM PARTE DA LINHA BASE
ZONA CONTÍGUA: 24 MILHAS 24,4 KM
ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA: 200 MILHAS 370,4 KM PARTINDO DA LINHA BASE
MILHAS PLATAFORMA CONTINENTAL: ATÉ 350 MILHAS PARTINDO DA LINHA BASE
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Montego Bay – Jamaica, 1982)
• Navios e aeronaves de guerra; 
• Navios e aeronaves a serviço do estado; 
• Embaixadas e repartições diplomáticas; 
• Direito de asilo; 
• Passagem inocente de navio mercante. 
Foi noticiado na imprensa a ocorrência de um assassinato no interior de navio mercante com bandeira da Nauru (pequena ilha no Pacífico Sul, com território inferior a 22 km quadrados) a 10 milhas marítimas de distância da linha de base do território brasileiro. (...) Na reportagem, o jornalista afirmou que as autoridades brasileiras seriam competentes para investigar e julgar o crime já que o mesmo teria ocorrido dentro de seu território (o chamado mar territorial)(...). Analisando as informações acima, responda:
a)Procedem argumentos apresentados pelo jornalista para sustentar a competência das autoridades brasileiras no que se refere à investigação e ao julgamento do crime? 
R: Sim, o poder da soberania brasileira se estende a todo território brasileiro que não se restringe ao elemento terrestre. Se o crime ocorreu dentro do mar territorial (12 milhas do continente) em um navio privado, cabe ao Brasil julgar.
b)Estaria o Brasil autorizado a explorar atividade econômica fora de seu mar territorial sem a permissão da comunidade internacional? 
R: Sim, o Brasil tem direito de explorar economicamente até 200 milhas após a linha litorânea, é chamada de plataforma continental ou Amazônia azul.
AULA 6
O CONCEITO JURÍDICO-POLÍTICO DE POVO está relacionado com o vínculo da NACIONALIDADE entre a pessoa e o Estado.
A nacionalidade (CONCEITO) É O ATRIBUTO QUE CAPACITA OS INDIVÍDUOS A SE TORNAREM CIDADÃOS e, com este status, participarem da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano.
CONCEITO DE POVO: o CONJUNTO DE MEMBROS de uma sociedade política LIGADOS pelo vínculo jurídico-político da NACIONALIDADE
CONCEITO DE POPULAÇÃO: o conjunto de pessoas QUE SE ENCONTRAM NA BASE GEOGRÁFICA DE PODER DO ESTADO, sem que isso importe necessariamente possibilidade de participar da vida política do País.
CONCEITO DE NAÇÃO: representa uma COLETIVIDADE real QUE SE SENTE UNIDA PELA ORIGEM COMUM, pelos LAÇOS LINGUÍSTICOS, CULTURAIS OU ESPIRITUAIS, pelos INTERESSES COMUNS, por IDEAIS E ASPIRAÇÕES COMUNS. Assim, nação pode ser entendida como grupos constituídos por pessoas que não necessitam ocupar um mesmo espaço físico para compartilhar dos MESMOS VALORES AXIOLÓGICOS E DA VONTADE DE COMUNGAR UM MESMO DESTINO.
 “Pessoas de nacionalidades diversas podem fazer parte de uma mesma nação e pessoas de uma mesma nacionalidade podem ser membros de nações diversas.”
Curdistão é a “pátria” de cerca de 30 milhões de curdos que vivem na Turquia, Síria, Iraque e Irã. A grande maioria, mais de metade, vive no Sul da Turquia e representa 20% da população turca. É um povo com língua própria, hábitos e tradições seculares e que aspira à constituição de um estado.
“Podem existir diversas nações dentro de um mesmo Estado. Da mesma forma que pode existir uma única nação espalhada por diversos Estados diferentes.” 
NACIONALIDADE: Em sentido jurídico-político, demarcando o vínculo entre um membro do povo e o Estado. Em sentido étnico-cultural, demarcando os laços linguísticos, culturais ou espirituais, ou mesmo os interesses, ideais e aspirações comuns.
CONCEITO DE CIDADÃO: É O NACIONAL NO PLENO GOZO DOS SEUS DIREITOS POLÍTICOS. A nacionalidade é condição necessária, mas, insuficiente para definir o conceito de cidadão. 
“Todo cidadão é nacional, porém nem todo nacional é cidadão.”
No quadro ao lado, observamos que dentro do território do Estado espanhol, surgem dois territórios cujos habitantes se reconhecem como catalães e bascos. 
Neste sentido, de acordo com os seus estudos, responda: 
a)É possível existir mais de uma nação dentro de um único Estado? 
R: Sim, pois nação tem aspecto sociológico, sendo um conjunto de pessoas com interesses comuns, cultura, língua,etnias, mesmas aspirações. Dentro de um Estado pode haver mais de uma nação, como ocorre na Espanha. 
b)Todas as nações são necessariamente reconhecidas como Estados nacionais? 
R: Não, por ser conceito étnico-cultural e não jurídico-político, existem várias nações sem Estado de Direito. Para se tornarem Estados Nacionais precisam de três elementos essenciais – povo, território e soberania.
c)Neste momento da história, são os catalães e os bascos partes integrantes do povo espanhol em seu sentido jurídico-político? 
R: Sim, povo significa membros ligados pela nacionalidade. Logo, devido a nacionalidade, os catalães e os bascos são parte do povo espanhol. Não se confunde o conceito de nação.
AULA 7
No contexto de concepção dual de poder, Jean Bodin engendra a TEORIA DA SOBERANIA ABSOLUTA DO ESTADO, SEJA NO PLANO INTERNO, SEJA NO PLANO EXTERNO.
A rigor, trata-se de uma construção intelectual do Estado Moderno em oposição ao fragmentado poder da era medieval.
O grande precursor do conceito de soberania foi Jean Bodin, com o desiderato de legitimar o poder do Rei de França no contexto de disputa entre o PODER TEMPORAL E O PODER ESPIRITUAL.
No decorrer da própria Modernidade, o conceito de soberania vai sendo desenvolvido a partir da elaboração das teorias clássicas dos filósofos contratualistas.
1) Hobbes e a legitimação do ESTADO ABSOLUTO 2)Locke e a ideia de limitação da soberania estatal no plano a partir das garantias das liberdades individuais (paradigma do ESTADO LIBERAL), 3)Rousseau e a ideia de SOBERANIA POPULAR E DEMOCRACIA PARTICIPATIVA.
Paz de Westphalia de 1648>>> Formação do Direito Internacional Público>>>> Fim da sociedade universal do Estado Feudal e nascimento da Sociedade de Estados Nacionais>>> Formação do Estado Nacional propriamente dito>>>>Coexistência dos três elementos essenciais do Estado (povo, território e soberania una e indivisível)
CONCEITO DE SOBERANIA: designa o PODER POLÍTICO NO ESTADO, expressando internamente seu poder de comando, ou seja, a plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes dentro do Estado (soberania interna).
Por outro lado, sob uma perspectiva externa, a soberania significa o ATRIBUTO QUE POSSUI O ESTADO NACIONAL DE NÃO SER SUBMETIDO ÀS VONTADES ESTATAIS ALIENÍGENAS. Assim, somente o Estado é dotado de soberania, sendo que outras comunidades ou pessoas coletivas de direito interno, no limite, podem ser dotadas tão somente de autonomia.
A IDEIA DE LEGALIDADE deve ser vislumbrada como (CONCEITO) A SUBMISSÃO ÀS LEIS PRODUZIDAS PELO PRÓPRIO ESTADO, podendo ou não refletir as aspirações da sociedade como um todo.
O CONCEITO DE LEGITIMIDADE projeta a ideia de que o poder soberano no Estado Moderno não basta estar submetido às diretrizes legais (conceito de legalidade), mas também deve se preocupar em ATENDER AS ASPIRAÇÕES LEGÍTIMAS DA SOCIEDADE.
Enquanto a legalidade exige apenas uma adesão externa (bastando que o cidadão cumpra a norma emanada), o reconhecimento da legitimidade exige que o seguimento ao ordenamento se dê por uma adesão interna, psicológica.
O conceito de soberania é teoricamente bastante complexo e tem variado no decorrer do tempo, suscitando uma grande quantidade de acepções conceituais. Podemos, de qualquer forma, extrair que se trata de um termo que designa o poder político no Estado Moderno estando expresso em praticamente todas as constituições modernas. A Constituição brasileira tem alguns dispositivos (no caso os art. 4º (I, III, IV, V e 14º I, II E III) “A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios(...)”.“Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: (...)”
Em face do que está expresso no Art. 4º da Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil deve considerar que a soberania sempre exterioriza a supremacia estatal? 
R: Não, pois nosso país sofre interferência de outros países em sua soberania. Como por exemplo, o facebook. 
A qual dos contratualistas é possível relacionar a soberania aludida no Art. 14 da Carta Magna? Justifique.
R: Rousseau. Segundo ele, a soberania é exercida pelo povo com participação direta. Embora não seja exatamente assim que funcione, o conceito está aludido no referido artigo.
AULA 8
O sistema de freios e contrapesos (checks and balances) propicia o (OBJETIVO) CONTROLE RECÍPROCO ENTRE OS PODERES DA UNIÃO, de modo a evitar a predominância cêntrica de um deles sobre os demais, e preservando entre eles uma relação de necessário equilíbrio. O controle mútuo entre os poderes SIMBOLIZA MAIS UMA FORMA DE GARANTIR UM DOS PILARES DO CONSTITUCIONALISMO DEMOCRÁTICO, QUE É A SEPARAÇÃO DE PODERES.
Controle recíproco entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.:
1)VETO do Presidente da República nos projetos de lei já aprovados pelo Congresso Nacional.
2)Poder do STF, dos Tribunais e dos Juízes singulares de declarara inconstitucionalidade de leis ou atos normativos feitos peloPoder Legislativo no controle de constitucionalidade.
3) Poder discricionário do Presidente da República de escolheros Ministros do STF e submetê-los à aprovação do Senado Federal.
4) Possibilidade de Impeachment do Chefe do Executivo com julgamentopelo Senado Federal após autorização da Câmara dos Deputados
5) Poder de fiscalização das contas públicas de todos os poderespelo Congresso Nacional (artigo 70 da CF/88).
6) Poder de legislar do Presidente da República mediante a edição deMedidas Provisórias com força de lei.
As formas de Estado são as seguintes: Estado Unitário e Estado Federal.
“O elemento que caracteriza a forma de Estado é a existência ou não de poderes regionais com capacidade de auto-organização política, administrativa e financeira (Estados autônomos).”
ESTADO UNITÁRIO é caracterizado pela UNIDADE DE PODER POLÍTICO, ou seja, existe uma só fonte normativa para todo o território do Estado, inexistindo a descentralização política. Estado Unitário tem APENAS UM PODER LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO, daí a ideia de uma única ordem jurídica central. Os três poderes são todos centrais, inexistindo seus congêneres em âmbito regional ou local, caracterizando assim a CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA. 
No entanto, isso não quer dizer que o Estado Unitário não possa sofrer uma descentralização administrativa, gerando relativa autonomia local para municípios, províncias, departamentos, circunscrições, comunas ou condados. 
O FEDERALISMO é um instituto jurídico de origem estadunidense. Nasceu com a formação dos Estados Unidos da América, no exato momento em que as treze ex-colônias britânicas abrem mão de sua soberania em prol da formação de um único Estado Federal. Juntamente com o conceito de presidencialismo em contraposição ao parlamentarismo, sistema de governo até então dominante na Europa. 
Se por um lado, o BERÇO DO PARLAMENTARISMO É A INGLATERRA, por outro, a união das treze ex-colônias inglesas a partir da Convenção de Filadélfia de 1787 É A ORIGEM DE UMA NOVA FORMA DE ESTADO, A FEDERAÇÃO, e de um novo SISTEMA DE GOVERNO, O PRESIDENCIALISMO.
1) É politicamente descentralizado. 
2) Há manifestação do poder constituinte derivado decorrente (Constituições Estaduais). 
3) A vontade regional é considerada pelo Poder Central. 
“A forma federativa foi transformada em cláusula pétrea pela Constituição de 1988”
Portanto, o PRINCÍPIO FEDERATIVO É INDISSOLÚVEL e não pode ser retirado do corpo constitucional de 1988 nem mesmo por Emenda ou Plebiscito.
O ESTADO BRASILEIRO JAMAIS DEIXARÁ DE SER UMA FEDERAÇÃO, a não ser que surja uma nova Constituição e, portanto, um novo Estado, obra de um novo poder constituinte originário.
CONFEDERAÇÃO= União de Estados SOBERANOS FEDERAÇÃO = União de Estados autônomos. 
PACTO ENTRE ESTADOS=Federação (pacto indissolúvel) e na Confederação (pacto dissolúvel). 
DIREITO DE SECESSÃO: Não se admite na Federação, mas, pode ser exercido na Confederação.
VÍNCULOJURÍDICO ENTRE ESTADOS:CONFEDERAÇÃO= Tratado Internacional. 
FEDERAÇÃO= Constituição.
Nos Estados Unidos: FEDERALISMO CENTRÍPETO: Passagem de um Estado Composto Confederal para um Estado Simples Federal. 
No Brasil: FEDERALISMO CENTRÍFUGO: Passagem de um Estado Simples Unitário para um Estado Simples Federal.
Vários pequenos estados independentes, a fim de obterem maior peso político e econômico, resolvem se organizar sob a forma de confederação, denominada confederação “C”. Em razão do sucesso da iniciativa, após cinco anos de experiência, os estados confederados resolvem estreitar os laços e se organizar sob a forma de federação. A exceção foi o estado “Z”, que não querendo fazer parte do novo pacto, resolve se desvincular da confederação “C”. O projeto vai adiante com os demais estados e estes promulgam uma constituição criando a república federativa “F”. Passados três anos de criação da república federativa “F”, alegando insatisfação ao tratamento a ele dispensado, o estado autônomo “X” informa que retornará a condição de estado soberano, desvinculando-se de “F”.
Pergunta-se: 
a)De acordo com a teorização que trata das formas de Estado, são aceitáveis as desvinculações de “Z” e “X”? 
R: Somente é aceitável a desvinculação de “Z” que resolveu desvincular-se antes da promulgação da Constituição. “X” tornou-se parte da Federação com a Constituição não havendo hipótese de desvinculação a menos que faça-se uma nova constituição que altere a forma de Estado, pois o vinculo federativo é indissolúvel.
b)Quando a Confederação “C” resolveu se organizar na forma federativa, segundo as teorias analisadas no livro didático, que tipo de federalismo se produziu, centrípeto ou centrífugo? 
R: Federalismo centrípeto, pois passou de uma Confederação para Federação por meio de uma Constituição perdendo a soberania e ficando a autonomia em seu lugar.
AULA 9
As teorizações aristotélica e maquiavélica na origem das formulações contemporâneas de formas de governo 
Compreender o desenvolvimento histórico das formas de governo a partir das classificações aristotélica (na Antiguidade) e maquiavélica (representativa do início da Modernidade).
CLASSIFICAÇÃO TRADICIONAL ARISTOTÉLICA:
	GOVERNO DE UM SÓ
	GOVERNO DE ALGUNS
	GOVERNO DE TODOS
	Forma pura = Monarquia
Forma impura = Tirania
	Forma pura = Aristocracia
Forma impura = Oligarquia
	Forma pura = Democracia
Forma impura = Demagogia
Visão de Parte da Doutrina (Dalmo Dallari) :“O PRESIDENCIALISMO não deixa de ser um sistema misto em que coexistem as três formas aristotélicas puras de governo (monarquia, aristocracia e democracia).”
	Poder Executivo
	Poder Judiciário
	Poder Legislativo
	Seria a expressão de um governo unipessoal monárquico (governo de um só).
	Simbolizaria um corpo aristocrático cuja nota central é o déficit democrático porque não eleito pelo povo (governo de alguns).
	Este, sim, representando o componente democrático do sistema (governo da maioria).
CLASSIFICAÇÃO MAQUIAVEL 
	REPÚBLICAS
	PRINCIPADOS
A Monarquia como forma de governo: A TRANSMISSÃO DO PODER SE DÁ em virtude dos LAÇOS DE SANGUE (HEREDITARIEDADE), sendo que o término do direito de ser o monarca somente ocorre com a morte ou com a comprovada ausência de condições de cumprir suas atribuições (vitaliciedade).
(CARACTERÍSTICAS) A condução ao exercício da função de monarca NÃO DECORRE DA ESCOLHA POPULAR (a não representatividade popular), sendo que o monarca não tem responsabilidade política e, por isso, não deve explicações ao povo ou a qualquer órgão estatal (IRRESPONSABILIDADE POLÍTICA COMO AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS).
Muitas monarquias dos dias atuais SÃO FORMAS DE GOVERNO que se guiam pelo regime democrático (monarquias parlamentaristas).
A República tem como traços marcantes o acesso AO PODER POR MEIO DE SUFRÁGIO CENSITÁRIO (república aristocrática) OU UNIVERSAL (república democrática), enquanto a PERMANÊNCIA É LIMITADA temporalmente por meio de mandato fixo, durante o qual, via de regra, HÁ A RESPONSABILIZAÇÃO DO GOVERNANTE.
SÃO CARACTERÍSTICAS da República: a temporalidade, a eletividade e a responsabilidade.
	Temporalidade
	Eletividade
	Responsabilidade
	mandato, com prazo de duração pré-determinado. Para evitar o continuísmo, veda-se a reeleição sucessiva.
	chefe de governo é eleito pelo povo, porém não se reconhece a sucessão hereditária, ou seja, sempre haverá a participação do povo no processo eleitoral de escolha.
	o chefe de governo é politicamente responsável, ou seja, deve prestar contas de seus atos, diretamente ao povo ou, indiretamente, a um órgão de representação popular.
Não sendo a FORMA REPUBLICANA, CLÁUSULA PÉTREA CONSTITUCIONAL, há quem entenda existir condições jurídicas para um retorno da monarquia no Brasil pela via de emenda à constituição. Vale lembrar aos discentes que esta pergunta foi formulada ao povo brasileiro pela via plebiscitária, sendo que o mesmo se manifestou pela permanência da república, embora mais de 10 por cento dos cidadãos tenham se declarado favorável ao retorno da monarquia.
CONCEITO de res publica projeta a ideia-força de governo da coisa pública. Combate à degradação política pela corrupção dos agentes políticos, bem como o afastamento de práticas nocivas, como, por exemplo, o nepotismo e o patrimonialismo.
Após superar uma ditadura e iniciar um processo de redemocratização determinado país “P” resolve elaborar uma nova constituição. Embora estivesse definido que se organizariam pela via federativa, houve uma divisão política quanto à forma de governo a ser assumida: por um lado, os mais tradicionalistas requerendo o retorno à monarquia que deu origem ao surgimento do país no Século XVIII; e, por outro lado, os que defendem uma república de viés democrático, evitando estabelecer qualquer resquício personalista ao poder. 
A disputa se acirra e o representante da Família Real, figura carismática e bastante conhecido entre a população local, percebendo que os constituintes estão inclinados a estabelecer a forma de governo republicana, passa a defender que a constituição preveja uma forma monárquica com eleições para rei, sendo que o eleito deve governar com mandato fixo de seis anos, além de responder politicamente pelos seus atos.
Pergunta-se: 
a)A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a perspectiva da teoria política atualmente estudada? 
R: Não! A forma de governo monárquica é vitalícia, hereditária e não responsabiliza os atos do monarca e não decorre de escolha popular, logo não condiz com os interesses do representante da Família Real.
b)A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda constitucional) com a finalidade de alterar a forma de governo republicana pela forma monárquica? Pesquise e responda. 
R: Sim, a forma de governo não é cláusula pétrea, basta uma emenda constitucional para alterá-la. O que não pode ser alterado é a forma de Estado.

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