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UNIDADE 5 – NOÇÕES DE INFERÊNCIA 8. Testes de Hipótese para Médias 5.1 OBJETIVO O objetivo de um teste de hipótese para médias é avaliar afirmações feitas a respeito de médias populacionais. Os diversos testes exigem dados quantitativos. Isto é, dados contínuos ou discretos. 5.1 OBJETIVO Há, basicamente, três afirmações que podem ser feitas a respeito de uma média populacional e cada uma delas requer um tipo diferente de avaliação. Uma afirmação pode dizer respeito à média de uma única população; A avaliação envolve um teste de uma amostra. Uma segunda afirmação pode dizer respeito à igualdade de médias entre duas populações; A avaliação então envolve um teste de duas amostras. Pode-se afirmar que as médias de mais de duas populações são todas iguais; A avaliação envolve um teste de mais de duas amostras. 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA Utiliza-se um teste de uma amostra para testar uma afirmação sobre uma única média populacional. Extrai-se uma amostra de n observações e calcula-se a média amostral. Compara-se então a diferença entre o valor alegado e essa média amostral. Grandes diferenças sugerem que a afirmação é falsa; pequenos desvios corroboram a afirmação. 5.1 PASSOS PARA UM TESTE DE HIPÓTESE Anteriormente, vimos os passos necessários para realizar um teste de hipótese: 1. Estabelecer uma hipótese nula e a hipótese alternativa; 2. Identificar uma distribuição amostral adequada. A maior parte dos testes envolve a distribuição normal ou a distribuição t. 3. Particionar a distribuição amostral em regiões de aceitação (onde a variação é, provavelmente, casual) e de rejeição (onde as variações ocorrem por algum tipo de erro). Essa partição é feita a partir do nível de significância desejado. 4. Calcular a estatística do teste. 5. Comparar a estatística do teste com o valor crítico e decidir se rejeita H0 ou não. 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA Suponha que queiramos avaliar a afirmação de um fabricantes, de que seus pneus suportam uma quilometragem de 40.000 km. A hipótese nula, então, é a de que o fabricante está falando a verdade: H0: μ = 40.000 km Como vimos, podemos ter três hipóteses alternativas: H1: μ ≠ 40.000 km H1: μ > 40.000 km H1: μ < 40.000 km 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA Pegamos uma amostra de tamanho n=49, com média amostral = 38.000 km. Sabe-se que a população (quilometragem de todos os pneus) tem desvio padrão de 3.500 km. Desejamos saber se a diferença entre os 40.000 km alegados pelo fabricantes e os 38.000 km que encontramos na amostra é estatisticamente significante (ou seja, se rejeitamos H0). 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 1. Estabelecer uma hipótese nula e a hipótese alternativa; A hipótese nula é a de que o fabricante está certo: H0: μ = 40.000 km Estamos preocupados com o fato dos consumidores comprarem produtos com uma resistência menor, então nossa hipótese alternativa é: H1: μ < 40.000 km Como o teste segue o sinal, isso quer dizer que estamos fazendo um teste unilateral à esquerda. 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 2. Identificar uma distribuição amostral adequada. A maior parte dos testes envolve a distribuição normal ou a distribuição t. Como temos o desvio padrão populacional conhecido e um tamanho de amostra maior que 30, a distribuição amostral adequada é a normal. Então, supondo H0 verdadeira, média amostral de duração dos pneus segue uma distribuição normal de média 40.000 e desvio de 50049500.3 = 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 3. Particionar a distribuição amostral em regiões de aceitação (onde a variação é, provavelmente, casual) e de rejeição (onde as variações ocorrem por algum tipo de erro). Essa partição é feita a partir do nível de significância desejado. Desejamos aceitar um risco de 5% de rejeitar H0, quando ela é verdadeira. Assim, nosso nível de significância, ou α (alfa), é 0,05. O valor de Z na distribuição normal (definida no passo anterior) que deixa 0,05 na cauda esquerda é: Z = -1,65 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA Rejeitar H0 ZCrítico = -1,65 Aceitar H0 O sinal aponta para a cauda utilizada. H0: μ = 40.000 H1: μ < 40.000 05,0=α 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 4. Calcular a estatística do teste. X teste XZ σ µ− = 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 4. Calcular a estatística do teste. 00,4 500 000.2 500 000.40000.38 −= − = − = − = X teste XZ σ µ 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 5. Comparar a estatística do teste com o valor crítico e decidir se rejeita H0 ou não. Rejeitar H0 ZCrítico = -1,65 H0: μ = 40.000 H1: μ < 40.000 ZTeste = -4,00 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 5. Comparar a estatística do teste com o valor crítico e decidir se rejeita H0 ou não. Vemos que o valor da estatística do teste está dentro da região de rejeição; logo, não podemos aceitar H0. Concluímos que a vida média dos pneus é inferior a 40.000 km. 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA Outra maneira de decidirmos se aceitamos ou rejeitamos H0 é usar o p-valor (a probabilidade associada à estatística do teste). Temos que a estatística do teste Zteste=-4,0. Como estamos interessados em observar um valor menor que 38.000: Isso é o mesmo que avaliar: P (Z < -4,0) Na tabela da normal, P (Z < -4,0) ≈ 0 Como esse valor é menor que nosso nível de significância α=0,05, rejeita-se H0. )000.38( <XP 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA Note que esse resultado não garante que a afirmação do fabricante seja falsa. Lembre que temos 5% de chance de estarmos errados. Em outras palavras, podemos estar cometendo um erro do Tipo I (rejeitar H0, quando ela é verdadeira). Quando rejeitamos H0, o fazemos porque a evidência que a amostra que obtemos sugere que H0 é falsa; mas não há maneira de se estar absolutamente certo se a afirmação é verdadeira ou não, a menos que se proceda um censo. 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA Nesse exemplo, supomos que o desvio padrão da população é conhecido. Vimos que quando este desvio padrão é desconhecido e a amostra é menor que 30, devemos usar a distribuição t de student. Quando o desvio padrão é desconhecido e a amostra é maior que 30, podemos usar a distribuição normal no lugar da distribuição t. 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA Suponha, então, que o exemplo seja o seguinte: Suponha que queiramos avaliar a afirmação de um fabricantes, de que seus pneus suportam uma quilometragem de 40.000 km. A partir de uma amostra de n=25, temos os resultados: kmX 100.41= kmSX 700.2= 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 1. Estabelecer uma hipótese nula e a hipótese alternativa; A hipótese nula é a de que o fabricante está certo: H0: μ = 40.000 km Digamos que estamos interessados, agora, em saber apenas se essa média é diferente de 40.000 (sem importar se é maior ou menor). Nossa alternativa seria: H1: μ ≠ 40.000 km 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 2. Identificar uma distribuição amostral adequada. A maior parte dos testes envolve a distribuição normal ou a distribuição t. Como o desvio padrão populacional é desconhecido e a amostra é menor que 30, a distribuição amostral adequada é a t de student. Então, supondo H0 verdadeira, média amostral de duração dos pneus segue uma distribuição t de média 40.000 e desvio de Essa distribuição terá n-1=24 graus de liberdade 55025750.2 = 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 3. Particionar a distribuição amostral em regiões de aceitação (onde a variação é, provavelmente, casual) e de rejeição (onde as variações ocorrem por algum tipo de erro). Essa partição é feita a partir do nível de significância desejado. Desejamos aceitar um risco de 5% de rejeitar H0, quando ela é verdadeira. Assim, nosso nível de significância, ou α (alfa), é 0,05. Porém nosso teste é bilateral (porque usamos o símbolo ≠), então queremos α/2=0,025 em cada cauda. O valor de t na distribuição t de student com 24 graus de liberdade (definida no passo anterior) que deixa 0,025 em cada cauda é: t = |2,064 | 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA H0: μ = 40.000 H1: μ ≠ 40.000 Rejeitar H0 Rejeitar H0 tCrítico = -2,064 025,0 2 = α 025,0 2 = α tCrítico = 2,064 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 4. Calcular a estatística do teste. Para desconhecido e n < 30, a estatística do teste é: Xσ n S X n St XXTeste µ− == alegada média - amostral média 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 4. Calcular a estatística do teste. 0,2 550 100.1 25 750.2 000.40100.41 +== − =Testet 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 5. Comparar a estatística do teste com o valor crítico e decidir se rejeita H0 ou não. H0: μ = 40.000 H1: μ ≠ 40.000 Rejeitar H0 Rejeitar H0 tCrítico = -2,064 025,0 2 = α 025,0 2 = α tCrítico = 2,064 tTeste= +2,0 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA 5. Comparar a estatística do teste com o valor crítico e decidir se rejeita H0 ou não. Vemos que o valor da estatística do teste está dentro da região de aceitação; logo, não podemos rejeitar H0. Concluímos que a vida média dos pneus pode ser igual a 40.000 km. 5.2 TESTE PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA Outra maneira de decidirmos se aceitamos ou rejeitamos H0 é usar o p-valor (a probabilidade associada à estatística do teste). Temos que a estatística do teste tteste=+2,0. Em uma distribuição t com 24 graus de liberdade, a probabilidade associada à esse valor é igual a 0,02847. Como esse valor é maior que nosso nível de significância α/2 = 0,025, então não podemos rejeitar H0. Unidade 5 – Noções de Inferência 5.1 Objetivo 5.1 Objetivo 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.1 Passos para um teste de hipótese 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra 5.2 Teste para a média de uma Amostra
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