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Resumo prova 2 direito Romano.doc

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* COISA Juridicamente, coisa é toda entidade relevante para o direito, suscetível de tornar-se objeto de relações jurídicas. 
Rés é tudo aquilo que contribui para a satisfação das necessidades humanas nas inter-relações sociais.
* CLASSIFICAÇÃO DAS COISAS SEGUNDO GAIO
I- In Patrimônio ou Extra Patrimônio;
II- Mancipe ou Neo Mancipe;
III – Corporales ou Incorporales.
* PATRIMÔNIO É o conjunto dos direitos pecuniários, ativos ou passivos que pertencem a uma pessoa.
“RES IN PATRIMÔNIO”
São coisas ou bens que podem ser objeto de apropriação privada, integrando o patrimônio de um particular.
* RES EXTRA PATRIMONIUM” 
São as coisas ou os bens que por serem sagradas ou pertencerem ao Estado, não podem ser objeto de relações patrimoniais.
* CLASSIFICAÇÃO DAS “RES IN PATRIMONIO”?
Res mancipe: São as que se transferem pelo processo da mancipação. Modo solene;
Res nec mancipe: São as que se transferem sem formalismo algum, através de uma simples entrega ou tradição;
Res corporales: São as coisas materiais que podem ser tocadas;
Res incorporales: São as coisas imateriais, que não se tocam;
Res móbiles: São as coisas móveis;
Res imobiles: São as coisas imóveis
Res fungíveis: São as coisas que fazem o papel de outras, que podem ser pesadas, medidas, contatadas;
Rés infungíveis: São coisas que não podem ser substituídas por outras da mesma espécie.
Res divisíveis: São as coisas que se pode dividir em porções distintas, cada qual formando um todo perfeito. 
Rés indivisíveis: Não podem ser divididas sem alterar a sua substância. Ex animal, escravo.
Res Simples : Constituídas de uma unidade orgânica independente. Coisas fornecidas pela natureza com um só espírito.
Res Compostas: São as coisa que formam um conjunto. Corpo que resulta da união de muitas coisas.
* CLASSIFICAÇÃO “RES EXTRA PATRIMONIO”?
a) res humani júris: (direito humano)
1. res communes: Coisas que não podem ser de apropriação individual, mas por todos podem ser usadas. (ar, água)
2. res universitalis: Coisas que pertencem a cidade (estádios, teatros);
3. res publicae: Coisas que pertencem ao Estado e ao público (praças, vias públicas)
b) res divine júris: (direito divino)
1. res sacrae: Coisas consagradas aos deuses superiores por cerimônias ( templos);
2. res religiosae: Coisas consagradas aos deuses manes (túmulos, cemitérios);
3. res sanctae: Coisas que sem serem consagradas tem caráter religioso (muros e portas da cidade)
* TRADIÇÃO (traditio)? É uma simples entrega, sem formalismo, uma transferência de propriedade não solene.
* IMPORTÂNCIA DA DISTINÇÃO ENTRE AS COISAS MÓVEIS E IMÓVEIS
A distinção inequívoca entre móveis e imóveis forma-se à situação jurídica correspondente através de índices precisos.
* IMPORTÂNCIA DA DISTINÇÃO ENTRE COISAS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS
Para as coisas fungíveis se usa os contratos mútuos;
Nas coisas infungíveis se usa o comodato.
* COISAS PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS
Principais: São as coisas que existem sobre si mesma, abstratas ou secretamente. Ex: Edifício.
Acessórias: São aquelas cuja existência, pressupõe a principal. Ex: escravo.
* FRUTOS E BENFEITORIAS
Frutos (Fructus) São acessórios que se dividem em pendentes, colhidos, percebidos e separados. 
Ex: produtos vegetais (uva, trigo) Produtos animais (cabra)
Benfeitoria (Impensae) é tudo aquilo que se empregou numa coisa, são consideradas voluptários (simples), úteis e necessários.
CLASSIFICAÇÃO DOS FRUTOS: Pendentes, colhidos, percebidos e separados.
CLASSIFICAÇÃO DAS BENFEITORIAS: Voluptárias, úteis e necessárias.
* PROPRIEDADE: É um direito que confere ao seu titular um poder absoluto e pleno sobre a coisa. Direito que possibilita ao seu titular, extrair da coisa toda utilidade. Usar, Fruir e Dispor.
* DISTINÃO ENTRE PROPRIEDADE, POSSE E DETENÇÃO?
Propriedade é um direito; A posse é um fato; e a detenção é mero poder físico sobre coisa pertencente a outrem.
* PROPRIEDADE ABSOLUTA DO DIREITO ROMANO:
JUS UTENDI; Direito de usas as coisas – JUS FRUENDI: Direito de usar não propriamente a coisa, mas de aproveitar os frutos. JUS ABUTENDI: Direito de abusar da coisa, dispondo como melhor lhe prover.
* EVOLUÇÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE EM ROMA:
Modificou com o decorrer do tempo, onde a noção materialista de propriedade, humaniza-se sob a influência cristã. A propriedade é um bem que acarreta ao titular direitos mas também deveres e obrigações.
* ESPÉCIES DA PROPRIEDADE?
Quiritária ou Dominium ex jure quiritium: peculiar e própria dos romanos
Três condições para que haja a propriedade romana:
Proprietário seja cidadão romano;
Terreno seja romano ou itálico;
Adquirido de modo convencional.
Bonitária: O proprietário pode ter o domínio ou a posse da coisa
Peregrina: O proprietário não tem o domínio por ser peregrino, isto estrangeiro.
Provincial: Terras pertencentes a província romana.
* POSSE: É o poder físico sobre a coisa por uma pessoa, mesmo não sendo proprietário.
* ELEMENTOS DA POSSE:
Animus (intensão): natureza intelectual, psicológica);
Corpus – (poder físico): de ordem material, físico.
* ESPÉCIES DA POSSE: 
Cívilis (posse civil) Fundada em atos jurídicos;
 Naturalis (posse natural) Mera detenção;
Ad interdicta ( posse pelos interditos) Detenção material da coisa com a intenção de conservá-la.
*AQUISIÇÃO DA POSSE: Pela própria pessoa ou por intermédio de outrem.
PERDA DA POSSE: Perde-se a pose quando se perdem os dois elementos que o integram, o corpo e o animus.
QUASE POSSE (quase posséssio) É a extensão em Roma de noção de posse.
* INTERDITOS POSSESSÓRIOS:
Interdito – Ordem do pretor para fazer ou não alguma coisa. Uma das partes solicita;
Utrubi: Interdito das coisas móveis;
Uti possidetis: Interdito das coisas imóveis.
* INTERDITO PARA CONSERVAÇÃO DA POSSE: Ordens baixadas pelo Pretor para proteger a posse.
Conservatórios, Proibitórios e Retentórios. (Possessório conservatório: Utrubi e Uti Possidentis).
* INTERDITO PARA RECUPERAÇÃO DA POSSE: Ordens do Pretor para que se restitua ao possuidor a coisa.
Recuperatórios e Restitutórios.
* MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE:
1) A título particular: 
Jus civile: Mancipátio, In jure cessio, usocapião, adjudicato, lex e alienatio;
Jus Gentium: Accessio, Ocupatio e traditio.
2) A título Universal.
3)Originários e derivados: Tomada de posse de uma coisa sem proprietário (coisa de ninguém)
4) Voluntária e necessária: Acordo de vontades entre as partes.
* MODOS CONVENCIONAIS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE:
Transferência da propriedade:
Modos convencionais são os que exigem acordo entre as partes os quais são caracterizados por acordos solenes e não solenes
Solenes: Mancipátio e In Júri Cessio – Não solenes: Traditio
* MANCIPÁTIO (Ou mancipação): Modo convencional e solene de transferência da propriedade.
* IN JURE CESSIO: Modo convencional e solene de transf. da propriedade. Abandono do objeto diante do juiz.
* TRADITIO: Modo convencional, mas não solene de transferência da propriedade, que passa do alienante ao adquirente sem formalidade alguma.
* MODOS NÃO CONVENCIONAIS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE:
Dispensam o acordo de vontades das partes contratantes:
1) OCUPAÇÃO: Aquisição da propriedade de uma coisa sem dono, medinte a tomada de posse. 
Principais aplicações: Saque militar, Caça e a pesca, As coisas abandonadas e tesouros.
2) ESPECIFICAÇÃO: Transformação de gênero em espécie, de matéria prima oferecida pela natureza.
3) ACESSÃO: Aquisição pela aplicação do princípio. Ex; Coisa móvel a coisa imóvel (Construção) e Coisa móvel à coisa móvel (pintura).
4) USUCAPIÃO: Adquiri a propriedade segundo o direito civil. Pelo decurso do tempo.
Requisitos: Decurso do tempo, justo título, boa fé, coisa susceptível de usucopir-se e posse mansi pacífico.
Aplicação do usucapião: a) Aquisição de coisa abandonada. B) Aquisição de rés mancipi procedente do verdadeiro proprietário. C) Aquisiçãode rés mancipi ou nec mancipi vicio de forma, mas procedente de um proprietário.
5) ADJUDICAÇÃO: Transferência determinada pelo juiz, diante dos litigantes, após o exercício da ação divisória.
6) AQUISIÇÃO POR LEI: Propriedade conferida a uma pessoa que preencha as condições especificadas numa certa lei.
* DIREITO SOBRE AS COISAS ALHEIAS (JURA IN RE ALIENA)
CLASSIFICAÇÃO:
1) Servidões: a) Reais( rurais e urbanas) b) Pessoais (usufruto, uso, habitação, serviços de animal e escravo)
2) Direitos reais pretorianos: a) Jus in agro vectigali. b) enfiteuse. c) superfície. d) hipoteca. e) prop. Bonitária. 
1) SERVIDÕES: Direitos reais sobre coisa alheia em benefício de prédio ou pessoa.
Servidão real: direito sobre um imóvel em beneficio de outro imóvel.
Rural: fudos rurais.
Urbana: Direito de vista, direito de colocar vigas na parede do vizinho, direito de escoamento.
* Servidão Pessoal: Direito sobre móvel ou imóvel em benefício de uma pessoa:
USUFRUTO: permite uma pessoa a percepção dos frutos produzido por coisa pertencente a outra pessoa, sem que se altere a substância da coisa.
USO: Semelhante ao usufruto porem limitado. permite ao usuário apenas o direito de usar, não o direito de fruir.
HABITAÇÃO: Direito de usar uma casa alheia.
SERVIÇO DE ANIMAL E ESCRAVO: Direitos pessoais na maioria das vezes, gerado por testamento. Confere ao beneficiário o direito de utilizar dos trabalhos de um animal ou de um escravo a seu favor ou de terceiros.
2) DIREITOS REAIS PRETORIANOS:
Direitos criados pelo pretor ou pela legislação imperial.
JUS IN AGRO VECTIGALE: direito sobre o campo tributável
ENFITEUSE: É a convenção pela qual o proprietário concede a outra pessoa,o direito de cultivar uma porção de terra e dela extrair toda utilidade por muito tempo ou para sempre, mediante pagamento de tributo anual.
SUPERFÍCIE: Direito real reconhecido pelo pretor a uma pessoa de utilizar mediante retribuição as construções e plantações feitas sobre terreno alheio, alugado por longo prazo.
HIPOTECA: Direito que recai sobre uma coisa para garantir o pagamento de uma posse da coisa, ou de vendê-la caso não seja pago na data estipulada.
PROPRIEDADE BONITÁRIA: O proprietário pode ter o domínio e a posse da coisa.

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