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Aspectos Históricos e Conceituais da Psicologia Jurídica

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Aspectos Históricos e Conceituais da Psicologia Jurídica
Terminologias, Origens e Campos de Atuação
Psicologia Jurídica, Forense, Judiciária, Criminal?
Terminologia
Psicologia Jurídica
Denominação genérica das aplicações do saber psicológico, relacionadas a práticas jurídicas.
Psicologia Forense
corresponde a toda aplicação do saber psicológico realizada sobre uma situação que se sabe estar (ou estará) sob apreciação judicial, ou seja, a toda a Psicologia aplicada no âmbito de um processo ou procedimento em andamento no Foro (ou realizada vislumbrando tal objetivo). Incluem as intervenções exercidas pelo psicólogo criminal, pelo psicólogo judiciário, acrescidas daquelas realizadas pelo psicólogo assistente técnico.
Psicologia Criminal
é um subconjunto da Psicologia Forense e estuda as condições psíquicas do criminoso e o modo pelo qual nele se origina e se processa a ação criminosa. Seu campo de atuação abrange a Psicologia do delinquente, a Psicologia do delito e a Psicologia das testemunhas.
Psicologia Judiciária
também é um subconjunto da Psicologia Forense e corresponde a toda prática psicológica realizada a mando e a serviço da justiça. É aqui que se exerce a função pericial. A Psicologia Judiciária está contida na Psicologia Forense, que está contida na Psicologia Jurídica. A Psicologia Judiciária corresponde à prática profissional do psicólogo judiciário, sendo que toda ela ocorre sob imediata subordinação à autoridade judiciária.
Breve histórico da Psi Forense no Mundo
1893 – James Cattel conduz a primeira pesquisa em Psicologia do Testemunho, na Universidade de Columbia – EUA. 
1896 - Albert von Schrenck-Notzing testemunha como perito no julgamento de homem acusado de matar 3 mulheres. Considerava o homem inocente, baseado em pesquisa psicológica.
A partir daí muitas outras pesquisas se seguiram (Stern, 1901, Munsterberg, 1906, 1908; Marston, 1922 – relação entre mentira e pressão sanguínea)
Na década de 1920 psicólogos já testavam prisioneiros para verificar transtorno mental associando-o com criminalidade.
Entre 1940 e 1950 vários psicólogos já testemunhavam como peritos em Juízo...
Histórico da Psi Jurídica no Brasil (ROVINSKI, 2009)
Relação entre as origens da Psi Jurídica no Brasil e o modo de se fazer avaliação psicológica;
Rio de Janeiro – Na década de 1920, Waclaw Radecke cria o Laboratório de Psicologia da Colônia de Psicopatas de Engenho de Dentro.
Seu trabalho e o do prof. Elizier Schneider, ambos pela Universidade do Brasil (atual UFRJ), foi o de “psicologista”, em que a atividade de aplicação de testes era prática rotineira.
Porém Schneider foi além da visão psicometrista, preocupando-se com influências sociais, culturais e econômicas na personalidade do criminoso.
Rovinski, 2009 – cont.
São Paulo – década de 1970. Três das nove unidades prisionais contavam com Setor de Terapêutica Criminal, onde eram realizadas provas psicológicas (perícias)
Também nesta década, a psicologia, já regulamentada, passou a compor as equipes de perícias criminológicas.
Rio Grande do Sul – 1974 psicólogas já trabalhavam no Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso.
Em outros Estados (Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais), a inserção da psicologia também esteve inicialmente voltada para a área criminal/penal.
Rovinski, 2009 – cont.
Na área cível, o trabalho iniciou-se de modo informal, via estagiários ou voluntários. Em 1980, implantou-se o Serviço de Psicologia no Tribunal de Justiça de São Paulo, com alguns profissionais atuando na qualidade de voluntários, colaborando com o serviço de atendimento às famílias, oferecendo-lhes apoio, visando sua reestruturação e a manutenção da criança no lar, para evitar a internação. Ditos profissionais só foram efetivados em 1985.
Neste mesmo ano (1985), uma Vara de Família em Brasília criou uma assessoria, posteriormente chamada, Serviço Psicossocial Forense, em 1992.
Também em 1992, no Estado do Rio de Janeiro e em Pernambuco, os Poderes Judiciários também inseriram psicólogos; o Primeiro, na Infância/Juventude, o segundo, no contexto das Varas de Família.
Rovinski, 2009 – cont.
A área em que ocorreram as primeiras incursões foi aquela relacionada com as questões criminais, voltadas ao estudo do perfil do criminoso ou de crianças e adolescentes envolvidos em atos infracionais.
Com a Lei de Execuções Penais e reformulações na Lei Penal, ambas em 1984, passaram a ser legalmente previstos os exames de personalidade, criminológico e o parecer técnico das Comissões Técnicas de Classificação.
O advento do ECA (1990) trouxe, explicitamente, normas voltadas ao atendimento psicossocial da criança, com finalidades tanto periciais quanto de acompanhamento.
Nesta década de 1990, vários Tribunais de Justiça realizaram seus primeiros concursos públicos p/ psicólogos.
Ponderação crítica de Rovinski (2009)
As primeiras atividades do psicólogo no campo jurídico eram essencialmente avaliativas. A elaboração dos psicodiagnósticos estava associada a instrumentos que forneceriam dados matematicamente comprováveis para orientação dos operadores do Direito.
O trabalho se caracterizava como de “psicometrista” e do qual geravam laudos e informações que acabavam facilitando a segregação, a exclusão dos mais vulneráveis.
A autora, assim, exorta para que se vá além da mera prática pericial para se buscar atividades que promovam a possibilidade de abordar questões da subjetividade humana, as particularidades do sujeito e das relações nos problemas psicossociais. Promover os direitos humanos, saber ler as novas realidades psicojurídicas.
Áreas de atuação da psicologia jurídica
Policial
Preparação e reciclagem; clínica. 
 Infância e Juventude
Varas de Infância
Instituições de medidas protetivas ou socioeducativas ou de acolhimento (abrigos)
Entidades voltadas para a adoção
Direito de Família
Perícia ou acompanhamento às famílias em conflito
Penitenciária
Inserção do homem em seu contexto social
Psicologia do Testemunho
Ex: Estudo de falsas memórias (PUC-RS) 
Vitimologia
Atendimento a violências domésticas

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