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DIREITO CIVIL PARTE GERAL AULA VIII

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DIREITO CIVIL
PARTE GERAL I
AULA VIII
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DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL
Artigos 70 a 78, CC.
Local em que a pessoa pode ser sujeito de direitos e deveres na ordem privada.
“É a sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos de direito e onde exerce ou pratica, habitualmente, seus atos e negócios jurídicos.” (DINIZ, 2010)
Obs.: Não se confunde com habitação/moradia – situação de fato, local onde pessoa é encontrada ocasionalmente, sem ânimo de permanência.
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DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL
Regra – domicílio é o local no qual a pessoa se situa, permanecendo a maior parte do tempo, com ânimo definitivo. Em regra é o local de sua residência (artigo 70, CC).
Exceção – (art. 71, CC) pessoa com 2 ou mais residências, onde, alternadamente, viva, considerando-se seu domicílio qualquer um destes locais (pluralidade domiciliar)
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DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL
Artigo 72, CC – local onde a pessoa exerce profissão também é considerado seu domicílio (domicílio profissional).
Artigo 73, CC – em caso de não ter residência habitual, considerará domicílio o local onde for encontrada a pessoa.
Artigo 74, CC – mudança de domicílio: transferência de residência (elemento objetivo); intenção manifesta de mudar (elemento subjetivo).
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DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL - CLASSIFICAÇÃO
a) Domicílio voluntário: fixado pela vontade da pessoa;
b) Domicílio contratual ou convencional: é aquele previsto no artigo 78, CC – estabelecido nos contratos escritos apenas para o negócio jurídico específico. Este domicílio repercutirá como foro competente (“cláusula de eleição de foro”)
 
 
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DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL - CLASSIFICAÇÃO
c) Domicílio necessário ou legal: é o imposto por lei a partir das regras específicas do artigo 76, CC, a saber:
c.1) domicílio dos absolutamente e relativamente incapazes é o mesmo dos representantes e assistentes (art. 3º e 4º);
c.2) domicílio do servidor público é o local em que exerce, com caráter permanente, suas funções;
c.3) domicílio do militar é o do quartel onde servir (Exército) ou do comando que se encontra subordinado (Marinha; Aeronáutica);
c.4) domicílio do marítimo ou marinheiro é o do local da matrícula do navio;
c.5) domicílio do preso é o local que cumpre sua pena.
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MORTE – MODALIDADE E EFEITOS JURÍDICOS
Morte real:
- Marco final da personalidade jurídica da pessoa natural;
- Aferida pela morte cerebral (artigo 3º, lei 9.434/97) relatada através de laudo medico, visando à elaboração de atestado de óbito a ser registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais (art. 9º, I, c/c art. 77 lei 6.015/73).
- Pessoas obrigadas a fazer a declaração de óbito → art. 79, lei 6.015/73.
- Assento de óbito deverá conter → art. 80, lei 6.015/73.
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MORTE – MODALIDADE E EFEITOS JURÍDICOS
Morte presumida sem declaração de ausência (A justificação):
	2 hipóteses – artigo 7º, CC
1ª. Desaparecimento do corpo da pessoa, sendo extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida. ex.: desastres; catástrofes naturais.
2ª. Desaparecimento da pessoa envolvida em campanha militar ou feito prisioneiro, não sendo encontrado até dois anos após o término da guerra.
Artigo 88, lei 6.015/73
Declaração de morte por justificação somente será possível após esgotadas as buscas e averiguações, devendo constar na sentença a data provável da morte.
Obs.: lei 9.140/95 (alterada pela lei 10.536/02)
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MORTE – MODALIDADE E EFEITOS JURÍDICOS
Artigo 88, lei 6.015/73
Declaração de morte por justificação somente será possível após esgotadas as buscas e averiguações, devendo constar na sentença a data provável da morte.
Obs.: lei 9.140/95 (alterada pela lei 10.536/02)
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MORTE – MODALIDADE E EFEITOS JURÍDICOS
Morte presumida com declaração de ausência:
Desaparecimento sem deixar notícias. Pessoa em local incerto e não sabido.
CC/1916 – causa de incapacidade absoluta.
CC/02 – inexistência por morte presumida.
Presunção legal de morte – presunção iuris tantum.
- Por meio de decisão judicial - três fases: da curadoria dos bens do ausente (arts. 22 a 25 do CC); da sucessão provisória (arts. 26 a 36 do CC); da sucessão definitiva (arts. 37 a 39 do CC).
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Morte presumida com declaração de ausência:
1ª. da curadoria dos bens do ausente (arts. 22 a 25 do CC):
- Desaparecendo sem deixar notícias ou representante → nomeação de curador para guardar seus bens.
- Ação específica proposta pelo MP ou por qualquer interessado (sucessores artigo 22, CC e art. 1.160,CPC).
- Representante designado não querendo assumir o encargo – será feita a nomeação de curador.
- Poderes do curador → fixados pela juíza com base art. 1.728 a 1.783 CC.
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Morte presumida com declaração de ausência:
1ª fase. Da curadoria dos bens do ausente (arts. 22 a 25 do CC):
Art. 25 → curador legitimo é o cônjuge/companheiro do ausente sempre que não esteja separado judicialmente ou de fato há mais de 2 anos.
OBS.: possibilidade do cônjuge separado somente até a EC 66/10.
OBS.: aplicação ao companheiro (Enunciado 97 CJF/STJ; art. 226, § 3º CF).
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Morte presumida com declaração de ausência:
Não existindo cônjuge/companheiro – ordem de preferência para curadoria:
1º. pais do ausente;
2º. descendentes, não havendo impedimento – o mais próximo excluindo o mais remoto;
3º. curador dativo ad hoc a ser nomeado pelo juiz entre pessoas idôneas e de confiança.
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Morte presumida com declaração de ausência:
2ª fase. Da sucessão provisória (art. 26 a 36 CC)
- Após 1 ano da arrecadação dos bens do ausente e da nomeação do curador – abertura da sucessão provisória
- mediante pedido por interessados.
- deixando representante – prazo de 3 anos (art. 26, CC)
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Morte presumida com declaração de ausência:
Interessados para requerer a sucessão provisória (art. 27 CC):
1º. o cônjuge/companheiro;
2º. os herdeiros, legítimos ou testamentários (art. 1790 e 1844 CC);
3º. aquele com direitos relacionados aos bens do ausente, principalmente após a morte (ex.: legatários);
4º. os credores de obrigações vencidas e não pagas pelo desaparecido;
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Morte presumida com declaração de ausência:
- trânsito em julgado da sentença de sucessão provisória – após 180 dias e não no prazo legal de regra
Artigo 28, CC: logo após o trânsito é possível a abertura de eventual testamento, bem como o inventário da partilha dos bens.
OBS.: artigo 29 CC – conversão de bens móveis.
Artigo 30, caput CC – imissão na posse mediante garantias. - §§ 1º e 2º.
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Morte presumida com declaração de ausência:
Artigo 31 CC – regra de inalienabilidade sobre os bens imóveis do ausente.
Artigo 32 CC – resposta pelas dívidas do desaparecido até os limites da herança.
Artigo 33, caput CC e artigo 34, CC.
Artigo 35, CC e artigo 36, CC.
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Morte presumida com declaração de ausência:
3º. Da sucessão definitiva (art. 37 a 39 CC):
Transformação de sucessão provisória em definitiva – antes (CC/16) era de 20 anos; agora (CC/02) prazo de 10 anos – prazo a ser mencionado na sentença de sucessão provisória (art. 37, CC)
OBS.: pessoas de mais de 80 anos, desaparecida por 5 anos – ingressa na terceira fase de forma direta.
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Morte presumida com declaração de ausência:
Regressando o ausente?
Até 10 anos seguintes da sucessão definitiva → direitos somente sobre os bens que ainda existirem no estado em que se encontrarem ou em relação àqueles bens comprados da venda dos bens que lhe pertenciam (“bens sub-rogados) – art. 39 CC
Após 10 anos → bens serão definitivamente dos herdeiros
Art. 39, § ú c/c art. 1844
Artigo: 1.571, § 1º CC
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