Buscar

POLÍTICAS PÚBLICAS E ASSISTÊNCIA SOCIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

POLÍTICAS PÚBLICAS E ASSISTÊNCIA SOCIAL
 As políticas públicas são decisões de Estado resultantes do esforço de buscar as soluções dos problemas enfrentados pelas pessoas e comunidades. Partindo da máxima de Shimitter de que política é a resolução pacífica de conflitos, podemos considerar que a gênese das políticas públicas está no processo de permanente conflito entre os diversos componentes da sociedade e resulta de resposta do Estado a tais movimentos.
Quando se discute a sua gênese podem ser observados, entre os enfoques predominantes na análise das políticas públicas, alguns modelos que, Pereira (1987), classifica como:
a) O sistêmico ou ecológico, que privilegia as forças do meio ambiente como produtoras de política;
b) o incrementalismo, que se atém ao aproveitamento de decisões passadas na formulação de novas estratégias; e,
c) o institucionalismo, que vê a política pública como resultante de arranjos técnicos governamentais.
Potyara Pereira (1987), entretanto, em sua análise das políticas sociais no Brasil, prefere “encarar a política social não como um fenômeno discreto e desgarrado dos enfrentamentos de classe, recomendando recorrer a outras propostas alternativas de análise, e busca demonstrar a adequabilidade da abordagem marxiana para explicar o  processo de gênese das políticas sociais, e públicas também” Por sua vez, Maria das Graças Rua (1997), explica que as políticas públicas (policies) são as resultantes da atividade política e, geralmente, envolvem mais do que  uma decisão, requerendo diversas ações estrategicamente selecionadas para implementar as decisões tomadas.
As políticas são públicas, ainda segundo a autora, não pelo “tamanho do agregado social sobre o qual incidem, mas pelo seu caráter imperativo”. Ou seja, são públicas porque são ações revestidas da autoridade soberana do poder público.
 Mestre em Política Social pelo Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília e Presidente do  Instituto Brasileiro de Administração para o Desenvolvimento (IBRAD).  O que pode ser observado é que as políticas públicas decorrem de demandas de segmentos da população direcionadas para o sistema político ou para a classe dominante e que os atores demandantes, em função de seu papel mais ou menos estratégico dentro da sociedade, pressionam o Estado para orientá-las de acordo com seus interesses.
 Assim, ao buscarmos uma origem para as políticas públicas, a encontraremos nos  confrontos, nos problemas enfrentados por indivíduos ou por grupos de indivíduos que convivem em uma mesma sociedade, o que pode ser caracterizado como a situação  problema, descrita por Rua (1987).
Para esta autora, uma situação problema, é aquela que incomoda e gera insatisfações para um grupo de pessoas, podendo ou não converter-se em uma política pública. Dependendo das condições reinantes uma situação problema pode ser incorporada à agenda política do Estado, tornando-se uma política pública, ou não, convertendo-se, então, naquilo que a autora chama de estado de coisa
Neste sentido, um estado de coisas se transforma em problema político quando mobiliza a ação política, e segundo Rua (1987), para que uma situação problema se converta em um problema político e passe a figurar na agenda governamental é necessário que apresente pelo menos uma das seguintes características:
a) mobilize a ação política, isto é, seja ação coletiva de grandes grupos, seja ação coletiva de pequenos grupos dotados de fortes recursos de poder, seja ação de atores individuais estrategicamente situados;
b) constitua uma situação de crise, calamidade ou catástrofe, de maneira que o ônus de não resolver o problema seja maior que o ônus de resolvê-lo;
c) constitua uma situação de oportunidade que seja antevista por algum ator relevante,  oportunidade esta decorrente do tratamento daquele problema.
Esta abordagem se aproxima daquela proposta por Oslak e O’Donnell (1976) que trata por questões as necessidades, tanto do capital quanto do trabalho, que fora socialmente problematizadas por atores estratégicos e incorporadas na agenda de prioridades do setor público.
Ressaltam os autores que, além do jogo de pressão dos atores envolvidos, a resposta do Estado a uma questão pode assumir diferentes feições, que podem ir desde a  omissão, pela repressão ou, pelo contrário, chegando à intenção de resolver substantivamente a questão posta.
 Assim, visando sintetizar estas primeiras explicações sobre a gênese das políticas públicas podemos assim organizá-las:
1) há um estado de coisas que incomoda determinado grupo social, um problema;
2) este grupo social tem algum poder de mobilização ou poder estratégico e passa a pressionar o Estado visando transformar este estado de coisas em uma situação problema;
3) outros grupos de interesse, contrários ao grupo demandante, também poderão pressionar o Estado em sentido oposto;
4) dados os desdobramentos deste conflito de interesses o Estado pode, ou não, agregar aquele estado de coisas à sua agenda governamental, transformando-a em situação problema ou questão; e, consequentemente
5) iniciando a etapa de formulação da política pública. 
DO PROCESSO DE FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Assim, uma vez que a situação problema entra na agenda política do Estado, passa-se para um estágio seguinte que é o relativo à formulação de alternativas para superação do problema. Ainda aqui cada grupo de interesse terá sua preferência sobre como atacar aquela situação problema identificada, de modo que a alternativa de solução  selecionada seja aquela que maximize a relação custo/benefício para cada ator envolvido. Obviamente, o processo conflitivo tende a permanecer.
O processo de formulação da política pública é aquele em que se exige  compromissos da parte dos diversos atores envolvidos, compromissos estes que se  expressam por meio do anúncio de resultados e metas governamentais para aquele  problema. Neste momento, mesmo que de forma indireta, se delineia um instrumento de  controle social das ações do Estado, por parte da sociedade, que posteriormente discutiremos com maior profundidade.
Em função da importância deste momento político, ainda segundo a avaliação de Rua (1997), a formulação das alternativas, e a consequente seleção de uma delas, é um dos momentos mais importantes do processo decisório, pois é quando se colocam claramente as preferências dos atores
Nesta oportunidade são discutidos os atributos da política pública que vai ser implementada, assim como os conceitos que a fundamentarão, os seus parâmetros e indicadores para orientar o processo decisório e definir a estratégia de implementação.  Para se ter uma idéia da importância política desta etapa do processo é aqui que, por exemplo, se definiria o perfil das comunidades que se beneficiarão de um programa de complementação de renda para combate à exploração do trabalho infantil.
Se o processo de formulação de uma política é ainda eivado de debates com intensa carga político-ideológica, a implementação de uma política se dá por meio de planos, programas e projetos. De forma mais específica, o plano é a representação da política, é o produto do processo pelo qual um ator seleciona uma cadeia de ações para alcançar seus objetivos. Como propõe John Friedman, o plano é uma mediação entre o conhecimento e a ação.
Entretanto, a mera formulação de uma política e consequente elaboração de um plano e demais instrumentos de programação não garantem a viabilidade de sua implementação.  Para Maria das Graças Rua (1997) existem pré-condições necessárias para que uma política pública tenha uma perfeita implementação, quais sejam:
1) as circunstâncias externas à agência implementadora não devem impor restrições que a desvirtuem;
2) o programa deve dispor de tempo e recursos suficientes;
3) em cada estágio da implementação deve haver a combinação de recursos necessária  para tanto (cumprir seus objetivos);
4) a política a ser implementada deve ser baseada em um teoria adequada sobre a relação entre a causa (de um problema) e o efeito(de uma solução de está sendo proposta);
5) a relação entre causa e efeito deve ser direta e se houver fatos intervenientes estes devem ser mínimos;
6) deve haver uma só agência implementadora, que não dependa de outras para ter
sucesso, estando outras envolvidas, a relação de dependência deverá ser mínima em número e em importância;
7) deve haver completa compreensão e consenso quanto aos objetivos a serem atingidos e esta condição deve permanecer durante todo o processo de implementação;
8) ao avançar em direção aos objetivos acordados deve ser possível especificar, com detalhes completos e em sequência perfeita, as tarefas a serem realizadas por cada participante;
9) é necessário que haja perfeita comunicação entre os vários elementos envolvidos no programa;
10) os atores que exercem posições de comando devem ser capazes de obter efetiva obediência dos seus comandados.
Em que pese reconhecermos nas pré-condições impostas por Rua (1997) para a viabilização de uma determinada política, ou de um programa a ela afeto, lógica e racionalidade, não podemos nos furtar a fazer alguns comentários que resvalam, necessariamente, nos aspectos relativos ao próprio processo de formulação, à gestão e à avaliação dos projetos, programas e políticas públicas.
 Em primeiro lugar, as três primeiras condicionantes proposta pela a autora remete a uma situação ótima de viabilidade duvidosa. É possível minimizar as influências do ambiente externo. É recomendável engendrar mecanismos políticos e gerenciais que minimizem os riscos de descompasso entre a necessidade de recursos e sua disponibilidade. Mas não há meios de se garantir ou se depender totalmente disto para se implementar uma política. São variáveis exógenas que precisam ser monitoradas e administradas pelos gestores de políticas públicas visando minimizar seus efeitos negativos sobre o processo de implementação das políticas.
 Em segundo lugar, os tópicos 4 e 5, que se referem, por um lado, ao fato de a política ser baseada em um teoria adequada sobre a relação entre a causa e o efeito, e por outro lado, da necessidade de que a relação entre causa e efeito deva ser direta e se houver  fatos intervenientes estes devem ser mínimos, algumas outras considerações podem ser traçadas.
 Uma está associada à própria pertinência da política proposta. Ou seja, embora seja possível (e lamentavelmente, até frequente) que as políticas propostas não representem uma resposta de fato ao problema que gerou todo o movimento político, prefiro considerá-las como não-políticas. Isto é, políticas de caráter “diversionista” orientadas para não solucionar problemas. Não podendo ser analisadas, pelo menos para fins desta discussão, como se políticas fossem.
 Outra consideração se refere às variáveis exógenas que podem surgir entre a solução proposta e a causa do problema. Em que pese ser orientação básica do processo de formulação de intervenções públicas minimizar as variáveis externas, cada vez parece mais patente a dificuldade de conseguir meios para garantir tais condição, em especial dado ao cada vez maior grau de interrelação entre as diversas políticas e ações governamentais.
Em terceiro lugar, cabe uma breve consideração à pré-condição da exclusividade na implementação, ou seja, aquela de que deve haver uma só agência implementadora, que não dependa de outras para ter sucesso. Ora, esta proposta não só é pouco viável no modelo de administração pública vigente, como caminha na contramão do novo modelo gerencial, que tem como princípios a articulação inter-institucional, a parceria e outros instrumentos de co-gestão de projetos, programas e políticas públicas.
Em quarto, cabe lembrar que as outras condicionantes são aquilo que alguns autores estão chamando de “pré-requisitos” da boa gestão de um projeto, ou seja, condicionantes internas ao projeto que estão sob a governabilidade do gestor público, cabendo a ele a garantia de seu equacionamento. Estas sim, criam espaços para práticas gerenciais que efetivamente promovam a melhoria das políticas públicas.
Finalmente, é de bom alvitre reconhecer que o processo de formulação em implementação de políticas sociais são partes de um mesmo macro-processo que, dado aos incessantes câmbios conjunturais, estão sendo frequentemente revistos e alterados, de forma a maximizar os resultados das políticas públicas.
Fazendo uma breve referência ao planejamento estratégico, poderíamos nos lembrar de Carlos Matus (1996), quando reconhece que a teoria do governo não é uma teoria do controle determinístico do governante sobre o sistema, nem um mero jogo de azar, mas contém doses de ambos. Ou seja, nem o governante, tão pouco o gestor da política pública (ou de um de seus programas) pode controlar as variáveis com o grau de precisão condicionado por Rua (1997), embora esse possa ser o seu desiderato.
Com isso, queremos afirmar nossa crença de que a viabilidade ou o sucesso do processo de implementação de uma política pública está muito mais atrelado à capacidade dos grupos interessados em se ajustar a uma natureza permanentemente cambiante do que nas pré-condições mencionadas. Entretanto, devemos reconhecer que sua ocorrência é  de grande valia para o sucesso das propostas e, algumas delas, a absoluta não ocorrência é  fatal para o processo. 
AS POLÍTICAS SOCIAIS
 Objeto de nosso interesse específico no campo das políticas públicas, as políticas sociais englobam todo o aparto do Estado voltado para a oferta de bens e serviços públicos destinados a prover um determinado grau de “proteção social” aos membros da sociedade. Aparentemente proteção contra a incapacidade ou a dificuldade destas pessoas de se incorporarem ao sistema formal (basicamente mercado de trabalho) ou deste sistema de absorver maior número de pessoas.
De princípio, parece-nos plausível reconhecer que se o origem das políticas públicas está na disputa pela solução de situações problema, as políticas sociais também se destinam a um determinado perfil de problema ou necessidade dos grupos que compõem a sociedade. Aqui também se repete, pelo menos para boa parte dos autores, o mesmo processo de confrontação/conciliação que permeia as demais políticas públicas.
À título de exemplo, Potyara Pereira (1987) considera que “ a política social é um processo que se vai dando no interior da necessária reciprocidade entre a determinação econômica e a vontade política de classes e grupos sociais antagônicos, face àquela determinação, mediante pressão diferenciada junto ao Estado por mudanças que lhes sejam particularmente favoráveis”.
Assim, para a mencionada autora, a política social responde muitas vezes a determinações imediatas de cunho político, embora, em última instância, seja determinada pela base econômica. Ou seja, é uma mediação entre as necessidades de grupos de pressão e interesse e as necessidades do sistema econômico de produção.
 Porém, mais do que a discussão sob a gênese da política social, interessante mesmo é discutir o seu papel dentro do sistema político e econômico, posto ser este um debate frequente e acalorado. Qual o papel das políticas sociais?
Partindo de uma abordagem mais tradicional, ou naturalísticas, teríamos que o papel da política social seria do de compensar as debilidades de alguns indivíduos membros da sociedade, numa atitude a respeito das necessidades dos mais carentes. É a  lógica da proteção ao necessitado ou, até mesmo, do “inadequado” ao convívio social (com todos os riscos associados a este tipo de classificação). Assim, como alerta Faleiros (1995), a concepção naturalista é a “falta de” que caracteriza a necessidade, ou seja, a “falta de algo em uma natureza ideal e genérica” que faz com que o indivíduo seja carente.
Uma outra visão, poderia nos remeter a Maslow e a sua hierarquia de  necessidades, como uma pirâmide, na qual as necessidades mais à base precisam ser satisfeitas para que o indivíduo passe a se preocupar com as necessidades superiores.
Assim, satisfazem-se as necessidades fisiológicas, para então preocuparem-secom as necessidades de segurança e, sucessivamente, com as necessidades sociais e com aquelas relativas à realização pessoal. 
Outras variações mais modernas sobre o tema das necessidades serão melhor discutidas à seguir mas, independentemente de tal evolução, e das críticas a estas abordagens específicas, a política social é encarada, por muitos autores, como instrumento de garantia de necessidades básicas e instrumento de promoção da cidadania.
Uma outra tradução freqüente do papel das políticas sociais é a de atuar como instrumento de controle das parcelas desassistidas da população. Seria, para exagerar, uma versão moderna para o panis et circensis Romano. Os grupos dominantes concedem migalhas de benefício aos mais necessidades com a finalidade de, por meio de relações assistencialistas e clientelistas, controlar seus movimentos e aplacar sua ira.
 A realidade parece indicar para uma posição intermediária dessas duas correntes, pois, como nos alerta Pereira (1987), o “Estado, através de tal política, ao mesmo tempo que apresenta tendências para ampliar o bem-estar das classes subalternas e exercer o controle sobre o jogo cego das forças de mercado, apresenta também tendências repressivas e cooptadoras em relação a essas classes, no sentido de preservar a estrutura  dominante.”
Ou ainda, como explica Faleiros (1995), as políticas sociais do Estado não são medidas boas em si mesmas, como insistem em apresentá-las “os representantes da classe dominante e os tecnocratas estatais”, mas também não são medidas más em si mesmas, como as apresentam alguns “apologetas da esquerda”, ao afirmar que as políticas sociais são instrumentos de manipulação e de pura escamoteação da realidade da exploração da classe operária.
Na nossa opinião, o papel maior da política social deve ser a promoção da cidadania, definida por Demo (1995) como “competência humana de fazer-se sujeito, para fazer história própria e coletivamente organizada”, destacando-se, para o alcance deste desiderato, isto é, para a formação desta competência, o processo emancipatório.
 Assim, as políticas sociais devem converter-se em instrumentos de promoção da cidadania que tenha como objetivo fundante de todo o processo de desenvolvimento e implementação o compromisso com a emancipação do indivíduo; sua transformação em ente político consciente de suas necessidades, do sistema e de sua capacidade de transformação; capaz de se articular individual e coletivamente na busca da satisfação de suas necessidades e vontades.
Neste sentido adotamos como premissas para a lógica da estruturação das  intervenções no campo social, e principalmente no da assistência, os parâmetros básicos, proposto por Demo (1995), para a discussão sobre a cidadania, quais sejam:
“1) o ideal da sociedade é a emancipação, com base na cidadania organizada e na capacidade produtiva;
2) cidadania é fim, produção é meio, no contexto do enfoque integrado e matricial;
3) é desafio ingente compor mercado e cidadania, sendo que no capitalismo, é típico dilema, podendo-se dizer o mesmo para o processo de desenvolvimento;
4) na questão-meio, a necessidade produtiva coloca desafios e dilemas: conflito entre competitividade e geração de empregos, entre produção de riquezas e sua redistribuição; difícil matricialização do econômico e do político; premência da sustentabilidade; papel da educação e da inovação competitiva;
5) na questão-fim, aparecem os desafios e dilemas que envolvem a oportunidade de desenvolvimento: formação da competência histórica inovadora; organização política coletiva; solução da educação básica, como competência mínima comum; recuperação da universidade e dos agentes do sistema educativo; papel da informação, comunicação e cultura; renovação da didática e propedêutica; impropriedade das políticas sociais residuais, setorialistas e assistencialistas; desafio da pobreza política;
6) papel estratégico que detém o Estado, como instância delegada de serviço público, controlado pela cidadania organizada e, por isso, capaz de tornar-se lugar viável de equalização de oportunidades; problema histórico do abuso do Estado pela direita (apropriação espoliativa e tutela das massas) e pela esquerda (cidadania assistida).”
 Destas considerações e proposições de trabalho dois desdobramentos, em termos de compreensão das funções e meios da política social, podem ser extraídos: (i) a necessária subordinação da questão econômica à questão social, confirmada na definição da produção como meio para a formação de uma sociedade cidadã; e, (ii) as diferentes relações entre Estado e cidadania, dando margem a categorias distintas de cidadania.
 Em conformidade com as próprias definições do autor, teríamos então, além da cidadania como função do processo emancipatório, duas outras categorias de cidadania, que seriam: (i) uma cidadania tutelada que expressa o tipo de cidadania que a elite econômica e política cultiva ou suporta, a saber, aquela que se tem por dádiva ou concessão superior; e (ii) uma cidadania assistida, expressa forma mais amena de pobreza política, já que permite a elaboração de um embrião da noção de direito, que é o direito à assistência, integrante de toda democracia. Entretanto, ao preferir assistência à emancipação, labora também na reprodução da pobreza política.
 O desafio que agora enfrentamos é o de dar aos nossos instrumentos de política social capacidade de transformação social a partir do engendramento de um processo de conscientização e emancipação das parcelas mais necessitadas da sociedade. Isto está a demandar a construção de um novo momento da gestão das políticas sociais. 
O NOVO MOMENTO DA GESTÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS
Os instrumentos de gestão de políticas sociais no Brasil padecem de uma série de deficiência, tanto conceituais como gerenciais, que emperram, dificultam, e no mais das vezes, inviabilizam qualquer esforço sério de promoção do bem-estar e de emancipação política e social dos nosso público alvo. Sem precisarmos nos estendermos no detalhamento das mazelas do sistema de proteção social brasileiro, mas para termos uma breve noção de como ele ainda se encontra, poderíamos recorrer ao relatório da  ONU/PNUD3 sobre desenvolvimento humano que apresenta as seguintes características do sistema de proteção social do Brasil:
1) um sistema altamente centralizado;
2) com clara divisão perversa de trabalho entre os setores público e privado de prestação de serviços;
3) profundamente discriminatório e injusto;
4) distante das reais necessidades da grande maioria da população;
5) com marcadas distorções na forma de financiamento;
6) desarticulado e segmentado;
7) impermeável ao controle público.
 Deste quadro tão recente pode-se concluir que ainda estamos muito longe de transformarmos o aparato de Estado orientado para as políticas sociais em um sistema de proteção social. Demo (1996) considera “insólito considerar esta coisa de sistema de proteção social”. Na verdade, em que pese os esforços de muitos dos atores do processo de formulação e implementação de políticas sociais, ainda estamos muito longe de vermos transformado em praxis a nossa retórica.
 Os menos céticos hão de concordar que qualquer processo de transformação se inicia com o inconformismo com a situação vigente e com a proposição de um novo modelo de trabalho. E, se não tudo, este primeiro passo já esta sendo dado. O novo momento da gestão de políticas sociais nos aponta para os seguintes horizontes:
a) Descentralização e desconcentração
 A Constituição de 1988 já colocou o processo de descentralização das políticas públicas, as sociais principalmente, como estratégia para maximizar os seus resultados, mormente em função da maior aproximação com o beneficiário (foco no cliente) e com a redução dos procedimentos burocratizantes.
 Embora devamos reconhecer que este processo de descentralização vem ocorrendo na maior parte dos programas sociais, com avanços bastante significativos tanto para processo como para fins, parece-nos que na maior parte dos casos descentralizou-seapenas a execução, mantendo-se centralizado todo o processo decisório. Em outras palavras, transferiu-se a responsabilidade por executar (principalmente para a esfera municipal de governo) sem dar, com a mesma intensidade, meios para influir no processo decisório.
É o que consideramos uma pseudo-descentralização. Uma descentralização dissociada do processo político, da capacidade de influir e orientar as políticas e programas sociais para as necessidades mais específicas dos estados e municípios. De forma jocosa nos lembra a famosa frase de Henry Ford de que todos poderiam ter um modelo T na cor que quisessem, desde que fosse preto.
 Não que se possa invalidar o processo de descentralização em andamento, muito menos que em ações específicas não venham ocorrendo um efetivo processo de democratização e descentralização desses instrumentos de política social, mas ainda há um longo caminho a trilhar.
b) Participação e Poder Local
 Outra tendência que vem se fortalecendo no processo de construção de um novo modelo de gestão das políticas sociais está a ênfase no estímulo à participação e no fortalecimento do poder local, transcendendo apenas a descentralização das ações entre os níveis de Governo.
 O somatório dessas duas tendências (descentralização e poder local, via participação), segundo nossa avaliação, configuraria um modelo mais moderno de gestão das políticas sociais caracterizado pelo COMPARTILHAMENTO DA GESTÃO, modelo este que, embora ainda não avaliado tende a apresentar maiores graus de efetividade social da ação, embora que pontualmente possa apresentar-se menos eficiente que outras alternativas mais tradicionais.
 Porém enunciar o compromisso com poder local e com participação comunitária e social não é suficiente para transformá -la em instrumento de gestão ou alternativa de gestão. Quais são os canais para a participação? Quem participa? Como participa? Quando participa? Estamos efetivamente preparados para compartilhar processos de decisão.
 Os novos modelos de gestão de programas sociais (e consequentemente dos planos e políticas) recomendam a abertura de canais para a participação desde o processo de identificação das necessidades até a formulação das alternativas de solução. Implicam, em última instância, trazer para o cerne do processo decisório do Estado o confronto entre os grupos de interesse e a construção de soluções conciliatórias que, presumivelmente,  solucionarão os problemas sociais.
 Mais do que isto, implicam reconhecer nossa incapacidade, como técnicos, de compreender com toda a profundidade necessária, os problemas, necessidades e
aspirações daquelas comunidades. Implica descermos do pedestal da tecnocracia e do tecnicismo e nos colocarmos na nossa efetiva posição, a de assessores do processo de emancipação e construção da cidadania daquelas populações, não mais nem menos que isto.
Para muitos, especialmente os acostumados a mandar, isto pode parecer muito pouco, mas é responsabilidade imensa. Mais que isto, é tarefa complexa, uma vez que não temos como dissociar o técnico do cidadão, nem nossas opiniões pessoais de nossas  considerações técnicas. Assim, como assessorar sem decidir? Como orientar sem comandar? Como ajudar sem fazer por eles? Aqui também estamos apenas iniciando uma longa caminhada.
c) O Foco nos Resultados e Interdisciplinaridade
 Outros dois novos paradigmas da gestão social, e que estão cada vez mais frequentes nas discussões técnicas e políticas, e que como demonstraremos a seguir, podem ser analisados de forma associada são: o foco nos resultados e a interdisciplinaridade da ação social.
 O primeiro aspecto é a “coqueluche” do momento em termos de gestão de políticas públicas e sociais. Agregar aos processos de avaliação, tradicionalmente centrado em processos e insumos, a preocupação com os resultados efetivamente alcançados pelas ações desenvolvidas pelo Estado. Resultados estes que não mais se resumem a produtos ou serviços entregues, mas que devem ser cotejados em função do grau de mudança, de transformação social, que aquela determinada ação conseguir efetuar.
 Temas como planejamento por resultados; avaliação de desempenho e resultados; indicadores; efetividade e impacto são freqüentes nas discussões sobre gestão social e confirmam esta busca por respostas sobre o efeito, em termos de promoção do bem-estar social que se está alcançando, com cada política, programa, projeto ou ação social.
 Do gestor das políticas sociais, agora é exigido dispor de instrumentos, sistemas de monitoramento, bolas de cristal, ou qualquer coisa que o valha, para dar respostas a este tipo de pergunta. Não basta mais saber o que ele “produziu” é fundamental saber como ele “transformou” o problema social enfrentado.
 De mãos dadas com esta preocupação com os resultados está a interdisciplinaridade e outros conceitos que estão, direta ou indiretamente, a ela associados, como: articulação interinstitucional; interlocutores; parceiros e parcerias;  multidisciplinaridade, entre outros.
 A proximidade entre essas duas tendências está na descoberta, por boa parte dos agentes sociais de que, enquanto os problemas sociais têm sua origem em uma rede complexa de causas, de disciplinaridade igualmente complexa e imbricada, o aparato estatal está organizado para resolver causas segmentadas, como se a realidade fosse  estanque.
 Ou seja, descobriu-se, finalmente, que uma intervenção isolada, por mais importante que ela possa ser, não é condição suficiente para a solução de um problema. No máximo configura-se parte relevante da solução, mas jamais será a solução. Logo, só existem, pelo menos a primeira vista, duas alternativas para o gestor público:
1) esperar por uma profunda reforma de todos o aparelho do Estado que revolucione todo o conceito de estruturação administrativa com base em funções e passe a orientá-la por problemas;
2) ou então, desenvolver uma capacidade de articulação que permita garantir interdisciplinaridade para suas intervenções, permitindo uma maior sinergia entre as diversas ações do Estado. A última nos parece a mais viável, pelo menos a curto e médio prazos. Embora, como proposto no Plano Plurianual 2000 do Governo Federal já exista forte movimento de reorganização do Aparelho de Estado, orientando-o por resultados.
d) “Accountability”:
 A quarta tendência que vem se firmando como fundamental para o processo de implementação e gestão das políticas sociais é a exigência, ou expectativa, de que o Estado passe a responder perante a sociedade pelos seus atos e pelos resultados alcançados ou  não. É a accountability ou o controle social do Estado.
De acordo com Ana Maria Campos (1990), “nas sociedades democráticas mais modernas aceita-se como natural e espera-se que os governos - e o serviço público - sejam responsáveis perante os cidadãos”. Assim, accountability não é apenas uma questão de desenvolvimento organizacional ou de uma reforma administrativa. É algo mais amplo e profundo, levando-a a afirmar que a simples criação de mecanismos de controle burocrático não tem se mostrado suficiente para tornar efetiva a responsabilidade dos servidores públicos.
Ainda segundo esta autora, Frederich Mosher apresenta accountability como sinônimo de responsabilidade objetiva, ou ainda, a obrigação de responder por algo, de modo a acarretar a responsabilidade de uma pessoa ou organização perante uma outra pessoa, fora de si mesma, por alguma coisa ou algum tipo de desempenho.
 Neste sentido a accountability é um instrumento de responsabilização do Estado perante a sociedade organizada, que, conseqüentemente, tende a acompanhar o avanço de valores democráticos, tais como igualdade, dignidade humana, participação e representatividade. Isto é, embora necessários, os mecanismos de controle interno não bastam para garantir que o serviço público sirva a sua clientela de acordo com os padrões normativos do governo democrático.
Outra questão relevante é se o Executivo pode, isoladamente, avaliar o desempenho de sua própria burocracia. Para Campos (1990),o verdadeiro controle do governo - em qualquer de suas divisões: Executivo, Legislativo e Judiciário - só vai ocorrer efetivamente se as ações do governo forem fiscalizadas pelos cidadãos.
Neste ponto poderíamos nos aprofundar na discussão sobre a democracia representativa e sua funcionalidade, do ponto de vista da accoutability das ações governamentais, partindo do próprio argumento da autora de que, embora essencial, o processo eleitoral não é ágil o bastante para salvaguardar o interesse público. Mas deixemos esta discussão para outro momento.
Deste arrazoado, conclui-se que, em termos ideais, o controle democrático deveria constituir-se prerrogativa essencial do cidadão, não dos cidadãos individualmente, mas da cidadania organizada, isto é, segundo Campos (1990), uma sociedade desmobilizada não será capaz de garantir a accountability, posto que seu exercício é determinado pela qualidade das relações entre o governo e o cidadão, entre burocracias e clientelas e, em decorrência, o comportamento (responsável ou não responsável) dos servidores públicos é consequência das atitudes e do comportamento das próprias clientelas.
 Como vaticina a autora, “ao super-Estado corresponde, então, uma subcidadania e o super-Estado escapa facilmente ao controle da sociedade e o cidadão vê aumentado seu sentimento de impotência.”
Conclui Ana Maria Campos (1990), propondo como um dos mecanismos de controle - garantidor da accountability - a participação da sociedade civil na avaliação das políticas públicas, fazendo recomendações a partir de tais avaliações, uma vez que os instrumentos de controle tradicional - como os dos tribunais e conselhos de contas - pouco respondem quanto a:
a) a eficiência com que uma organização empregou os recursos públicos;
b) a eficácia no atingimento das metas;
c) a efetividade dos órgãos públicos no atendimento das necessidades de suas clientelas;
d) a justiça social e política na distribuição dos custos e dos benefícios.
Na nossa opinião esse processo não se limita ao momento de avaliação das políticas. Embora neste momento o controle do Estado pela Sociedade ganhe maior evidência, ao se compreender a gestão das políticas sociais como um processo, infere-se que accountability é, em última análise, dispor de meios para intervir na condução das políticas.
O PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
A assistência é estratégia de combate à pobreza. Demo (1996) afirma que o combate à pobreza se funda em três colunas mestras: assistência social, como direito à sobrevivência; inclusão econômica, por necessidade de auto-sustentação, e inclusão política, por conta da emancipação histórica.
 A assistência social é fundamental no processo, uma vez que é a intervenção que garante, ou que deveria garantir, aos beneficiários das políticas sociais as condições mínimas e indispensáveis à sua subsistência.
 Em contrapartida, seu enorme apelo populista e sua fácil associação à sistemáticas clientelísticas têm transformado um grande número de ações de assistência em práticas assistencialistas completamente dissociadas de qualquer processo de bem estar social.
 Isto porque, como define Faleiros (1995), na maioria dos casos a assistência implica “uma transferência de dinheiro, bônus ou de bens de consumo, com base num pedido, e  de acordo com critérios de seleção a um indivíduo, que deve provar que se encontra em estado de privação e impossibilitado de prover imediatamente a sua subsistência.”
Em outras palavras, em regra, a assistência se caracteriza por um ato de entrega de bens e serviços que se dissocia de uma proposta mais abrangente de promoção da cidadania, podendo ser facilmente encarada como “dádiva divina” dos famosos defensores de pobres e descamisados.
Neste sentido é desafio fundamental das pessoas que atuam na assistência social – e dos governantes em geral - buscar mecanismos e soluções que atrelem as ações de assistência a políticas, sociais e econômicas, que transformem a realidade social vigente garantindo, assim, a efetividade das políticas de assistência.
Isto implica uma visão multidisciplinar dos problemas e da realidade social e, mais importante, a adoção de instrumentos e soluções que privilegiem a ação inter-setorial, o multi-setorialismo, valorizando a assistência como ação basilar de uma ação total.
 Daí porque o novo momento da gestão das políticas sociais tem ajudado a recuperar e a fortalecer o papel da assistência como política social, fazendo entender que a assistência por si só não é capaz de sustentar as transformações estruturais, mas apenas promover alívios conjunturais, e que não se pode dela cobrar aquilo que ela não se propõe a entregar.
 Assim engajamo-nos em uma busca de soluções mais completas e sinérgicas para as necessidades sociais identificadas. Como alerta Pedro Demo (1996), nos dias que correm “há uma busca de se superar as tendências setorialistas das políticas governamentais por meio de mecanismos que intentem concertar, orquestrar o todo”. Caracteriza-se a partir dos esforços de planejamento estratégico que, entre outros, tentam articular esforços e recursos para garantir espaço suficiente, no longo prazo, para um processo de transformação com uma preocupação geracional
 O papel do Plano Municipal de Assistência Social desenhado a exemplo da  pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, em ampla articulação com diversos representantes da sociedade civil organizada e de várias instituições e organismos governamentais, é um esforço necessário e louvável de articular todos estes conceitos que vimos discutindo nas últimas páginas.  É, como já mencionado, a mediação entre a idéia (ou um ideal) e uma proposta prática.
 Partindo de um diagnóstico da situação do município de Fortaleza que apresenta um triste quadro de desigualdades e de pobreza, se lança na ambiciosa tarefa de estabelecer um plano que reconstitua a Política de Assistência Social no Município de Fortaleza, de acordo com os princípios da LOAS, trabalhando para que os segmentos excluídos de populações tenham acesso a um padrão de vida digno, que garanta um processo de inserção social, avançando na vivência e na organização da vida coletiva.
 Partindo de um PADRÃO DE VIDA DIGNO MÍNIMO, “abaixo do qual é impossível a inserção social e o próprio processo emancipatório”, diria eu, o PMAS se orienta a garantir aos cidadãos fortalezenses condições mínimas de vida em aspectos variados como: renda, moradia, saúde, educação, lazer, cultura, desenvolvimento urbano e consciência cidadã e com metas bastante ambiciosas.

Outros materiais