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Relatório de estágio em museus

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Relatório de estágio em museus
Enviado por anakarinesales 06/04/2013 3579Palavras
PÁGINA 4 DE 15
Introdução
O estágio supervisionado em museus é um momento rico, pois nos proporciona conhecer de perto a realidade dos museus, sair da teoria e ir para a pratica com a finalidade de inserir o estagiário na realidade da instituição museu, como importantes espaços culturais de comunicação e aprendizagem, que guardam os costumes, as identidades e as memórias de um povo. 
Um museu é na definição do Conselho Internacional de Museus (ICOM),
Uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difundi e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade. (ICOM, 1989)
Os museus nem sempre tiveram este formato, passou por intensas transformações, mesmo tendo o sentido de locais de preservação de objetos, seus espaços foram se adaptando paulatinamente para a atenção com o púbico. De acordo com Denise c. Stuart foi “no século XIX, que os museus iriam ter participação ativa no movimento educacional: passariam a ser reconhecidos como “agentes” do aprendizado, juntamente com as universidades e sociedades acadêmicas.” (STUAT, p.2)
A relação museu e escola aos poucos vêm ganhado espaços nas práticas educacionais pedagógicas, da relação dos alunos com o espaço físico do museu.
Entretanto é importante que os professores trabalhem com os seus alunos o que é museu, e qual a sua importância na construção da memória social, e do seu papel em resgata valores e
conhecimentos, onde os professores promovam discussões dentro de sala de aula proporcionando aos alunos um contato direto com objetos e fotografias que os ajudem a interpretar o passado e que despertem interesse por serem antigos; rompendo-se assim paradigmas em relação ao conhecimento histórico, mostrando no dia a dia das aulas que nas influencias das relações históricas não se estabelecem somente no passado. Trabalhando com novas metodologias com fontes não escritas, que não estão no livro didático, sabendo-se assim transmitir a relação do contexto estudado com o objeto histórico exposto aos alunos, levados a construir seus próprios conceitos, onde eles possam se posicionar criticamente ao se identificarem nessa história, do que já fez parte da realidade dos seus pais e avós. 
Conforme relata Soares:
Para Freire, a educação é uma prática política, tanto quanto qualquer prática política e pedagógica. Não há educação neutra. E sendo toda a educação um ato político, os educadores necessitam construir conhecimentos com seus alunos, tendo como horizonte um projeto político de sociedade. Respeitando-se a linguagem, a cultura e a história de vida dos educandos, pode-se levá-los a tomar consciência da realidade que os cerca,disputando-a criticamente. Conteúdos, portanto, jamais poderão ser desvinculados da vida. Freire defende o elo escola/vida, respeitando o educando como sujeito da história. [...] com isto querendo dizer que a realidade vivida é a base para qualquer construção de conhecimento. A base
pedagógica de Freire é o dialogo libertador e não o monólogo opressivo do educador sobre o educando. Na relação dialógica estabelecida entre o educador e o educando, faz-se com que este último aprenda a aprender. Respeita-se o educando não o excluindo de sua cultura, fazendo-o de mero depositário da cultura dominante. Ao se descobrir como produtor de cultura, os homens se vêem como sujeitos e não como objetos da aprendizagem. A parti da leitura de mundo de cada educando, através de trocas dialógicas, constroem-se novos conhecimentos. (SOARES, 2006, P.19) 
A educação patrimonial no processo educativo educacional ainda é um tema pouco tratado nas escolas, onde se tem a necessidade de fortalecer a relação dos alunos com suas heranças culturais, através de práticas pedagógicas desenvolvam projetos de resgate, preservação e inclusão social como os ecomuseus que são espaços culturais que atuam no resgate e na valorização do costumes.
Assim de acordo com a autora Adriana Almeida: 
A educação patrimonial é definida como o ensino centrado nos bens culturais. Como metodologia que toma estes bens como ponto de partida para desenvolver a tarefa pedagógica: que considera os bens cultuais como fonte primaria de ensino [...] objetiva colocar o museu como: 1) parte da vida comunitária; 2) local onde se preserva a memória cultural e local e 3) local onde se educa permanentemente pela fonte de imagens, idéias e testemunhos da capacidade criadora do homem em seu processo evolutivo. (ALMEIDA, P.54)
Desenvolvimento
1-Fundamentação teórica 
Capitulo I- Interação museu e escola: referencias históricos e teóricos. 
Vários educadores entendem que as escolas não são os únicos locais onde os alunos podem aprender história, assim juntamente com os museus possam estar interagindo diretamente, trabalhando a interdisciplinaridade com o que estão estudando e o objeto museal, possibilitando a interação da instituição com o ato de educar.
De acordo Adriana Almeida,
[...] os museus têm potencial para provocar uma experiência de aprendizagem que vai além da simples complementaridade do ensino escolar e que ocorre por meio de estratégias e métodos diferentes daqueles utilizados na escola (MONTARA p.51)
1-História dos museus
A palavra museu é de origem grega, museion que significa templo das musas ligadas a diferentes ramos das artes e das ciências filhas de Zeus com Mnemosine, divindade da memória. Eram locais reservados a contemplação e os estudos científicos, literários e artísticos. A noção contemporânea de museu, embora esteja associada à arte, ciências e memória, como na antiguidade, adquiriu novos significados ao longo da história. (SUANO, 1986, P.11)
Na idade média o termo museu foi pouco usado, reaparecendo por volta do século XV, quando o colecionismo tornou-se moda em toda a Europa. “De maneira geral, são essas grandes coleções principescas e reais do Renascimento que vão dar origem a instituição “museu” que conhecemos hoje. ”(SUANO, 1986, P.21)
Apesar de na época o museu se considero só um
lugar de memória, eles apresentavam também ações museologicas em coletar, documentar, registrar fatos e objetos históricos. (SUANO, 1986, P.27)
Muitas dessas coleções, que se formou entre os séculos XV e XVIII, se transformaram posteriormente em museus, tal como hoje são conhecidos. Entretanto, no inicio, elas não elas estavam abertas ao púbico, destinava-se a própria usufruição dos proprietários e pessoas que lhes eram próximas. Somente no século XVIII, que passou a ser aberta ao publico as coleções, marcando o surgimento dos grandes museus nacionais. (SUANO, 1986, p.21) 
Segundo Marlene Suano, o primeiro museu aberto ao público foi o museu britânico,
Constituído, desde seus inícios como museu público, tinha a obrigatoriedade de abri-se à visitação. O ingresso, porém se fazia mediante pagamento, aliás, bastante alto, de bilhete que deveria ser adquirido com antecedência pelo menos duas semanas. A visita era rápida, guiada por funcionários descontentes e impacientes. (SUANO, 1986, P.30)
Já o famoso museu do Louvre, inaugurado em 1793 era disponível ao público três dias em cada dez dias, a fim de educar a nação francesa a cerca dos valores do classicismo.
No século XIX surgiram muitos outros importantes museus em todo mudo a partir de coleções particulares que se tornaram púbicas como o museu do Prado na Espanha, museu Mauritshuis na Holanda. Somente em 1870, nos Estados Unidos, é fundado o museu Metropolitano de Artes, em Nova York. (SUANO, 1986, P.31)
No Brasil as primeiras instituições
museologicas também surgiram no século XIX. A criação em 1815 da escola real de ciências, artes e ofícios e o museu Real, atual museu Nacional do Rio de janeiro, criado em 1818, ambas as iniciativas culturais de D. João VI. 
No Brasil, tanto a escola Real quanto o museu Real foram criados nos moldes europeus, embora muitomais modestamente. Para o acervo inicial da escola Real, D. João VI doou os quadros que trouxera em sua bagagem quando deixara Portugal às presas, fugindo de Napoleão, em 1808. Já o museu Real, ou museu nacional - nossa primeira instituição cientifica. Hoje o maior museu do país, teve por núcleo uma pequena coleção de história natural conhecida, antes da criação do museu como Casa dos Pássaros. (SUANO, 1986, P.33) 
O museu nacional pouco herdou da família real, a não ser “coleções de arqueologia clássica trazidas pela imperatriz Teresa Cristina, princesa da casa de Boubon, quando de seu casamento com D. Pedro II, em 1853”, pois o museu era mais voltado para a história natural do Brasil.(SUANO, 1986, P.33)
Outros museus surgiram no Brasil somente no final do século XIX: como os museus do Exercito (1864); da Marinha (1868); do instituto Histórico e Geografico da Bahia (1894); o paranaense Emilio Gooeldi, constituído em 1871 e inaugurado em 1891, e o paulista, conhecido como museu do Ipiranga, surgido em 1894. Ao lado do museu Nacional, os museus paraenses Emilio Goeldi e paulista alinhavam-se ao modelo de museu etnográfico, que se difundiu em todo o mudo, entre os anos 1870 e 1930.
Caracterizados pelas pretensões enciclopédicas, eram os museus dedicados á pesquisa em ciências naturais, voltados para a coleta, o estudo e a exibição de coleções naturais, de etnografia, paleontologia e arqueologia.
A esmagadora maioria dos museus brasileiros foi criada a partir dos anos 30 e 40, sempre como iniciativas oficiais. Alguns tiveram tramitação demorada, como o museu da cidade do Rio de Janeiro, solicitado e discutido em 1891 e só criado em 1934. Outros foram criados pela simples assinatura de decretos, como a serie de cerca de vinte museus “históricos e pedagógicos” do Estado de São Paulo criados pelo governo do estado de fins dos anos 50 aos anos 60 [...] (SUANO, 1986, P.34)
Atualmente os museus sofreram varias transformações, não só em sua estrutura, mais também em seu formato, agregando novos valores culturais não só das elites mais também dos homens comuns que fizeram parte da nossa história. Conforme relata os autores Luciene C. Reis e João Olimpio S. Reis:
Os museus modernos trabalham com temas bastante variados e diversos, abrangendo as seguintes categorias: belas- artes, artes aplicadas, arqueologia, história, história cultural, ciências, tecnologia, história natural. Dentro destas categorias algumas especializam-se mais, como por exemplo, arte moderna, ecomuseus, industrias, de história local, da história da avaliação, da agricultura, da geologia e etc.(REIS; REIS,p.3)
2- O objeto museal: um instrumento construtor do conhecimento.
Ao visitarmos um museu vivenciamos
momentos de encantamentos, mais o museu não é só um lugar de contemplação, por trás de cada objeto á um fato, uma aventura, uma história a ser contada de pessoas que viverão em outros tempos. Ao analisar o objeto museal possibilita ao aluno um conhecer sua historicidade, seu valor cultural que fez parte de costumes de determinadas sociedade que fizeram parte da história. Ajudados a interpretar melhor o passado.
Como conceituar Marlene Suano: 
[...] O museu é o local último no longo processo de perda de funções originais – ou processo de museificação- pelo qual o objeto atravessa. Fora de seu contexto original, valorizando por características a ele totalmente alheias, o objeto deixa de ser objeto e passa a ser “documento” e aquilo que ele tem de mais intrínseco, que é ser produto e vetor da ação humana, conforme estudado por V.T Bezerra de Menezes, não é levado em consideração (SUANO,1994,P.7) 
De acordo com Adriana Almeida,
Partindo da conjuntura em que as escolas procuram e visitam [...] os museus, é preciso entender que estes têm potencial de ultrapassar a complementaridade da escola. Ou seja, os museus proporcionam a experiência com objetos que, em si, podem gerar motivação, curiosidade e questionamento. (ALMEIDA, P.51)
4- A possível parceria museu/escola: desafios e riquezas dessa interação.
A escola e o museu são instituições essencialmente educativas, cada uma com suas características, quando se estabelece uma relação de parceria entre museu e escola, possibilitam uma interação
maior no processo educativo e melhor compreensão do conteúdo estudado. 
Conforme afirma Lana Mara de C. Siman:
A educação escolar vem buscando cada vez mais estabelecer um diálogo com outros espaços culturais com vistas a explorar o que esses espaços oferecem para a aquisição de conhecimento por meio do emprego de outras linguagens e ferramentas. Ao aproximar os alunos desses espaços a escola espera também que os conhecimentos ali adquiridos e vivenciados contribuam para o desenvolvimento de uma atitude cidadã, ou seja, de problematização dos usos sociais da memória e das ações, relações e produções materiais e simbólicas do homem, ao longo do tempo, em diferentes sociedades e culturas.[...] oferecer algumas contribuições conceituais e metodológicas que possam orientar a prática educativa de professores de história e de educadores de museus na perspectiva da construção de conhecimentos históricos.[...] Se dando essa relação de modo a lançarmos luzes para construção de novas relações.(SIMAN,2003,P.185) 
5- A relevância da utilização do museu nas salas de aula: a relação formal e não – formal. 
A educação formal no ensino de história pode ser entendida por muitos alunos como aquela que está nos livros didáticos, como um ensino positivista de fatos e verdades absolutas que nunca mudam, estando nos livros simplesmente para ser consumidas, além de inibir o seu desejo de estudar história dificulta a reflexão sobre a sua realidade, pois está muito distante de suas vivencias. 
É importante que os
professores trabalhem com os seus alunos não só o ensino formal, mais também o ensino informal, possibilitando um contato direto com o objeto. Para se fazer uma visita a um museu é importante haver interação entre os educadores de museus e os professores, buscando estabelecer relações dos conteúdos vistos no museu com o que esta sendo estudado em sala de aula, possibilitando ao aluno compreender as influências dessas pessoas que viverão no passado na construção do presente, a fim de que o conteúdo estudado ganhe mais sentido e importância para os mesmos.
Dentro dessa interação entre museu e escola, Almeida e Siman compartilham de opiniões semelhantes sobre ensino de história. 
A educação em museus, além de complementar o currículo formal, é exercício de afetividade e preservação da memória e do patrimônio cultural. [...] A ação educativa em museus visa ampliar as possibilidades de aproveitamento pedagógico dos acervos, para que o visitante acentue seu espírito critico em relação à sua realidade e daqueles que estão à sua volta [...] destacando o papel do educador de museus e do professor nesta relação. (ALMEIDA, P.50)
A relação do sujeito com o conhecimento se dará, portanto, por meio de interações entre sujeitos, no compartilhamento de descobertas, de indagações, de valore, mediadas por objetos da cultura e pela ação do professor e/ou educador de museus. Para Vygotsky, a construção e a aquisição do conhecimento (e da própria subjetividade ) é mediada pela linguagem, ou seja, o processo de
construção do conhecimento não é algo que se processa diretamente entre o sujeito e o objeto a ser conhecido[...] (SIMAN,2003,P.191)
6- A importância da ação cultural e educativa em museus. 
As ações educativas em museus são de grande importância, pois ajuda a educar, facilitando o acesso a diferentes culturas e costumes, favorecendo assim a pratica da cidadania, formando indivíduos críticos e autônomos, através de objetos que fizeram parte da nossa história. 
Siman apresenta a questão a questão de pensar e atuar como sujeito da história na produção cultural e educativa, para isto ela ressalta que:
No atual momento, poderíamos dizer que tanto a cultura escolar, quanto a cultura museológica encontram-se em processo de transformação.Novas práticas, com bases em novas concepções do que seja o ato de ensinar vêm contribuindo para a redefinição do papel de ambas as instituições na formação dos sujeitos sociais. (SIMAN, 2003, P.190) 
2 - caracterização do estabelecimento de ensino e/ ou da Área de Estudo.
Capitulo II- Museu e escola: espaços de construção de conhecimento: o currículo formal X espaços não formais: a questão do conteúdo. 
Dando continuidade ao relatório de estagio supervisionado do 5° período do curso de história, realizado no dia 09 de março de 2013, no museu Dom José. O estagio foi orientado pela professora Tatianni Carneiro, e teve como objetivo tratar da relação museu e escola, como espaços de construção do conhecimento, trabalhando a interdisciplinaridade, a partir da
interação dos alunos com o espaço museal, reconhecendo a importância desses espaços para a construção do conhecimento, e formação cultural, e do papel do professor e do educador de museus como agentes dessa experiência que inclui a familiarização e o contato com as diferentes manifestações de costumes e culturas, que fizeram parte da nossa história, proporcionando uma melhor aprendizagem de conteúdos da escolarização formal em espaços não formais, como os museus, ajudando no melhor aproveitamento dos conteúdos estudados em sala de aula, onde o professor juntamente com os seus alunos construam seus conhecimentos e compartilhem seus aprendizados no analisar, no apreciar e no conhecer o museu. 
Segundo Erica Coelho,
O trabalho educativo realizado do museu é um caminho viável para diminuição dessa falta de consciência. Devemos aproveitar o espaço e o publico que o freqüenta, sejam escolas ou visitantes comuns, para junto deles, efetivar projetos educativos que ao mesmo tempo desmistifiquem visões arcaicas a respeito do museu e o transforme em um espaço de socialização e construção do conhecimento. [...] Estabelecendo assim, relações históricas entre o passado e o presente e situando os conhecimentos históricos em diversas temporalidades. [...] E como propõem o tema, os museus apresentam-se como uma nova forma de se ensina e aprender. (COELHO, 2009, P.26) 
1- Histórico do museu Dom José 
O museu Dom José foi fundado em 29 de março de 1951e inaugurado oficialmente em 10 de março de 1971 por Dom José deu
fundador e guarda em seu acervo peças representativas da vida social e religiosa dos séculos XVII a XX, é considerado o quinto do Brasil em arte- sacra e arte- decorativa, possui um acervo com mais de 30 mil peças que foram doações das famílias sobralenses e outras foram compradas pelo próprio Dom José que era um colecionador e que também queria preservar a cultura local, onde no inicio seu acervo era particular e somente algumas pessoas mais próximas a ele tinham acesso. Em seu acervo possui coleções raras de meio de transportes, como liteiras e cadeiras de arruar; porcelanas e cristais da boêmia, bocarat, limoges e louças da companhia das índias ocidentais; pratarias, artesanato regional, arte indígena, peças arqueológicas; encontramos ainda expressiva coleção de arte- sacra, cálices, oratórios, castiçais e demais objetos de culto que confirmam, por sua variedade e quantidade, o elevado sentido de religiosidade do povo sobralense. Coleções de moedas de origem brasileira e européia destacam-se também, objetos de adorno, indumentária, pinturas, esculturas e armaria. O acervo conta toda a evolução do Vale do Acararú; conta-nos a história da iluminação, antes da energia elétrica, a partir de velas de carnaúba até os mais finos lustres de cristal da boêmia. 
O museu Dom José pertence à diocese de Sobral, tem como instituição mantedora a Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA, contando também com o apoio da prefeitura de Sobral, onde eles tem um convenio que cobre a visita dos dois mil alunos, onde se
tem que leva a história do museu e da cidade até essas escolas, o museu matém intensa atividade na área cultural, com os projetos museu intinerante e museu escola que envolve atividades de exposições e ações educativas com oficinas pedagógicas e programas de extensão ás comunidades vizinhas. A divisão cientifica que inclui o laboratório de paleontologia, tem programas de difusão cientifica, coleta, pesquisas e catalogação de fósseis, biblioteca especializada em museologia e história local e atividades de pesquisas em diferentes áreas do conhecimento. Atividades educativas: oficinas de animação pedagógica, programas de visitas estudantis, exposições temáticas temporárias, exposições itinerantes, biblioteca específica em museologia, cursos e aulas práticas para graduados, recebendo grande número de turistas e, especialmente, estudantes em todos os níveis de ensino, configurando-se como relevante ponto de turismo cultural do norte cearense.
O museu também tem uma veiculação com o jornal local que faz parte de divulgação de atividades e exposições que o museu desenvolve. 
Considerações Finais 
Ao término do estagio exigido pela disciplina de Estágio Supervisionado em Museus, ficou a certeza da importância da parceria museu e escola como espaços de construção do conhecimento do conhecimento e formação de uma consciência histórica, quebrando-se o tabu de que museu é lugar de coisa velha, mais que na verdade são espaços transformadores de opinião,
levando os alunos a pensar e refletir; deixando de ser espaços apenas freqüentado pelo público erudito e passando a fazer parte dos planejamentos escolares, um importante papel na educação e formação cultural. 
Referênciais 
SUANO, Marlene. “O que é museu”, São Paulo: Brasiliense, 1986, 101p.
SOARES, Bruno Céssar Brulon, “Entendendo o ecomuseu: uma nova forma de pensar a museologia”, Revista eletrônica jovem museologia: estudos sobre museus, museologia e patrimônio, ano 01, n°02, agosto de 2006 
SIMAN, Lana Mara de Castro, “Práticas escolares: aproximações e especificidades no ensino de história”, História & Ensino, Londrina, v.9, p.185-204, out.2003
STUART, Denise C. “Museus: emoção e aprendizagem Idéias do educador Paulo Freire adaptadas aos museus podem tornar mais prazeroso o ensino de história”, Rio de Janeiro
REIS, Luciene Cordeiro; REIS, João Olimpio dos, “Museus, memórias e escola: possibilidades de vivências como práticas educativas” III congresso Norte mineiro de pesquisa em educação, Minas Gerais, p. 1-12
ALMEIDA, Adriana Mortara, “Desafios da relação museu- escola”,comunicação e educação,v. 10 São Paulo, p.50- 56,set./ dez. 1997
COELHO, Erica Andreza, “A relação entre museu e escola”, Lorena, p.05-61, 2009
BARROS, Jussara, “Visitando o museu”, canal do educador, Disponível em: file:///D:/Users/Socorro/Documents/museu-escola/Visitando%20um%20Museu%20-%20Educador%20Brasil%20Escola.htm. Acesso em 15 mar. 2013
Anexos 
Objetos que pertencem ao museu Dom José

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