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ENTERITES BACTERIANAS EM CÃES E GATOS Profa. Camila Corsini Introdução Enterites Bacteria nas Aglomera ções Infecções do TGI Introdução Enterites Bacteria nas Aglomera ções Infecções do TGI Mecanismos de Defesa do TGI Agentes Infecciosos TGI Via hematógenaIngestão alimentos/água Mecanismos de Defesa do TGI Fatores determinantes: Resposta imune celular e humoral efetivas Mecanismos físicos: motilidade, acidez gástrica, secreções biliares e pancreáticas, camada de muco, reposição constante de células da mucosa e presença da microbiota normal Mecanismos de Defesa do TGI Fatores que podem interferir: Redução motilidade Terapia imunossupressora Falhas da imunidade local Cirurgia TGI Doenças anatômicas e funcionais Mecanismos de Defesa do TGI Fatores que podem interferir: Presença de corpo estranho Doenças metabólicas Deficiência proteica e energética Atrofia de vilosidades Imunocompetência comprometida Intestino – Principais Manifestações Sinais Inespecíficos Diarreia Aguda Crônica Aquosa Mucosa Hemorrágica Invariável!!! Intestino – Principais Manifestações Enterites Bacterianas Mecanismos de ação bacteriana: Bactérias enterotoxigênicas Diarreia secretória, com grande perda de líquido Exemplo: cepas de E. coli Produção Enterotoxinas Produção Enterotoxinas Secreção e danos membranas enterócitos Secreção e danos membranas enterócitos Pode haver discreta inflamação Pode haver discreta inflamação Enterites Bacterianas Mecanismos de ação bacteriana: Bactérias citotoxigênicas Semelhante aos patógenos enteroinvasivos Não apresentam adesão e invasão do epitélio Exemplo: Clostridium spp.; cepas E. coli Produção Toxinas Produção Toxinas Lesão enterócitos Lesão enterócitos Inflamação e danos celulares Inflamação e danos celulares Enterites Bacterianas Mecanismos de ação bacteriana: Bactérias enteropatogênicas Não ocorre invasão do epitélio Algumas cepas produzem citotoxinas Exemplo: cepas de E. coli Íntima adesão à superfície celular Íntima adesão à superfície celular Alteração conformação microvilosidades Alteração conformação microvilosidades Má digestão e má absorção Má digestão e má absorção Enterites Bacterianas Mecanismos de ação bacteriana: Bactérias enteroinvasivas Inflamação, exsudação, hipersecreção e diarreia mucoide à hemorrágica Dor abdominal e pirexia Invasão do epitélio intestinal Invasão do epitélio intestinal Danos diretos à mucosa Danos diretos à mucosa Enterocolite aguda Enterocolite aguda Enterites Bacterianas Mecanismos de ação bacteriana: Bactérias enteroinvasivas Disseminação sistêmica Produção enterotoxinas Exemplo: Salmonella spp.; Yersinia spp.; Campylobacter spp.; E. coli Salmonelose Bastonetes Gram-negativos Zoonose de distribuição mundial Variedade de sorotipos Diferentes patogenicidades Salmonelose Infecção: água e alimentos contaminados Exposição à materiais contaminados por fezes Rápida multiplicação alimentos temperatura ambiente ou mal cozidos Longos períodos no ambiente – umidade e temperatura elevadas Salmonelose Densidade elevada Falta higiene ambiental Facilitam Disseminação Salmonelose Isolamento: fezes de animais não diarreicos – intermitente Mucosa cólon e linfonodos mesentéricos animais assintomáticos Animais PortadoresImunodepressão Sintomas Salmonelose - Patogenia Ingestão água/alimentos contaminados Invasão epitélio intestinal Linfonodos mesentéricosSepticemia Placenta, conjuntiva, articulações e meninges Ausência de sinais GE Salmonelose – Manifestações Clínicas Diarreia, anorexia e depressão, com ou sem vômito Desidratação secundária Septicemia: pirexia, sinais de pneumonia, meningite, abortamentos, nascimentos prematuros e infecções vaginais Salmonelose - Diagnóstico Cultura de fezes e alimentos Hemocultura – sepse Morte – enviar amostras intestino, pulmão, fígado e rins (Lab. Referência) Salmonelose - Tratamento Septicemia – rápido e efetivo Fluidoterapia IV Terapia antimicrobiana – cultura/antibiograma Entérica Autolimitante Não necessita terapia antimicrobiana oral Terapia de suporte Salmonelose Animais convalescentes – excreção por vários meses – culturas seriadas Fluorquinolonas Eliminação estado portador Risco resistência antimicrobiana (tratamento longo) Salmonelose - Considerações Prognóstico bom – forma entérica Rara contaminação humana por pequenos animais Alertar proprietários sobre potencial zoonótico e hábitos de higiene Em casos de surto recomenda-se a incineração Campilobacteriose Vibriões móveis e Gram-negativos Formato de S ou espiral Muitas espécies Comensais: cavidade oral, trato genital e intestino Saprófitas: ambiente (não patogênicas) Campilobacteriose Agente primário infecções cães e gatos - ???? C. jejuni C. coli C. laridis C. upsaliensis Cães e Gatos com ou sem diarreia Campilobacteriose Agente primário infecções cães e gatos - ???? C. jejuni C. coli C. laridis C. Upsaliensis Agente oportunista Produz citotoxinas e toxina termolábil - sintomas Cães e Gatos com ou sem diarreia Campilobacteriose Transmissão via oral-fecal Água contaminada Utensílios contaminados Alimentos crus ou mal cozidos Fígado de frango, vísceras e leite cru Sobrevive na água por longos períodos Resistente ao resfriamento e congelamento Sensível à maioria dos desinfetantes Campilobacteriose - Patogenia Campilobacteriose – Manifestações Clínicos Animais com menos de 6 meses Diarreia aquosa ou mucoide (hemorrágica*) Tenesmo, emagrecimento e inapetência Pirexia – infecção sistêmica Vômito – raro Autolimitante – 10 dias Campilobacteriose - Diagnóstico Gênero – microscopia campo escuro, contraste de fase e coloração de Gram (baixa sensibilidade) Cultura fecal PCR – ainda não validado em pequenos animais Estado portador Isolamento nas fezes Insuficiente para o diagnóstico Campilobacteriose - Tratamento Raramente evolui para infecção sistêmica Antibiograma – não é recomendado (CO2) Antimicrobianos – diminuem a gravidade e a duração da diarreia Eritromicina e cloranfenicol Fluorquinolonas – casos de resistência Beta lactamases – resistentes à penicilinas e cefalosporinas Campilobacteriose - Considerações Por ser considerado zoonose: Incinerar materiais infectados Lavagem e desinfecção das mãos ao entrar em contato com animais contaminados Isolar animais contaminados Medidas rigorosas de higiene e desinfecção Clostridiose Bactérias Gram-positivas, anaeróbias obrigatórias e formadoras de esporo M.O. comensais do TGI C. perfringens C. difficile Colite posterior à terapia antimicrobiana em humanos Esporos resistentes Doença intestinal Clostridiose Patógeno oportunista Agravando outras enfermidades (Ex.: Parvovirose) Sorotipos que causam enterites em cães relacionam-se com infecções nosocomiais Está associado a quadros de enterite hemorrágica necrotizante hiperaguda (EHNH) Clostridiose – Manifestações Clínicas EHNH: Perda maciça de fluido – lumen Choque hipovolêmico Morte súbita Clostridiose – Manifestações Clínicas Crônica: Diarreia crônica mucoide, com sangue e aumento da frequência de defecação Dor e dificuldade em defecar Diarreia dura poucos dias Clostridiose – Diagnóstico Isolamento da bactérianas fezes Demonstração de grandes bacilos Gram- positivos Demonstração das enterotoxinas de C. perfringens nas fezes (teste rápido) – ELISA??? PCR – detecção da toxina Clostridiose - Tratamento EHNH: Terapia antimicrobiana sistêmica (amoxicilina + clavulanato) Fluidoterapia IV Clostridiose - Tratamento Crônica: Antimicrobiano oral (ampicilina, metronidazol, clindamicina) – redução do número de clostrídios Dieta rica em fibras – altera o microambiente (reduz o número) Colestiramina (quelante de toxinas) Clostridiose - Prevenção Evitar troca abrupta da ração Evitar alimentar cães e gatos com restos de alimentos Hábitos de higiene Alteração pH
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