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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como intenção apresentar a impressão que tive durante a disciplina Procedimento Metodológicos em EJA, ministrada pelo Prof. Dr. José Fernando Manzke. Para dar fundamentação a este relatório, tomos como base os textos apresentados e desenvolvidos em sala de aula e dos documentos sobre a Educação de Jovens e Adultos, bem como pesquisas particulares sobre o tema, e que abrangem diversos aspectos dessa modalidade de ensino, suas políticas e dos sujeitos a que se destina, os quais achei de particularmente relevante abordar, para assim enriquecer e validar o período em que estivemos emersos nesse universo durante as aulas e o momento da observação do ambiente escolar da eja, momento esse que aconteceu durante as visitas no antigo Complexo Educacional Governador Edson Lobão, mais conhecido como CEGEL, situada no bairro do Centro na cidade de São Luís. E dessa forma podemos acompanhar o trabalho desenvolvido, em sala de aula, por alunos e professores, assim compreender e refletir não apenas sustentados pelas teorias, mais também pela observação da pratica.
Este trabalho está organizado em quatro partes, além desta parte de introdução, conclusão e referencias bibliográficas. Na primeira parte apresentaremos a fundamentação baseada nos textos estudados durante as aulas; na segunda parte tragos a caracterização da instituição observada, nos seus aspectos físico e humano; na terceira apresentaremos os instrumentos de coleta de dados usados na investigação para construção do relatório, bem como as entrevistas e reflexões sobre; na quarta parte, baseei-me nas entrevista e observações, e construí uma reflexão sobre a EJA que aprendemos, com a EJA que vimos, construindo uma reflexão sobre a EJA que teorizamos, ou que ouvimos falar e a EJA que é real e dura.
CAPITULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Revendo o histórico do ensino voltado para a Educação de Jovens e Adultos - EJA ou do Ensino Supletivo como era reconhecido anteriormente, podemos observar avanços e retrocessos no sentido de refletir e criar ações para uma pratica pedagógica que ajude esse sujeito que devido a muitos fatores, não acompanhou o curso dos estudos na idade certa ou em tempo hábil, e que precisa de uma oportunidade avançar nos estudos regulares, para que assim consiga não apenas um diploma, tornando-o competitivo a no mercado de trabalho, mas que o liberte da ignorância acadêmica e político-social.
Cronologicamente conquistas históricas dessa modalidade de ensino, datam desde a 1930 pelas mãos de Anísio Teixeira quando mais da metade da população brasileira era analfabeta; nos anos 40 se nota avanços como a criação de órgãos, materiais didáticos, e eventos que na teoria objetivavam a discussão sobre a educação de adolescentes, jovens e adultos, no entanto não houve um aprofundamento das ideias, mesmo porque o interesse maior dos políticos era no número de eleitores, com a habilidade de assinar o próprio nome; no fim dos anos 50 durante o II Congresso Nacional da Educação de Jovens e Adultos, que o professor Paulo Freire apresenta seu trabalho sobre alfabetizar adultos, levando em conta palavras as geradoras do seu cotidiano, método, se assim podemos chama-lo, que valorizou os conhecimentos prévios dos alunos e construiu uma prática revolucionária e libertadora, na medida que oportunizou ao povo perceber que a ignorância venda os olhos, facilitando aos governantes manipula-los; em 1964 a Ditadura Militar subverte e o ideário paulofreireano, e mesmo as ações dos movimentos da Cruzada ABC e do MOBRAL nos anos 70 e 80, não melhoraram os níveis de alfabetização; internacionalmente a UNESCO, inicia as discursões sobre o tema devido o aumento de jovens e adultos fora da escola, por conta do advento da II Guerra Mundial, a educação deveria suscitar a paz e o respeito os direitos humanos. Os eventos que se seguiram, como a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, e a IV e V Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, na França em 85 e na Alemanha em 97, elevou o nível das discursões, pois entre suas metas e reivindicações estavam o reconhecimento da modalidade de EJA como merecedora de práticas, políticas e orçamentos próprios, além da mobilização da educacional de maior impacto nos continentes africano, asiático e na América Latina que já chamava a atenção para as ações cubanas e bolivianas que desde dos anos 60 tentavam com sucesso erradicar o analfabetismo utilizando os métodos das palavras geradoras; no Brasil em 2009, a VI CONFINTEA , traz o Marco de Ação de Belém, entre as medidas significativas estão o investimento de pelo menos 6% do PIB nacional na educação, incluindo à educação e aprendizagens de adultos. Impossível não lembrar do caráter dualista da escola, na medida que é excludente e reprodutivista, e mesmo assim indispensável para a sociedade. Nessa perspectiva, que a visão da pedagogia crítica possível torna a escola emancipadora, proporcionando as pesquisas, reflexões e ações afirmativas sobre a EJA, quer seja para que se construam metodologias e prática relevantes para o ensino de jovens e adultos, quer seja na criação de políticas públicas que garantam a permanência desse aluno na escola, ou mesmo na luta para que as diretrizes para EJA funcionem de maneira efetiva. 
A medida que nos aprofundamos mais no tema, iniciamos uma crítica a essas diretrizes e sua efetividade, tendo em vista que ainda hoje o ensino de jovens e adultos encontra resistência nos meios acadêmicos e na sociedade em geral. A modalidade de ensino de educação de jovens e adultos vem sendo posta em pauta devido a necessidade dos próprios educadores de criar metodologias voltadas para o aluno que por diversas razões não acompanhou o curso escolar regular, e que deseja concluir os estudos pela EJA.
Analisando a visão comum do ciclo de vida humano, nascimento, crescimento, maturação e morte, observamos que universalmente, as caracterizamos unicamente como sendo na infância, um período de muita aprendizagem e novidades, já que é quando começamos a descobrir o mundo à nossa volta; adolescência como período de turbulência e mudanças físicas drásticas; idade adulta, onde as mudanças que ocorrem na adolescência já se estabilizaram, finalizando na velhice com ápice dos processos psicológicos e a perspectiva da proximidade da morte, fases essas que não abarcam o pensamento desenvolvimentista, no qual concebe a aprendizagem sendo continua e incessante, ultrapassando a idade infantil e todos os estágios de maturação física que se seguem. 
Os ciclos de vida devem ser compreendidos como sendo etapas do desenvolvimento humano culturalmente organizadas, levando em conta a passagem dos indivíduos no tempo e nos espaços sociais, percebido pelas marcas que o mesmo deixa no mundo real, suas ações, seus pensamentos e instrumentos. Para tal busca a historicização da psicologia do adulto, e sua relação com mundo escolar, focalizando um grupo cultural específico: os adultos trabalhadores que frequentam cursos supletivos, o que se justifica, a medida que lembramos que marginalizamos e relegamos a esses alunos adultos a uma classe inferior na esfera educacional, talvez por estarem eles dentro do espaço escolar, mais não no tempo tido como certo para a escola.
A Educação de Jovens e Adultos é definida pelo artigo 37 da LDB (lei n. 9.394/96) como a modalidade de ensino que “será destinada àqueles que não tiveram acesso ou à continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.” E, assim, reafirmar o previsto pela Constituição Federal de 1988, que garante o direito de todos à educação.
Para pensar a importância que a EJA adquire na sociedade atual deve ser trazido aqui o percurso histórico dessa modalidade, um percurso que implica em muitas lutas e conquistas.
A EJA se desenvolveu a margem das outras modalidades de ensino, e o quando ainda precisamos avançar se quisermos uma valorização da educação de jovens e adultos. Nos faz acreditar com seus argumentos,que é esse o momento para uma ênfase em qualificação do profissional que atuara na sala de aula, como das ações do Estado na construção de políticas públicas eficazes, por se tratar de uma realidade latente, mas marginal, não se tinha marcos referenciais, centros de formação, ou seja, sem, seus próprios agentes, lê-se, o governo, população a ser beneficiada os possíveis alunos e os educadores, que não tinham consciência da existência de tantas especificidades e que agora tornam-se cientes que o “problema” não pode mais ser ignorado.
 Aprendemos durante o curso de Pedagogia, em suas cadeiras voltadas ao estudo da EJA, que nós acadêmico temos a responsabilidade de reconhecer a EJA como uma realidade que deve ser apreciada, e se preocupe em lutar por políticas que organize e planeje a Educação de Adultos e jovens, no entanto, não compartilho a mesma visão do autor quando pensa que ainda que não seria o momento de fechar diretrizes que encaminhem para um perfil do educador de adultos. Pessoalmente, preferiria uma dinâmica menos dispersa, suscitando o máximo de diálogos entre os diversos projetos de EJA e de formação de educadores de jovens e adultos possíveis e o estabelecimento de um perfil profissional a ser alcançado.
CAPITULO II
CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR
OBSERVAÇÃO NA ESCOLA
A educação de jovens e adultos no colégio CEGEL, teve inicio em 2008. A primeira turma formada foi 2009/2010. Atualmente a maior parte dos alunos que se matriculam nessa modalidade de ensino é proveniente da própria escola, que acabaram perdendo um ou dois anos dos anos finais do Ensino Médio, por diversas razões, entre elas:
Repetência;
Constituíram família ou engravidaram precocemente;
Estavam apenados;
Abandonaram os estudos para trabalhar.
É ofertado aos alunos a EJA, em dois anos, são duas etapas de ensino, sendo que totalizam duas mil horas de carga horaria. A primeira etapa na escola, existem duas turmas, com 47 alunos matriculados em cada uma delas, na segunda etapa também duas turmas, uma de 49 e outra de 35 alunos. São na sua maior parte, 83%, jovens com idade entre 18-25 anos. E segundo a direção a maior problemática é a evasão escolar por motivo de trabalho. Grande parte também nasceram no interior do estado, mais a família encontrou na capital São Luís uma oportunidade de melhoria de vida. 
Do total, poucos conseguem ascender ao ensino superior, por meio dos programas sociais como PROUNI e FIES. Também segundo a direção da escola, eles raramente visitam outras dependências da escola, como biblioteca, laboratórios de ciências ou informática, até mesmo a quadra, por falta de iniciativa dos professores e de interesse dos próprios alunos. Para eles não é fornecido o lanche. Inclusive os livros e apostilas da FNDE, são disponibilizadas, mais não são adotados pelos professores. São ministradas 11 matérias, Língua Portuguesa, Matemática, Física, Inglês, Espanhol, Filosofia, Sociologia, História, Geografia, Química e Biologia. A equipe docente e composta por 15 profissionais, habilitados em licenciaturas, mas sem especializações ou capacitações especificas para trabalharem com a EJA. Fora eles há um diretor e uma coordenadora pedagógica.
DEPENDÊNCIAS E EQUIPAMENTOS DA ESCOLA (UTILIZADOS PELO ENSINO NOTURNO)
	DEPENDÊNCIAS
	QUANTIDADE
	EQUIPAMENTOS
	QUANTIDADE
	Salas 
	 4
	Televisão
	2
	Lab
	2 
	projetor
	3
	Biblioteca
	1
	Xerox
	0
	Secretaria
	1
	Som
	1
	Banheiros
	2 
	Teatro
	1
	Quadra
	1
	Computadores
	0
	Refeitório
	1
	Impressora
	0
	Diretoria
	1
	Telefone
	2
	Sala de professores
	1
	DVD
	1
	Cantina
	1
	Data show
	0
	Sala de vídeo
	1
	Sala de Orientação
	0
2.2 QUADRO DE DIRIGENTES E PESSOAL TÉCNICO – ADMINISTRATIVO: NOTURNO
	CARGO/FUNÇÃO
	QUANTIDADE
	Diretor Geral
	01
	Diretor do Noturno
	01
	Secretário
	01
	Supervisor pedagógico
	1
	Agentes administrativos
	1
	Auxiliar de Serviços Gerais
	0
	Vigia
	04
	Merendeira
	0
CAPITULO III
DOS INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO DA EJA
Para melhor investigar o ambiente escolar, foi adotado o diário de bordo e as entrevistas com os sujeitos da eja naquela escola (alunos, professores e direção) Segundo os autores que versam sobre a utilização dessas metodologias, os registros devem ser precisos, indicando data, local e registro de todos os fatos, passos descobertas e indagações, investigações e entrevistas, testes, resultados e respectivas analises. Como o nome já diz, é um diário que será preenchido ao longo das observações. Seguem as entrevistas feitas com um aluno e com a direção da escola.
 DAS ENTREVISTAS
ENTREVISTA 1
Nome: Wandeson Santos 
Bairro: Coroadinho
Idade: 21 anos
Definição: aluno
Qual motivo de não ter concluído o ensino médio em tempo regular?
Falta de interesse, não gostava e não entendia as aulas, achei melhor trabalhar para ter minhas coisas e depois dar um jeito de termina, minha família precisava muito de dinheiro para viver
Porque resolver concluir agora?
Por incentivo do meu pastor, e da minha família, vi que meus amigos estavam todos entrando na faculdade e quis entra também, é um crescimento.
Como você qualifica o ensino de EJA no CEGEL? Ótimo, bom, regular ou péssimo?
As aulas aqui tão mais pra regular. (insistir para ter resposta) Porque os professores não dão muita atenção, não tem livro pra gente, e a gente entra correndo e sai correndo, não da tempo de nada.
Qual sua maior dificuldade?
Matemática 
E o que você espera para o seu futuro depois de concluir a EJA?
Eu quero termina logo pra fazer faculdade de Direito, e da uma vida melhor pra minha família um dia.
ENTREVISTA 2
Nome: Prof. Raimundo Nonato Silva
Cargo: Diretor Adjunto de Educação
Entidade: Complexo Educacional Governador Edson Lobão
Quando iniciou a eja no CEGEL?
Em 2008, mas a turma formou em 2009
Quem é o aluno da EJA nessa escola?
São jovens que já estudaram conosco na modalidade regular, e que por diversos motivos não conseguiram concluir um ou dois anos do ensino médio, e que para não perder mais tempo veem na eja uma alternativa. Outros são mais velhos, mães solteiras ou que não tiveram oportunidade para estudar antes e homens que querem melhorar o currículo pra conseguir trabalhos que pagam melhor. 
Após concluir, eles chegam até o ensino superior?
Nem todos, não temos dados, mais sabemos que um outro consegue entra, usando o PROUNI ou FIES.
Os professores são formados em que área? Tem especialização para trabalhar com a eja?
São todos concursados e formados em licenciaturas, não tem capacitação especifica, eles dão aula no ensino regular nos outros turnos.
A rede disponibiliza essa capacitação em forma de formação continuada?
Raramente.
Qual a maior problemática da Eja na visão da escola? 
E a evasão, os alunos matriculam mais desistem tem dificuldade de acompanhar as aulas, por diversos motivos.
Os alunos são motivados a continuar na escola?
Tudo depende do aluno, ele que precisa mais de nós.
Existem livros e apostilas disponibilizados aos alunos?
Sim o FNDE, manda os livros mais nem todos os professores adotam o material do governo. Uns por não querem outros porque está defasado.
Outras dependências da escola são disponibilizadas aos alunos?
Sim temos uma boa biblioteca, quadra, e vários laboratórios de ciências e informática, mais os alunos não vão, os professores não usam, mais eles podem usar quando quiserem.
CAPITULO IV
 A EJA QUE ESTUDAMOS
Desde o seu início a EJA tem sido tratada como uma renomeação do Ensino Supletivo. A partir das novas necessidades do capitalismo emergente foram feitos investimentos para a expansão da rede pública de educação. A EJA não foi contemplada nesses investimentos, pois só começou a ser pensada a partir dos anos 40, junto às medidas de erradicação do analfabetismo.
Durante os anos 50 os movimentos em prolda EJA se intensificaram, qualificando cientificamente o ensino da EJA, dentre esses movimentos o nome de Paulo Freire se destaca por propor uma alfabetização mais critica e dialogada, respeitando a realidade do educando, numa modalidade onde antes trabalhava com adultos com os mesmo métodos para crianças.
Durante o período da Ditadura Militar os trabalhos com a EJA foram abandonados e o Método Freire proibido, porém os esforços da educadora Lídia Almeida em desenvolver um trabalho de alfabetização ocuparam o vazio deixado pelos métodos de alfabetização progressistas. Durante anos a Ditadura Militar, visando os interesses da elite, resistiu em investimentos na EJA, porém em decorrência das pressões internacionais desenvolveu o MOBRAL, que apesar da ampla mobilização governamental e popular não obteve êxito, com o fim da ditadura militar o MOBRAL foi substituído pelo Educar que continha uma proposta mais democrática. Durante os anos 90 foram realizadas conferências internacionais de educação onde Brasil assumiu compromisso com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos e reiterou a necessidade da EJA.
O governo ainda mantém uma relação bastante hostil com a EJA; são muitas dificuldades a ser enfrentadas e, por isso, é sempre importante discutir, lembrar o trabalho da EJA.
A EJA QUE OBSERVAMOS
	A entrada do nosso grupo – graduandos e graduandas do curso de Pedagogia, matriculados na disciplina “Procedimentos Metodológicos em EJA” – se deu da seguinte forma: junto com o professor da disciplina, fomos recebidos para uma reunião com a coordenação da escola, onde o gestor Prof Nonato nos recebeu na escola nos explicou o funcionamento da EJA na escola. Na fala da gestor foi destacados principais desafios da EJA na escola; o trabalho desenvolvido pelos professores e, também, sobre o perfil dos alunos. Nesse momento, também, foi acordado os dias, o horário e as salas que seriam observadas. 
	Esse momento teve uma importância ímpar no período de estágio, pois trouxe informações e elementos que iluminaram as situações que foram vividas durante o período de observação, fazendo com que essas situações fossem melhores compreendidas.
	De acordo com o cronograma ficou estabelecido nossa presença nas aulas de quartas-feiras. Durante esse período em todas as aulas presenciamos apenas aulas das disciplinas de Matemática e Biologia. Apesar de frequentarmos as aulas, por determinação da gestão da escola.
ANÁLISE DAS FALAS DOS ENTREVISTADOS
Durante o período de observação muitas questões foram aparecendo para nós, mas algumas questões em especial nos chamaram atenção, questões referentes ao planejamento das professoras, os instrumentos metodológicos utilizados com os alunos da EJA e se os alunos conseguiam aprender de modo satisfatório naquelas aulas. Quando falamos em sujeitos da EJA estamos nos referindo não apenas aos sujeitos que atuam nas escolas e centros educativos, mas de todo um apanhado social que movimenta a EJA, que estão direta e indiretamente ligados às escolas e à educação. Mas aqui vamos nos deter a falar de apenas dois desses sujeitos: o educador e educando da EJA.
Os alunos que frequentam as aulas de EJA são um público com representatividade bem ampla, mas que possuem em comum o fato de não terem uma educação escolar na idade certa e que por algum motivo viram a necessidade de buscar essa educação escolar. Para frequentarem as aulas e conseguirem essa educação muitos esforços são mobilizados por partes desses alunos.
A grande parte dos alunos da EJA são pessoas que trabalham e, geralmente, em serviços que exigem bastante esforço, em período integral e que não são bem remunerados. Somado a isso, esses alunos ainda precisam se deslocar do seu local de trabalho fato que torna ainda mais cansativo a sua jornada e o estado em que esses alunos apresentam em sala de aula e, assim, o processo ensino-aprendizagem se torna mais problemático.
É muito importante lembrar esse fator do deslocamento dos alunos, porque se trata de um ponto que influencia de maneira imediata no andamento da aula, pois eles, por causa do trânsito ou mesmo distância, acabam chegando depois do horário previsto para o começo da aula e, dessa forma, a aula para eles começa mais tarde, tornando o tempo de aula mais curto do que em outras modalidades e, assim, prejudicando o processo de aprendizagem desses alunos.
Essa questão implica numa questão social muito forte que é a necessidade de políticas publicas que promovam e garantam tempo e condições dignas para a formação do aluno da EJA.
CONCLUSÃO
Desde o seu início a EJA tem sido tratada como uma renomeação do Ensino Supletivo. A partir das novas necessidades do capitalismo emergente foram feitos investimentos para a expansão da rede pública de educação. A EJA não foi contemplada nesses investimentos, pois só começou a ser pensada a partir dos anos 40, junto às medidas de erradicação do analfabetismo.
Durante os anos 50 os movimentos em prol da EJA se intensificaram, qualificando cientificamente o ensino da EJA, dentre esses movimentos o nome de Paulo Freire se destaca por propor uma alfabetização mais critica e dialogada, respeitando a realidade do educando, numa modalidade onde antes trabalhava com adultos com os mesmos métodos para crianças.
Durante o período da Ditadura Militar os trabalhos com a EJA foram abandonados e o Método Freire proibido, porém os esforços da educadora Lídia Almeida em desenvolver um trabalho de alfabetização ocuparam o vazio deixado pelos métodos de alfabetização progressistas. Durante anos a Ditadura Militar, visando os interesses da elite, resistiu em investimentos na EJA, porém em decorrência das pressões internacionais desenvolveu o MOBRAL, que apesar da ampla mobilização governamental e popular não obteve êxito, com o fim da ditadura militar o MOBRAL foi substituído pelo Educar que continha uma proposta mais democrática.
Durante os anos 90 foram realizadas conferências internacionais de educação onde Brasil assumiu compromisso com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos e reiterou a necessidade da EJA.
O governo ainda mantém uma relação bastante hostil com a EJA; são muitas dificuldades a ser enfrentadas e, por isso, é sempre importante discutir, lembrar o trabalho da EJA. 
Quando falamos em sujeitos da EJA estamos nos referindo não apenas aos sujeitos que atuam nas escolas e centros educativos, mas de todo um apanhado social que movimenta a EJA, que estão direta e indiretamente ligados às escolas e à educação. Mas aqui vamos nos deter a falar de apenas dois desses sujeitos: o educador e educando da EJA.
Os alunos que frequentam as aulas de EJA são um público com representatividade bem ampla, mas que possuem em comum o fato de não terem uma educação escolar na idade certa e que por algum motivo viram a necessidade de buscar essa educação escolar. Para frequentarem as aulas e conseguirem essa educação muitos esforços são mobilizados por partes desses alunos.
A grande parte dos alunos da EJA são pessoas que trabalham e, geralmente, em serviços que exigem bastante esforço, em período integral e que não são bem remunerados. Somado a isso, esses alunos ainda precisam se deslocar do seu local de trabalho fato que torna ainda mais cansativo a sua jornada e o estado em que esses alunos apresentam em sala de aula e, assim, o processo ensino-aprendizagem se torna mais problemático.
É muito importante lembrar esse fator do deslocamento dos alunos, porque se trata de um ponto que influencia de maneira imediata no andamento da aula, pois eles, por causa do trânsito ou mesmo distância, acabam chegando depois do horário previsto para o começo da aula e, dessa forma, a aula para eles começa mais tarde, tornando o tempo de aula mais curto do que em outras modalidades e, assim, prejudicando o processo de aprendizagem desses alunos.
Essa questão implica numa questão social muito forte que é a necessidade de políticas públicas que promovam e garantam tempo e condições dignas para a formação do aluno daEJA. A Educação de Jovens e Adultos tem como função social a promoção da inclusão social, emancipatória e democrática de jovens e adultos na sociedade, proporcionando sua inserção e qualificação no mercado de trabalho, atribuindo aos educandos, o papel de sujeitos ativos no processo de construção de conhecimentos exercendo sua cidadania.
De acordo com este pensamento, a EJA assume um papel que necessita de esforços de toda a sociedade para a promoção dessa educação. Assim, chegamos a um ponto importante debate: a necessidade de políticas públicas que garanta condições dignas para a educação de jovens e adultos.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ARROYO. Miguel. Formar educadoras e educadores de jovens e adultos. In: SOARES, Leôncio. Formação de educadores de jovens e adultos / organizado por Leôncio Soares . — Belo Horizonte : Autêntica/ SECAD-MEC/UNESCO, 2006. Pg 17-32. 
FREITAS. Dalvenira. Considerações sobre Educação de Jovens e Adultos. UFMA. 2015.
MANZKE. José Fernando. A EDUCAÇÃO DE JOVENS E DE ADULTOS – EJA
OLIVEIRA Marta Kohl de. Ciclos de vida: algumas questões sobre a psicologia do adultos.

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