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Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) Clécio Gabriel NASF • Portaria GM/MS nº 154, de 24 de janeiro de 2008 • O Nasf é uma estratégia inovadora que visa apoiar, ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção Básica/Saúde da Família Princípios do NASF • Pode ser incluído na atuação de ações intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção, reabilitação da saúde e cura, além de humanização de serviços, educação permanente, promoção da integralidade e da organização territorial dos serviços de saúde. Estrutura do NASF • O Nasf deve ser constituído por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, para atuarem no apoio e em parceria com os profissionais das equipes de Saúde da Família • Podem ser realizadas intervenções diretas do Nasf frente a usuários e famílias, mas sempre sob encaminhamento das equipes de SF com discussões e negociação a priori entre os profissionais responsáveis pelo caso. • As equipes do Nasf possuem dois tipos de responsabilidades: - sobre a população; - sobre a equipe de SF. Estrutura do NASF Missão do Nasf a) O Nasf não constitui porta de entrada do sistema para os usuários, mas apoio às equipes de Saúde da Família; b) Vincula-se a um número de equipes de Saúde da Família em territórios definidos, conforme sua classificação; c) A equipe do Nasf e as equipes de Saúde da Família criarão espaços de discussões para gestão do cuidado: reuniões e atendimentos compartilhados constituindo processo de aprendizado coletivo; A integralidade do cuidado (a) a abordagem integral do indivíduo levando em consideração seu contexto social, familiar e cultural e com garantia de cuidado longitudinal; (b) as práticas de saúde organizadas a partir da integração das ações de promoção, prevenção, reabilitação e cura; Outras diretrizes • Território: O território é um conjunto de sistemas naturais e artificiais que engloba indivíduos e instituições, independentemente de seu poder. • Educação popular em saúde: Tem como finalidade a apuração, a sistematização de modos de sentir, pensar, sonhar, querer, agir e se expressar das pessoas. Outras diretrizes • Interdisciplinaridade: É o trabalho em que as diversas ações, saberes e práticas se complementam. A interdisciplinaridade envolve relações de interação dinâmica entre saberes. • Participação social: Envolve o fortalecimento dos espaços sociais, comunitários e locais em geral, com foco na gestão participativa. Outras diretrizes • Humanização: Entendida como uma possibilidade de transformar as práticas de atenção e gestão no SUS, a partir de construções coletivas entre gestores, trabalhadores e usuários, atores sociais implicados com a produção de saúde Modalidades do NASF • Nasf 1: composto por no mínimo cinco profissionais com formação em: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico ginecologista, profissional da educação física, médico homeopata, nutricionista, médico acupunturista, médico pediatra, médico psiquiatra e terapeuta ocupacional. • Cada um desses Nasf deve estar vinculado a um mínimo de 8 e máximo de 20 equipes de SF, exceto nos estados da Região Norte, onde o número mínimo passa a ser cinco. Modalidades do NASF • O Nasf 2 deverá ter no mínimo três profissionais, entre os seguintes: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional da educação física, nutricionista e terapeuta ocupacional; e se vincular a no mínimo três equipes de SF. Definição do tipo de Nasf • A definição dos profissionais que irão compor cada tipo de Nasf é de responsabilidade do gestor municipal, seguindo, entretanto, critérios de prioridade identificados a partir das necessidades locais e da disponibilidade de profissionais de cada uma das diferentes ocupações ATRIBUIÇÕES COMUNS AOS DIVERSOS MEMBROS DA EQUIPE • Identificar, em conjunto com as equipe de SF e a comunidade, as atividades, as ações e as práticas a serem adotadas em cada uma das áreas cobertas e o público prioritário a cada uma das ações; • Atuar, de forma integrada e planejada, nas atividades desenvolvidas pelas equipes de SF e de Internação Domiciliar, quando estas existirem, acompanhando e atendendo a casos, de acordo com os critérios previamente estabelecidos; • Desenvolver coletivamente, com vistas à intersetorialidade, ações que se integrem a outras políticas sociais, como educação, esporte, cultura, trabalho, lazer, entre outras; • Promover a gestão integrada e a participação dos usuários nas decisões, por meio de organização participativa com os Conselhos Locais e/ou Municipais de Saúde; ATRIBUIÇÕES COMUNS AOS DIVERSOS MEMBROS DA EQUIPE Saúde mental 1. Deve-se identificar, acolher e atender às demandas de saúde mental do território, em seus graus variados de severidade – os pacientes devem ter acesso ao cuidado em saúde mental o mais próximo possível do seu local de moradia, de seus laços sociais e familiares. 2. Devem ser priorizadas as situações mais graves, que exigem cuidados mais imediatos (situações de maior vulnerabilidade e risco social). 3. As intervenções devem se dar a partir do contexto familiar e comunitário – a família e a comunidade devem ser parceiras no processo de cuidado. 4. É fundamental a garantia de continuidade do cuidado pelas equipes de Saúde da Família, seguindo estratégias construídas de forma interdisciplinar. Alimentação e nutrição • Do ponto vista nutricional, a transição é caracterizada pela presença de desnutrição, deficiência de micronutrientes, excesso de peso e outras doenças crônicas não transmissíveis coexistindo nas mesmas comunidades e, muitas vezes, no mesmo domicílio. Alimentação e nutrição • Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) • Objetivos: garantir a qualidade dos alimentos colocados para consumo no País; promoção de práticas alimentares saudáveis; prevenção e controle dos distúrbios nutricionais; e estímulo às ações que propiciem o acesso universal aos alimentos. Assistência Farmacêutica (AF) • Objetivos - assegurar o acesso da população à farmacoterapia de qualidade - contribuir para o uso racional de medicamentos - oferecer serviços farmacêuticos aos usuários e à comunidade ATENÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA 1. Apoiar as equipes de SF na identificação das crianças com sinais de perigo clínicos e encaminhamento IMEDIATO ao serviço de saúde mais próximo, com monitoramento desses casos; 2. Apoiar as equipes de SF na interpretação e execução dos procedimentos da Caderneta de Saúde da Criança, bem como no acompanhamento do preenchimento dela; 3. Apoiar as equipes de SF na vigilância do desenvolvimento infantil, identificação de atrasos de desenvolvimento com orientação para a estimulação às mães, pais, responsáveis ou cuidadores e também no encaminhamento, quando for o caso, para serviços especializados. ATENÇÃO INTEGRAL DO ADOLESCENTE 1. Apoiar as equipes de SF na vigilância do crescimento e desenvolvimento do adolescente, ajudando na identificação das desarmonias do crescimento, nos distúrbios nutricionais, das incapacidades funcionais, das doenças crônicas, orientação aos pais e no encaminhamento, quando for o caso, para serviços especializados; 2. Apoiar as equipes de SF no acompanhamento de adolescentes que apresentarem sinais de violência, inclusive sexual, problemas com álcool, drogas ilícitas e acidentes de trânsito; 3. Apoiar nas ações de prevenção aos agravos à saúde relacionados ao uso de álcool e outras drogas, gravidez na adolescência, DST, violência intrafamiliar envolvendo pais eprofessores;
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