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Principios Direito penal

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PRINCÍPIOS DO DIREITO DO PENAL
Os princípios são normas com alto nível de abstração, mas com o poder de concretização, pois inspiram a criação, interpretação e aplicação do direito.
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
Seleção dos bens jurídicos mais importantes
Descriminalização
A lesão tem que ser significativa para o direito penal intervir, pois o mesmo é ultima ratio.
É o princípio limitador do poder punitivo do Estado, ou seja, o direito penal Somente deve intervir nos casos de ataque muito grave aos bens jurídicos mais importantes.
A descriminalização ocorre quando os bens são selecionados para permanecer sob a tutela do direito penal, porque são considerados como de maior importância.
Também será fundamento nele que o legislador atento as mutações da sociedade, faça retirada de alguns bens que antes eram importantes e hoje com a evolução da sociedade passou a ser muito relevante.
A criminalização só se legitima se constituir meio necessário para proteção de determinado bem jurídico.
 O direito penal só deve atuar somente quando os demais ramos do direito se revelarem ser incapazes de dar a tutela devida.
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE OU OFENSIVIDADE 
 Para que haja crime deve haver uma lesão, ou um perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
Funções:
Proibir a incriminação de uma atitude interna;
Proibir a incriminação que não exceda o âmbito do próprio autor;
Proibir a incriminação de simples estados ou condições sociais;
Proibir a incriminação de conduta desviadas que não afetem qualquer bem jurídico;
O princípio da lesividade limita ainda mais o poder do legislador, que diz quais as condutas que poderão ser incriminadas pela lei penal.
Proibir a incriminação de uma atitude interna, ou seja, ninguém pode ser punido por aquilo que pensa ou mesmo por seus sentimentos pessoais.
Proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor¸ ou seja, também não poderá punir aquelas condutas que não sejam lesivas a bens de terceiro, pois excedem ao âmbito do próprio autor.
Proibir a incriminação de simples estados ou condições sociais, ou seja, impede que o agente seja punido por aquilo que ele é, e não pelo o que ele fez.
Proibir a incriminação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico, ou seja, busca-se afastar a incidência de aplicação da lei penal, as condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico. “Condutas desviadas são as que a sociedade trata com desprezo ou repúdio “. 
Não há crime na conduta que não lesa ou que ao menos não coloque em perigo de lesão bem jurídico protegido por lei.
Princípio da Adequação Social
” [...] a teoria da adequação social, concebida por Hans Welzel, significa que apesar de uma conduta subsumir ao modelo legal não será conduta típica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto é, se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada”. ( Luiz Regis Prado)
Estabelece relação entre a atualização de norma incriminadora sob ótica da relevância social e a reprovação de comportamento.
A sua razão é evitar que comportamentos socialmente aceitos ou tolerados sejam criminalizados.
São condutas socialmente adequadas. Ex: Colocar brincos em meninas
Obs:
Afasta a tipicidade material da conduta.
Estamos diante de costumes
Só a lei revoga a lei, costumes não pode revogar lei.
Não se aplica no Jogo do bixo e nem na Pirataria de Dvd’s
Não é aceito pelos Tribunais superiores
Princípio da Fragmentariedade
Corolário dos princípios da intervenção mínima, da lesividade e da adequação social.
Servem para orientar o legislador no processo de criação dos tipos penais.
 O direito penal tutelando os bens mais importantes da sociedade, ou seja, fragmentos do ordenamento jurídico.
Princípio da Insignificância ou da Bagatela
Técnica de interpretação da lei que permite afastar a incidência da norma penal por entender que embora esteja contida na descrição típica, a conduta não afeta o bem jurídico de modo relevante.
Trata-se de um princípio que considera a relevância da ofensa ao bem jurídico tutelado;
Razoabilidade
Exclusão de tipicidade
 Requisitos para caracterização da insignificância de acordo com os Tribunais Superiores:
A mínima ofensividade da conduta;
Ausência de periculosidade social da ação
Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento
Inexpressividade da lesão jurídica
Concluindo o princípio da insignificância não poderá ocorrer em toda e qualquer infração penal.
Obs:
Modernamente convencionou-se dividir o Princípio da Insignificância em:
PRINCÍPIO DA BAGATELA PRÓPRIA: Se aplica aos fatos que já nascem irrelevantes para o direito penal- conduta materialmente atípica.
PRINCÍPIO DA BAGATELA IMPROPRIA OU DA IRRELEVÂNCIA PENAL DO FATO: Tem aplicação embora relevante a infração penal praticada, a pena, diante do caso concreto, não é necessária, deixando de ser aplicado pelo magistrado.
O julgador ao fazer análise das circunstancias judiciais previstas no CAPUT do Art. 59 do CP, deixará de aplicar a pena por ser desnecessária ao caso concreto. EX: ARREPENDIMENTO POSTERIOR ART. 16 DO CP 
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
- É “ a exigência de um juízo de reprovação jurídica que se apoia sobre a crença fundada na experiência da vida cotidiana de que ao homem é dada a possibilidade de certas circunstancias, “ agir de outro modo”. (Assis Toledo)
Culpabilidade é oposto de inocência
Só pode ser reprovado o agente que tenha capacidade de entender o caráter delituoso do fato, ou seja, os imputáveis.
O sujeito só responde penalmente se podia se comportar de maneira diversa conforme diz o direito.
É com base na culpabilidade, por exemplo, que o inimputável não é considerado passível de receber uma pena, apenas medida socioeducativa. EX: Menor de 18 anos (INIMPUTÁVEL)
 Não basta que o crime seja típico e antijurídico, deve também ser culpável.
É considerado um limitador do direito de punir.
O Princípio da Culpabilidade: Um triplo sentido
Culpabilidade como elemento integrante do conceito analítico de crime;
A culpabilidade é a terceira característica, após a análise do fato típico e da ilicitude, ou seja, após concluir-se que o agente praticou um injusto penal. 
Culpabilidade como princípio medidor da pena;
A conduta mais reprovável deverá receber uma pena maior que outra, menos reprovável.
O julgador tem sua atenção voltada para a culpabilidade do agente como critério regulador.
Culpabilidade como conceito contrário a responsabilidade objetiva;
Para o resultado ser atribuído ao agente é preciso que sua conduta tenha sido dolosa ou culposa.
A responsabilidade penal, de acordo com o princípio da culpabilidade, deverá ser sempre subjetiva.
Princípio da Legalidade (Art.55, XXXIX DA CF\88)
“Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.
A conduta que ofende a lei anterior que deve ser punida.
Nasceu no Ilusionismo- Revolução Francesa
Funções:
Proibir a retroatividade da lei penal;
Proibir a criação de crimes e penas pelos os costumes;
Proibir o uso da analogia para criar crimes, fundamentar ou agravar penas;
Proibir incriminação vagas e indeterminadas.
Não se fala na existência de crime se não houver uma lei definindo-o como tal.
Por intermédio da lei existe segurança jurídica do cidadão de não ser punido se não houver uma previsão legal criando o tipo incriminador, ou seja, definindo condutas proibidas, sob ameaça de sanção.
Lex Scrita (LEI ESCRITA);
Lex Populi (LEI APROVADA PELO PARLAMENTO);
Lex Certa (Toda lei deve ser taxativa) inclusive quanto a pena, não se pode ser vaga;
Lex Clara (A LEI DEVE SER COMPREENSIVEL E INTELIGIVEL);
Lex Propocionalis ( A LEI DEVE PREVER PENAS PROPOCIONAIS, CONFORME A GRAVIDADE DE CADA CRIME);
Lex Stricta ( A LEI PENAL DEVE SER INTERPRETADA RESTRITIVAMENTE, NÃO SE ADMITE ANALOGIA CONTRA O RÉU)
Lex Praevia ( A LEI PENAL DEVE TER VIGÊNCIA ANTES DO FATO, LEIA-SE, PRIMEIRO A VIGÊNCIA, E DEPOIS ELA VALE PARA FATOSFUTUROS)
EXCEÇÃO
 A lei não retroagirá, salvo para benefício do réu.
A lei deve ser sempre, TAXATIVA.
Lei Posterior mais Severa tem efeito “ EX-NUNC”.
Legalidade Formal e Legalidade Material
Por LEGALIDADE FORMAL entende-se a obediência aos trâmites procedimentais previstos pela CF para que determinado diploma legal possa a vir a fazer parte do nosso ordenamento jurídico.
Na LEGALIDADE FORMAL devem ser obedecidas não somente as formas e os procedimentos impostos pela CF, mas também principalmente, o seu conteúdo, respeitando-se suas proibições e imposições para a garantia de nossos direitos fundamentais por ela previstos.
OBS:
A lei penal formalmente editada pelo Estado pode, decorrido o tempo de vacatio legis, ser considerado em vigor.
Assim somente depois da aferição de sua validade, isto é, somente depois de conferir sua conformidade com o texto constitucional é que ela terá aplicabilidade, sendo considerada, portanto, válida.
A lei portanto deve sempre estar em vigor anteriormente a conduta do agente.
Diferença entre Princípio da Legalidade e Princípio da Reserva Legal
Princípio da Legalidade, estaríamos permitindo a adoção de quaisquer dos diplomas elencados pelo Art.59 da CF (Leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções)
Princípio da Reserva Legal, estamos limitando a criação legislativa, em matéria penal, tão somente as leis ordinárias que é a regra geral e as leis complementares.
Princípio da Individualização da Pena ( Art.5, inc XLVI da CF\88)
 XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
 a) privação ou restrição da liberdade;
 b) perda de bens;
 c) multa;
 d) prestação social alternativa;
 e) suspensão ou interdição de direitos;
A individualização da pena ocorre em três fases:
 Na elaboração legislativas, pois a pena deve ser proporcional ao crime cometido;
Na sentença que deve seguir os critérios legais estabelecidos no Art.59 , 33 e 68 do CP;
Na execução das penas, pelo sistema progressivo e outros institutos como o livramento condicional.
É o princípio que garante que as penas dos infratores não sejam igualadas, mesmo que tenham praticados crimes idênticos. Isto porque, independentemente da prática de mesma conduta, cada indivíduo possui um histórico pessoal devendo cada qual receber apenas a punição que lhe é devida.
Assim, concluindo, a individualização ocorre em três fases como exposto anteriormente: Cominação, aplicação e execução.
O STF reconheceu o alcance da individualização da pena atinge a mitigação dos efeitos da Lei de Crimes Hediondos Nº 8072\90.
Essa lei previa que a pena seria cumprida no regime integralmente fechado, o que foi considerado inconstitucional por limitar o poder-dever do juiz de individualizar a pena, ferindo o caráter progressivo do cumprimento da pena.
Súm. Vinculante nº 26 do STF. ” Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico”.
Princípio da Proporcionalidade
A pena deverá guardar proporção com a gravidade da ofensa.
 O princípio da proporcionalidade busca reduzir as desigualdades sociais e regionais e encontra-se em diversas normas em Constituição Federal
As penas aplicadas a atos cometidos ilícitos, devem ser proporcionais não cabendo exagero.
Destinatários
Legislativo: Penas proporcionais a gravidade do delito
Judiciário: Penas proporcionais a concreta lesão
EX: Evitar punição desnecessária
Art. 303 do CTB x 129, caput, do CP
Princípio da Responsabilidade Pessoal (Art. 5, XLV, da CF\88)
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
A pena não pode passar da pessoa do condenado.
As penas de multa são consideradas dívidas de valor.
Somente o condenado pode arguir com as consequências.
 Se estivermos diante de uma responsabilidade não penal, como a de reparar o dano nada impede que, no caso da morte do condenado e tendo havido transferência dos seus bens aos seus sucessores, estes respondem, até as forças de sua herança. Art. 1.997 do CC 
Art. 107, I do CP “ Extingue-se a punibilidade: I- Pela morte do agente
Em relação com a pena restritiva de direitos na modalidade PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, em qualquer pessoa, que não o condenado, pode cumpri-la por ele, pois a prestação pecuniária está ligada a dinheiro em espécie.
PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO DAS PENAS OU HUMANIZAÇÃO DA PENA (Art. 5, XLVII, da CF)
XLVII - não haverá penas:
 a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
 b) de caráter perpétuo;
 c) de trabalhos forçados;
 d) de banimento;
 e) cruéis;
Penas aflitas, corporais deram lugar as penas privativas de liberdade. Sec. XIX
 Prescreve a forma de tratamento ao preso que respeite seus direitos humanos.
Dai a vedação expressa do Art. 5, XLVII da CF na cominação, aplicação e execução da pena de morta, perpetua, de trabalhos forçados, de banimento e cruel
Da mesma forma ao preso deve ser assegurado o respeito a integridade física e moral.
O direito penal deve ser sempre benéfico garantido o “ bem-estar da coletividade”.
OUTROS PRINCÍPIOS ...
Princípio da Exclusiva proteção de bens jurídicos 
Bittencourt (2010, p. 38), bens jurídicos "[...] são bens vitais da sociedade e do indivíduo, que merecem proteção legal exatamente em razão de sua significação social. [...] A soma dos bens jurídicos constitui, afinal, a ordem social.
Aponta os bens de maior valor para a sociedade, e condicionando a atividade da criminalização as condutas que ofendam intoleravelmente aqueles bens jurídicos.
Princípio da exteriorização ou materialização do fato
O Estado só poderá incriminar condutas humanas voluntárias, que se exteriorizem por meio de condutas concretas ações ou omissões.
Princípio da Presunção da Inocência (Art.5, LVII da CF)
”Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”
Condenação deve derivar da certeza (in dubio pro reo). Na dúvida a favor do réu
Princípio da Responsabilidade Subjetiva
A responsabilidade do agente é condicionada ao seu elemento volitivo: dolo ou culpa.
Assim, ninguém pode ser castigado senão pelas consequências queridas (dolosas) ou previsíveis (culposa) dos seus próprios atos.
Princípio da vedação ao bis in idem
Não pode haver uma dupla responsabilização por um único fato criminoso. 
Processual: ninguém pode ser processado duas vezes pelo mesmo crime.
Material - ninguém pode ser condenado pela segunda vez em razão do mesmo fato.
Execucional - ninguém pode ser executado duas vezes por condenações relacionadas ao mesmo fato.

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