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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO CAMPUS RIO VERDE GO RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL I O ENCONTRO DE DOIS MÓVEIS EM MRU COM SENTIDOS OPOSTOS, SOBRE A MESMA TRAJETÓRIA Quarto relatório de física experimental I Rio Verde GO 22/10/2015 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO CAMPUS RIO VERDE GO RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL I O ENCONTRO DE DOIS MÓVEIS EM MRU COM SENTIDOS OPOSTOS, SOBRE A MESMA TRAJETÓRIA Professor: Gustavo Quereza Alunos (as): Eduardo Félix Costa Fábio Alves Leão Felipe Monteiro da Silva Felipe Torres da Silva Lara D. de Campos Rio Verde GO 22/10/2015 1 RESUMO Caracterizar um movimento retilíneo e uniforme (MRU), calcular a velocidade de um móvel em MRU, calcular a posição de encontro de um móvel que se desloca em MRU em sentido oposto, construir e interpretar um gráfico da posição x tempo em MRU, determinar a função horária de um móvel em MRU e, estabelecer o sistema de equações para o encontro de dois móveis que partam simultaneamente, um de encontro ao outro (na mesma trajetória), em MRU. 2 INTRODUÇÃO De acordo com HALLIDAY, RESNICK, WALKER (1996), se repararmos, o mundo e tudo que há nele está em movimento, mesmo as coisas que aparentemente estão imóveis. Como exemplo, uma casa que está em movimento em relação a rotação da Terra em torno do seu próprio eixo, ou a Terra em relação a seu movimento orbital em relação ao Sol ou este em relação a Galáxia e essa em relação a outras Galáxias. Duas propriedades gerais do movimento, devem ser expressas: 1. O movimento é retilíneo, unicamente, independente se a direção é vertical, horizontal ou inclinada; 2. O móvel é uma partícula (elétron), ou é um corpo que se move como uma partícula (todos os seus pontos se deslocam em mesma direção e com mesma velocidade). O objetivo deste relatório é demonstrar a questão relativa ao local de encontro entre corpos que se movem em MRU, partindo de sentidos opostos numa mesma trajetória. Para isso é preciso, no entanto, que se crie um sistema de equações utilizando, as funções horárias do espaço de ambos os móveis, que é definida e que representam o espaço final e inicial, respectivamente, ocupados pelo móvel, a velocidade e o tempo. 3 MATERIAIS E MÉTODOS 01 plano inclinado articulável com escala de 0 a 45°com tubo com fluido e esfera de aço confinada; 01 imã encapsulado; 01 cronômetro; 01 esfera. Primeiramente, o equipamento (Plano Inclinado) foi montado observando o nivelamento inicial da plataforma do plano inclinado em conformidade com o roteiro dado. Elevou-se o plano inclinado 15° acima da horizontal, apertando ou afrouxando as sapatas. Com o imã, a esfera confinada foi posicionada na marca X0 = 0 mm. Com o cronômetro em mãos, a esfera foi liberada e simultaneamente o cronometro foi acionado, parando-o no momento em que a esfera passou pelo ponto X1 = 400 mm. Foi anotada na tabela a posição ocupada pelo móvel (esfera), X1 = 400 mm, e o tempo transcorrido. A seguir, o equipamento foi inclinado até que a bolha de ar confinada no tubo chegasse à marca X0 = 400 mm e ficasse inerte sobre essa marca. Com o auxílio do imã, a esfera foi mantida em um espaço fora da trajetória da bolha, de modo que não interferisse no deslocamento da mesma. Então, simultaneamente o cronômetro foi acionado, e apoiou-se o plano sobre a mesa, de modo que não houvesse impacto suficiente para causar vibrações na plataforma e que pudessem eventualmente causar interferência no deslocamento da bolha. Alguns segundos depois, no momento em que a bolha passou pelo ponto X1 = 0 mm, o cronometro foi parado. Foi anotada na tabela a posição ocupada pela bolha, X1 = 0 mm, e o tempo transcorrido. 4 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO Movimento retilíneo uniforme (MRU) é descrito como um movimento de um móvel em relação a um referencial, movimento este ao longo de uma reta de forma uniforme, ou seja, com velocidade constante. Diz-se que o móvel percorreu distâncias iguais em intervalos de tempo iguais. No MRU a velocidade média assim como sua velocidade instantânea são iguais. A velocidade instantânea refere-se a um determinado intervalo de tempo “t” considerado, definida matematicamente por; V=limΔt->0=Δs/Δt. Função Horária que define o MRU Inicialmente consideramos que para definirmos a velocidade de um móvel no MRU, basta usarmos a principal fórmula que descreve este movimento, vejamos; V=ΔS/ΔT Onde; Δs= variação de espaço ou descolamento Δt= variação de tempo, ou intervalo de tempo 1) Exemplo: Um carro encontra-se no Km 32 -em relação a uma determinada rodovia- ao mesmo tempo o condutor verifica seu relógio ao qual o mesmo marca 13h. Posteriormente seu veículo encontra-se no km 160, novamente o condutor verifica seu relógio que marca 14h:30min. O condutor, um amante da cinemática resolve calcular sua velocidade, considerando a mesma constante durante todo o percurso. Qual foi o valor da velocidade calculada? Resolução: Primeiramente devemos identificar que o movimento é retilíneo uniforme, agora podemos aplicar a fórmula prática da velocidade no MRU. V=ΔS/ΔT ΔS=160 km-32 km=128 km ΔT= 14,5h-13h=1,5h Logo: V=128 km/1,5h=85,3km/h Agora vamos considerar que um móvel em MRU desloca-se de uma posição inicial so no instante to=0s(origem do tempo) até uma posição s num instante posterior denominado t com uma velocidade v. Vamos calcular a velocidade “v” desse móvel considerando o movimento retilíneo uniforme. V=ΔS/ΔT V=s-so/t-to Como to=0s V=s-so/t “Isolando” s S=so+vt Essa fórmula define a função horária do MRU. 2) Exemplo: Um determinado móvel está se deslocando em uma trajetória retilínea segundo a função horária s=4+28t. Pede-se: a) Determinar seu espaço inicial (so). b) A velocidade do móvel no instante t = 2s. c) O espaço do móvel no instante t=3s. d)A variação de espaço nos 5 primeiros segundos. Resolução a) Como S = so + vt e temos S = 4 + 28t , s0 = 4m b) Como o móvel está em MRU, sua velocidade é constante . Se s = s0+vt e temos s = 4+28t, v=28m/s c) S=4+28t ,para t=3s basta substituirmos, s=4+28.3=88m d) Basta acharmos S5. Pela função temos S5=4+28.5=144m A variação é dada por: ΔS=s5-s0=144m-4m=140m Movimento Progressivo e retrógrado Devemos lembrar sempre que, só há movimento (deslocamento) se existir velocidade. Movimento progressivo: quando o deslocamento do móvel segue a orientação positiva da trajetória retilínea orientada, ou seja, v>0. 3) Exemplo: Dado a função horária do movimento retilíneo uniforme. S=4+6t O movimento é progressivo uma vez que 6 > 0 Movimento retrógrado: quando o deslocamento do móvel segue a orientação contrária da trajetória retilínea orientada, ou seja, v<0. 4) Exemplo: A função s=6- 30t caracteriza-se um MRU retrógrado uma vez que -30<0. GRÁFICOS DA POSIÇÃO EM FUNÇÃO DO TEMPO EM MRU EXEMPLO O gráfico obtido é uma linha reta, o que indica que o corpo percorre sempre a mesma distância para o mesmo intervalo de tempo, apresentando porisso sempre a mesma velocidade. Neste caso, em cada 2 segundos de movimento o corpo percorre 40 m. GRÁFICOS DA VELOCIDADE EM FUNÇÃO DO TEMPO EM MRU EXEMPLO Obtém-se assim uma linha reta horizontal, que nos indica que a velocidade do corpo se mantém sempre constante ao longo do tempo, neste caso 20 m/s. 5 RESULTADO E DISCUSSÃO É preciso que se crie um sistema de equações utilizando as funções horárias do espaço de ambos os móveis, que é definida por X=X0+VT em que X e X0 representam o espaço final e inicial, respectivamente, ocupados pelo móvel, V a velocidade e T o tempo. Cada etapa do experimento foi realizada três vezes, a fim de encontrar uma variação média entre os resultados. Deste modo, obtivemos a seguinte tabela 1 em anexo, constando a variação média dos resultados. O deslocamento da bolha, ΔX, será negativo porque o trajeto da bolha é contrário ao trajeto da esfera, portanto, a bolha tem movimento retilíneo retrogrado, logo, terá velocidades negativas. As variações médias do tempo da esfera e do tempo da bolha foram calculadas pela média aritmética dos dados obtidos (em anexo). As variações médias das velocidades da esfera e da bolha também foram calculadas pela média aritmética dos dados obtidos (em anexo). Com o intuito de provar na prática os dados obtidos através da função horária do espaço, foi realizado outro experimento, para observar se o ponto de encontro obtido na função horária do tempo corresponde ao ponto de encontro do experimento prático, conforme proposto no roteiro. Portanto, arrastamos a esfera até a posição 0 mm e mantemo-na nesta posição com o auxílio do imã. A base do plano foi inclinada novamente, para que a bolha de ar confinada no tubo fique sobre a posição 400 mm. Simultaneamente, a base do plano foi apoiada sobre a mesa, liberou-se a esfera e o cronometro foi acionado, parando-o no momento em que a bolha de ar e a esfera se cruzam. Os dados foram anotados. Instante do encontro: 2,94 segundos Posição do encontro: 200 mm Compare sua observação com o resultado algébrico obtido anteriormente. Comente as possíveis diferenças. O resultado algébrico apresentou uma diferença de 0,1 segundo do resultado obtido no experimento prático. Este erro afetou diretamente na determinação do cálculo da velocidade o que consequentemente interferiu no ponto de encontro, o que refletiu uma diferença de 9 mm entre o ponto de encontro observado no experimento prático e o ponto de encontro apurado na função horária do espaço (resultado algébrico). O ERRO Causas prováveis do erro: A percepção do indivíduo ao realizar a leitura dos resultados. O nivelamento do equipamento com a base de apoio (mesa). A utilização do cronômetro com poucas casas decimais. O tempo de reação média em humanos pode variar em alguns milésimos de segundos. Qual o significado físico das coordenadas do cruzamento das duas retas representativas dos movimentos? As coordenadas representam o ponto exato em que os dois móveis se cruzam, é possível observar ainda que para que ocorra o cruzamento, os móveis precisam partir de pontos distintos, percorrendo uma mesma reta, no entanto, com movimentos contrários, como ocorreu com a esfera e a bolha, onde a esfera tinha Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) e a bolha tinha Movimento Retilíneo Uniforme Retrógrado (MRUR). 6 CONCLUSÃO Com a realização deste experimento foi realmente possível ver na prática o que é, e como funciona o MRU, além de sua grande importância na realização das atividades, não só na área da química, como em qualquer outra área. Ao final da prática foi possível resolver um sistema de equações que determina o instante e a posição de dois móveis que partem simultaneamente, um de encontro ao outro, em MRU, sobre a mesma trajetória. Através do gráfico posição versus tempo também foi possível determinar o instante e a posição do encontro destes mesmos dois móveis. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.mogiglass.com.br/shop/materialdidatico.html?limit=all&price=1%2C10000, figuras. Acesso em 24/10/2015. Halliday, D., Resnick, R. e Walker, J. Fundamentos de Física, tradução de José Paulo de Azevedo, 4a.ed.V.1.Rio de Janeiro: LTC EDITORA, 1996. http://www.infoescola.com/fisica/movimento-retilineo-uniforme/, acesso em 24/10/2015. Os Fundamentos da Física Volume 1- Ramalho, Nicolau e Toledo, editora Moderna, 2003.
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