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# Fisioterapia para concursos

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TÂNIA MARCHEZIN 
ÍNDICE 
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� Estudo da artrologia 
� Estudo da miologia 
� Estudo da osteologia 
� Posição anatômica 
� Sistema circulatório 
� Sistema digestório 
� Sistema endócrino 
� Sistema nervoso 
� Neuroanatomia 
� Sistema respiratório 
� Sistema urinário 
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� Fisiologia cardiovascular 
� Fisiologia respiratória 
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� Avaliação 
� Conceitos 
� Tipos de contrações 
� Amplitude de movimento 
� Função muscular 
� Classificação dos músculos 
� Movimentos do corpo 
� Biomecânica 
� Exercício terapêutico 
� Tipos de tratamento terapêutico 
� Mudança de decúbito – Progressões 
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� Semiologia cardiovascular 
� Avaliação em fisioterapia cardiológica 
� Hipertensão arterial sistêmica - HAS 
� Aterosclerose e infarto agudo do miocárdio – IAM 
� Cuidados pré e pós-operatório em cirurgia cardíaca
� Eletrocardiograma 
� Ressuscitação cardiopulmonar - ACLS 
� Reabilitação cardiovascular 
� Trombose venosa profunda – TVP 
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� Efeitos físicos e fisiológicos do calor e do frio 
� Recursos elétricos 
� Corrente galvânica 
� Corrente farádica 
� Corrente diadinâmica 
� Eletrodiagnóstico 
� Avaliação 
� FES 
� TENS 
� Corrente interferencial 
� Corrente russa 
� Recursos térmicos 
� Forno de bier 
� Parafina 
� Infra-vermelho 
� Ultra-violeta 
� Ultra-som 
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� Conceitos 
� A pelve e a gestação 
� Recomendações para exercícios durante a gravidez 
� Alterações fisiológicas durante a gestação 
� Incontinência urinária 
� Classificação da incontinência urinária 
� Fisioterapia respiratória para gestantes 
� Câncer de mama 
� Eletroestimulação no tratamento da incontinência urinária de esforço em idosas 
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� Conceitos 
� Princípios físicos 
� Efeitos fisiológicos 
� Indicações 
� Contra-indicações 
� Tipos de equipamentos 
� Técnicas de hidroterapia 
� Hidrocinesioterapia 
� Divisões 
� Indicações 
� Efeitos terapêuticos 
� Contra-indicações 
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� Avaliação neurológica 
� Avaliação do sistema somatossensorial 
� Acidente vascular cerebral – AVC 
� Doença de ALZHEIMER 
� Doença de HUNTINGTON 
� Doenças do neurônio motor 
� Esclerose lateral amiotrófica – ELA 
� Guillain-Barré 
� Facilitação neuromuscular proprioceptiva – KABAT 
� Lesão medular 
� Parkinson 
� Síndrome de Rett 
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� Propedêutica ortopédica 
� Ficha de avaliação ortopédica 
� Complexo articular do ombro 
� Síndrome do impacto 
� Testes especiais 
� Rupturas do manguito rotador 
� Complexo do cotovelo 
� Instabilidades do cotovelo 
� Epicondilite lateral do cotovelo – Cotovelo de Tenista 
� Testes especiais 
� Epicondilite medial do cotovelo – Cotovelo do Golfista 
� Testes especiais 
� Antebraço, punho e mão 
� Deformidades típicas da mão 
� Contratura de Dupuytren – fascíte palmar 
� Entorse de punho 
� Síndrome de DeQuervain 
� Síndrome do túnel do carpo 
� Fraturas distais do rádio 
� Neuropatias compressivas 
� Síndrome do túnel cubital – nervo ulnar 
� Testes especiais 
� Complexo do quadril 
� Testes para o quadril 
� Luxação congênita do quadril – LCQ 
� Doença de LEGG-CALVÉ-PERTHES 
� Complexo do joelho 
� Lesão meniscal 
� Testes específicos 
� Exames complementares 
� Testes especiais 
� Luxação congênita do joelho 
� Tíbia curva congênita – TCC 
� Complexo do tornozelo e pé 
� Avaliação fisioterapêutica do tornozelo e pé 
� Ciclo da marcha 
� Pé torto congênito – PTC 
� Talus vertical congênito – TVC 
� Lesões musculotendíneas 
� Fraturas 
� Dispositivos de fixação 
� Amputações 
� Órteses 
� Próteses 
 
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� Conceitos 
� Psicomotricidade 
� Maturação psicomotora 
� Distúrbios psicomotores 
� Avaliação neurológica em pediatria 
� A criança hipotônica e suas causas 
� Ácido fólico e os defeitos do tubo neural 
� Doenças genéticas – Erros inatos do metabolismo 
� Encefalopatia bilirrubínica 
� Encefalopatias crônicas infantis não-progressivas – Paralisia Cerebral 
� Hidrocefalia congênita 
� Malformações cerebrais na criança 
� Miastenia grave 
� Mielomeningocele 
� Miopatias 
� Paralisia braquial obstétrica 
� Poliomielite aguda 
� O coma na infância 
� Síndrome do neurônio motor superior e inferior 
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� Avaliação do sistema respiratório 
� Doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC 
� Asma 
� Bronquite aguda 
� Insuficiência respiratória 
� Pneumonia 
� Broncodilatadores 
� Monitorização ventilatória 
� Oxigenioterapia 
� Técnicas de fisioterapia hospitalar 
� Ventilação mecânica 
� Ventilação mecânica infantil e neonato 
� Ventilação mecânica não-invasiva 
� Desmame da ventilação mecânica 
� Extubação 
� Gasometria arterial 
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� Avaliação fisioterapêutica em reumatologia 
� Agentes fisioterapêuticos em reumatologia 
� Artrite reumatóide 
� Esclerose sistêmica 
� Fibromialgia 
� Lupus eritematoso sistêmico – LES 
� Osteoporose 
 
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concursoefisioterapia.blogspot.com 
concursoefisioterapia@gmail.com 
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AVALIAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
Processo através do qual é possível determinar as capacidades e incapacidades de um paciente (cliente) em relação a sua 
patologia, frente a uma tarefa previamente solicitada e padronizada. 
Tópicos da avaliação: 
1) Anamnese 
2) Exame físico 
3) Testes especiais 
4) Exames complementares 
Anamnese 
A anamnese é o momento no qual são obtidas as informações do paciente 
 1. Perguntas abertas 
 2. Perguntas fechadas 
 3. Perguntas em funil 
 4. Perguntas em paráfrase 
A anamnese visa apurar e deve conter: 
a) Dados pessoais 
b) Queixa principal 
c) HMA (História da Moléstia Atual) 
d) HMP (História Moléstia Pregressa) 
e) Antecedentes pessoais e familiares 
f) Incapacidades decorridas da patologia 
a) Dados Pessoais 
Nome completo; 
Sexo; 
Idade (anos ou data de nascimento); 
Raça; 
Estado civil se tem filhos; 
Local de nascimento; 
Endereço; 
Profissão/ocupação. 
b) Queixa Principal 
É o principal motivo relatado pelo paciente que o fez procurar a ajuda do fisioterapeuta 
c) História da Moléstia Atual 
Perguntas do tipo:
 - Quais os principais sintomas? 
 - Quando eles se iniciaram? 
 - Como os sinais estão evoluindo? 
 - Se existem momentos de melhora ou situações de piora? 
 - Fatores que geram a melhora ou a piora dos sintomas? 
 - Dor 
d) História da Moléstia Pregressa (HMP) 
História clínica prévia do cliente 
Testes e consultas anteriores do atual estado de saúde 
Doenças e situações que já sofreu 
e) Antecedentes pessoais e familiares 
Doenças familiares como diabetes/ hipertensão/ neoplasias 
Hábitos alimentares 
Hábitos: tabagismo, etilismo e uso de drogas. 
Atividades físicas 
f) Incapacidades decorridas da patologia 
Situações que foram afetadas pela presença da patologia (AVD´s ou AVP´s e transferências) 
 
AVD - atividades da vida diária 
 Ex: alimentar-se, escovar os dentes, tomar banho etc. 
AVP - atividades da vida prática, ex: dirigir, falar ao telefone, escrever etc.Exame Físico
Objetivos: 
Detectar achados físicos 
Confirmação da suspeita 
Identificar outras condições 
Somar-se / relacionar-se a anamnese
Realizar:
1. Observação 
2. Inspeção 
3. Palpação 
4. Sinais Vitais 
5. Avaliação física e testes especiais 
1. Observação: 
Observar desde a chegada do paciente até o local da avaliação bem como no processo em si 
Comportamento 
Deambulação 
Vestimenta 
2. Inspeção e palpação 
“Observação mais cuidadosa e minuciosa” 
Realizado sob boa luz 
Global e/ou focal 
2.1: Pele, anexos e linfático: 
 
Aspecto da pele, coloração, temperatura. 
Presença de cicatriz / drenos 
Proeminências ósseas 
Palpação de gânglios 
Úlceras de pressão / eritema / feridas abertas 
2.2 : Cabeça e olhos: 
 
Principalmente pacientes acamados ou com historia de traumas na cabeça;
Presença de cicatrizes e drenos/válvulas de derivação;
Superfície óssea; 
Ulceração nos olhos (pela falta de hidratação) 
2.3 : Nariz e ouvidos: 
Presença de saída de líquor em pacientes com história de trauma cerebral e de face 
Hemorragia em nariz / ouvido 
2.4: Tórax: 
 
Freqüência respiratória / amplitude e ritmo
Paradoxal / apical / basal 
Atividades de músculos acessórios; 
Deformidades torácicas; 
Tosse (tipo / força / eficiência) 
Expectoração (coloração) 
2.5 : Coração e Sistema Vascular: 
 
Freqüência Cardíaca 
Pulsos central e periférico (radial / inguinal / poplíteo / dorsal). 
Pele fria / pálida / cianótica = disfunção arterial
Pele quente / vermelha / lustrosa = disfunção venosa 
Fenômeno de Raynaud 
3. Sinais Vitais 
Temperatura; 
Pressão arterial; 
Pulso; 
Respiração; 
Escala de Glasgow. 
4. Avaliação Física 
Sistema Músculo-esquelético 
Habilidade para avaliar todo o componente muscular / tendíneo / ligamentar / ósseo 
Conhecimentos de anatomia palpatória 
“Fragmentada” 
Inspeção do Sistema Músculo-esquelético: 
Alterações articulares / deformidades 
Amputação 
Simetria 
Edema / equimose 
Cicatriz 
Defeito de tecidos moles 
Contração muscular (fasciculações / tremores) 
Hipertrofia / hipotrofia / atrofia 
Palpação do Sistema Músculo-esquelético: 
Temperatura do segmento 
Contornos ósseos; 
Consistência muscular (espasmos / hipertonia / hipotonia / tremores e fasciculações); 
Dores à palpação; 
Massas anormais / continuidade do tecido muscular 
Avaliação de ADM 
Comparação com a normalidade 
Goniometria ativa e passiva; 
Verificar compensações 
Identificar encurtamentos musculares / alterações articulares 
Presença de dor no movimento ativo ou passivo 
Espasmo protetor 
Testes Específicos 
Específico para determinados segmentos/ corporais 
Ex: testes especiais ortopédicos, neurológicos, pneumofuncionais, entre outros. 
Exames Complementares 
Os exames complementares em conjunto com o exame físico permitem confirmar e fechar determinado diagnóstico 
Radiologia simples (raios X) 
Tomografia computadorizada (TC) 
Ressonância magnética (RM) 
Cintilografia óssea 
CINESIOLOGIA 
Conceitos 
Cinesiologia: combinação 2 verbos, “Kinein”(mover) e”Logos” (estudar) 
Estudo do Movimento Humano 
Biomecânica: combinação de “bio” (vida) e “mecânica” (máquina) 
Estuda a ação das forças sobre o corpo humano 
Divisão da Cinesiologia 
Cinesiologia Estrutural e Funcional 
Exercício Fisiológico 
Cinesiologia do Desenvolvimento 
Cinesiologia Psicológica 
Biomecânica 
Planos e eixos do Movimento 
Os planos e eixos são divididos em relação posição anatômica 
Corpo ereto 
Braços ao lado do corpo 
Palmas da mão para frente 
Plano Sagital: divide o corpo em lado ESQUERDO e DIREITO 
Plano Coronal ou Frontal: divide em anterior/posterior 
Plano Transversal: divide em superior (cranial) e inferior (caudal)
Terminologia dos Movimentos 
Flexão: o segmento corporal se move no plano antero-posterior com a face anterior ou posterior se aproximando do 
segmento adjacente; 
Extensão: é o contrário da flexão de uma posição fletida volta para a anatômica; 
Hiperextensão: é a continuação da extensão, além da posição anatômica; 
Abdução: é um movimento do segmento corporal afastando-se da linha mediana, independentemente de qual o segmento 
que se move; 
Adução: é uma posição ou movimento aproximando-se da linha mediana; 
Circundução: a combinação de todos esses movimentos, em que a parte da extremidade faz um grande círculo no ar, 
enquanto as partes próximas à extremidade proximal fazem um círculo pequeno; 
Rotação: é o movimento de um osso ou parte dele em torno de seu eixo longitudinal; 
Rotação interna ou medial: a superfície anterior se move em direção à linha média; 
Rotação lateral ou externa: Se a superfície anterior se movimenta para longe da linha média; 
Pronação: rotação interna do braço; 
Supinação: rotação externa do braço. 
Tipos de Contrações Musculares 
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Há três tipos básicos de contrações musculares: 
• - Isométrica; 
• - Isotônica concêntrica; 
• - Isotônica excêntrica. 
Função Muscular 
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Um músculo pode desenvolver a tensão dentro de si mesmo ou relaxar. Estas ações são influenciadas por: 
• Forma / tamanho 
• Número de fibras 
• Tipo de articulação 
• Natureza de origem e inervação 
• Ângulo e local de inserção, etc.
Movimentos do Corpo 
�
• Movimento Passivo (PAS): movimento corporal sem contração muscular continuada. Divide-se: 
• Manipulação (MAN); 
• Movimento Inercial; 
• Movimento Gravitacional. 
Manipulação (MAN): A força motriz é outra pessoa, ou outra força externa que não a gravidade. Ex: manipular as vértebras; 
Movimento inercial (INER): não há participação de uma contração muscular motriz. Ex: a fase de deslizamento no estilo de 
peito em natação; 
Movimento gravitacional (GRAV) ou queda: resulta de uma força de aceleração constante com direção e magnitude. Ex: 
Queda livre; 
Movimento Balístico (BAL): é um movimento composto: 1ª fase é FC+ e a 2ª fase inercial (INER) - A fase final é de 
desaceleração (FC-). Ex: golpe de peteca; 
Movimento Dirigido (DIR): quando são necessárias uma grande precisão e firmeza, mas não força e velocidade. Ex: arco e 
flecha; 
Movimento de equilíbrio dinâmico (ED): Os fusos musculares iniciam um serviço de autocontrole postural. Ex: postura 
ereta fixa; 
Movimento Oscilatório (OSC): o movimento é rapidamente invertido no final de cada excursão curta. Ex: sacudir objeto. 
Biomecânica 
A mecânica é uma área da física e da engenharia, que lida com a análise das forças que agem sobre um objeto. Seja para a 
manutenção deste ou de uma estrutura em um ponto fixo, como a descrição e a causa do movimento do mesmo. 
Biomecânica é a aplicação da mecânica aos organismos vivos, tecidos biológicos, aos corpos humanos e animais. 
Postura Corporal 
A postura do corpo é resultante de inúmeras forças musculares que atuam equilibrando forças impostas sobre o corpo e 
todos os movimentos do corpo são causados por forças que agem dentro e sobre o corpo. 
Centro de Gravidade 
A Gravidade é uma força externa que age sobre um objeto sobre a terra, e para equilibrar essa força, uma segunda força 
externa precisa ser induzida. O Centro de Gravidade é o ponto dentro de um objeto onde se pode considerar que, toda a 
massa, que constitui o objeto, esteja concentrada. 
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A força de gravidade possui 3 características: 
É aplicada constantemente sem interrupções; 
Única direção-centro da terra; 
Atua sobre tudo e todos. 
Força 
A força é definida por quatro características básicas: 
Magnitude de força; 
Direção; 
Sentido; 
Quantidade de tração. 
As forças mais comuns na biomecânica são: a força muscular, gravitacional, inércia, de flutuação e força de contato. 
A força produzida por músculos depende de vários fatores. Dois desses fatores incluem velocidade de contraçãodo músculo 
e comprimento do músculo. O peso de um objeto é resultado da força gravitacional. 
Na inércia um corpo permanece em repouso ou em movimento uniforme até receber a ação de uma força. 
A força de flutuação tende a resistir à força da gravidade. Na água a magnitude dessa força equivale ao peso de água que o 
objeto desloca. 
A força de contato existe toda vez que dois objetos se acharem em contato um com o outro. 
Esse tipo de força pode ser uma força de reação ou uma força de impacto. 
A força pode ser ainda subdividida em uma força normal perpendicular às superfícies de contato e uma força de fricção ou 
atrito que é paralela à superfície de contato. 
Mecânica 
A mecânica se divide em: 
A) estática: que considera os corpos num estado de equilíbrio estático; 
B) dinâmica: que estuda objetos em movimento Acelerado; Dinâmica se subdivide: 
Cinemática: é a geometria do movimento. Inclui deslocamento, velocidade, aceleração, mas não as forças; 
Cinética: considera as forças, as causas de um movimento. 
Linear, ocorre mais ou menos em uma linha reta, de um lugar para outro. Todas as partes do objeto percorrem a mesma 
distância, na mesma direção e ao mesmo tempo. 
Se este movimento ocorrer em linha reta é chamado movimento retilíneo. 
Se este movimento ocorre numa linha reta, mas em uma forma curva, é chamado curvilíneo. 
O movimento de um objeto em tomo de um ponto fixo é o angular ou rotatório. 
Todas as partes do objeto movem-se num mesmo ângulo, na mesma direção, ao mesmo tempo. Ex: movimento corpo 
humano.
Sistema de alavancas 
Uma alavanca é uma barra rígida que gira em torno de um ponto fixo quando uma força é aplicada para vencer a resistência. 
Uma quantidade maior de força ou um braço de alavanca mais longo aumentam o movimento de força. 
Há três classes de alavancas, cada uma com uma função e uma vantagem mecânica diferente. 
Classe das alavancas 
Alavanca de Primeira Classe - Interfixa 
O eixo (E) está localizado entre a força (F) e a resistência (R). Ex: gangorra, tesoura, alicate.
Alavanca de Segunda Classe – inter-resistente 
O eixo (E) está em uma das extremidades, a resistência (R) no meio e a força (F) na outra extremidade. Ex:carro de mão, 
abridor de lata.
Alavanca de Terceira Classe – Interpotente 
Tem o eixo numa das extremidades, a força no meio, a resistência na extremidade oposta. É a mais comum das alavancas 
do corpo. Ex: bíceps, varrer.
Torque 
Se for exercida uma força sobre um corpo que possa girar em torno de um ponto central, diz-se que a força gera um torque. 
Como o corpo humano se move por uma série de rotações de seus segmentos, a quantidade de torque que um músculo 
desenvolve é uma medida muito proveitosa de seu efeito. 
A magnitude de um torque está relacionada à magnitude da força que o está gerando, mas um fator adicional é a direção da 
força em relação à posição do ponto central. 
A distância perpendicular do pivô à linha de ação da força é o braço de alavanca da força. Um método para calcular o torque 
é multiplicar a força (F) que gerou pelo braço de alavanca (d). 
T = F x d 
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1ª LEI DE NEWTON 
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É a lei da Inércia, que afirma que um objeto permanece em seu estado existente de movimento a menos que sofra a ação 
de uma força externa. Assim, um objeto estacionário não começará a se mover, a menos que uma força externa aja sobre 
ele, e um objeto em movimento permanecerá em movimento, na mesma velocidade e direção. 
2ª LEI DE NEWTON 
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É a lei da aceleração. Afirma que quando uma força externa age sobre um objeto, o objeto muda sua velocidade ou acelera-
se em proporção direta à força aplicada. O objeto irá também acelerar em proporção inversa à sua massa. Assim, a massa 
tende a resistir à aceleração. A fórmula bem conhecida como: F = (m. a) é válida para objetos que se movem em translação 
ou linearmente. 
3ª LEI DE NEWTON 
É a lei da interação ou da ação e reação. Diz que quando dois corpos interagem, a força que o corpo A exerce sobre o B é 
igual e oposta à força que o B exerce sobre o A. Tais forças são sempre simultâneas, tem mesma intensidade, mesma linha 
de ação e sentidos opostos Por serem aplicadas em corpos diferentes, nunca se anulam. 
TRABALHO 
Em mecânica, o trabalho é o produto de forças sobre um objeto e o deslocamento do objeto paralelo ao componente de 
força de resistência do objeto. 
O trabalho pode ser expresso em termos diferentes, mas será sempre o produto da força pela distância, como kg x cm, ou 
ton x km, etc. 
Trabalho (W) = Força (F) x Distância (d). 
POTENCIA 
Confunde-se com potência. É um tipo de velocidade com que se efetua o trabalho. 
É usada para expressar trabalho em relação ao tempo. 
Ex. P =T/t 
P. (F x D)t. 
Ex: Se 1 livro pesa 1 kg e este fosse levantado a 5 metros, num segundo, a potencia seria igual a 5kgm por segundo. 
ENERGIA 
É a capacidade de fazer trabalho. Existem muitas formas de energia, dentre elas a energia mecânica e o calor. 
A energia mecânica divide-se em potencial e cinética. A potencial é a energia armazenada. Possui o potencial para ser 
liberada e tornar-se energia cinética, que é a energia de movimento.
PROGRESSÕES 
Mudança de decúbito 
Pontos Chaves 
Utilizar os pontos chaves para fazer as progressões! 
 
Pontos chaves: são as grandes articulações, cintura-escapular e pélvica, que nos ajudam a realizar as mudanças no 
nosso paciente. 
Elas servem tanto para ajudar, quanto para dificultar o movimento, no caso de um treino resistido. 
1) Mudança de DD para DV; 
 Paciente em DD, no colchonete, ou no tablado, fisioterapeuta a frete dele, com o membro inferior do 
paciente (do lado contrário ao que o paciente vai deitar) em flexão de quadril + abdução + RE e flexão de joelho e 
dorso-flexão do tornozelo. Faz um movimento de alavanca = fazendo adução do quadril + extensão de joelho e 
quadril e RI. 
 Após mudança posicionar lateralmente a cabeça do paciente para liberar vias aéreas. 
2) Mudança de DV para DD; 
 Paciente em DV com o membro em flexão de quadril + abdução + RE + flexão de joelho.Terapeuta 
vai segurar esse membro e irá fazer um movimento de alavanca para traz aduzindo o membro + extensão de quadril 
e extensão de joelho. 
 Lembrar sempre que na mudança de decúbito, seja de DD → DV ou DV → DD, prestar atenção no MMSS do 
paciente do lado que ele vai ser colocado para que não fique por baixo do corpo dele. Nesse caso coloque o MS em 
flexão de ombro total. 
3) Mudança de DD para DL: 
 Utilizara os pontos chaves para facilitar a movimentação. Membro superior estendido ao lado do 
corpo do paciente. Utilizar a cintura escapular e pélvica para colocar o paciente em DL. Posso também fazer flexão 
de tronco associada à dissociação da pelve para o lado que vai posicionar e depois utilizar a cintura-escapular para 
posicionar corretamente a paciente. 
4) Mudança de DL para sentado 
 Paciente em DL em uma maca, ou cama, fazer flexão de quadril e joelho bilateral e colocar os MMII 
pendentes e após isso com as mãos na escápula do paciente trazê-lo para a posição sentada. O paciente pode 
auxiliar apoiando o seu membro no pescoço do terapeuta. 
 Se o paciente conseguir se posicionar sozinho, orientá-lo a utilizar seu membro que não está apoiado 
na cama, como uma alavanca para impulsionar o seu corpo para cima. 
5) Mudança de sentado para em pé ao lado da cama: 
 Terapeuta a frente do paciente. Pedir para ele colocar seus braços em torno do pescoço do terapeuta. 
Com as mãos na pelve do paciente colocá-lo em pé. 
 Se o paciente tiver fraqueza muscular do quadríceps, uma das pernas do paciente deve ficar apoiada 
nojoelho do paciente para forçar a extensão. 
 A partir dessa posição posso colocar o paciente na cadeira de rodas utilizando um jogo com o corpo 
do paciente (virando o tronco do paciente) e colocando-o sentado. 
6) Mudança de sentado na cadeira de rodas para sentado na cama (paciente irá realizar esse movimento 
sozinho): 
 Cadeira de rodas apoiada ao lado da cama do paciente, paciente irá apoiar seus MMSS ao lado do 
corpo com as mãos espalmadas. Paciente irá fazer força com o MMSS, de modo que levante o seu corpo e leve o 
seu corpo para a cama. 
 Pode ser feito da cama para cadeira de rodas da mesma forma. 
Em cada posição será importante treinar controle de cabeça, descarga de peso, equilíbrio. 
 Paciente em DV, terapeuta irá levantar a cabeça do paciente para ele olhar para frente = fazer 
controle de tronco. 
 Após controle de cabeça, passar para apoiado sobre os cotovelos e depois sobre as mãos 
(treinar equilíbrio e descarga de peso). 
 Após isso, terapeuta “puxa” o paciente para traz com o ponto-chave de cintura pélvica e 
coloca-o sentado sobre os calcanhares. 
Posso a partir de apoiado sobre os membros superiores trazer o paciente para posição de “gatas”. Treinar descarga 
de peso e treino de equilíbrio. 
 Treinar engatinhar com resistência para frente e para traz. 
 A partir do gatas colocar o paciente na posição ajoelhada. Nessa posição treinar descarga de peso e 
equilíbrio, marcha ajoelhado (ideal para dissociação pélvica). 
 A partir do ajoelhado progredir para o semi-ajoelhado. Nessa posição treinar descarga de peso e 
equilíbrio. 
 Após a posição de semi-ajoelhado passar apara a posição de bipedestação. Terapeuta a frente do 
paciente para auxiliar no movimento. Treinar equilíbrio e descarga de peso. 
Após posição de bipedestação, treinar marcha, com auxilio e resistência (utilizando-se os pontos chaves). 
 Treino de marcha na escada, na rampa. 
 Treino de marcha lateral; com os olhos fechados, para frente e para traz, na barra paralela. 
AVALIAÇÃO EM FISIOTERAPIA CARDIOLÓGICA 
Coleta de dados 
HMA 
HMP 
Medicamentos 
HF 
Hábitos de vida 
Fumo 
Atividade física 
Exames complementares 
Resultados de testes 
Avaliação subjetiva 
Qual a principal queixa? 
O que incomoda mais? 
O que sente (quais os sintomas)? 
Dor, dispnéia, palpitação etc 
Questionar tipo de dor, duração, local etc 
O que agrava ou melhora os sintomas? 
Patologias associadas 
Diabetes – doença vascular periférica 
Dislipidemias 
Aneurismas 
Aterosclerose 
Arteriosclerose 
Obesidade e síndrome metabólica 
DPOC 
Sinais e Sintomas comuns em patologias cardíacas 
Dispnéia 
Dor torácica - Angina 
Síncope 
Ascite – excesso de líquido no abdômen 
Edema 
Dispnéia 
Causa cardíaca ou respiratória 
Anemia 
Dispnéia de esforço que se resolve rapidamente com o repouso pode ser sinal de isquemia do miocárdio 
Ortopnéia 
Dispnéia paroxística Noturna (DPN)- comum em ICC (Insuficiência cardíaca congestiva) 
Angina 
Angina estável – pectoris –de esforço 
Ocorre quando há DAC (Doença Arterial Coronariana) e o fluxo sanguíneo não pode ser aumentado para atender a 
demanda – isquemia 
Dura cerca de minutos 
Pode ser desencadeada por exercício 
Angina instável 
Angina de repouso 
Angina de começo súbito 
Pode estar relacionada a patologias de agregação plaquetária 
Indica risco alto de IM (infarto do miocárdio) ou morte 
Avaliação objetiva 
 Exame físico – inspeção e palpação 
Temperatura 
Frequência cardíaca – palpação de pulsos 
Taquicardia 
Bradicardia 
Avaliação objetiva 
Frequência respiratória 
Taquipnéia 
Bradipnéia 
Pressão arterial 
Hipertensão 
Hipotensão 
Hipotensão postural 
Peso corporal 
IMC (índice de massa corporal) 
Relação cintura-quadril 
Mãos 
Baqueteamento digital 
Olhos 
Palidez (anemia) 
Icterícia (distúrbio hepático ou sanguíneo) 
Cianose 
Boca 
Extremidades 
Edema periférico 
Padrão respiratório 
Eupnéico 
Taquipnéico 
Bradipnéico 
Apnéia 
Dispnéia 
Ausculta Cardíaca 
1 bulha – fechamento das valvas mitral e tricúspide
2 bulha – fechamento das valvas aórtica e pulmonar - formada por 2 componentes A (som de fechamento da válvula aórtica 
– mais alto) e P (fechamento da válvula pulmonar) 
Baqueteamento 
Treinar ausculta cardíaca 
Testes específicos 
Caminhada de 6 minutos 
Teste de esforço 
Esteira 
Cicloergômetrico 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA – HAS
Pressão arterial 
É a força exercida pelo sangue contra as paredes arteriais, é determinada pela quantidade de sangue bombeado e pela 
resistência ao fluxo sanguíneo. 
– Pressão sistólica – pressão quando o sangue é ejetado durante a sístole ventricular 
– Pressão diastólica – pressão durante o relaxamento ventricular 
– PAS-PAD= pressão de pulso 
– Pressão arterial média ex: aorta, aorta-arteríolas, areteríolas-capilares, veia cava. 
Fórmulas: 
PA= Q x RVP 
Q = VE x FC 
OBS: 
Q= débito cardíaco 
VE= volume ejetado 
RVP= resistência vascular periférica 
Mecanismos de controle da PA
Curto prazo 
– Barorreceptores da aorta e carótida 
– Centro Vasomotor 
– Sistema nervoso simpático 
Controle renal 
Controle em longo prazo da PA 
Renina – angiotensina 
Hipertensão 
Tipos de Hipertensão 
Primária ou essencial (95%) 
Causas desconhecidas e hereditária 
Secundária (5%) Causas conhecidas 
- Renal = Aumento do volume sanguíneo 
- Hormonal = Aumento do volume sanguíneo 
-Neurogênica = Causas pouco conhecidas 
Exemplos de HAS secundária 
Doença renal 
Doença endócrina: 
– Hipo ou hipertireoidismo 
– Distúrbio adrenal 
Hormônios exógenos 
– Glicocorticóides 
Distúrbios neurológicos 
Estresse agudo 
Drogas e medicação, entre outros. 
Fatores envolvidos no controle da PA 
HAS 
Doença insidiosa, frequentemente sem sintomas. 
Principal manifestação cardíaca da hipertensão é a hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE) 
HVE 
Causas: aumento da pós-carga por aumento da RVP e rigidez arterial 
A HVE leva a uma rigidez ventricular pelo aumento da fibrose intersticial e contribui para a isquemia miocárdica 
Este quadro evolui para ICC (insuficiência cardíaca congestiva) e DAC (doença arterial coronariana) 
Manifestações funcionais da HVE: 
– Comprometimento do relaxamento 
– Diminuição da complacência do VE 
– longo prazo pode haver congestão pulmonar 
– Hipertrofia arteriolar coronariana 
– Redução da vascularidade miocárdica 
– Fibrose perivascular 
Terapia 
Em pacientes de maior risco (diabetes ou doença renal) 
– Terapia farmacológica já na PA levemente aumentada 
– Atividade física 
Pacientes com PA normal-alta ou com forte predisposição familiar 
– Mudanças nos hábitos de vida 
– Atividade física 
– Terapia medicamentosa pode não ser necessária 
Quando não há diminuição da PA com os fatores acima, a terapia medicamentosa é indicada. 
Principais fármacos 
Diuréticos 
Bloqueadores dos receptores �-adrenérgicos 
Inibidores da enzima conversora da angiotensina 
Bloqueadores dos receptores da angiotensina 
Antagonistas do cálcio - vasodilatadores 
Beta-Bloqueadores 
Propanolol, Atenolol, Metoprolol, Esmolol, Timolol, Nadolol, Pindolol, Bucindolol, Carvedilol, Bisoprolol, 
Sotalol* 
Mecanismo de ação 
– Redução do tônus simpático 
– Redução na liberação de renina, 
– diminuição do débito cardíaco, 
– modulação da regulação da PA ao nível do S.N.C. 
– diminuição da aferência simpática. 
– reduzem o consumo de O2 miocárdico 
– diminuição da freqüência cardíaca. 
– diástole prolongada aumenta o tempo de perfusão coronariana. 
– Também atuam reduzindo o aumento da PA induzida pelo exercício e limitando o aumento da contratilidade nessa 
situação. 
Diuréticos 
Tiazídicose Similares 
Clássicos: Hidroclorotiazida 
Derivados das Sulfonamidas: Clortalidona e Indapamida 
Mecanismo de Ação Hipotensora 
a) Depleção do volume plasmático 
b) Eliminação do edema da parede do vaso 
c) Redução da reatividade vascular 
d) Ação vasodilatadora direta. 
Bloqueadores AT1 
Losartan , Valsartan, Irbesartan, Candersartan 
Mecanismo de ação 
Bloqueio dos receptores AT1 da angiotensina II, inibindo a ação do eixo da renina. O mensageiro final do eixo 
reninaangiotensina é a angiotensina II, que se ligando ao receptor AT1 causa vasoconstricção e retenções hídricas, ambos 
levando ao aumento da pressão arterial. O bloqueio do receptor AT1 resulta na redução da pressão arterial e nos efeitos 
benéficos na ICC. 
Portanto os efeitos são similares aos inibidores da enzima conversora, com as vantagens de atuar sobre o ponto final do 
eixo renina angiotensina, e, portanto sobre a angiotensina II resultante das vias não dependentes da enzima conversora. 
Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina 
Captopril, Enalapril, Lisinopril, Benazepril, Fosinopril, Cilazapril, Ramipril, Quinapril, Perindopril, Trandolapril, Delapril 
Mecanismo de ação 
Bloqueio da ação da enzima conversora da angiotensina. 
Menor formação de angiotensina II, potente vasoconstritor e estimulador da aldosterona. O IECA é inibidora também da 
degradação da bradicinina, potente vasodilatador, que, portanto tem sua ação aumentada. 
Modificações no estilo de vida 
Perda de peso 
Moderação da ingesta de álcool 
Atividade física aeróbia regular 
Redução da ingesta de sódio 
Evitar tabagismo 
Restrições dietéticas 
Efeitos do Exercício na PA
Mecanismo: 
Exercícios dinâmicos x estáticos 
Dinâmicos: andar, correr, nadar, pedalar, etc. Obj: desenvolver resistência. Causam maior vasodilatação e a PA vai caindo 
aos poucos (pico de queda após o termino da atividade). Hipotensão pós-exercício chega a durar 12 horas em hipertensos! 
“A queda na pressão é mais pronunciada se a atividade física ocorreu continuamente por pelo menos trinta minutos” 
Estático: levantamento de peso, etc. Obj: desenvolver força. 
FISIOTERAPIA 
Cuidados durante atividade 
Ficar atento aos sinais e sintomas: 
Dispnéia 
Dor torácica e/ou face e/ou ombro e/ou membro superior esquerdo 
Parestesias 
Alterações na PA e FC 
Excesso de fadiga 
Tontura 
Náuseas ou cefaléia 
Exames Complementares 
Avaliar sempre testes de esforço e eletrocardiograma, caso o paciente tenha feito 
Complicações e possíveis contra-indicações ao exercício 
Angina (instável e estável), Insuficiência Cardíaca, Arritmias, pneumopatias, hipertensão não controlada. 
ATEROSCLEROSE E O INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) 
Aspectos Epidemiológicos 
A cardiopatia isquêmica permanece como a principal causa de morte no mundo ocidental; 
Cerca de 50% das mortes por IAM ocorrem na primeira hora do evento e são atribuíveis a arritmias, mais frequentemente 
fibrilação ventricular. 
Mecanismos determinantes da isquemia miocárdica nas síndromes coronárias agudas 
1. Trombo sobre placa aterosclerótica vulnerável 
2. Espasmo coronário ou vasoconstricção 
3. Progressão da placa aterosclerótica 
4. Desequilíbrio oferta / consumo de O2 
Estrutura da Artéria 
TRILAMINAL 
ÍNTIMA - Células endoteliais – camada única capaz de manter o sangue em estado líquido por tempo prolongado por ter 
expressão de moléculas com sulfato de heparan – co fator da antitrombina III, que permite inativar a trombina. 
MÉDIA 
Constituída por células musculares lisas, intercaladas com matriz extracelular rica em elastina. 
ADVENTÍCIA
Fibrilas de colágeno de forma mais livre. 
Colesterol 
É um tipo de Lipídeo encontrado naturalmente em nosso organismo, fundamental para o seu funcionamento normal. 
É uma espécie de gordura (lipídeo) encontrada no sangue. 
É um componente importante da membrana celular, de alguns hormônios e para as atividades de alguns tecidos. 
Na corrente sanguínea existem dois tipos: 
LDL - É chamado também de LDL colesterol ou colesterol mau, porque essa lipoproteína entra na composição da placa da 
aterosclerose e na formação do trombo. 
HDL - É o bom colesterol 
Hiperlipidemia ou Dislipidemia 
Presença de níveis elevados ou anormais de lipídios (gorduras) no sangue. 
No sangue estão ligadas às moléculas grandes, chamadas de lipoproteínas. 
São LDL, HDL e triglicérides. 
Causas do Aumento do Colesterol 
Gorduras Saturadas 
Gorduras Trans 
Fatores Genéticos ou 
Hereditários 
Diabetes mal controlada 
Cirrose 
Hipoatividade da tireóide 
Hiperatividade da Hipófise 
Insuficiência renal 
Porfiria 
Aterosclerose 
É um processo crônico e contínuo caracterizado por uma resposta inflamatória e fibroproliferativa da parede arterial mediada 
por lesões da superfície arterial 
O processo em si é caracterizado por acumulo de lípides e elementos fibróticos. 
A lesão arterial inicial ocorre na superfície endotelial, ocasionando disfunção endotelial. 
Tal disfunção desencadeia interações com monócitos, plaquetas, células musculares lisas e, eventualmente, linfócitos, 
dando início à formação da placa de ateroma. 
Os monócitos chegam à superfície endotelial, transmigram para a camada íntima e fagocitam partículas de LDL colesterol, 
originando as células espumosas e as estrias gordurosas – substrato anatômico inicial da doença aterosclerótica. 
Evolução 
Os macrófagos e as células espumosas dispõem-se preferencialmente nas margens da placa, onde o recrutamento de 
monócitos é máximo e por onde a placa cresce. 
Nesta região observa-se neovascularização, com a presença de pequenos capilares de paredes finas suscetíveis a rotura 
podendo causar hemorragia transmural e rotura da placa. 
DIAGNÓSTICO DE INFARTO DO MIOCÁRDIO
História típica de dor precordial 
Alterações eletrocardiográficas 
Elevação enzimática 
Manifestações Clínicas 
Características da dor 
Sintomas associados 
Sintomas 
Dor fixa no peito, que pode variar de fraca a muito forte, ou sensação de compressão no peito que geralmente dura cerca de 
trinta minutos; 
Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia. 
Dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros ou braços (mais freqüentemente do lado esquerdo do corpo); 
Ocorrência de suor, náuseas, vômito, tontura e desfalecimento; 
Ansiedade, agitação e sensação de morte iminente. 
Alterações eletrocardiográficas 
O diagnóstico eletrocardiográfico é dado pela análise do ECG 12 derivações, o qual apresenta alterações de ST / T / onda Q 
importante. 
Alterações eletrocardiográficas no iam 
Tratamentos 
Repouso 
Medicamentos 
Monitorização da doença 
Cateterismo 
Angioplastia coronária 
Cirurgia de enxerto de revascularização coronária 
Medidas Iniciais 
Obtenção dos sinais vitais: PA, frequência cardíaca e exame físico; 
Oxigênio por cateter ou máscara; 
Obtenção de acesso venoso; 
Monitorização do ritmo cardíaco e da saturação de O2 não invasiva; 
Administração de 200mg de aspirina via oral; 
Nitrato sublingual 5mg; 
ECG; 
Administração endovenosa de morfina quando a dor é muito intensa e não melhora com nitrato. 
Angioplastia 
Revascularização 
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIO E PÓS-OPERATÓRIO EM CIRURGIA CARDÍACA
Pré-operatório 
Avaliação de risco cirúrgico 
Os fatores de risco mais importantes incluem: 
Idade 
Sexo 
Função do ventrículo esquerdo 
Estado de emergência 
Reoperação 
Infarto do miocárdio prévio 
Número de Bypass 
Presença de co-morbidades (pulmonar, renal, etc). 
Otimização do estado pré-operatório 
Condição geral e estado nutricional 
Indivíduos com IMC <21 têm maior mortalidade cirúrgica.(sepses e inspeção respiratória no PO), se possível, adiar a cirurgia 
e realizar aporte adequado para obtenção de melhora desse parâmetro. 
Evitar período prolongado de inatividade para evitarfraqueza muscular o que favorece TVP e complicações pulmonares. 
Adiar e tratar no pré-operatório a situação de síndrome de Abstinência alcoólica (tiamina), além de nutrição e hidratação 
inadequada. 
Coagulação 
Tempo de sangramento(avaliar o efeito residual do AAS) 
Avaliação da função plaquetária 
Contagem de plaquetas 
Drogas no pré-operatório 
Os medicamentos devem ser avaliados pelo médico, porém muitas drogas permanecem até a cirurgia, como antiarrítmicos, 
anti-hipertensivos e bloqueadores de canais de cálcio. 
Avaliação das carótidas 
Caso seja diagnosticada oclusão > 70% discutir com a vascular para procedimento concomitante ou até anterior da correção 
do problema carotídeo. 
Avaliação da função pulmonar 
Raramente é necessária a realização de teste de função pulmonar, pois embora úteis para predizer desmame da ventilação 
mecânica, eles raramente alteram a conduta terapêutica no pós-operatório.(a não ser em pacientes com grave 
comprometimento ou por doenças previamente diagnosticadas). 
Gasometria (função respiratória basal e parâmetro barato) 
Monitorização hemodinâmica e suporte cardíaco 
Cateteres de Swan-gans devem ser utilizados em pacientes instáveis hemodinamicamente. 
O cateter de Swan Ganz destina-se a pacientes com indicação de monitorização de dados hemodinâmicos e de oxigenação 
invasivos 
Pós-operatório 
Recuperação 
A maioria dos pacientes se recupera rápida e integralmente após a cirurgia cardíaca. 
Fatores que interferem na recuperação 
Condições do paciente-idade avançada, IAM recente, FE baixa e DM.(aumentam o risco cirúrgico) 
Qualidade do pré-operatório 
Qualidade da cirurgia 
Suporte dado ao paciente à medida que os sistemas orgânicos se recuperam da anestesia, do bypass cardiopulmonar e do 
stress cirúrgico. 
O objetivo é estabelecer o meio geral ideal para a recuperação do paciente. O plano terapêutico apesar de em linhas gerais 
ser semelhante, necessita de individualização de acordo com os fatores prévios conhecidos do paciente.
Critérios de evolução na CTI 
Questões do paciente 
Evolução diária 
Mapa de cuidados 
Plano de educação para o paciente em todo processo de recuperação. 
É muito importante salientar a necessidade da atuação multidisciplinar para a obtenção dos melhores resultados nesta 
situação. 
O preparo para receber o paciente 
Leito 
Monitorização 
Aspiração 
Drenos 
Drogas 
Aparelho de ventilação mecânica 
Preenchimento dos dados gerais e exames 
Avaliação inicial 
Passagem do caso e exame do paciente 
Infusões 
Monitorização 
Vias aéreas e ventilação mecânica 
Exames - ECG 
Exames hematológicos 
Rx de tórax 
Outros exames (de acordo com os casos) e os de controle (rotina), seguirão o protocolo pré definido. 
Exame do paciente 
Ausculta cardíaca -Ritmo cardíaco/sopro 
Perfusão periférica/temperatura corporal 
Abdômen 
Neurológico 
Hemodinâmica 
Acessos vasculares 
Tubos torácicos 
Aspectos críticos no pós-operatório 
Recuperação do bypass cardiopulmonar 
Administração de fluídos e eletrólitos 
Equilíbrio ácido-básico 
Função cardíaca -Débito cardíaco(FCXVS) 
- pressões de enchimento 
- pré-carga 
- pós-carga 
Oferta de oxigênio - MVO2 
- Hipoxemia 
- Acidose lática 
Frequência cardíaca 
Estado inotrópico 
Assistência ventricular mecânica 
Balão intra aórtico IA (60 a 90%) 
Dispositivos de aspiração ventricular (DAVs)-(0.2 a 1%) 
Coração artificial 
Complicações no pós-operatório 
Complicações respiratórias – insuficiência respiratória aguda 
Conceito de insuficiência respiratória 
Incapacidade do sistema respiratório de manter as necessidades metabólicas do organismo, resultando em hipóxia e/ou 
hipercapnia. 
Sinais de IR 
Taquipnéia 
Respiração paradoxal 
Agitação ou alterações do estado mental 
Taquicardia ou bradicardia 
Arritmias 
Diaforese 
Etiologia 
Fração inspirada de O2 baixa 
Hipoventilação 
Baixa relação ventilação-perfusão 
Shunt 
Dificuldade de difusão 
Edema pulmonar 
Pneumonias 
Hipertensão pulmonar 
Broncoespasmo 
Pneumotórax 
Hemotórax 
atelectasia 
Dificuldade de desmame do ventilador mecânico 
Diagnóstico 
Gasometria arterial 
Raios-X 
Testes de função pulmonar 
Complicações neurológicas 
Encefalopatia (quadros infecciosos, falência renal)
Confusão mental (causas metabólicas ou vasculares – embolização de pequenas artérias e capilares cerebrais devido a 
CEC) 
AVE 
Complicações por baixo débito cardíaco 
Incapacidade do coração de mandar fluxo suficiente para atender à demanda metabólica tecidual 
Pode estar relacionada a: Diminuição na pré-carga ventrículo esquerdo 
Diminuição na contratilidade 
Taquicardia/bradicardia 
Aumento da pós-carga 
Hipotensão 
Insuficiência adrenal 
Diagnóstico 
HAS associada a sinais de baixa perfusão: cianose, extremidades frias, confusão mental. 
Tratamento 
Assistência circulatória mecânica 
Balão intra-aórtico 
Bombas centrífugas 
Dispositivo de assistência ventricular – coração artificial 
O ELETROCARDIOGRAMA NO DIAGNÓSTICO DAS CARDIOPATIAS
As Ondas do Eletrocardiograma 
Princípios básicos 
ECG Standar – 12 derivações 
Para ocorrer o sinal elétrico deve haver um eletrodo + e um – 
Derivações 
Derivações do Plano Horizontal 
V1 - Quarto espaço intercostal linha para esternal direita 
V2 - Quarto espaço intercostal linha para esternal esquerda 
V3 - Entre V2 e V4 
V4 - Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular 
V5 - Quinto espaço intercostal linha axilar anterior 
V6 - Quinto espaço intercostal, linha axilar média.
Derivações pré-cordiais Plano horizontal 
Despolarização e Repolarização 
Medida Horizontal 
Freqüência Cardíaca 
Determinação da Freqüência Cardíaca 
Interpretação do Eletrocardiograma 
Identificar o ritmo cardíaco 
Ritmo sinusal 
ENLACE A/V 
Uma onda P precedendo cada QRS 
Cada QRS antecedido por uma onda P 
Calcular a freqüência cardíaca 
Freqüência cardíaca normal entre 60 e 100 bpm. 
INTERVALO P-R 
Medir do início da onda P ao início do QRS 
Varia de acordo com a idade e a freqüência cardíaca
� � 0,20 Bloqueio A/V 
Bloqueio A/V de primeiro grau 
SEGMENTO ST 
Vai do fim do QRS (ponto J) ao início da onda T 
Deve estar no mesmo nível do PR 
Alterações do ST 
Supradesnivelamento 
Lesão miocárdica (fase inicial do IAM) 
Pericardite aguda 
Infradesnivelamento 
Lesão miocárdica (fase inicial do IAM) 
Segmento ST normal 
Infradesnivelamento de ST 
Supradesnivelamento de ST 
Onda T normal 
Onda T - Isquemia Sub-epicárdica 
Onda T - Isquemia Sub-endocárdica 
Taquicardia 
Extra-sístoles ventriculares 
Flutter atrial 
Flutter ventricular 
Fibrilação atrial – ondas p irregulares 
Fibrilação ventricular- assimétricas 
Bloqueio de ramo 
Isquemia 
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR 
Conceito de PCR: interrupção súbita da atividade mecânica cardíaca. É a falência cardio-pulmonar aguda que torna 
insuficiente o fluxo sangüíneo para manter a função cerebral. 
ACLS (ADVANCED CARDIAC LIFE SUPPORT) 
ABCD PRIMÁRIO 
A – ALERTA (avaliar responsividade) e se não houver, acionar AJUDA. ABRIR vias aéreas, ver, ouvir e sentir se há 
respiração. Alinhamento da cabeça com o tronco. Extensão do pescoço. Tração anterior da mandíbula. 
B – RESPIRAÇÃO – aplicar duas ventilações amplas iniciais com “ambú”, que deve estar ligado à fonte de O2 com 10l/min. 
C – CIRCULAÇÃO – massagem cardíaca externa, com freqüência de 100/minuto, de forma regular e rítmica. 
DEVEM SER REALIZADAS 30 COMPRESSÕES PARA 2 VENTILAÇÕES, INDEPENDENTE SE 1 OU 2 SOCORRISTAS 
D – DESFIBRILAÇÃO – checagem do ritmo e na presença de fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem 
pulso, administrar os choques. Devem ser administrados até 3 choques em seqüência,sem a retirada das pás do tórax e 
sem a checagem do pulso entre os choques. Recomenda-se 200J para o primeiro choque, seguida de 300J e 360J. 
ABCD SECUNDÁRIO 
 
A – ASSEGURAR VIAS AÉREAS – intubação orotraqueal. 
B – VENTILAÇÃO – conferir a posição do tubo traqueal e avaliar se o paciente está ventilando adequadamente. 
C – CIRCULAÇÃO – obter acesso venoso e administrar os medicamentos. Local preferível para os acessos é a região 
antecubital dos membros superiores. Após cada medicação, recomenda-se a administração de 10 a 20 ml de soro fisiológico, 
seguido por elevação do membro superior por alguns segundos. 
Não deve ser realizada a punção de veia central durante o procedimento de reanimação. 
Se não for possível o acesso venoso periférico, a injeção de alguns medicamentos pode ser feita pelo tubo orotraqueal – 
ADRENALINA, ATROPINA, LIDOCAÍNA, NARCAN. Utilizar nestas situações o dobro da dose intravenosa e lavar o tubo 
com 10 ml de soro para ajudar a infundir o medicamento. 
D – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
ALGORITMOS
1. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
2. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR/ TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO 
Obs: Não há dosagens máximas de adrenalina, que deverá ser mantida enquanto durar a tentativa de reanimação. 2. 
Dentre os antiarrítmicos, a amiodarona é que apresenta os melhores resultados (dose inicial 300mg IV em bolus, podendo 
ser repetida metade da dose em 3 a 5 minutos, se o paciente persistir em FV/TV sem pulso). 
3. ASSISTOLIA 
Obs: Certificar-se antes de qualquer conduta, que o paciente está em assistolia. 
4. ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO 
Medicamentos utilizados na PCR: 
Adrenalina 
 - efeito vasoconstritor periférico – melhora fluxo coronário e cerebral. 
 - dose: 1 mg (IV) a cada 3-5 minutos 
 - 1 ampola – 1 ml – 1 mg 
Atropina
 - utilizado em bradicardias, BAV e assistolias. 
 - bloqueador vagal. 
 - dose: 0,5 a 1,0mg (IV) a cada 3-5minutos, com dose máxima de 0,04mg/Kg. 
 - 1 amp – 1ml – 0,25mg 
Vasopressina 
 - vasoconstritor 
 - dose: 40UI (IV) 
Amiodarona
 - indicada nos casos de FV/TV sem pulso 
 - dose: Na PCR - 300mg (IV) em bolus, podendo ser administrada metade da dose em 3-5min. Nas arritmias, 150mg 
em 10 minutos pode ser repetida em 10 minutos ou por infusão lenta de 60mg/hora por 6 horas. Dose máxima em 24 horas: 
2,2g. 
Lidocaína 
 - indicada nos casos de FV/TV refratária 
 - dose: 1,0-1,5mg/Kg (IV) em bolus, podendo ser repetida a cada 5-10 minutos, num total de 3mg/Kg. Manter 
manutenção de 2 a 4 mg/min. 
Procainamida 
 - dose inicial: 30mg/min num total de 17mg/Kg, com manutenção de 1 a 4 mg/min. 
Gluconato de cálcio 
 - usado se hipercalemia, hipocalcemia ou hipermagnesemia. 
 - dose: gluconato de cálcio a 10% - 5 a 10 ml (IV) lento, repetindo a cada 10 minutos, se necessário.
 - não utilizar junto ao bicarbonato de sódio na mesma via de infusão. 
Sulfato de magnésio 
 - utilizado em FV e TV refratárias e recorrentes. 
- dose: 1 a 2 gramas diluído em 100 ml de SG5% e administrado em até 60 minutos. Pode ser feito em bolus em 
casos de FV/TV refratária. 
Bicarbonato de sódio 
 - ventilação e massagem cardíaca adequada são as medidas mais efetivas no controle da acidose metabólica 
durante PCR. 
 - dose: 1mEq/Kg, repetir se necessário após 10 minutos.
Reabilitação cardiovascular 
Definição 
Processo por meio do qual se busca restituir ao indivíduo boas condições clínicas, psicológicas e laborativas.
Objetivos 
�
Indicações 
Aparentemente saudáveis com risco; 
Com testes ou exames anormais; 
Portadores de DAC; 
Isquemia silenciosa; 
Angina estável; 
Pós IAM, revascularização ou angioplastia; 
Valvopatias; 
Marcapasso; 
Pós-cirurgias cardíacas em geral. 
Efeitos da Reabilitação e do exercício 
Agudos 
Imediatos: � da FC, FR e sudorese 
Tardios (24h): � da PA e � da sensibilidade à insulina 
Crônicos 
Hipertrofia muscular e � do VO² 
VO² máx e VO² pico 
Resultante do produto do débito cardíaco pela diferença do conteúdo artério-venoso sistêmico de oxigênio; nestas 
circunstâncias, ela reflete o desempenho do coração como bomba, bem como a eficiência da distribuição do fluxo sanguíneo 
e a utilização periférica do oxigênio em nível mitocondrial. 
Efeitos do exercício no sistema cardiovascular 
� a atividade simpática do coração. 
Tipo de exercício de débito 
Efeitos do exercício no paciente cardiopata 
Contra-indicações ao exercício 
Angina instável 
Tromboflebite 
Embolia recente 
Infecção sistêmica aguda 
Pericardite ou miocardite aguda 
Arritmia não controlada 
Insuficiência ou estenose aórtica grave 
IC descompensada 
HAS descontrolada 
DM descontrolada 
Outros problemas metabólicos descompensados 
Riscos para o desenvolvimento de exercício de média intensidade ao cardiopata 
Sem risco 
Aparentemente saudáveis, < de 40 anos, assintomáticos, 2 ou menos fatores de risco. 
Qualquer idade, com TE negativo, sem fatores de risco. 
Baixo risco 
Cardiopatia estável ou com teste ergométrico normal
Moderado a alto risco 
Teste ergométrico com queda persistente da PA, angina ou comportamento anormal de ST. 
Antecedentes de PCR ou dois ou mais IAM 
Risco muito alto ou proibitivo 
Cardiopatia de evolução instável 
Insuficiência cardíaca 
Angina ou isquemia instável 
Estenose aórtica grave 
Sequela grave 
Estratégias 
Ideal: 3 sessões por semana 
40 a 50 min de duração 
Carga inicial cerca de 65% da Fcmax predita ou do ECG obtido em TE de esforço máximo. 
FC de treinamento 
Reabilitação cardíaca 
Fase I – intra-hospitalar 
Reabilitação cardíaca 
Fase II–Alta hospitalar – até 2 a 3 semanas 
Reabilitação cardíaca 
Fase III– Após 3 meses do evento coronariano 
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA 
Trombose Venosa profunda: é a formação de um trombo nas grandes veias da perna no nível ou acima do joelho (ex. veias 
poplítea, femoral e ilíaca) 
Etiologia: 
Tríade de Virchow: Estase venosa, lesão endotelial e hipercoagulabilidade. 
Patogênese 
A tríade de Virchow 
Lesão Endotelial 
Estase ou turbulência do fluxo sanguíneo Hipercoagulabilidade 
Condições clínicas (80%): 
Estase venosa 
Sepse 
Pós-operatório 
Neoplasias 
Traumatismos 
Insuficiência Cardíaca Congestiva 
Síndrome Nefrótica 
Insuficiência venosa 
Obesidade 
Queimaduras 
Tabagismo 
Idade avançada 
Uso de estrógenos 
Problemas anatômicos vasculares 
É a principal causa do tromboembolismo pulmonar (TEP) 
Geralmente é assintomática 
Profilaxia farmacológica ou não farmacológica deve ser instituída de rotina. 
Localização: 
Vasos distais (abaixo da veia poplítea), porém podem se propagar p/ segmentos proximais (veias poplíteas, femorais, ilíacas 
e cava). 
Sinais e Sintomas: 
Dor a palpação e dorsiflexão do pé (sinal de Homans) 
Dor a compressão da panturrilha (sinal de ���������) 
Sinais e sintomas: 
Dor 
Edema 
Sensação de peso 
Impotência funcional 
Hipersensibilidade local 
Aumento da temperatura local 
Circulação colateral venosa superficial 
TROMBOSE 
Edema pela estase venosa 
Palidez e Cianose do MI (espasmo arterial) 
Síndrome compartimental (pelo edema): Dor, edema, cianose, petéquias hemorrágicas. 
Complicações Principais: TEP e Síndrome pós TVP (hipertensão venosa) 
EVOLUÇÃO 
Phlegmasia Cerúlea Dolens. Quadro mais grave da trombose venosa profunda, leva a isquemia arterial com necrose da 
extremidade. 
Sequência de eventos no TEP 
Do ponto de vista respiratório: 
A redução do fluxo sanguíneo determina lesão celular da área afetada e liberação de mediadores químicos que levam a 
broncoconstricção local (compensatória) (sibilos e aumento do trabalho para respirar) 
2 a 3 hrs depois, inicia-se a redução do surfactante pulmonar 
15 a 24 hrs após a oclusãovascular ocorre o colapso alveolar (Atelectasia) 
Do ponto de vista hemodinâmico 
O TEP leva ao aumento da resistência ao fluxo sanguíneo (obstrução física e vasoconstricção reflexa), originando uma 
hipertensão pulmonar secundária. 
Pode levar à IC direita, redução do débito cardíaco (direito e, por consequência, esquerdo), diminuição da perfusão 
coronariana e choque cardiogênico. 
Estima-se que seja necessário um comprometimento de pelo menos 50% do leito vascular pulmonar para que ocorra 
elevação significativa da pressão pulmonar e cor pulmonale. 
Diagnóstico: 
Anamnese 
Exame físico 
Doppler de MMII 
Arteriografia/ Flebografia 
Profilaxia 
Durante a internação a profilaxia farmacológica deverá ser mantida enquanto persistirem os fatores de risco 
Após Alta: Alto risco, farmacológico 3/4 semanas, baixo risco não farmacológico. 
Profilaxia não farmacológica: 
Meias elásticas, deambulação, compressão pneumática
Pré Operatório 
Pacientes de risco moderado e paciente de alto risco: Tratamento anticoagulante 
Contra indicações absolutas: Presença de sangramento ativo e distúrbios hemorrágicos graves 
Empregar medidas que melhoram o retorno venoso como deambulação precoce, exercícios ativos e passivos uso de meias 
elásticas de alta compressão (30- 40 mmHg) compressão pneumática intermitente 
Tratamento 
Tratamento anticoagulante 
Filtro de veia cava 
Cuidados posturais 
Repouso absoluto no leito 
Drenagem postural 
Fisioterapia 
O tratamento tradicional da TVP compreende a heparinização e o repouso no leito com elevação dos membros acometidos. 
Estudos preliminares tentam demonstrar que a deambulação precoce associada a compressão elástica ou inelástica dos 
membros não aumenta o risco de embolia pulmonar e, por outro lado, melhoram a dor e o edema mais rapidamente. 
ELETROTERAPIA 
��������	����
���
���
��������	��
�����
��
ULTRA-SOM 
Este é um dos recursos mais utilizados na fisioterapia. No entanto, os parâmetros geralmente utilizados com esse recurso, 
não são os parâmetros ideais. Vamos fazer uma abordagem sobre esse tema da seguinte forma: veremos os conceitos 
físicos que estão envolvidos com o funcionamento deste recurso, e em seguida, veremos os mecanismos de interação, 
parâmetros e indicações. 
Os tipos de Ondas 
Classificação das Ondas 
Podemos fazer várias classificações em relação às ondas. Vamos fazer duas: quanto à origem e quanto à direção de 
oscilação. Vejamos: 
- Quanto à origem: As ondas podem ser de origem mecânica ou eletromagnética. As eletromagnéticas podem ser formadas 
a partir de uma corrente passando por um condutor, esta corrente vai produzir um campo elétrico em torno do condutor e 
este campo elétrico promoverá um campo magnético. Este tipo de onda não precisa de um meio para se propagar, e seu 
efeito principal ao interagir com o tecido biológico, é o efeito térmico. 
As ondas mecânicas são originadas a partir de uma perturbação da matéria. Se esta perturbação puder ser transmitida a 
outras partículas no meio em que se encontra, então ela se propaga. Sendo assim, a propagação deste tipo de onda só 
ocorre em um meio que contenha matéria. Sua interação com o tecido biológico produz tanto efeito térmico, quanto vários 
efeitos atérmicos. Esse tipo de onda é a utilizada no Ultra-Som. 
- Quanto à direção das ondas: Agora vamos nos deter apenas às ondas mecânicas, que é o objetivo deste capítulo. Estas 
ondas podem produzir perturbações de duas formas: de forma transversal e de forma longitudinal. 
A perturbação do tipo transversal é o tipo de comportamento que ocorre, por exemplo, na oscilação de uma corda, como 
vemos no desenho abaixo: 
O tipo de propagação é longitudinal, pessoa que está segurando a corda do lado direito perceberá a energia quando a onda 
chegar e fizer uma força na mão do mesmo, no sentido vertical, jogando-a para cima ou para baixo. 
A perturbação do tipo longitudinal é o ocorre, por exemplo, nas ondas sonoras, como ilustra a figura abaixo: 
Este tipo de onda é a de nosso interesse, ou seja, as ondas sonoras. 
As ondas sonoras podem ser figura abaixo: 
Este tipo de onda é a de nosso interesse, ou seja, as ondas sonoras. 
As ondas sonoras podem ser figura abaixo: 
O som fica numa faixa cuja freqüência situa 20 Hz e 20 KHz. Esta faixa é a única que pode ser captada pelo ouvido humano. 
Abaixo dos 20 Hz fica o Infra Som. 
Produção do Ultra-Som 
A produção do som não é algo que precise de instrumentos especiais, até mesmo uma régua vibrando numa freqüência 
acima dos 20 Hz, já produz um som perceptível pelo ouvido humano. No entanto, a produção do Ultra-Som, especialmente 
na freqüência de 1MHz e 3MHz (principais faixas de freqüências utilizadas terapeuticamente) pode ser obtida apenas a 
partir de um efeito chamado piezoelétrico. 
Efeito Piezoelétrico 
Este efeito é um fenômeno encontrado em alguns cristais que quando são pressionados produzem uma corrente elétrica; e 
quando são submetidos a uma corrente elétrica, produzem uma vibração na mesma freqüência da corrente. 
Desta forma, se submetermos um destes cristais a uma corrente de freqüência de 1MHz, o cristal vai produzir uma onda 
sonora na freqüência de 1MHz, ou seja, vai produzir Ultra-Som. 
Características das Ondas 
As ondas mecânicas têm largura de pulso, freqüência, intensidade e modo de pulsação. Destas características, o que nos 
interessa são: a freqüência, que é mais comum de 1 MHz e 3MHz; a intensidade, que varia geralmente de 0,1 a 1 W/cm2 ; e 
o modo, que pode ser contínuo ou pulsátil. 
Unidade de medida das ondas sonoras 
As ondas sonoras podem ser avaliadas enquanto sua pressão, sua intensidade e sua potência. A pressão das ondas 
sonoras é avaliada em Pascal ou em Newtons/m2; a potência, que se refere à energia emitida pela fonte por unidade de 
tempo, é dada em Joules/s ou Watts; a Intensidade ou dose refere-se à potência emitida por unidade de área, é dada em 
Watts/cm2. 
No uso do Ultra-som terapêutico, usamos apenas a dose, ou intensidade como parâmetro de unidade de medida dos Ultra-
Sons. Abaixo temos uma tabela mostrando a relação entre a dose, potência e um exemplo. 
Atenuação do Ultra-Som 
A atenuação é o fenômeno caracterizado pela diminuição da energia da onda sonora. Esta diminuição da energia ocorre 
principalmente pelos seguintes motivos: reflexão e absorção. 
A absorção das ondas sonoras vai depender basicamente de dois fatores: um é a freqüência da onda sonora, e o outro é as 
características do tecido. 
O uso da freqüência do Ultra-som é muito amplo, no entanto, terapeuticamente é muito comum utilizarmos apenas 
cabeçotes de 1MHz e 3MHz. Atualmente está se tornando comum também o de 5MHz. Qual a relação entre a absorção e a 
freqüência? 
Sabemos que os corpos apresentam inércia, e que essa inércia é tão grande quanto maior for sua massa. Sendo assim, se 
quisermos alterar o comportamento de um corpo, temos que gastar energia para isso, e quanto maior for essa alteração, 
maior tem que ser o gasto de energia. Existe um termo que define a resistência que a massa oferece na tentativa de se opor 
ao movimento, que chamamos de reatância de massa (Xm). Essa reatância (algo semelhante à resistência) é conhecida 
pela seguinte fórmula: Xm = 2.p.f.m, sendo (f) a frequência e (m) a massa. Isso quer dizer que quanto maior o movimento 
que quisermos dar à massa, maior será a reatância dessa massa, consequentemente, maior terá que ser a energia 
absorvida para que esse movimento seja possível. Em fim, se eu quiser que um corpo em vez de vibrar a 1Mhz vibre a 3Mhz, 
terei que gastar mais energia, ou seja, maior a absorção. 
Sendo assim,quanto maior a freqüência utilizada, maior será o poder de absorção e mais intenso será o efeito superficial. 
Por isso, é verdadeira a frase: quanto maior a freqüência do Ultra-som, menor seu poder de penetração.
O outro fator que influencia na absorção é a característica do tecido. 
Vejamos a tabela abaixo: 
Na tabela acima vemos que cada tecido tem a capacidade de absorver as ondas sonoras de forma diferenciada, quanto 
maior for o coeficiente de absorção, mais o tecido absorve. Desta forma, dependendo da quantidade de gordura, de músculo, 
vasos etc., o Ultra-som atinge uma maior ou menor penetração. 
As Interfaces 
Podemos definir interface como sendo a barreira formada entre dois meios de densidades diferentes. Quanto maior for essa 
diferença de densidade, maior será esta barreira. É o que ocorre entre a água e o ar. Para o ultra-som, a barreira formada 
no limite entre a água e o ar é tão intenso que pode chegar a 100% de reflexão. Veja na tabela abaixo alguns exemplos: 
Fica claro, por exemplo, o motivo de não podermos utilizar o cabeçote do ultra-som sem que o mesmo esteja acoplado ao 
tecido. 
Embora o Gel utilizado para fazer a acoplagem entre o cabeçote e o tecido tenha um coeficiente de absorção semelhante ao 
do óleo mineral, o óleo produz uma interface maior.
Podemos considerar razoável que o poder de penetração do ultra-som de 3MHz seja bem significativo até uns 5mm (0,5cm) 
e que o de 1MHz até uns 15mm (1,5cm). É claro que o alcance de ambos é bem maior, mas a perda de energia é muito 
grande com o percurso. 
Técnica de Aplicação 
A técnica de aplicação do ultra-som terapêutico é outro fator de fundamental importância para garantir que o resultado seja 
satisfatório. 
Tradicionalmente existem três formas de aplicação do ultra-som: Com gel; Sub-aquático e Com bolsa de água. 
Aplicação com Gel 
Esta técnica é a mais usada das três, não só por apresentar maior facilidade de aplicação, como por ter uma indicação em 
um maior número de áreas do que as outras técnicas. Esta técnica utiliza-se apenas do cabeçote e de gel, como substância 
acopladora. 
O gel utilizado é específico para essa aplicação. Outros tipos de contados não são indicados. O óleo mineral pode até 
facilitar a aplicação, mas não faz uma boa acoplagem, de forma que boa parte da energia do ultra-som é absorvida pelo óleo, 
por isso observamos um aquecimento na pele. Já as pomadas e outros tipos de gel podem trazer tanto gás em sua 
composição, que a perda de energia para esse meio pode tornar a aplicação do ultra-som, ineficaz. Sendo assim, é 
aconselhável utilizar gel específico para ultra-som. 
Mecanismos de Interação 
Considera-se que o ultra-som pode produzir efeitos fisiológicos tanto através do efeito térmico quanto do efeito atérmico. O 
efeito térmico do ultra-som pode ser significativo se utilizarmos um cabeçote com freqüência alta (3Mhz ou 5Mhz), no 
entanto esse efeito é superficial. O efeito atérmico é o mais importante promovido pelo ultra-som, e é promovido pelos 
seguintes fenômenos: 
Ondas Estacionárias 
As chamadas ondas estacionárias é um fenômeno que ocorre quando ondas de mesmas características se encontram. Nas 
regiões destes encontros, a dose é duplicada devido ao efeito de somação espacial. 
A figura acima mostra o que acontece quando duas ondas de mesmas características se encontram: duplica-se a dose 
mantendo-se, no entanto, a freqüência. 
Esse efeito não deve ser utilizado, a não ser que o objetivo é lesão tecidual. Então como fazemos para minimizá-lo? Basta 
que utilizemos o modo pulsátil em vez do contínuo, que não paremos o cabeçote durante a aplicação, e que não utilizemos 
doses elevadas, neste caso, quando houver a duplicação da dose, o resultado não será muito alto. 
O maior efeito das ondas estacionárias é a produção do efeito térmico e de cavitações instáveis. 
Cavitação 
Este fenômeno pode ser descrito como a formação de cavidades na matéria que contem gases em sua estrutura, todas as 
vezes que somos submetidas a uma onda mecânica. 
As formações das cavidades ocorrem devido ao fato das ondas mecânicas formarem regiões de pressão e descompressão 
de forma repetitiva. Sendo assim, quando a onda faz pressão, ocorre uma aproximação das micro bolhas de gás, que 
acabam se fundindo devido à aproximação. Nos momentos de descompressão, essas bolhas crescem formando as 
cavidades. 
Existem dois tipos de cavidades: as estáveis e as instáveis. As estáveis são aquelas que não estouram quando são 
submetidas novamente à pressão, enquanto as instáveis são aquelas que acabam estourando. Temos uma figura abaixo 
que mostra a formação da cavidade. 
Este fenômeno tem sua importância na utilização sobre o tecido, pois as cavitações estáveis juntas com outro fenômeno 
chamado ondas estacionárias, aumentam o metabolismo. Já as cavitações instáveis devem ser evitadas já que podem 
facilmente produzir lesão tecidual, no entanto, há quem as utilizem quando o objetivo é quebra de fibrose no tecido epitelial, 
e alguns até as utilizam para quebra de células de gorduras. Esses procedimentos (utilizar cavitação instáveis) não são 
indicados e devem ser evitados. 
Qual o mecanismo que deve ser utilizado para evitar a cavitação instável? Basta evitar as ondas estacionárias e não usar 
doses muito altas. 
Correntes Acústicas 
Este fenômeno é caracterizado pela formação de ondas nas superfícies dos líquidos todas as vezes que uma onda 
mecânica atinge essa superfície. 
Podemos observar a presença destas ondas na figura abaixo. 
Esse fenômeno tem a capacidade de promover o aumento do metabolismo celular, pois a formação de ondas produzida na 
superfície celular aumenta o transporte através de membrana, facilita as reações químicas e conseqüente mente aumenta o 
metabolismo e a função celular. 
Micro Vibrações 
As micro vibrações são vibrações produzidas na matéria devido a aplicação do ultra-som. Estas vibrações são responsáveis 
pelo aumento da energia cinética, o que contribui com um pouco do aumento da temperatura, e é responsável pela 
diminuição da viscosidade do tecido e facilitação da quebra de fibrose. Abaixo vemos uma imagem de um diapasão 
produzindo vibrações na água. 
O ultra-som não é fibrinolítico se for utilizado com os parâmetros terapêuticos, mas ele promove a desestruturação das fibras 
de colágeno, o que facilita uma quebra através intervenção como, por exemplo, numa massoterapia. 
A figura anterior é de um conjunto de fibras de colágeno. Essa estrutura é bastante resistente e a atuação do ultra-som 
sobre elas (se for usado com parâmetros terapêuticos), é a facilitação de uma manipulação. É por esse motivo que o termo 
fibrinolítico se torna inadequado. 
Aplicação Sub-aquática 
Este é um método bastante vantajoso quando o objetivo é a aplicação do ultra-som em extremidades. O primeiro 
procedimento é a fervura da água, com o objetivo de retirar os gases presentes. A presença de gases na água é capaz de 
dificultar a passagem do ultra-som de forma muito significativa. Após a fervura, deixa-se esfriar, colocando-a em um 
recipiente grande o suficiente, para caber a extremidade e o manuseio do cabeçote do ultra-som. Não há necessidade de 
encostar o cabeçote na pele, como fazemos com a técnica do gel, também não existe uma distância máxima 
predeterminada, mas aconselho não ultrapassar os 2 cm. Não é que esse aumento da distância vá diminuir a dose, mas vai 
ficar mais difícil manter o cabeçote perpendicular ao tecido, e isso sim, é um fator que pode tornar a aplicação sem efeito. 
Modo de aplicação 
Temos dois modos de aplicação do ultra-som: o modo contínuo e o pulsátil. Primeiro vamos ver o que significa cada um 
destes modos. 
Essa é uma representação esquemática da onda sonora no modo pulsátil e no modo contínuo. Fica claro que quando 
utilizamos no modo pulsátil, a quantidade de energia cedida é menor do que no modo contínuo.Mas será que esse é o 
motivo de utilizarmos este modo? Claro que não, se o objetivo é apenas diminuir a dose, então, baixamos a dose! Na 
realidade, o objetivo é diminuir as ondas estacionárias. Então, de preferência, sempre vamos utilizar o modo pulsátil. Claro 
que existe exceções. 
Mas podemos utilizar alguns critérios para decidirmos se vamos utilizar um ou outro modo, vejamos: 
Esta tabela tem o objetivo de dar um rumo racional à decisão de quando devemos utilizar um determinado modo, notamos 
que quanto mais precisamos de energia, mais optamos pelo modo contínuo. Mas e quanto à analgesia? A meu ver, o ultra-
som não produz analgesia. Nenhum artigo publicado a esse respeito tem condição de concluir que o ultra-som é analgésico, 
também não há um mecanismo que explique tal efeito.
E quanto ao aumento de calor profundo? Esse é outro efeito que não é obtido de forma significativa em regiões profundas, 
se utilizarmos o ultra-som com os parâmetros terapêuticos. Sendo assim, não comentarei esses efeitos do ultra-som, pois é 
mais provável que estes não existam utilizando os parâmetros terapêuticos. 
Na tabela acima não consta a profundidade, pois esse parâmetro está relacionado com a freqüência do cabeçote: 1MHz 
para regiões mais profundas e 3MHz para regiões mais superficiais. No entanto, quando o alvo encontra-se em regiões 
profundas, é preferível utilizar o modo pulsátil, mesmo que para isso utilizemos uma dose maior do que a indicada como 
parâmetro terapêutico, para compensar a queda de energia. Se o alvo estiver na superfície, pode ser utilizado o contínuo ou 
o pulsátil. 
A Dose 
A dose no Ultra-Som é medida em Watts/cm2. Os equipamentos utilizados no mercado oferecem na sua maioria uma dose 
que varia de 0,1 a 2 W/cm2. 
Como vamos encontrar a dose ideal para cada caso? Semelhante ao que foi discutido anteriormente com o modo, vamos 
criar uma pequena tabela com algumas considerações:
A tabela acima tem como objetivo sugerir a melhor dose diante dos objetivos terapêuticos. No entanto, podemos utilizar 
doses maiores do que a sugerida: 1 W/Cm2, podemos chegar a 2W/Cm2. Doses como estas (1 a 2), devem ser evitadas 
com o uso do Ultra-Som no modo contínuo, já que a possibilidade de ondas estacionárias e cavitação instável são mais 
prováveis. 
Observamos então que um outro fator que regula a dose é o modo. Se estivermos usando o modo contínuo, nos limitamos a 
doses de até 1W/cm2, mas no modo pulsátil, podemos usar até 2 W/cm2. 
Indicações Terapêuticas 
Sonoforerse ou Fonoforese. 
A fonoforese é mais um dos vários métodos utilizados para aumentar a penetração de drogas de uso tópico, sendo que 
neste caso o recurso utilizado é o ultra-som. 
O mecanismo exato pelo qual essa técnica possa possibilitar esse aumento da penetração de drogas, ainda não está claro, 
no entanto, sugere-se que esse efeito deve-se às cavitações formadas na superfície da pele 
(principalmente da camada córnea) pela passagem dos ultra-sons. Na realidade, considera-se que estas cavitações 
provocam pequenas lesões ou aberturas na pele, o que facilitaria a absorção. Há ainda quem justifique com a presença do 
calor. Uma outra informação que pode ser considerada é que a absorção aumenta com o aumento da dose do ultra-som, do 
tempo de tratamento e da concentração da droga. Há de ser considerado, no entanto, que em doses elevadas e tempos de 
exposições prolongados, são comuns ocorrerem queimaduras na pele. 
Ou seja, a fonoforese pode ser utilizada como recurso para aumentar a penetração e absorção de drogas tópicas, no 
entanto, essa propriedade ainda não é consenso. Apenas 70% dos artigos concordam com esse efeito. 
Transmissibilidade 
O que vemos acima na tabela é a transmissibilidade que algumas drogas proporcionam ao ultra-som, comparando com a 
água. Notamos o aumento quando aumentamos a dose, ou quando usamos uma freqüência maior. Mas qual a importância 
de sabermos a transmissibilidade do material utilizado como meio 
de acoplagem entre o cabeçote do ultra-som e o tecido? É que quanto menor a transmissibilidade, menor a penetração do 
ultra-som. 
O Ultra-som no Edema 
É comum o uso do ultra-som como recurso para diminuição de edema, mas qual o mecanismo que poderia justificar esse 
efeito fisiológico? 
Existe um efeito que é atribuído ao ultra-som, chamado de tixotrópica. 
Esse efeito é conhecido como a propriedade de transformação de substâncias de texturas consistente em texturas mais 
gelatinosas e vice-versa. No entanto, o efeito toxotrópico provocado pelo ultra-som é caracterizado apenas pela diminuição 
da viscosidade dos tecidos. Esse efeito deve-se de fato a um outro efeito chamado de Micromassagem. 
Sendo assim, poderíamos então utilizar o ultra-som no edema, e com um objetivo bem claro: diminuir a viscosidade do 
edema. Porem, não podemos deixar de chamar a atenção para o fato de que o uso do ultra-som tem como objetivo único, 
facilitar a intervenção de alguma técnica de drenagem, pois o uso apenas do ultra-som não vai deslocar o edema para lugar 
nenhum. 
Tipo de edema 
Podemos encontrar edemas bem moles, iguais àqueles encontrados em uma fase aguda de alguns traumas, como na 
entorse de tornozelo, e podemos encontrar com consistências mais duras até muito duros como os encontrados em 
pacientes com filariose (elefantíase). Independentemente da dureza do edema, o objetivo do uso do ultra-som é o mesmo: 
diminuição da viscosidade. 
Em função do objetivo e da ação do ultra-som no edema, fica claro que não existe justificativa da utilização deste recurso em 
edemas cujas consistências não podem se tornar menos viscosas. Apenas seu uso em edemas de viscosidade alta, está 
justificado. 
Parâmetros utilizados 
Caso o edema tenha sua consistência elevada e seja indicado o uso do ultra-som, quais os parâmetros: começando pela 
freqüência, 1Mhz ou 3Mhz? 
Claro que isso vai depender da espessura do edema. Em casos como o apresentado na imagem anterior, onde a espessura 
do edema é grande, utilizaríamos a freqüência de 1Mhz. Em edemas pequenos e de espessura reduzida, utilizaríamos 3Mhz. 
Qual o modo: pulsátil ou contínuo? Optem sempre pelo pulsátil, mas se a textura do edema for muito consistente, pode-se 
usar o modo contínuo. 
A dose também deve seguir o que já foi discutido no tópico sobre a dose do ultra-som, ou seja, nos casos de edemas, a 
maioria teria como dose recomendada, 0,5 a 1 J/cm2.
O Ultra-som na Aderência Tendinosa 
Sabemos que o tendão é uma estrutura, bastante resistente, composta de tecido conjuntivo, e são os meios de ligação entre 
o músculo e o osso. Outra característica importante é que é uma estrutura pouco vascularizada e rica e fibras de colágeno. 
A figura abaixo mostra a imagem de tendões da mão. 
Quando há lesão nestes tendões, a restauração é feita em três fases: 
A fase inflamatória presente até o 7º dia e onde está presente o aumento da irrigação sanguínea, presença de hematoma, 
edema e células inflamatórias. 
A fase proliferativa presente do 7o ao 20o dia, onde aparecem várias fibras de colágenos e elásticas imaturas, além da 
angiosênese. 
Por fim, a fase de remodelagem, caracterizada pela organização da matriz do tendão, diminuição das células envolvidas em 
todo o processo. 
Quanto mais rápido for esse processo, menores são as possibilidades de ocorrerem seqüelas, como a aderência do tendão. 
A aderência 
A aderência é uma condição bastante prejudicial, levando-se em conta que há prejuízo para o deslizamento do tendão, 
limitando a amplitude articular e provocando dor. Parece ainda não haver um consenso em relação aos mecanismos 
responsáveis pelas aderências. 
Efeitos do Ultra-Som 
Um efeito importante do ultra-som é a facilitação da quebra da fibrose, responsável pela aderência. A quebra só ocorrerá de 
fato durante uma manipulação. No entanto, os objetivos do uso do ultra-som são maiores e propõem: Melhorar a 
vascularização

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