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Etiqueta No Trabalho 
 
Além da competência e do foco em resultados, há outra coisa que pode dar um belo empurrão na sua 
carreira: boas maneiras 
Além da competência e do foco em resultados, há outra coisa que pode dar 
um belo empurrão na sua carreira: boas maneiras 
Por Letícia Colombini 
Você é considerado um profissional competente e tem um currículo brilhante, 
impecável. É proativo, orientado para resultados e tem uma constante preocupação 
em se manter atualizado. Então, por que cargas d’água vive sendo preterido nas 
promoções? Por que não consegue convencer os recrutadores a lhe contratar? Por 
qual razão sua carreira simplesmente não decola? 
Por quê? Por quê? Por quê? 
É possível que esteja se preocupando demais em desenvolver suas capacidades 
técnicas e dando pouca atenção a suas habilidades sociais. "Para conseguir avançar 
nos níveis internos, é preciso mais do que a simples disposição para o trabalho", diz 
o consultor americano John Molloy, autor do livro Molloys Live for Success. "As 
habilidades sociais são um pré-requisito determinante para o sucesso no mundo 
corporativo." 
Você está seguro de que sabe comportar-se corretamente num almoço de 
negócios? Tem competência ao se apresentar para outras pessoas? É capaz de 
conduzir uma conversa polida? Sabe vestir-se adequadamente tanto para uma 
reunião como para o casual day? 
Sim? Parabéns. 
Afinal, as empresas estão dando um peso cada vez maior a suas atitudes, a sua 
postura e a seu modo de proceder. Saber como agir nas mais variadas situações do 
dia-a-dia de trabalho e driblar as saias-justas representa uma vantagem 
competitiva e tanto. Isso leva a crer que você tem educação, bom-senso e traquejo 
- e, portanto, está preparado para representar a empresa em qualquer ocasião. 
Não dê ouvidos se alguém lhe disser que se preocupar com a etiqueta é algo fútil 
ou secundário. Dominar o código de comportamento em vigor no mundo dos negócios 
faz bem, sim, para sua vida profissional. Uma enquete eletrônica realizada em 
dezembro no site de VOCÊ s.a. dá mostra de que as pessoas estão, pouco a pouco, 
tomando consciência disso. De um total de 480 entrevistados, 88% acham que 
profissionais atentos às regras de etiqueta têm mais chance de crescer e se dar 
bem na carreira do que outros. 
A etiqueta corporativa, no entanto, é muito mais do que saber distinguir entre um 
garfo de salada e o do prato principal. Qualquer atitude que incomode as pessoas a 
seu redor é considerada falta de modos. Exemplos: bater o telefone, falar alto, 
importunar seu colega com conversas e perguntas o tempo todo, exagerar no 
perfume, esquecer do desodorante, entre outros. "Como os sinais de trânsito e os 
mapas rodoviários, o protocolo do escritório nos protege de colidir com os outros, 
de magoar os sentimentos dos colegas ou de prejudicar a reputação da empresa", 
diz Amy Vanderbilt, autora de O Livro Completo de Etiqueta. A elegância abrange, 
ainda, a consideração e o respeito por subordinados, chefes e colegas e a 
disposição em ser agradável e gentil. 
Isso não significa sair por aí beijando ou bajulando todo mundo. As pessoas podem 
ser bem-educadas, corteses e sociáveis ao mesmo tempo em que mantêm uma 
atitude positiva, simpática e, sobretudo, genuína - o que nos remete a questões 
como valores e ética. Se você é uma pessoa divertida, atenciosa, flexível e 
tolerante, pode estar certa de que muitos erros lhe serão perdoados. "Simpatia é 
fundamental em qualquer situação. É ela que aproxima as pessoas e torna a vida 
da gente muito mais fácil", diz Cláudia Matarazzo no livro Etiqueta sem Frescura. 
"Infelizmente não há regras para ser simpático, mas se preocupar com o bem-estar 
dos outros já é, sem dúvida, um bom começo." 
A vida profissional exige uma etiqueta correta em inúmeras ocasiões - muitas 
delas, delicadas. Obviamente não é possível prever todas. Selecionamos algumas 
mais comuns: 
- Arrase na entrevista! 
Poucas são as situações em que seu cuidado com a etiqueta e sua postura são tão 
minuciosamente observados quanto numa entrevista de trabalho. Para não fazer 
feio, a primeira providência é chegar ao encontro com 15 ou 20 minutos de 
antecedência. "Se você se atrasar, telefone logo que puder para o entrevistador", 
dizem Lynne Brennan e David Block, autores do livro Etiqueta no Mundo dos 
Negócios (editora Futura). "A explicação deve ser breve e acompanhada de um 
pedido de desculpas. Se esperar para fazer isso quando chegar, terá dado a ele um 
tempo enorme para pensar mal de você." 
Ao entrar na sala do recrutador, permaneça em pé até que lhe convidem a sentar. 
Na hora dos cumprimentos, faça contato visual, sorria, dê um aperto de mão firme 
(mas não do tipo "quebra-nozes") e deixe seu interlocutor dar início à conversa. 
Para se sentir mais à vontade, acomode-se bem para trás na cadeira e fique numa 
posição ereta, mas relaxada. Não fique balançando o pé nem passe a mão no rosto. 
Fica proibido fumar e fazer observações negativas sobre seu antigo (ou atual) 
empregador. Também pega mal tocar em assuntos relacionados a dinheiro até que 
todos os aspectos referentes ao emprego tenham sido discutidos. Ao se despedir, 
agradeça que o tenham recebido. Se for o caso, pergunte quando deve esperar 
notícias. 
- A primeira impressão 
É no primeiro encontro que se iniciam os contatos sociais e profissionais - daí sua 
importância. Nessa hora é fundamental agir com naturalidade, sutileza e presença 
de espírito. Para começar, os consultores de etiqueta são quase unânimes ao 
afirmar que as fórmulas "encantado (a)" ou "é uma honra" caíram em desuso. 
Segundo eles, um simples e objetivo "Como vai?" ou "Tudo bem?" já está de bom 
tamanho. Deixe a expressão "Muito prazer" para o fim. Assim, você terá tempo 
suficiente para conhecer seu interlocutor - e certificar-se de que foi mesmo um 
prazer. Dar longos abraços, tapinhas nas costas e beijinhos no rosto das pessoas é 
uma atitude antiprofissional. O ideal é estender a mão direita com firmeza (mas 
sem exagero) e acompanhar o cumprimento com um sorriso amável. Se você for 
apresentar alguém, é importante informar algo além do nome e do cargo da 
pessoa. "Informações extras servem para colocá-la dentro de um contexto, 
facilitando a conversação", dizem Peggy e Peter Post em seu livro The Etiquette 
Advantage in Business (editora Harper Collins), inédito no Brasil. Se houver mais de 
uma pessoa na roda, clientes, mulheres e pessoas mais velhas e mais altas na 
hierarquia têm prioridade nessa hora. 
Quem toma a iniciativa de cumprimentar? Em geral, o primeiro a avistar o outro. 
Detalhe: homens sempre se levantam para cumprimentar. Mulheres, não. Num 
restaurante, se por acaso avistar um conhecido, acene discretamente. Permaneça 
sentado. 
- A arte da conversação 
Usar as palavras com habilidade é essencial no mundo dos negócios. Você pode ser 
um profissional brilhante, mas se comete erros gramaticais, de pronúncia e de 
vocabulário, engole palavras, tem uma inflexão falsa ou uma voz desagradável terá 
dificuldade em persuadir os outros a aceitar suas idéias ou a comprar seus produtos. 
Pode até mesmo ser esquecido quando se tratar de promoções e aumentos. Falar 
demais, interromper seu interlocutor para contradizê-lo ou sufocá-lo com opiniões 
categóricas e sair distribuindo conselhos sem que ninguém os tenha pedido - tudo 
isso deve ser abolido da conversação. "Para criar um clima de cordialidade, é 
preciso que o diálogo obedeça a um ritmo natural, um vaivém inteligente de 
réplicas, uma espécie de torneio no qual cada jogador tem a sua vez", diz Martha 
Calderaro em seu livro Etiqueta e Boas Maneiras (editora Nova Fronteira). 
E se você quer realmente manter a boa convivência no trabalho e se preocupa em 
preservar sua imagem, não exagere no tom de voz e maneire nos gestos. Saiba 
ouvir, evite excesso de familiaridade (ou defranqueza), fofocas, reclamações e 
indiscrições. Também não há quem agüente mau humor, puxa-saquismo e 
autopromoção. Tem mais: fuja de gírias, expressões estrangeiras, jargões técnicos 
e, claro, palavrões e piadas longas ou de mau gosto. 
- Modos à mesa 
O almoço de negócios funciona como um teste que lança luz sobre suas habilidades 
sociais. Vai convidar um cliente para um almoço de negócios? Ofereça a ele 
algumas opções de restaurante e uma ou duas datas. Dê preferência a um lugar 
conveniente para ambos, com um serviço rápido e um ambiente tranqüilo e 
iluminado. Na manhã do dia D, você ou sua secretária devem confirmar o encontro. 
Quem convida chega antes, um tipo de delicadeza que faz toda a diferença no 
mundo dos negócios. Quanto à postura, o ideal é sentar-se com elegância, 
mantendo a coluna ereta. Não "cole" as costas no encosto da cadeira enquanto 
come e evite esticar ou cruzar as pernas para não incomodar seu vizinho da frente. 
Quanto às mãos, procure mantê-las sobre a mesa, apoiando os punhos. Nunca 
descanse o braço sobre o colo ou os joelhos. O guardanapo, por sua vez, deve 
permanecer dobrado sobre o colo o tempo todo. 
O tema central do almoço deve ser abordado sem pressa, não antes da chegada do 
primeiro prato. Comece tratando de amenidades, para descontrair o ambiente. A 
partir daí, cabe ao anfitrião começar a falar de negócios. Nessa hora, é bom não 
chamar a atenção sobre si. Nada de levantar a voz para conversar ou chamar o 
garçom, gesticular demais, deixar o celular ligado ou fazer brindes ruidosos. Quem 
convida paga. Ao final da refeição, peça a conta, ou a nota - nunca a "dolorosa" ou 
eufemismos igualmente abomináveis. Ao recebê-la, não a estude como se fosse 
detalhes de um contrato. Procure manter um ar neutro e não comentar o valor. Se 
achar que há algum engano, trate do assunto depois que os convidados já tiverem 
se retirado. 
- Ao telefone 
Estima-se que 75% dos negócios são feitos por telefone, um instrumento de 
comunicação fundamental no mundo corporativo. Seu mau uso significa perda de 
tempo, de oportunidades e, por tabela, de muito dinheiro. Ao fazer uma ligação, o 
certo é identificar a si mesmo e a sua empresa. Explique rapidamente o motivo do 
telefonema e pergunte se é uma hora conveniente para conversarem. Se a pessoa 
estiver ocupada, pergunte quando pode ligar de volta. No decorrer da conversa, 
procure não falar muito devagar nem muito depressa e habitue-se a pronunciar o 
nome do interlocutor de tempos em tempos - a idéia é estabelecer um 
relacionamento mais pessoal. 
Usar uma voz alegre, clara e calorosa - nem alta nem baixa demais - também gera 
empatia. Mas só isso não basta. É preciso ser rápido e objetivo ao prestar 
informações. E nada de deixar as pessoas esperando na linha sem fornecer uma 
explicação razoável pela demora ou remetê-la de uma seção a outra. Não há nada 
mais irritante. (Aliás, há sim. Ouvir do outro lado da linha vocativos como "meu 
bem", "meu anjo", "querido(a)", "coração" e afins.) Se por acaso a linha cair, a 
responsabilidade de retornar a ligação é de quem telefonou. Ainda: qualquer ruído 
estranho é considerado deselegante, pois sugere que sua atenção está em outro 
lugar. Portanto, não fale ao telefone com cigarro ou comida na boca, não masque 
chicletes, não rabisque papéis nem digite no computador. 
Existem ainda outras regrinhas de ouro relacionada a telefones. Ser breve, não 
abusar das ligações pessoais e responder às mensagens na secretária eletrônica no 
prazo máximo de 24 horas são algumas delas. Outra: se estiver acontecendo uma 
reunião em sua sala e o telefone tocar, não atenda, a não ser uma ligação 
extremamente importante. Desculpe-se pela interrupção. 
- Pilote bem seu celular 
Não há como contestar. O uso de celular serve para aumentar a produtividade e 
resolver emergências. Por outro lado, não há nada mais chato do que ouvi-lo tocar 
em lugares públicos. Para os usuários, a solução é simples: ao fazer uma visita, 
participar de almoços e reuniões ou assistir a palestras, desligue o aparelho - ou 
deixe-o no modo vibra call. Se por acaso esquecer e ele tocar, peça desculpa e 
desligue-o, sem atender. 
- Toma lá, dá cá 
Há uma porção de ocasiões em que você pode oferecer um presente a alguém com 
quem trabalha. O gesto pode servir para agradecer a quem lhe fez um favor, 
parabenizar um colega pela promoção, reconhecer o bom trabalho de uma pessoa 
de sua equipe etc. Não há normas rígidas na hora de oferecer regalos. Basta usar o 
bom e velho bom senso. Evite dar (e receber) presentes muito caros e vistosos, por 
exemplo, sob o risco de parecer "suborno" ou exibicionismo. Pijamas, lingerie e 
perfume, por sua vez, têm conotação romântica e pessoal - algo que 
definitivamente não combina com o ambiente de trabalho. Prefira itens perecíveis, 
como vinhos e flores. Ingressos para um concerto ou para uma peça de teatro 
também são apropriados. Outra prova de discernimento é resistir ao impulso de 
presentear o chefe, sobretudo se você for novo na empresa - ou certamente será 
visto como bajulador. 
Quando receber um presente, abra-o, agradeça e não deixe de expressar sua 
satisfação, mesmo que não esteja nada assim tão satisfeito. Se o mimo não for 
entregue pessoalmente, telefone, envie uma nota de agradecimento ou mesmo um 
e-mail um ou dois dias depois. 
- Onde há fumaça... 
Sem entrar no mérito do hábito de fumar, que a ciência desaprova, a etiqueta tem 
regras estritas para os fumantes. O ponto central é praticar seu vício sem 
incomodar as pessoas que o cercam. Ficam proibidas, portanto, baforadas no 
elevador, numa sala sem cinzeiros e à mesa, enquanto os outros estiverem 
comendo. Num almoço de negócios, se você fuma e seu convidado não, a solução 
educada é fazer a reserva na área de não-fumantes. Antes de acender o cigarro, 
trate de perguntar às pessoas se elas se importam que você fume. Mas esteja 
preparado. Caso alguém diga que sim, você se verá numa situação desagradável. 
Por outro lado, as pessoas podem dizer que não se importam por educação - e 
ainda assim se sentir incomodadas. A lógica é a mesma para quem costuma fumar 
na própria sala. O cheiro impregnado no ar pode ofender seu visitante. Mas 
deselegante mesmo é falar com o cigarro entre os lábios e usar o prato ou um pires 
como se fosse um cinzeiro, entre outras barbáries. 
- Com que roupa eu vou? 
As pessoas reagem instantaneamente à aparência das outras e, até certo ponto, 
isso se dá pela maneira como estão vestidas. "Roupas socialmente inadequadas 
podem fazer com que as pessoas se sintam pouco à vontade e queiram distanciar-
se de você", dizem Mary Mitchell e John Corr, autores do livro Tudo sobre Etiqueta 
nos Negócios (Editora Manole). "No mundo corporativo, em geral as reações são 
ainda mais cruéis e reprovadoras. Seus colegas, pares e superiores presumem que 
a qualidade do seu trabalho provavelmente não será melhor do que a qualidade da 
sua aparência." Mas boa aparência não significa usar tailleur de segunda a sexta-
feira ou estar sempre de paletó e gravata. Significa, antes de mais nada, ter 
discernimento para saber adequar o visual à sua atividade profissional e às diversas 
situações de trabalho. Afinal, vestir roupas semelhantes para ir ao canteiro de 
obras e à reunião da diretoria é o mesmo que usar botinas para ir ao balé. 
Algumas empresas têm códigos sobre o assunto. Se a sua não tem, trate de 
observar como os colegas e executivos se vestem. É sempre um bom referencial. 
Claro que há modelos que nunca devem ser usados: microssaia, barriga de fora e 
tops sensuais, para mulheres; camiseta regata, tênis e gravatas chamativas, para 
homens. Além disso, é bom manter suas roupas sempre limpas e bem passadas, e 
seus sapatos brilhando. Imagine apresentar-se com um pisante surrado ou uma 
mancha de gordura na calça? Isso demonstra desatenção aos detalhes.Mais: 
digamos que você é adepto de um corte de cabelo considerado bacana nos anos 
80. Pode dar a impressão de que não é capaz de acompanhar as mudanças. 
Isso não significa, no entanto, que você é obrigado a seguir as tendências da moda. 
Mesmo porque pessoas verdadeiramente elegantes se conservam fiéis a um estilo, 
com pequenas variantes e algumas concessões aos modismos. Em geral, elas 
optam pela versatilidade e pelo conforto. 
- Etiqueta global 
Uma coisa é você cometer uma gafe quando viaja a passeio - em geral é até 
divertido. Outra, bem diferente, é dar uma bola fora numa viagem a trabalho. 
Nesse caso, provavelmente, a história não terá graça nenhuma. Pior: dependendo 
da dimensão, a tal mancada pode acabar comprometendo relações - e negócios 
importantes. Para não se perder nesse caldeirão de culturas globais, uma boa dica 
é pesquisar um pouco sobre o lugar para onde vai. Para isso, converse com colegas 
que já estiveram lá, leia livros ou navegue na internet. Saiba o nome correto do 
país, sua capital, seu regime político, características geográficas, o esporte mais 
popular, os principais pontos turísticos, e por aí afora. Aprenda também algumas 
palavras ou expressões na língua local - como 'bom dia", "por favor", "obrigado". 
Em viagens internacionais, o ditado que recomenda nunca discutir religião, política 
ou sexo vale em dobro. O segredo é agir de forma diplomática. Lembre-se de que 
você representa uma espécie de embaixador do seu país. Expresse reconhecimento 
pela arte, arquitetura, cozinha ou pelo que mais mereça elogio em relação à cultura 
alheia. Em situações sociais fora do comum, o correto é confessar 
desconhecimento. A atitude demonstra aceitação e boa vontade em aprender. 
Também é importante agir com moderação. "Nada de brindes prolongados, abraços 
efusivos, galanteios superlativos, samba no pé e odes ao Brasil", diz Fernando 
Dourado, diretor-geral da Merken, consultoria voltada ao treinamento intercultural 
de executivos e autor do livro Ao Redor do Mundo. 
- Gentilezas virtuais 
A explosão do uso do e-mail talvez tenha sido a mudança mais drástica dos últimos 
tempos no que diz respeito à comunicação no mundo corporativo. A partir daí, deu-
se origem a um novo termo: "netiqueta", um código de comportamento exclusivo 
para relacionamentos na rede. Para demonstrar eficiência e elegância no ambiente 
virtual, procure usar uma linguagem direta, clara e objetiva - sem formalismos ou 
expressões rebuscadas. Evite, por exemplo, usar no cabeçalho saudações barrocas 
como "ilustríssimo" ou "excelentíssimo". Um simples "caro fulano", um "bom dia", 
ou coisa que o valha, já está ótimo. Na despedida, prefira expressões como 
"atenciosamente" ou "um abraço". Não se esqueça de, no final, assinar seu nome 
completo, cargo e nome da empresa. 
Revise os e-mails à caça de erros de português e de digitação. Evite o uso de cores 
e fontes diferenciadas e pegue leve nos pontos de exclamação, cifrões e afins. Usá-
los em excesso é mais ou menos como rir da própria piada. Arquivos anexados, só 
se realmente houver necessidade, pois requer trabalho extra de quem recebe a 
mensagem. Uma prática comum e de mau gosto é deixar visível a lista de pessoas 
para as quais você está remetendo o e-mail. A sensação é de que você é 
simplesmente um nome a mais em uma lista enorme. Em tempo: letras maiúsculas 
são sinônimo de gritaria no universo eletrônico. Letras minúsculas, por sua vez, 
remetem a excesso de informalidade. Cuidado com elas. 
- Atenção, retardatários! 
Respeitar o tempo alheio é a regra número 1 da etiqueta - mas a maioria dos 
brasileiros infelizmente costuma ignorá-la. Não deveria. Quando alguém chega 
tarde a um compromisso, aqueles que esperam raramente se satisfazem com uma 
desculpa esfarrapada. Por mais criativa e divertida que possa ser a explicação do 
retardatário, o sorriso do outro é sempre amarelo. A raiva fermenta pela falta de 
consideração. Além de deselegante, atrasos freqüentes podem deixar você com 
fama de profissional pouco sério - ou até irresponsável. Portanto, trate de 
disciplinar-se. Se você prevê um atraso significativo a um encontro de negócios, 
avise com antecedência - e, ao chegar, desculpe-se. Se vive numa cidade caótica, 
saia mais cedo do escritório. E, numa reunião, é bom dar o ar da graça com um 
pouco de antecedência. Assim, há uma margem de manobra no caso de 
imprevistos. 
- O troca-troca de cartões 
A troca de cartões de visita é parte de um ritual de saudação no mundo dos 
negócios. Em geral, ela é feita no início da reunião, quando as pessoas ainda não se 
conhecem. Uma boa prática é deixá-los à vista, caso o nome de um dos 
participantes lhe escape. Quando o encontro é informal, trocam-se cartões na 
despedida. Mas, atenção: ofereça-os somente se houver interesse para um contato 
futuro. Evite sair distribuindo-os a esmo - especialmente para profissionais mais 
graduados que você. Espere até que lhe peçam. Outra coisa: esteja você num 
restaurante ou num coquetel, nunca entregue o cartão enquanto estiver comendo. 
- No avião 
Parece que os aeroportos e aviões trazem à tona o que há de pior nas pessoas. 
Afinal de contas, você é obrigado a enfrentar filas, lidar com atrasos e passar horas 
num compartimento fechado e apertado com dezenas, centenas de pessoas. Para 
tornar seu vôo e o dos outros passageiros o mais agradável possível, a regra 
número 1 é não se esparramar na poltrona do vizinho. Se estiver usando um fone 
de ouvido para escutar música ou assistir a um filme, verifique se o som não está 
escapando. Usar laptop durante o vôo também pode aborrecer a pessoa a seu lado, 
especialmente se ela estiver tentando dormir. Se você for o último a embarcar, 
encontre um compartimento livre, em vez de atulhar seus pertences num bagageiro 
lotado. Ah, e nada de enfiar a colherzinha do pudim ou a faca de pão no bolso, 
hein? 
- Um mundo melhor 
"Obrigada", "desculpe" e "por favor" são expressões simples que podem 
transformar o mundo num lugar muito melhor para se viver. 
 
Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=w559sqnwl

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