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Resumo Keynesianismo

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Keynesianismo
5
5.1 Teoria Keynesiana 
Keynesianismo é o conjunto de ideias que propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego. As teorias de Jonh Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado.
O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação. Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerados de forma alarmante.
A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de Jonh Maynard Keynes. 
5.2.1 Autor e Obras
John Maynard Keynes nasceu em Cambridge, em 1883, e se formou em matemática pelo King’s College em 1906. Trabalhou como funcionário público na Índia e como tesoureiro durante a Primeira Guerra Mundial, levando à sua indicação como representante do tesouro inglês da Conferência de Versalhes de 1919. Nesta época, escreveu a primeira de suas principais obras, intitulada "As Consequências Econômicas da Paz". As duas outras principais obras de Keynes foram escritas durante a Grande Depressão, sendo elas "O Tratado sobre a Moeda" de 1930, e "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda".
John Maynard Keynes nasceu em Cambridge, em 1883, e se formou em matemática pelo King’s College em 1906. Trabalhou como funcionário público na Índia e como tesoureiro durante a Primeira Guerra Mundial, levando à sua indicação como representante do tesouro inglês da Conferência de Versalhes de 1919. Nesta época, escreveu a primeira de suas principais obras, intitulada "As Consequências Econômicas da Paz". As duas outras principais obras de Keynes foram escritas durante a Grande Depressão, sendo elas "O Tratado sobre a Moeda" de1930, e "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda". 
5.2.2 Autores Influenciados Pelo Keynesianismo 
"Keynes por si só era um gênio multifacetado que tornou-se proeminente no mundo da matemática, filosofia e literatura. Além disso, ele encontrava tempo para administrar uma grande companhia de seguros, para ser Conselheiro do Tesouro Britânico, para ajudar a dirigir o Banco da Inglaterra, para editar um mundialmente famoso jornal de Economia e para patrocinar espetáculos teatrais e de ballet. Ele também era um Economista que sabia ganhar dinheiro tanto para si como para sua faculdade, o King's College de Cambridge." (Paul A. Samuelson)
Influenciados pela obra de Keynes inúmeros economistas desenvolveram, aperfeiçoaram e modernizaram a teoria keynesiana. Dentre eles vários foram galardoados com Prêmio de Ciências Econômicas. Destacam-se: Amartya Sem, Franco Modigliani, James Tobin, Joseph E. Stiglitz, Paul Samuelson, Robert Solow e Wassily Leontielf. 
5.3 Principais Conceitos do Keynesianismo
As teorias de Keynes diferiam radicalmente do pensamento econômico clássico, de autores como Adam Smith, Thomas Malthus e, David Ricardo. Esses teóricos, embora divergissem, acreditavam que a economia tendia ao equílibrio através da dinâmica da oferta e da procura, ou seja, que sempre existiria demanda (cidadãos dispostos a comprar) para uma determinada oferta (cidadãos dispostos a vender), variando somente o preço. Assim sendo, se uma sociedade produzisse uma quantidade enorme de um determinado produto, a mesma sociedade sempre compraria essa produção, mesmo que a preços mais baixos devido à sua abundância. De acordo com Keynes, uma superprodução de bens poderia causar uma carência de demanda, levando a menos lucro por parte dos produtores e a demissão de trabalhadores, o que por sua vez reduziria ainda mais a demanda, já que aumentaria o desemprego. A grande solução para este problema, defendida por Keynes, era a intervenção governamental na economia, tanto na forma de obras públicas de infraestrutura, como na forma da redução drástica da taxa de juros. A taxa de juros é a taxa que governa o lucro sobre dinheiro emprestado dentro da economia, ou seja, permite aos cidadãos emprestarem mais dinheiro pagando menos, e assim tornando mais eficiente a capacidade da demanda de se ajustar à uma oferta maior. 
5.4 Contribuições do Keynesianismo 
Para o entendimento da participação de Maynard Keynes na social-democracia se faz necessário invocar o pensamento de Anthony Giddens, em sua obra Terceira Via.
Giddens inicialmente capitula a social-democracia como a de velho estilo. Vertente segundo a qual o capitalismo de livre mercado como o responsável por perpetrar uma autêntica anomia, uma assustadora balbúrdia, um descontrole e problemas sociais.
A social-democracia de velho estilo adota uma visão crítica em relação à forma de se conceber o liberalismo. Vale preponderar, o livre mercado, a mitigação da atuação estatal na economia, a permissibilidade para as iniciativas privadas convergem a um quadro de óbices sociais. E esses elementos
Todavia, este liberalismo não poderia se verificar plenamente, em decorrência dos entraves anteriormente alegados. Motivos pelos quais ponderações teóricas foram propagadas nos universos econômicos. Entre as citadas ponderações, invoca-se Marx, e o próprio Keynes.
Ambos defensores de uma maior intervenção estatal na autonomia privada do indivíduo, em prol da redução das mazelas sociais. A partir de plurais mecanismos, entre os quais a estatização dos meios de produção.
O autor Keynes é contributivo para a denominada social-democracia clássica, que exige a entrega de bens públicos, que não são naturalmente destinados pelo mercado. Isto é, o mercado por si só, em sua concepção liberalista, não é suficiente, traz lacunas perante a sociedade, especificamente de bens. Lacuna que deve ser suprida pelo Estado, por meio da referida entrega.
Keynes foi considerado, segundo Giddens, a principal referência, a principal inspiração na construção de um pensamento econômico pós-guerra. A partir da cristalização, saliente-se, do “welfare state”. Em decorrência por exemplo, de sua menor preocupação com o elemento econômico da oferta, o que é estritamente proporcional aos desígnios do estado do bem-estar social.
O “welfare state” que carregava dois corolários, ambos ratificados por John Keynes, quais sejam, a promoção da igualdade entre os cidadãos, bem como a proteção aos indivíduos. Ambos com o primevo desejo de avançar eficazmente no processo de construção da cidadania. Além da predominância da economia doméstica sobre o comércio internacional de bens e serviços.
 Para o entendimento da concepção econômica de Keynes é inelutável alegar que este corroborava com alguns elementos do marxismo e do socialismo, embora não possa ser rotulado como marxista ou socialista.
Em verdade, Keynes acreditava que era possível a mantença do capitalismo. Não era portanto, primordial fulminar ou avassalar o capitalismo, para a conseguinte construção de outro regime. Nessa seara, mister seria a conservação do capitalismo, e após promover modificações das irracionalidades deste sistema, aperfeiçoando-o, aprimorando-o.
Em um breve cotejoteórico, sobre a viabilidade para a convivência da democracia diante do socialismo, o pensamento Keynesiano encontra guarida na construção teórica de Norberto Bobbio. Segundo o qual:
“A relação entre liberalismo e democracia, como vimos, nunca foi antítese radical, apesar de ter sido difícil e frequentemente contestado o enxerto dos ideais democráticos no tronco originário dos ideais, liberais, e apesar da integração entre liberalismo e democracia, onde ocorreu, ter se dado lentamente, não sem contrastes e rupturas. A relação entre liberalismo e socialismo, ao contrário, foi desde o início uma relação de antítese(...) Tornou-se corrente que o socialismo, julgado até então como incompatível com o liberalismo, não era de fato incompatível com a democracia.” (BOBBIO, p.80-81)
Esclarece-se que a ênfase a este ponto está se operando em razão da marcante participação de Keynes nos ideais da social-democracia. A possibilidade de convivência entre o socialismo e a democracia se vislumbra em razão dos seguintes elementos:
“Para reforçar o nexo de compatibilidade (melhor de complementariedade) entre socialismo e democracia, foram sustentadas duas teses: antes de tudo, o processo de democratização produziria inevitavelmente, ou pelo menos favoreceria o advento de uma sociedade socialista, fundada na transformação do instituto da propriedade e na coletivização pelo menos dos principais meios de produção; em segundo lugar, apenas o advento da sociedade socialista reforçaria e alargaria a participação política e, portanto, tornaria possível a plena realização da democracia, entre cujas promessas- que a democracia liberal jamais seria capaz de cumpri- estava também a de uma distribuição igualitária) do poder econômico e poder político. Com base nessas duas teses, a indissolubilidade de democracia e socialismo passou a ser demonstrada, por parte das correntes principais do socialismo, como uma condição necessária do advento da sociedade socialista e, por parte das correntes democráticas, como uma condição do desenvolvimento da própria democracia” (BOBBIO, p.81)
O autor em foco, conforme preceitua Anthony Giddens, tem como fito exteriorizar que o capitalismo pode atingir a sua estabilidade, por intermédio da administração da demanda. Segundo Adam, uma importante marca da social-democracia consiste no fato de se proteger os lucros das reivindicações das massas pois as políticas redistributivas não são capazes de transmitir benefícios à massa trabalhadora.
Referências:
ÂMBITO JURÍDICO, o seu portal jurídico na Internet. Reflexões Acerca da Influência de Keynes na Construção da Economia. Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11162. Acesso em: 10/03/2017 ECONOMIABR, Pesquisa e Teoria. Teoria Keynesiana. Disponível em: http://www.economiabr.net/teoria_escolas/teoria_keynesiana.html. Acesso em: 10/03/2017. HUNT, E. K. & SHERMAN, Howard J. História do Pensamento Econômico. 3ª Edição. Petrópolis, Editora Vozes, 2012. RACHA CUCA, Educação>História>Idade Contemporânea. Keynesianismo. Disponível em: https://rachacuca.com.br/educacao/historia/keynesianismo/. Acesso em 10/03/2017. WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. Escola Keynesiana. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_keynesiana. Acesso em 10/03/2017.

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