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4 - BENS PÚBLICOS

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05 de outubro de 2010
BENS PÚBLICOS
CONCEITO
CONCEITO LEGAL
Art. 98 do C.C. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
CONCEITO DOUTRINÁRIO 
Majoritário (Celso Antônio Bandeira de Mello): Traz um conceito mais amplo de bens públicos, entendendo que seria também bens pertencentes a outras pessoas desde que afetados a uma destinação pública (ligados a serviços públicos).
Para a corrente majoritária, em razão do princípio da continuidade do serviço público, os bens afetados a um serviço público não é suscetível de expropriação, sob pena de comprometer a atividade estatal, devendo ser considerados bens públicos (merecendo uma proteção especial), ainda que o titular seja um particular.
Ex.: máquina de concessionária usada para recape asfáltico: não pertence à pessoa jurídica de Direito Público, mas é bem público porque está afetada à prestação de serviço público.
Minoritário José Dos Santos Carvalho Filho e Lucia Vale Figueiredo: Apresenta uma interpretação próxima ao disposto no art. 98 do C.C. Mas entendeu que os bens de concessionárias de serviço público seriam bens de uso especial.
3. CONCEITO JURISPRUDENCIAL
STF e STJ têm analisado a atividade desenvolvida por parte das sociedades de economia mista ou empresa pública a fim de determinar se há maior ou menor incidência do regime de Direito Público. Caso desempenhe atividade econômica, os bens estarão sujeito a menor incidência do Direito Público. 
Ex: CORREIOS – serviço postal é considerado como serviço público, sendo de monopólio da UNIÃO, sendo tais bens sujeito a maior incidência do regime de direito público.
AFETAÇÃO OU CONSAGRAÇÃO
A afetação (ou consagração – segundo Diógenes Gasparini) significa destinação do bem à prestação do serviço público. Pode ser expressa ou tácita.
EXPRESSA: 
Corrente 1: de acordo com alguns doutrinadores, apenas pode se dar por lei.
Corrente 2: segundo outros, pode ocorrer tanto por lei quanto por ato administrativo autorizado por lei.
Corrente 3: para uma terceira corrente, a afetação expressa pode ocorrer tanto por lei quanto por ato administrativo autorizado por lei ou por fato.
TÁCITA: Não há manifestação da Administração.
Como a afetação significa dar destinação pública, ou seja, conferir qualidade especial a um bem, protegendo-o, ela pode ser realizada de todas as formas, expressa ou tácita, até mesmo pelo simples uso (ex: prefeito que leva as cadeiras e móveis para nova sede é suficiente para afetar o bem).
Observação.: não se admite a desafetação pelo desuso.
AFETAÇÃO ILEGAL: caso de desapropriação indireta, que ocorre pelo apossamento administrativo, sem as cautelas legais necessárias.
DESAFETAÇÃO OU DESAFETAÇÃO
DESAFETAÇÃO ou DESCONSAGRAÇÃO significa retirar a destinação pública de um determinado bem (transformar os bens de uso especial ou uso comum em bens dominicais). Pode ser, também:
A desafetação de um bem de uso comum, como implica a retirada de um bem utilizado pelo povo, somente se procede através de lei ou ato administrativo autorizado por lei.
A desafetação de um bem de uso especial pode ser realizada por lei, ato administrativo ou através de eventos da natureza (sinistro) que impede o cumprimento da finalidade pública. Ex: desabamento. 
Como a desafetação é a retirada de uma proteção especial, o simples desuso não desafeta o bem público, é aplicação do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.
DOMÍNIO EMINENTE
Expressão que decorre da soberania estatal. Refere-se ao poder político do Estado de submeter a sua vontade todos os bens situados no território. 
Não significa que todos os bens existentes no território nacional são públicos, mas sim que estes podem vir a ser públicos.
O domínio eminente não pode ser confundido com domínio patrimonial. No caso do domínio patrimonial tem-se que o bem já faz parte do patrimônio do Estado.
CLASSIFICAÇÃO
QUANTO Á TITULARIDADE
Quanto à titularidade dos bens, eles podem ser:
Federais: bens da União.
O art. 20, CF, apresenta rol exemplificativo.
A Lei 9636/98 versa sobre os bens imóveis da União.
Observação: as terras devolutas ora são de propriedade da União, ora dos Estados.
As ilhas, por sua vez, podem ser da União, dos Estados, dos Municípios e até mesmo de particulares.
Estaduais e Distritais: bens dos Estados e DF
O art. 26, apresenta, também, rol exemplificativo.
Municipais: bens dos Municípios
Os bens municipais são identificados por exclusão.
QUANTO À DESTINAÇÃO
Quanto à destinação os bens podem ser:
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Bens de uso comum do povo
Também denominados bens do domínio público. Bens destinados ao uso público, ao uso indiscriminado por qualquer um do povo.
O fato de não haver privilégios, exclusividades quanto a esses bens não impede que o Poder Público regulamente seu uso, desde que esta regulamentação seja de forma equivalente para todos.
Ex.: rios, mares, praças.
Observação: A utilização normal do bem independe de autorização prévia pelo Poder Publico. Entretanto, caso o uso não seja normal (ex: Lual de aniversário em praia) exige-se a autorização.
O uso desses bens pode ser gratuito ou oneroso. 
Ex.: zona azul (a rua é bem de uso comum do povo).
P: Exige-se autorização do Poder Público para realizar reunião pacífica e sem armas em rua movimentada da cidade?
R: Segundo jurisprudência, o Poder Público não pode impedir a reunião, uma vez garantida expressamente pela CF. Entretanto, ponderando-se outros valores, como supremacia do interesse público, o Poder Público pode impedir a ocorrência da reunião, quando torne inviável o tráfego em rua movimentada, devendo conferir aos interessados um local alternativo com mesma visibilidade.
Bens de uso especial
Também denominados bens do patrimônio administrativo indisponível. Bens utilizados como estabelecimentos de entes públicos ou destinados à execução de serviços públicos.
CC, Art. 99. São bens públicos:
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
Ex.: prédio no qual se localiza a Prefeitura; museu; bens das concessionárias.
Observação 1: as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são consideradas de uso especial (visam a preservação da cultura indígena), apesar de não serem utilizadas como estabelecimento de ente público nem destinada à execução de serviço público.
Observação 2: o cemitério é bem de uso especial. No entanto, os jardins do cemitério constituem bens de uso comum do povo.
Observação 3: Verifica-se que os bens de uso especial e comum do povo são bens ligados a uma finalidade público (afetados a uma destinação pública).
Bens dominiais
Também conhecidos como bens dominicais ou bens do patrimônio administrativo disponível. Diz respeito aos bens desafetados, ou seja, bens sem destinação específica. São denominados bens públicos porque pertencem ao Poder Público.
Para parte da doutrina, os bens dominicais são bens em que o Estado conserva como um particular. Essa afirmação não confere natureza e regime privado ao bem, apenas afirma a ausência de afetação pública do bem. O regime jurídico dos bens dominicais é público.
Observação.:José Cretella diferencia bem dominial de bem dominical. Para Cretella, bem dominial é sinônimo de bem público. Assim, a categoria ora estudada seria composta não pelos bens dominiais, mas sim pelos bens dominicais (Entendimento isolado).
REGIME JURÍDICO DOS BENS PÚBLICOS
INALIENABILIDADE DOS BENS PÚBLICOS
A inalienabilidade dos bens públicos é relativa, o que significa que, em alguns casos, é possível a alienação de bens públicos. A inalienabilidade relativa é denominada alienabilidade condicionada por alguns doutrinadores.
Bem de uso comum do povo: não podem ser alienados, uma vez afetados a destinação pública.
Bem de uso especial: não podem ser alienados, uma vez afetados a destinação pública.
Por terem destinação pública, estes bens são inalienáveis.
CC, Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Bem dominical:
CC, Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei (Ex: terras devolutas e terrenos de marinha).
Um bem doado à Administração Pública, a qual não foi lhe dada destinação pública, é considerado bem dominical (alienável). Caso seja conferida uma destinação pública ao bem (ex: instalação da prefeitura de um município), o bem se torna inalienável.
EXCEÇÃO: O artigo 225, parágrafo 5º, CF traz caso de inalienabilidade absoluta.
Art. 225, § 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
A alienação de bem público pressupõe a sua desafetação, apenas os bens dominicais não precisam ser desafetados, uma vez desprovidos de qualquer destinação pública.
Uma vez realizada a desafetação, há que se verificar se o bem é móvel ou imóvel.
NO CASO DE O BEM SER IMÓVEL:
Autorização legislativa, caso o bem imóvel pertença à Administração Direta, autarquias ou fundações
Se o bem imóvel pertencer à União, necessária será também autorização do Presidente da República (artigo 23, Lei 9636/98).
Declaração de interesse público devidamente justificado
Avaliação prévia
Licitação (na modalidade concorrência)
Nos casos de bens imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento é possível a alienação por meio de leilão.
Observação.: o artigo 17 da Lei 8666/93 elenca situações nas quais a licitação é dispensada (o administrador não possui discricionariedade).
Na ADI 927-3 o STF entendeu que o artigo 17 não é norma nacional, mas sim federal, pois, caso fosse considerada nacional, estaria invadindo a esfera de outros entes da Federação. Esta ADI deu interpretação conforme a este artigo, esclarecendo que se referem apenas a bens federais. 
NO CASO DE O BEM SER MÓVEL:
Interesse público devidamente justificado
Avaliação prévia
Licitação (não é necessária que a modalidade seja concorrência)
Os requisitos para alienar o bem público dominical estão definidos na lei 8.666/93, em seu art.17:
B.1) Art.17, inciso I da lei 8.666/93 
 Art. 17.  A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: 
Administração direta/autarquias/fundações: 
Interesse público
Avaliação prévia
Autorização legislativa
Licitação: na modalidade leilão (móveis inservíveis, apreendidos, empenhado e demais móveis até 650 mil reais) ou concorrência (outros bens móveis ou acima deste valor)
Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista:
Avaliação prévia
Licitação: em regra, na modalidade concorrência
B.2) art.17, inciso II da lei 8666/93
 Art. 17.  A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
Interesse Público
Avaliação prévia 
Licitação modalidade leilão para bens de até 650 mil reais 
IMPENHORÁVEL
Em razão da execução contra a fazenda pública sujeitar ao regime de precatórios, bem como diante da inalienabilidade relativa do bem público (ainda que se admita a penhora do bem, não é possível sua alienação, em razão da afetação) não é admitido a penhora de bens públicos.
A impenhorabilidade abrange proibições de penhora, arresto e seqüestro.
Os bens públicos não estão sujeitos à penhora.
Os débitos oriundos de decisões judiciais são pagos, em regra, por meio dos precatórios. O regime dos precatórios está previsto no artigo 100, CF, alterado pela EC n. 62, CF.
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 7º O Presidente do Tribunalcompetente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
O grande problema dos precatórios é que os valores disponibilizados pelo Estado para saldar a fila dos precatórios é menor que a dívida pública. Esse fato aliado ao mau planejamento gera criam filas eternas de precatório.
Como a CF determina que cabe a lei regulamentar o regime de precatório, e esta lei não existe até o momento, a Administração Pública comete diversos abusos, aproveitando-se da brecha.
Em função disso, o CNJ começa a interferir nesse regime através de regulamentações próprias, sob o argumento de que compete ao Poder Judiciário determinar o pagamento dos valores. Crítica: em verdade não é competência do CNJ, mas do P. Legislativo, que inerte começa a ser exercido por um outro poder, logo há uma atuação de um poder sobre o outro.
Os créditos alimentares também são pagos por meio de precatórios (Súmulas 655, STF e 144, STJ), mas em ordem (“fila”) diferente dos demais créditos.
É obrigatória a inclusão de verba orçamentária para pagamento dos precatórios apresentados até 1º de julho pelas entidades públicas. Precatórios apresentados até 30 de junho deverão ser pagos até dezembro do ano seguinte.
De acordo com o STF, a não inclusão de verba no orçamento não enseja seqüestro nem intervenção (Reclamação 1842).
NÃO ONERABILIDADE
Alguns doutrinadores não citam esta característica, por entenderem que se trata de conseqüência da impenhorabilidade.
Os bens públicos, por força dessa característica, não podem ser objeto de direitos reais de garantia (penhor, hipoteca e anticrese).
EXCEÇÕES (situações nas quais é possível a oneração de bens públicos):
CF, Art. 167. São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
IMPRESCRITIBILIDADE
Trata-se de impedimento de prescrição aquisitiva dos bens públicos.
CF, Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
CF, Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
CC, Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Nem mesmo os bens dominicais podem ser usucapidos, tampouco os bens de uso comum do povo e os de uso especial. Essa vedação, entretanto, não impede que o Poder Público realize a usucapião.
Observação: Prevalece na jurisprudência do STJ que não há obrigação de indenizar acessões e benfeitorias realizadas em bens públicos.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BENS PELO ESTADO
CAUSAS CONTRATUAIS, NATURAIS ou JURÍDICAS
AQUISIÇÕES ORIGINÁRIAS ou DERIVADAS
O Estado pode adquirir bens através de:
Contratos:
Compra e venda
Permuta
Doação
Dação em pagamento
Hipótese consagrada no art. 156, X, CTN para pagamento de tributos
Dação em pagamento para adimplemento de dívidas não tributárias
Uma vez adquirido um bem imóvel através de dação em pagamento, a futura alienação deste poderá se dar através de licitação na modalidade concorrência ou leilão.
Usucapião (aquisição originária de propriedade)
Apesar de o Poder Público não perder bens por usucapião, adquire bens por este meio.
Desapropriação (aquisição originária de propriedade)
CAUSA MORTIS
A aquisição de bens causa mortis ocorre na hipótese de o particular realize testamento transferindoparte de seu patrimônio ao Poder Público ou ainda, no caso de não haver herdeiros nem testamento, os bens do de cujus caberão ao Município (herança jacente ou vacante). Assim, diante da ausência de previsão, a aquisição causa mortis é realizada pelo Município.
Acessão natural (ex: leito do rio ou álveo abandonado, aluvião e avulsão)
Álveo abandonado: a área onde corria o rio será dividida entre os proprietários dos imóveis à margem. Se o Estado tem um imóvel ali, poderá adquirir a propriedade.
Aluvião: Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Avulsão: Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
ARREMATAÇÃO
ADJUDICAÇÃO
PERDIMENTO DE BENS
Ex.: artigo 91, II, CP; artigo 18, Lei 8429/92 (Improbidade Administrativa).
LOTEAMENTO
Lei 6766/79 (Lei de Parcelamento): prevê bens públicos (ex: é necessária a construção de ruas, ou seja, cria-se alguns bens públicos).
 REVERSÃO
Previsão no artigo 35, parágrafo 1º, Lei 8987/95. Quando o Estado pretende rescindir um contrato de concessão ou permissão, durante a instauração de processo administrativo para apuração de violação de cláusula contratual, deve ele continuar prestando os serviços públicos da contratada, caso o Poder Público não tenha o maquinário necessário, pode ele realizar a ocupação temporária dos bens da empresa ate então contratada.
O Estado pode, outrossim, adquirir esses bens através da reversão (é adquirir os bens da contratada em razão da rescisão de contrato de concessão ou permissão).
A rescisão contratual por interesse público se denomina ENCAMPAÇÃO, ao passo que a rescisão decorrente de violação de cláusula contratual se trata de CADUCIDADE.
ABANDONO DE BENS
Previsão no art. 1.275 do CC.
CC, Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
III - por abandono;
CONFISCO
Previsão no artigo 243, CF.
São hipóteses de confisco: - plantação de psicotrópicos; - bens apreendidos em razão de tráfico.
GESTÃO DOS BENS PÚBLICOS
FORMAS DE USO
FIM NATURAL:
USO NORMAL: O uso normal dispensa autorização, ex: usar a praça como praça, a praia como praia.
USO ANORMAL: O uso anormal exige autorização do Poder Público, ex: usar a rua para fazer festa junina.
GENERALIDADE DO USO:
UTILIZAÇÃO COMUM: Todos podem utilizar o bem, sem qualquer discriminação. O uso é geral, indistinto e gratuito.
Isso não impede que o Poder Público não possa disciplinar o uso do bem, cercando-se o local para fins de interesse público, ex: por questões de segurança, impede-se a entrada de pessoas a noite.
UTILIZAÇÃO REMUNERADA: A utilização depende de pagamento, por exemplo alguns museus, alguns parques etc. Trata-se de forma especial e diferenciada de utilização do bem, dependente da condição econômica do usuário.
UTILIZAÇÃO PRIVATIVA: Trata-se de forma especial de uso do bem público, em que somente pessoas restritas podem usar o bem. Ex: Festa de aniversário em rua pública com autorização de bem público, somente os convidados podem utilizar.
UTILIZAÇÃO COMPARTILHADA DE BENS: Situação em que tanto o particular, quanto o Poder Público utilizam um bem. Ex: Com os projetos de desestatização dos serviços públicos, criaram-se muitas empresas de telefonias particulares. Em razão disso, ainda existem muitos orelhões nas calçadas, que são bens públicos de uso compartilhado com o particular, através de convênio ou contrato.
Ex: servidão administrativa, em que ambos utilizam o bem ao mesmo tempo. No caso é um bem particular em que o Poder Público utiliza compartilhadamente para fins de interesse público.
MODALIDADES DE UTILIZAÇÃO PRIVATIVA DOS BENS PÚBLICOS
Pessoa determinada, autorizada por um título jurídico, usa bem público em caráter privado. Pode recair sobre bens de uso comum do povo (Ex.: bar que coloca mesas na calçada), uso especial (Ex.: box no mercado municipal) ou uso dominical (Ex.: prédio sem destinação cujo uso pelo particular é permitido pelo Poder Público).
Existem alguns institutos de direito privado, como a locação e o arrendamento, que o Estado pode se valer para permitir o uso privativo dos bens públicos. Esses institutos são regidos pelas normas privadas.
Entretanto, mais comumente, o Estado vale-se de institutos de direito público para permitir a utilização de bens públicos (concessão, permissão ou autorização). São modalidades da forma de uso privativo, segundo o grau de permanência no bem:
Autorização
Interesse Privado
Trata-se de ato administrativo, pelo que é unilateral, destinado a eventos ocasionais e temporárias. Ex: Fazer aniversário na rua.
A autorização é discricionária e precária (o Poder Público pode revogar a autorização sem que seja necessária indenização ao particular). Em regra, a autorização é concedida no interesse do particular.
A autorização não exige licitação.
Pode ser concedida em caráter gratuito ou oneroso, por tempo determinado (autorização qualificada, segundo alguns autores, uma vez que nesse caso o particular possui um pouco mais de estabilidade, restando a precariedade reduzida) ou indeterminado. 
Ex.: ceder terreno para circo, rua para festa.
Permissão
Interesse 
Privado
 e Público
Trata-se de ato unilateral, discricionária e precária.
Envolve interesse particular, mas também existe interesse da coletividade, diferentemente do que acontece na autorização (interesse tão somente particular) Por haver interesse coletivo, o não uso enseja revogação pelo Poder Público. Ex.: barraca nas feiras, banca de jornal na praça. 
Sempre que possível, ocorrerá licitação (não há obrigatoriedade).
Pode ser por tempo determinado (alguns doutrinadores determinam a permissão de condicionada nesse caso) ou indeterminado, gratuita ou onerosa.
Observação: A permissão de uso e de serviço sempre foi ato unilateral, discricionário e precário. Entretanto, a partir de 1995, através da lei 8.987, conferiu-se à permissão de serviço a natureza de contrato, permanecendo a permissão de uso um ato unilateral.
No caso de pluralidade de interessados, deve haver licitação ou procedimento que garanta a concorrência e participação isonômica dos interessados.
Concessão
Interesse Público
Não é ato, mas sim contrato administrativo. Tratando-se de contrato, não há precariedade. A concessão se dá por prazo determinado. Assim, se, no prazo do contrato, o Poder Público revogar o contrato, necessária será indenização do particular. Ex.: restaurante em aeroporto.
Há necessidade de licitação. É possível concessão de forma gratuita (Ex.: vigia de escola pública que mora nos fundos desta sem pagar) ou onerosa.
O contrato confere ao investidor uma maior garantia, de modo que em determinadas situações que exigem um grande investimento por parte do usuário do bem público, aconselha-se a utilização da concessão, ao invés de outras modalidades.
OUTRAS ESPÉCIES DE USO PRIVATIVO MENOS COMUNS
Concessão de direito real de uso
Prevista no artigo 1225, XII, CC.
Concessão de uso especial para fins de moradia
Prevista no artigo 1225, XI, CC.
Cessão de uso
Envolve o uso gratuito.Em verdade trata-se de colaboração.
OBS.: atenção para terras devolutas, ilhas, terrenos de Marinha, águas públicas.
ANÁLISE DO ART. 20, CF – BENS DA UNIÃO
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
Terras devolutas: São terras que não foram apropriadas no final do regime de capitanias hereditárias, é terra devoluta enquanto não está legalmente definidade.Quando o Estado legaliza a demarcação, ela deixa de ser terra devoluta e passa a ser pública como qualquer outra.
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado(para evitar conflitos interestaduais), sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no art. 26, II;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios (ex: Florianópolis e Fernando de Noronha), exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Como o terreno de marinha foi medido em 1950,
 caso o mar tenha avançado, reduziu-se o tamanho do terreno de marinha, se o mar recuou, aumentou-se o tamanho do terreno de marinha, denominando-se esse acréscimo de
 acrescido de marinha
 
Terreno de Marinha: 
Faixa de 33 metros para dentro do continente a contar da preamar média (média da maré alta).
Por debaixo de todo esse território marítimo há terras,
 denominada Platafoma Continental
 e os recursos oriundos
 dele são bens da União.
A zona contígua está contida na zona econômica exclusiva
§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
§ 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei (somente a regulação é feita por lei, isso não significa que os bens localizados nessa faixa é bem da união).

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