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9
PROCESSOS DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL E A BUSCA ATIVA NO LAR DE IDOSOS CANTINHO DO CÉU
Luciana dos Reis Lima
Maria Jussara dos Reis Lima
Solange Liçaraça da Silva
Vívian de Borba Esperança Alves
Almenrinda da Rocha Silva-Tutor Externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Serviço Social (SES 0305) – Prática do Módulo IV
03/10/2016
RESUMO
O trabalho foi desenvolvido com a finalidade de conhecer a instrumentalidade, processos de trabalhos e rotinas no dia a dia da Assistente Social Juliana Pires dos Santos. Utilizamos a Prática Real para busca da realidade vivenciada pela profissional entrevistada no desempenho de suas atividades profissionais no lar. Conhecemos a prática diária de ser Assistente Social em um lar de longa permanência para idosos, as demandas de coordenar uma equipe multidisciplinar que se empenha em suprir todas as necessidades dos idosos residentes no lar. Nos detivemos em estudar a prática de Busca Ativa pelos familiares afastados do convívio no lar, a necessidade e a importância de se manter os vínculos afetivos familiares para a manutenção do bem-estar físico e mental do idoso abrigado no Lar de Idosos Cantinho do Céu. Concluímos que em virtude de novas responsabilidades, atribuições profissionais, da extrema falta de tempo e ausência de conhecimento para os cuidados necessários na manutenção de uma vida saudável e digna, os filhos estão optando por colocar seus entes idosos em uma residência de longa permanência, sendo que, em um só local ele contará com todos os cuidados necessários para qualidade de vida e o prolongamento de seus dias, evitando o abandono, a solidão e a negligência de cuidados.
 Palavras-chave: idoso, família, busca ativa, vínculos familiares e bem estar.
1 INTRODUCÃO 
 Com o intuito de conhecer a prática diária de trabalho da Assistente Social entrevistada, os instrumentos e processos de trabalho que a mesma se utiliza para respaldar-se e por em prática a responsabilidade de conduzir, organizar e intervir nas demandas que surgem no dia-a-dia de trabalho em um lar de idosos de longa permanência.
 O objetivo deste estudo foi trazer a tona o tema do idoso. Como ele vive na sociedade atual, as atribuições profissionais de um Assistente Social frente ao conjunto de leis que protege o idoso, a prática desenvolvida pela assistente entrevistada no Lar de Idosos Cantinho do Céu e o instrumento de trabalho da localização da família ( Busca Ativa), que visa o retorno do familiar e/ou responsável ao convívio com o idoso no lar.
O processo de busca ativa, faz com que o idoso se sinta seguro e protegido, garantindo que durante o seu tempo de estadia em um lar de longa permanência não será abandonado ou esquecido ali pela família e/ou responsável. O Assistente Social utiliza-se deste instrumento para garantir que os laços afetivos se mantenham ou que não sejam rompidos, interferindo na manutenção da saúde física, emocional e psicológica do idoso. Ajudando-o assim, a ter uma vida segura, estável dentro do lar e na convivência com os outros idosos abrigados no ali.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 O IDOSO NA ATUALIDADE
 (...) A velhice é dada pelo contexto social, cultural e histórico de uma sociedade. Nem todos com a mesma idade são igualmente velhos; tudo depende da história de vida de cada uma. (Woortmann,1999)
 Falar em velhice é um assunto que mexe com os sentimentos, seja por preconceito ou por estar associado a decadência física e mental. Cada indivíduo tem uma percepção sobre a velhice, pois ela é construída socialmente e culturalmente, considerando que esta envolve questões biológicas, psicológicas, cronológicas e social. Sendo o aspecto social o mais expressivo, com vistas a dinâmica das relações sociais as quais interferem no modo pelo qual os sujeitos envelhecem.
 Os idosos constituem um segmento da população de grande importância para a sociedade, pois trazem consigo muitas experiências, tradições e um aprendizado de muita riqueza para as novas gerações. Por isso eles precisam de qualidade de vida e atenção. No entanto, essa fase da vida é tida como decadente, de inutilidade e de isolamento por grande parte da sociedade.
 O ser humano começa a envelhecer a partir do momento de sua gestação, quando o indivíduo nasce ele inicia um processo de desenvolvimento, singular de cada ser vivo. Mediante o processo de transformação que cada ser humano passa, o envelhecimento é caracterizado como parte da trajetória de vida dos homens, resultantes de suas escolhas e características próprias e particulares, sendo com maior ou menor complexidade, agregando dessa forma o “perfil” do que é o idoso. Contudo, é percebido que a maioria dos idosos apresentam poucas perspectivas no que diz respeito ao futuro, isso se dá porque na sociedade contemporânea, na escola, na saúde, assistência, mídia e previdência social, ocorre um novo modo de pensar a sociedade. 
 Com a evolução da sociedade, da ciência, medicina e da indústria farmacêutica, veio o aumento populacional de idosos e neste sentido a sociedade se viu amadurecida, a população das famílias, os mais jovens, com afazeres incontáveis em seu dia-a-dia e despreparada para tratar, cuidar e suprir as necessidades físicas, estruturais e psicológicas de seus entes idosos. A sociedade contribuí para umenvelhecimento saudável quando está entende seus idosos como uma estrutura necessária para a formação de práticas saudáveis, alicerçado em uma rede organizada e democrática, com a participação de todos e com igualdade de opinião para todos. Está é a razão da interdependência e solidariedade entre as gerações, pois a criança de ontem é o adulto de hoje e o avô de amanhã, a qualidade de vida que as pessoas terão quando os avós não só dependerem dos riscos e oportunidades que experimentaram durante a vida, mas também da maneira como as gerações posteriores irão oferecer ajuda e apoio mútuo quando preciso for, pois para o idoso é importante detectar nos mais jovens a necessidade de diálogo entre velhos e moços para manter-se sempre jovem, no sentido vivaz e perspicaz da palavra, o idoso além dos laços familiares e das amizades sólidas, também de se preparar no interior e mentalmente para proteger-se da degradação temporal ocasionada pelos fatores vindos com a velhice, preservando em si aquela juventude saudável e otimista admirada e bem vista por todos.
 O envelhecimento da população é um dos maiores trunfos da humanidade e também um dos nossos desafios, ao entrarmos no século XXI, o envelhecimento das demandas sociais e econômicas em todo mundo. No Brasil a população idosa só tem aumentado, segundo a OMS- Organização Mundial de Saúde, diz que a partir de 60 anos o indivíduo já pode ser considerado idoso no país. Em consequência disso a expectativa de vida no país vem crescendo muito, segundo o IBGE, estima-se que em 2025 teremos cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Por isso a Constituição Federal de 1988 trouxe consigo avanços no campo da proteção e seguridade social.
 Hoje no Brasil, junto com a LOAS- Lei Orgânica de Assistência Social, temos o Estatuto do Idoso e a Política Nacional do Idoso, que garante a independência, dignidade, participação, cuidados e auto realização para os idosos, além da inclusão no âmbito social, político, econômico, cultural, assistencial, previdenciário, lazer e transporte, é nítido que estas leis vieram a ser formuladas para garantir melhorias na condição de vida do idoso, garantindo, propagando e efetivando seus direito. Mas para isso faz-se necessário as políticas pública voltadas ao idoso, bem como, a conscientização e participação popular no que diz respeito aos direitos inerentes a todos os cidadãos, responsabilizando pela total integridade do idoso a família, a sociedade e o Estado.
2.2 A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL PARA O IDOSO ASILADO
 O serviço social desempenha papel de extrema importância em uma instituição asilar, o Assistente Social deve intervir, conscientizar e amenizar as ações sociais, com o objetivo de proporcionar bem-estar ao idoso. É dever do Assistente Social conversar com as famílias, conscientizar a mesma da importância de se manter o convívio familiar e a afetividade, de forma que priorize o ambiente familiar como de primeira instância na vida do idoso.
 O fato de ser idoso já representa uma situação de vulnerabilidade e risco social, o que remete em demandas para o Assistente Social, como por exemplo, a violência contra o idoso, a exclusão, preconceito, permeado ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
 O profissional do serviço social ao intervir na questão social do idoso, precisa compreender que este já está inserido em um contexto em que o Estado garante o mínimo para o social, privando a favor dos interesses do capitalismo os direitos de muitas pessoas, inclusive, os direitos das pessoas idosas. Em se tratando de capitalismo, requer pensar num modelo econômico explorador, dominador e alienador, onde o idoso é visto como ima pessoa inútil, fraca, incapaz e que não serve mais para nada, não gera mais lucro e sim somente gastos, pois uma pessoa idosa se torna mais vulnerável a problemas de saúde, requerendo maior intervenção do Estado no atendimento de suas necessidades.
 O Assistente Social tem por compromisso profissional lutar contra a lógica neoliberal do capitalismo, em prol do reconhecimento e afirmação dos direitos sociais, através de um aparato teórico-metodológico, técnico-operativo específicos da profissão, que vão dar suporte na operacionalização das ações que venham atender aos referidos ideais. O conhecimento teórico é o grande aliado para o enfrentamento no que diz respeito a efetivação e defesa dos direitos sociais dos idosos, pois é ela que permitirá ao profissional um melhor entendimento para intervir nas demandas de um lar de idosos e para os idosos.
2.3 COMPETÊNCIAS DO ASSISTENTE SOCIAL NAS POLÍTICAS DO IDOSO
 Para se alcançar uma qualidade de vida com a chegada do envelhecimento, se faz necessário alicerçar-se em práticas saudáveis e pensar na reestruturação dos papéis de políticas públicas existentes, reconfigurando as funções, as relações de trabalho, o ambiente de convivência, as tomadas de decisões, as responsabilidades de todos os membros envolvidos neste processo de envelhecimento, objetivando principalmente a diversidade de ideais.
 O Assistente Social dentro de suas competências e atribuições regulamentadas pelo CFESS podemos citar algumas:
Dimensão de gerenciamento, planejamento e execução direta de bens e serviços a indivíduos, famílias, grupos e coletividade, na perspectiva de fortalecimento da gestão democrática e participativa capaz de produzir, intersetorial e interdisciplinarmente, propostas que viabilizem e potencializem a gestão em favor dos cidadãos;
Exercer funções de direção e/ou coordenação do CRAS, CREAS, e Secretárias de Assistência Social;
Elaborar projetos coletivos e individuais de fortalecimento do protagonismo dos usuários;
Acionar os sistemas de garantia de direitos, com vistas a mediar seu acesso pelos usuários; 
Contribuir para viabilização da participação efetiva da população usuária nas decisões institucionais;
Garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos usuários, dos profissionais, resguardando os princípios do Código de Ética da Profissão;
Democratizar as informações e o acesso ao programas disponíveis no espaço institucional, como um dos mecanismos indisponíveis à participação dos usuários; 
Devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos usuários, no sentido de que estes possam usá-los para fortalecimento dos seus interesses;
Fornecer a população usuária, quando solicitado, informações concernetes ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e suas conclusões, resguardando o sigilo profissional. 
 No trabalho conjunto com outros profissionais, deve-se preservar o caráter confidencial das informações sob a guarda dos Assistentes Sociais, registrando-se nos documentos conjuntos aquilo que for necessário para o cumprimento dos objetivos do trabalho. Existe também na Política Nacional do idoso direitos que abre precedente para a atuação dos Assistentes Sociais. O idoso no Brasil recebe a proteção nacional por meio da Lei 8.842 criada em 04 de janeiro de 1994, Política Nacional do Idoso, a fim de assegurar os direitos sociais da pessoa idosa e no caso deste ser prejudicado lhe caberá recorrer às medidas legais. No Estatuto do Idoso com a Lei Nº10.741 de 1º de outubro de 2003, refere-se a garantia e ampliação dos direitos dos idosos, enquanto lei estabelece políticas públicas e ainda garantem penalidade a quem exclui ou desrespeita o idoso, com o objetivo de assegurar os direitos sociais da pessoa idosa o Estatuto do idoso é fundamental, e neste sentido é necessário torná-lo mais conhecido pelos cidadãos brasileiros acima de 60 anos.
 São muitas as ações voltadas a população idosa, no entanto, ainda é fácil ter notícias de violação dos direitos dos idosos, nosso país está envelhecendo rapidamente e as políticas voltadas aos idosos terão de se adequar ao passar dos anos para proteger e suprir todas as demandas que surgirem.Garantir os direitos do idoso faz parte do cotidian do Assistente Social, porque ele vive de diversos casos dessa violação no seu dia- a –dia, e um deles é o abandono da família com a ruptura dos laços afetivos.
2.4 O TRABALHO DA ASSISTENTE SOCIAL NO LAR DE IDOSOS CANTINHO DO CÉU
 Os idosos constituem um segmento de grande importância para a sociedade, pois trazem consigo muitas experiências, tradições e uma aprendizado de muita riqueza para as gerações futuras. O idoso por ser um indivíduo frágil, torna-se alvo fácil e de consequências terríveis, acarretando a si falta de segurança, qualidade de vida ruim, a omissão lhe causa danos, aflições, e sofrimento, gerando a perda de sua dignidade, seus direitos e de sua vida.
 O Lar de Idosos cantinho do Céu, não possui filantropia, sua diretoria é voluntariada, é mantida pela mensalidade dos asilados, a estadia do idoso no lar e seus custos com alimentação, estrutura física, cuidadores e atendimento médico e outras especialidades são custeados por eles. O Lar por ser particular não recebe incentivos do Estado. A única oportunidade de receberem repasses é pelo beneficio de emendas parlamentares quando destinadas por algum parlamentar ao Lar.
 O trabalho da Assistente Social é de forma mais operacional e interventiva, ela depara dentro da instituição com um grande paradoxo, o da cidadania x limites instituição. O serviço social no Lar garante a proteção dos direitos da pessoa idosa abrigada proporcionando o direito de cidadania, buscando estabelecer rede de relações, e espaços de participação social do idoso. São realizadas atividades recreativas para eles, com a finalidade de amenizar os efeitos negativos ocasionados pela chegada da velhice, através de estímulos das funções motoras e mentais, proporcionando maior contato e interação social. O objetivo é promover momentos de descontração e descoberta através de atividades interessantes e prazerosas, gerando um melhor funcionamento físico e senso de bem estar, mantendo sua funcionalidade e retardando a senilidade.
 O Lar Cantinho do Céu, busca através de voluntariado proporcionar atividades regulares ao idoso, estas feitas sempre com auxilio e supervisionadas. Propõe ao idoso momento de contação de histórias, oficinas de culinária, escutas, entre outras. Nas datas comemorativas: natal, páscoa, dia das mães, dia dos pais, festa junina, carnaval, sempre são comemorados, proporcionando a manutenção dos relacionamentos entre eles e também entre seus familiares. O lar conta com um amplo espaço que possibilita passeios ao ar livre. 
 A entidade é de caráter fechado, mas sempre incentivando os laços familiares e afetivos, oportuniza a entrada livre da família, passeios dos asilados ao âmbito familiar, e se por eventual impossibilidade, ou incapacidade física e motora do idoso o lar conta com um espaço para que a socialização da família com o idoso ocorra nas dependências do próprio lar. Essa integração cria um sentimento de importância, de dignidade, de acolhimento, evita o abandono, manifestações de descaso, depressão, ansiedade, tristeza e luto. Trás conforto, alegria, segurança, não perde ao entrar na maturidade, a necessidade e o desejo de estar perto daqueles a quem ama, sentindo-se confortável, seguros e amados. Sendo assim, o profissional do serviço social relaciona os aspectos emocionais, psicológicos e sociais ao idoso, sua atuação é centralizada nos fatores que implicam na preservação da saúde, o que mantem a qualidade de vida do idoso, a Assistente Social é o elo entre o idoso, sua família, instituição e saciedade, age interferindo nas tensões que influenciam as vida envolvidas, bem como as características individuais e familiares de cada idoso abrigado no lar. Atua na instituição zelando pelo bem estar físico e mental, defendendo a dignidade, a integridade, assegura os direitos sociais e de cidadania ao idoso, assegura o direito de ter o vínculo familiar mantido, prove alimentação, higiene, vestuário, segurança, atendimento médico e outras especialidades. Proporciona atividades de lazer, assistência religiosa `aqueles que desejam, segundo sua crença. Realiza avaliação familiar e a histórica de cada caso. A Assistente Social do lar é responsável também por todas a parte administrativa, burocrática e prática, planeja, organiza, elabora, coordena, fiscaliza e executa todas as ações desenvolvidas no lar.
2.5 A PRÁTICA DE BUSCA ATIVA 
 A Busca Ativa é a prática de localizar pessoas.
 A Assistente Social entrevistada tem com uma das tarefas mais importantes no lar no desempenho das suas atividades a Busca Ativa, busca pelo familiar e/ou responsável que está afastado do convívio do lar. 
 No Estatuto do Idoso, Art 3º- É obrigação da família, da sociedade e do Estado (Poder Público), assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária. 
 Baseada na Constituição Federal de 1998, Art- 230º A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. Desta forma é importante não se ver a convivência familiar apenas com uma obrigação imposta pela sociedade, a família e do Poder Público, mas sim como um direito do idoso em viver no âmbito familiar natural ou substituto e conviver com as demais gerações como diz no Estatuto do Idoso nos Art 3º e 37º. 
 Assim como as famílias não esperam, nem se programam para receber seus velhos, parece que nenhum velho tem o asilo com expectativa positiva de velhice. A clientela dos asilos pode até argumentar que foi para lá por vontade própria, mas, numa análise mais ampla, é possível constatar, pela história de vida, em que momento essa pessoa foi iniciado seu caminho para o asilamento. Estar em uma instituição, apartado da família e do convívio social, perdendo a própria condição de “ir” e “vir” pela presença de muros, é um condenação à uma espécie de velhice circunscrita, embora protegida, e sem arbítrio, embora cidadã. A vida ocupará agora o espaço do coletivo; o individual, a novidade, os riscos, a dúvida, as resoluções, tudo há de ter lá fora além dos muros. (Berthoud, Bromberg e Coelho, 1998, p 105)
 Os idosos são inseridos nos lares ou abrigos por muitos motivos, mas são os seus próprios filhos, em sua maioria, que determinam essa condição.
 Com as bases legais já citadas que amparam os idosos, legitima assim, a Assistente Social do Lar de Idosos Cantinho do Céu a ter como princípio básico e como um processo do seu trabalho buscar sempre trazer a família para o convívio de seu idoso e a manutenção dos vínculos familiares, para que este não se sinta abandonado pela família, interferindo assim na saúde do idoso, nessa busca implacável pela família utiliza-se de todos os meios existentes para encontrar, ou até mesmo conhecer o motivos que levaram a família a se ausentar do lar. Utiliza-se de telefonemas, visitas domiciliares, aconselhamento, reuniões familiares e também encaminhamentos para outras especialidades, por exemplo consultas e acompanhamento com psicólogos, para que o mesmo possa lidar com a situação e lhe ajudar na melhora daquilo que lhe trás sofrimento e consequentemente a ausência do lar.
 Proporcionar e motivar a integração da família com o idoso dentro da instituição, mostrar a ela a importância das visitas periódicas, bem como, sua participação nos eventos que promovem a interação familiar, permite manter e até mesmo reatar os vínculos afetivos, com isso mantendo a estabilidade física, afetiva e emocional do idoso. Por mais que algumas famílias queiram se isentar de tal responsabilidade, esse fato pode acarretar complicações na vida destes idosos.
 O trabalho da Assistente SocialJuliana, junto ao lar também é prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento das potencialidades e aquisições, recuperação e fortalecimento destes vínculos da família e da comunidade, melhorando a qualidade de vida dos idosos institucionalizados no Lar de Idosos Cantinho do Céu.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Considerando o estudo para este trabalho, abordamos o tema do idoso na atualidade, a instrumentalidade, processos de trabalho da Assistente Social entrevistada no Lar de Idosos Cantinho do Céu e a prática da Busca Ativa, onde o profissional do Serviço Social vai em busca, a procura do familiar afastado do convívio com o seu idoso no lar, visando a recuperação do convívio e dos vínculos familiares.
 A Constituição Federal, o Estatuto do Idoso, a Política Nacional do Idoso, e diversas outras ferramentas, proporcionam suporte e legitimidade para a intervenção do Assistente Social nas demandas dos direitos da pessoa idosa, contribuindo de forma a estabelecer os direitos e privilégios conquistados por esse grupo, sendo a convivência familiar um deles, garantindo em lei o direito de ter um envelhecimento com dignidade.
 Vivemos em uma sociedade onde cada ser humano é único, e temos que aprender a conviver com as diferenças culturais, compartilhar e crescer uns com os outros. A família deve ser o centro de nossos sentimentos e experiências, pois desde que nascemos criamos um vínculo de amor e dependência por longos anos; cabe a nós futuros Assistentes Sociais fortalecer essa vivência. Acreditamos que abordar o idoso e o que ele mais tem de precioso “a família”, é algo infindável, não só pela complexidade que o cerca, mas pela sabedoria. É um ser único e tem muito a nos ensinar. É indiscutível a importância da família no processo de envelhecimento, já que a afetividade ocupa um lugar especial em nossas vidas. Considerar a importância da convivência pode ser uma forma de desenvolver e manter o equilíbrio físico, mental e afetivo entre o idoso e a família, assim concluímos que a prática de Busca Ativa é de extrema importância para os idosos que vivem em um lar de longa permanência, garantindo a manutenção da vida e a esperança de um asilado. 
REFERÊNCIAS
BERTHOUD, Cristiana Mercadante. BROMBERG, Maria Helena. COELHO, Maria Renata. Ensaios sobre Formação e Rompimento de Vínculos Afetivos. Cabral Editora Universitária. Taubaté,1998.
CÓDIGO DE ÉTICA DO SERVIÇO SOCIAL. Lei nº 8.662/93 de regulamentação da profissão. 10º ed. revisada e atualizada. Brasília: Conselho Federal de Serviço Social,2012.
,Alexandra Zelot. MARTINS, Josiane de Jesus. A Importância do Profissional de Serviço Social junto ao Idoso. www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/355.pdf. Acesso em 16 de agosto de 2016.
PLANALTO. Constituição Federal. www. Planalto.gov.br. Acesso em 10 de agosto de 2016.
__________. Lei Orgânica de Assistência Social. www. Planalto. Gov.br. Acesso em 10 de agosto de 2016.
__________. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME. Política Nacional do Idoso. www. Planalto.gov.br. Acesso em 10 de agosto de 2016.
 WOORTMANN, Klaas. Religião e Ciência no Renascimento. Edumb, 1999.
 
OLIVEIRA, Camila Ribas Marques de. SOUZA, Carolina da Silva. FREITAS, Thalita Martins. Idoso e Família: asilo ou casa. www.psicologia.com.pt. Acesso em 26 de agosto de 2016.
TERRA, Newton Luiz. DORNELES, Beatriz. Envelhecimento bem sucedido. Edipucrs. Porto Alegre,3002.

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