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DIREITO DAS OBRIGACOES, em word

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Bruno Miragem
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Aula 03/03/2015
Aula 10/03/2015
Relação jurídica -de efeito real- de eficácia erga-omnes (entre todos)
Direito subjetivo => direito à honra (reputação, imagem); direito de personalidade/integridade. A humanidade inteira deve se abster de violar esses direitos.
Direitos reais => posse privada (direito de propriedade), para se respeitar esse direito, deve-se cumprir o dever de abstenção (não fazer nada, não tomar a posse), ou sujeição (suportar o direito do outro). São exclusivos (para o proprietário) e excludentes (para os demais, sujeito passivo total).
Relação jurídica -obrigacional- de eficácia inter-partes (gera efeitos entre as partes, dois indivíduos vinculam-se entre si, se auto regulando por um contrato), exigibilidade de cumprimento (se uma das partes não cumprir, poderá se exigir uma reparação/indenização)
Os sujeitos são determinados ou determináveis (Art. 104, são requesitos de validade de um objeto jurídico...).
Os efeitos podem ser construídos pelos seguintes elementos: condição (ocorrência de um fato/evento futuro e incerto que subordina a condição do negócio jurídico a sua realização, pode ter condição resolutiva – resolver caso o evento não ocorra), termo (evento futuro e certo, é uma DATA, pode ser resolutivo – depois de uma data acaba o direito) e encargo (um ônus que se estabelece ao beneficiário para fazer jus a um benefício).
Os elementos acidentais são acrescentados conforme as vontades.
Autonomia privada (domina o direito das obrigações). Espaço liberado geral de ação (ninguém é proibido de fazer algo que não é previsto em lei).
Quando um dos sujeitos passivos totais (um indivíduo), causa um ato ilícito (viola um direito), mesmo que o direito seja subjetivo (erga-omnes), então se forma uma relação jurídica OBRIGACIONAL. => Exige-se uma reparação de danos (indenização). Há modificação no objeto da relação, pois se Implica como efeitos jurídico uma circulação (movimentação) de patrimônio.
Relação Credor-Devedor
O objeto da relação obrigacional é a prestação (consiste no comportamento humano – direito romano, dar fazer ou não fazer).
Em um contrato, há uma prestação (fazer, não fazer...), mas junto com a prestação principal (dever principal de prestação), há outros comportamentos à exigir da outra parte.
A PRESTAÇÃO pode ser o PREÇO (comprador é o devedor, e o vendedor é o credor).
Interesse legítimo razoável das partes (presunção de que a mercadoria é aceitável dentro dos padrões razoáveis, aceitos pelas pessoas/sociedade – usos e costumes, como as coisas normalmente ocorrem – práticas anteriores reiteradas).
Deveres assessórios: servem para melhor fluição/obtenção da vantagem de realização do interesse legítimo do credor. DEVER DE INFORMAR (presente em todas as relações obrigacionais), o funcionamento de determinado bem à seu comprador.
Deveres anexos: ligados a força que, no direito das obrigações, produzirá os seus princípios (FORÇA DOS PRINCÍPIOS, boa fé).
Princípios dos direitos das obrigações (reconhecidos pela generalidade da doutrina): Autonomia da Vontade; Boa Fé; Equilíbrio; Função Social.
Autonomia da Vontade (diferente da a autonomia privada é um espaço de poder do direito privado, para regrar as suas obrigações) => Reconhecimento da vontade humana, identificando os efeitos: VINCULATIVIDADE dos pactos (essência da responsabilidade; reconhecimento do fato de que a partir da manifestação de vontade humana se cria a eficácia/vínculo jurídico entre sujeitos; uma vez exercida essa liberdade, a eficácia devida é a exigibilidade de um comportamento devido pelos sujeitos da relação; o descumprimento desse comportamento gera a responsabilidade, relação obrigacional – tende à extinção no caso de compra e venda – pacta sant servant) e RELATIVIDADE dos pactos (produz o vínculo entre os sujeitos da relação obrigacional, não perante terceiros, somente esses sujeitos podem ser exigidos perante a obrigação; deve haver relação de causalidade – causador do dano original, não é possível processar o último da “cadeia de dano”, apenas o sujeito que causa dano diretamente; “os pais respondem pelo dano causado pelos filhos” está incluso em outra regra...; um fiador deve ingressar na relação obrigacional entre os sujeitos que são parte – que integram a relação obrigacional, senão não funcionaria).
Boa Fé => boa fé SUBJETIVA (é um estado/elemento de fato previsto no código civil, não é o princípio, é um estado anímico - psicológico, que consiste na ausência de más intenções ou conhecimento; O significado está no senso comum – a pessoa agiu sem má intenção; posse de um terreno que o vendedor adquiriu de modo irregular/clandestino/viciado, mas se desconhece, quando perdurar a boa fé o possuidor tem direito aos frutos – elemento de fato) e OBJETIVA (é princípio; origem no código civil alemão BGB, os contratantes devem se comportar de acordo com a boa fé e os usos do tráfego jurídico/relações jurídicas/costumes; conteúdo a partir da jurisprudência e doutrina, reconhecimento de deveres/comportamentos que identificam a boa fé; a boa fé abre as janelas do direito para o ético; a boa fé reinsere no direito privado o direito ético/moral; JURISDICIONADO).
Boa fé OBJETIVA (jurisdicionada): Dever de lealdade, dever de colaboração, dever de respeito as expectativas legítimas da outra parte – proteção/respeito da confiança nas relações jurídicas (comportamentos reiterados, mesmo que sendo doação, trazem um sentimento de confiança que gera expectativa legítima, nascendo um vínculo jurídico, bastava quebrar a expectativa, dizendo que não iria mais comprar a safra de sementes que já tinham sido doadas).
Funções da boa fé: Fonte autônoma de deveres jurídicos (tem a boa fé em seus fundamentos); Critério para determinação do abuso do direito (Limite ao exercício de prerrogativas jurídicas – violação da finalidade, chantagem por um direito de crédito para obter um comportamento desvinculado do negócio; BGB p.138, as clausulas contratuais contrárias aos bons costumes são nulas – bons costumes: sentido ético valorativo que vem direto da constituição, não sendo necessariamente os casos reiterados e aceitos pela maioria da população – violar direitos fundamentais, dividas impagáveis que tornem a pessoa escrava); Critério de Interpretação e Integração dos Negócios Jurídicos (Boa Fé preenchendo os negócios INTERPRETAR – construção de um significado para a norma/expressões/palavras, INTEGRAR – construir uma norma/solução para preencher uma lacuna no contrato que não disciplinou sobre um aspecto abrangido pelo contrato); 
Equilíbrio (reciprocidade; equilíbrio de posição e econômico) => Liberdade contratual, uma das partes impõe a outra condições que não são favoráveis (“cobrar muito e não ceder em nada”), condições/clausulas abusivas (ex. venda casada: um estabelecimento especializado em um produto não permite que os usuários façam uso de outro serviço, que, por coincidência, este estabelecimento também oferece). “A indenização, mede-se pela extensão do dano”. Negócios jurídicos comutativos (em que há prestações recíprocas; são a imensa maioria dos contratos; devem ser SINALAGMÁTICOS – ter equilíbrio). Negócios aleatórios (em que há risco a pelo menos uma das prestações).
Sinalagma (genético – origem do contrato; funcional – fato superveniente/imprevisível – é possível revisar o contrato, afastando-se a viculabilidade/incapacidade de revisão, reequilibrar as prestações).
Teoria da quebra da base objetiva do negócio jurídico (origem na teoria da pressuposição de Yearing – Alemanha – deve ser levado em consideração/avaliação de uma série de fatos/condições objetivas e subjetivas para se cumprir os compromissos de um contrato, antes de celebrá-lo, incluindo os riscos; mesmo assim, se poderá fazer a recomposição da base – quebra da base/interesse útil do credor – caso a finalidade/interesse útil do contrato fique defasada, deve então ser restituída a base ou haverá a quebra do contrato).
FunçãoSocial => abrange todo o direito das obrigações; conceito indeterminado nulesignificativo, gama de interpretações, tem origem no texto de Otto Forghete (Alemanha, séc, XIX), o direito deveria estar submentido a interesses sociais/coletivo. O código italiano, diz que o contrato deve ter uma função social e isso é adaptado ao brasileiro: “A liberdade de contratar será exercida em razão dos limites da função social do contrato”.
Eficácia do contrato perante terceiros: Dever de não estimular o descumprimento do contrato entre uma das partes, gera direito a indenização (ainda deve uma jurisprudência).
Aula 17/03/2015
Fontes das Obrigações (Responsabilidade Civil)
Em parte pelos requisitos de validade do objeto jurídico (sujeito capaz, etc.), e em parte, definidos pela Lei.
As fontes negociais, a autonomia das partes é mais evidente (define conteúdos e efeitos).
Os atos ilícitos (Absolutos - violação direta da lei, ao comando direto da lei; Relativos – violação de deveres existentes em negócios jurídicos).
ABSOLUTOS (fontes de obrigação, pois o Art. 127 determina):
Violação de Cláusulas gerais.
Violação de qualquer outra norma.
O fato lícito (Art. 188, inciso II, “não constitui ato ilícito: a deterioração material ou lesão a pessoa a fim de removê-la de perigo eminente”, ação de desapropriação pelo estado – indenizar por expropriação).
Aula 24/03/2015
(Aula: Manoel Fravo Trindade)
OBRIGAÇÃO => dar, fazer (obrigações positivas, comissivas); receber, não fazer (obrigações negativas, omissivas)
DAR, entregar e restituir => sentido Lato Senso (englobam as obrigações Stricto Senso). Na locação o proprietário entrega a coisa ao locatário (transferência da posse, e não da propriedade em si; há obrigatoriedade em restituir).
FAZER => o Sujeito Passivo desempenha uma conduta/performance em proveito do Sujeito Ativo.
NÃO FAZER => Não inscrever em órgãos de restrição ao crédito.
Direito das Obrigações X Direito das Coisas => Direito das Coisas trata de relações de um Sujeito Ativo frente a um bem (prerrogativas que detém diante de um bem).
Os Sujeitos Passivos são todos que não tem a posse de um determinado bem (Erga-Omnes).
Há um gênero de direitos que são os Patrimoniais (cuidam dos direitos que são passíveis de uma valoração econômica, patrimônio de alguém, podem ser objeto de sucessão). Direitos Personalícios, por outro lado, não podem ser negociados.
TRADIÇÃO: direito real de propriedade que se pode adquirir através de um contrato de compra e venda mais o ato jurídico qualificado que faça a transferência da propriedade. As tutelas específicas podem fazer que a Tradição não seja necessária.
Direito a Perdas e Danos: direito de indenização, mas não é possível obrigar o outro sujeito a fazer algo (por ex. vender algo).
Fontes das Obrigações
Como surge uma obrigação => negócios jurídicos (contratos – motor de toda a economia).
A fonte/matriz primeira das obrigações é a Lei. O ato ilícito gera a Responsabilidade Civil (Responsabilidade Contratual – rege as situações de inadimplência das obrigações). Na Responsabilidade Extracontratual ou Aquiliana não há relação prévia (batida de carro).
A pensão alimentícia é uma obrigação prescrita em lei.
As iterações decorrentes da Responsabilidade Civil são diferentes das decorrentes da Responsabilidade Contratual: possivelmente, se tiver sido bem precavido, é possível prever as ocorrências mais importantes a fim de dar tratamento diferenciado, diferente da ilicitude. Existe sempre uma lei que torna os contratos obrigatórios (Pactum Suni-Servana).
Responsabilidade Civil
Ressarcimento de Danos (responsabilidade de indenização).
Responsabilidade Civil Subjetiva => se baseia na culpa Stricto Senso (diferente do DOLO, vontade), negligência, imperícia ou imprudência/falta de diligência.
Dolo eventual (assume o risco, beber e dirigir).
Ação ou omissão voluntária, causando dano a outrem (danos extrapatrimoniais, via de regra são os danos morais) => é um ATO ILÍCITO (aquele que por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo).
Os danos materiais são basicamente os danos emergentes (danos já constituídos) e os lucros cessantes (se deixou de ganhar).
Responsabilidade Objetiva => deve haver reparação de dano independentemente de culpa => quando expresso em Lei, ou a atividade apresentar RISCO.
Em alguns casos, é mais eficiente que a Responsabilidade Subjetiva. Pois tem caráter pedagógico.
Não existe no Código de Defesa do Consumidor a Responsabilidade Objetiva.
Obrigação constituída unilateralmente => Atos Unilaterais de Vontade (testamento; promessa de recompensa por algo; gestão de negócios; pagamento indevido; enriquecimento sem causa, enriquecimento ilícito – pode ser um serviço em que não há contrato mesmo que de boa fé, pode ser um depósito bancário errôneo).
Danos Materiais => Em algumas atividades, a indenização pode ser definida como no máximo o valor do dano causado. Mas nos casos em que o causador do dano não fará falta o valor, então a indenização é maior (taxas indevidas pelos bancos – seria vantajosa, cobrindo apenas quem recorre do dano). Recaí-se, então, nos Danos Morais (com finalidade do caráter pedagógico).
Abuso de Direito (é ilícito) => ir além do direito... gera obrigação de indenizar os danos que eventualmente tenha causado. Também comete ato ilícito, o titular de um direito que ao exercê-lo, comete ato contra a boa fé, costumes ou limites impostos pelo seu fim econômico ou social.
Princípio da Autonomia da Vontade (Autonomia Privada), não há escolha senão aceitar uma imposição de uma das partes, isso é abuso de direito. O direito contratual serve, especialmente, para combater as falhas de mercado.
Obrigação originada em função de uma coisa (obrigação da coisa em função da coisa) => Próter Rem. Por ex. Condomínio, pertencendo fica obrigado a pagar o condomínio. Sendo proprietário da casa fica obrigado a pagar o IPTU.
Aula 31/03/2015
(faltei)
Aula 07/04/2015
1ª Classificação: DAR; FAZER e NÃO FAZER
2ª Inadimplemento: CULPOSO; SEM CULPA (do devedor)
Hipóteses do direito material (Código Civil):
Culposo: o devedor responde pelos efeitos do inadimplemento, multas, juros, honorários do advogado, etc.
Sem culpa: HIPÓTESE DE RESOLUÇÃO, o efeito se extingue.
Mas além destas hipóteses, o credor pode, muito mais que receber uma indenização, pode requerer que o devedor seja constrangido a cumprir (isso não se encontra no Direito Civil, mas no Processual, tutela específica da obrigação – “querer a obrigação, tal qual, o devedor se propôs a fazer”, ex. credor de um plano de saúde).
Obrigação de Resultado: Art. 470 do Código de Processo Civil: imposição de uma multa pecuniária, de natureza judicial, multa diária pelo não cumprimento. Mas em grau de recurso, pode se revisar o valor do montante, indicando que seja abusivo em relação à prestação, isso retirou a força do instrumento de tutela específica da obrigação, pois a multa vai para o credor, o que pode caracterizar o enriquecimento sem causa do credor.
Obrigação de Garantia: em geral, se vincula a outra obrigação (acessória), que tem por objeto, garantir o implemento da obrigação sob a qual ela esteja vinculada.
Contrato de fiança: o fiador se obriga a garantir a dívida do devedor principal (procuração de garantia).
Obrigação Alternativa: celebráveis, tendo mais de uma prestação como possível de ser realizada pelo devedor (pode realizar, em certo momento, uma ou outra prestação, conforme definido em contrato ou, se não definido, a sua escolha).
Situação em que há especulação, quando o devedor é um produtor de soja, pode pagar a compra de um trator em dinheiro ou em sacas de soja, conforme possibilidades de prestação, definidas/previstas desde o início no título da obrigação (mas pode haver dação em pagamento – pagar de uma maneira adversa da definida a priori, devendo ser aceita pelo credor).
O credor não pode obrigar o devedor a escolher. Também o devedor não poderá pagar em fração de diferentes opções (ex. parte em dinheiro e parte emproduto). A cada parcela paga, o devedor pode escolher a opção de pagamento/prestação.
Obrigação Subsidiária: FIADOR (no entendimento majoritário, renuncia aos bens de família, ou seja, seus bens não se tornam impenhoráveis quando se é um fiador).
Renúncia ao benefício de ordem: o credor pode acionar diretamente o fiador, caso o devedor principal não pague. Isso é bom no sentido de que se impede que seja cobrada a dívida com muitos juros, depois de ter tentado que o devedor principal pagasse.
Obrigações Divisíveis e Indivisíveis: por vontade das partes, ou pela natureza das coisas.
Divisível: Uma biblioteca, por exemplo. Havendo pluralidade de devedores e credores, se presume a divisão por igual (essa presunção legal pode ser revogada ou alterada por ambas as partes).
Indivisível: uma cirurgia médica. Na venda de um condomínio (objeto indivisível), o credor pagou a coisa mas não recebeu, então pode cobrar de qualquer um dos devedores a coisa INTEIRA (um dos devedores pode entrar com uma ação de regresso contra os outros devedores, para ser ressarcido com os mesmos direitos do credor – SUBRROGAR, se colocar no lugar, com todos os direitos e pretensões). Quando há vários credores, um credor pode acionar qualquer um dos devedores pela obrigação INTEIRA, mas, se pago apenas uma quota, tem a caução de ratificação dos outros credores para pagamento.
Exemplo de Remissão (perdão da dívida): o objeto da obrigação é dar um cavalo a três credores, sendo que um deles remite a dívida. Os outros dois exigem pagamento, que só poderá ser feito mediante a entrega, pelo devedor, do cavalo devido. Assim, se o animal vale R$ 9.000,00, a quota do credor remitente é de R$ 3.000,00. Os outros dois somente poderão exigir a entrega daquele se pagarem R$ 3.000,00 ao devedor.
Ação de Consignação em Pagamento: O devedor se desonera da obrigação, podendo entrar com uma ação de CONSIGNAR/entregar a prestação, que entende devida (provando isso), e mostra para o juiz o depósito, e cita os credores para que retirem seus pagamentos (nesse caso, todos os credores são réus). Se o devedor não fizer isso, os credores poderiam tornar o credor inadimplente.
Se um dos credores remitir/perdoar (remissão) a dívida, os outros credores receberão sem a quota remitida, isto é, na proporção de se crédito (dividido em partes iguais).
Perde a qualidade de indivisível a obrigação em perdas e danos (prejuízos emergentes e lucros cessantes – tudo aquilo que perdeu ou deixou de ganhar, ex. taxista trabalhando –, situações que são resolvidas com indenização, isto é, a pecúnia é divisível).
Obrigação Solidária: ex. da queda de avião da TAM, em que a peça do avião defeituosa era fabricada pela BOING. ex. da Conta Conjunta em débito (todos os devedores são demandados para o polo passivo da ação).
Solidariedade é um efeito, dado pela lei ou pela vontade das partes, pode ser pura e simples (o efeito se produz logo), ou pode ser condicional (submetido a um evento incerto – fiador).
Solidariedade Ativa (solidariedade dos credores): cada um dos credores solidários, tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. Enquanto algum dos credores solidários pode demandar de um dos devedores a dívida inteira/total, mas também qualquer um dos devedores poderá pagar a dívida inteira para um dos credores – nenhum pode recusar dizendo que para ele é só uma parte–, se desonerando da obrigação. Se recusar o recebimento indevidamente, caracteriza mora do credor, e o devedor não fica mais responsabilizado por danos adversos que ocorram com o bem. Um herdeiro de um credor não pode requisitar a parte total, nem um devedor pode pagar o todo para um herdeiro de credor.
Se um devedor morre, os herdeiros respondem pela dívida nas forças da herança (até o limite do patrimônio do devedor).
É possível compensação de crédito, quando há debito e crédito contrários entre o credor e o devedor. Pode ser utilizado na Solidariedade Ativa dos credores individualmente para cada credor que tenha dívida com o devedor principal, sem influência na possibilidade de exigência da dívida total.
É possível transferir o crédito para outrem, sendo que este paga para aquele, um valor menor que a dívida atual.
Correção da Prova 1
1- Suprecio, Surrectio, ....
BOA FÉ OBJETIVA
Situações Típicas de Boa Fé:
Supressio (torna ineficaz o direito do titular que não exerceu) => quando um titular de direito, não exerce o direito em certo tempo, tempo este suficientemente largo para fazer criar na outra parte a crença de que este exercício não mais vai ocorrer.
Surrectio => por uma conduta reiterada no tempo nasce o feito jurídico que não estava previsto inicialmente.
Tuquoque (reciprocidade) => proibição de dois pesos e duas medidas, as partes não podem interpretar de duas formas a mesma regra, mas exigir que seja cumprida pela outra parte a interpretação mais adversa e usar para si a interpretação mais favorável.
Venire contra factum proprium (expectativa legítima) => proibição do comportamento contraditório. As partes não podem se comportar de modo a gerar na outra expectativa quanto a sua conduta futura e modificar o comportamento de forma surpreendente.
2-
Art. 317, calçado na teoria da imprevisão, fato superveniente... consagra o princípio do equilíbrio.
não: a inflação não é imprevisível. não é passível de gerar previsão.
3-
a) contratei e o cara não cumpriu: direito de resolução (inadimplência culposa), sem prejuízo de perdas e danos se não tivesse culpa;
b) ação de indenização de perdas e danos;
c) Entrar com um pedido para que o pintor fosse constrangido a cumprir o dever, tutela específica da obrigação (multa por decisão judicial).
4-
Rogério e Ana são solidários pela obrigação (prestação – entregar o imóvel), entretanto quem deu causa ao inadimplemento foi a Ana, e a culpada responde pelas perdas e danos. O Rogério é solidário a obrigação mas não responde às perdas e danos. As perdas e danos, passa a ser divisível, pois é dinheiro.
O valor que o Otávio (comprador) pagou para os dois está fora dos Perdas e Danos, então se devolve o equivalente (contrato resolvido), e mais as perdas e danos (indenização), se houver prejuízo.
5-
Obrigação de Meio => não há o compromisso do devedor com o interesse específico do credor.
Obrigação de Resultado => há o interesse em relação ao interesse legítimo do credor (culpa se não atingir o resultado).
Serve para distinguir a distribuição do ônus a prova. Presume-se culpa por não atingir o resultado.
Ex. Contrato de transporte: contrata uma rota de transporte, se não chega ao destino presume-se a culpa do transportador.
Ex. Procedimento médico: na Obrigação de Meio, é necessário realizar a prova da culpa (agiu de forma imprudente, sem perícia), pois não há presunção de culpa.
Aula 05/05/2015
(SEGUNDA PARTE DA MATÉRIA)
Relações Obrigacionais
Fim Positivo (Adimplemento, é o objetivo presumido na qual as parte celebram a obrigação).
Pagamento, ato que é distinguido entre o Pagamento Direto (adimplemento Espontâneo – o devedor paga sem nenhuma interpelação do credor – ; Voluntário – o credor interpela o devedor indicando a existência da dívida e sua exigibilidade de cumprimento, e o devedor paga com sua vontade – da obrigação, e o adimplemento Forçado – o devedor não age espontaneamente, mas o faz mediante meios coercitivos) e o Pagamento Indireto (situação em que há situações – consignação de pagamento em juízo para que o credor aceite a condição de pagamento, etc., previstas no código – , de adimplemento por outras causas além da obrigação prevista).
Fim Negativo (Inadimplemento).
Natureza Jurídica do Pagamento: quem realiza um pagamento, está vinculado a certas regras já definidas.
Espécie de Ato Jurídico no Sentido Restrito: Stricto Senso, a declaração de vontade é importante, mas os efeitos vêm da lei – são estranhos à vontade, é diferente de negócio jurídico –, registro de imóveis, pessoas, estado civil. Um pagamento feito a um Credor putativo (aquele que o devedor acredita que sejamesmo o credor legítimo), se de boa fé, então esse pagamento é válido para fins de verificação do ato de adimplemento.
Espécie de Ato Fato Jurídico: há comportamento humano, mas que a vontade desse comportamento não é previsto em lei, somente o resultado do comportamento. Vontade dos incapazes (o louco que pinta o quadro é o dono do quadro). Para um pagamento, não interessa a vontade do devedor, mas que exista o Ato (o pagamento feito por um incapaz é tão válido quanto feito por um capaz).
Espécie de Negócio Jurídico. Se o pagamento não for válido se feito por um incapaz, e se for definido a forma de pagamento com prestações, etc.
Devedor, Terceiro Interessado, Terceiro Não Interessado => Quem deve realizar o pagamento é o devedor, mas o titular de interesse jurídico nesta relação (que seja afetado pelo eventual adimplemento ou inadimplemento da operação) pode realizar o pagamento.
Todos os meios que o devedor tenha, para a garantia de realizar o pagamento, o terceiro interessado também tem. Se o credor não aceitar, ele fica em mora.
O terceiro não interessado também pode fazer o pagamento, mas em nome do devedor. Se for em seu próprio nome, terá o direito de ser ressarcido, mas não tem os meios para realizar o pagamento que o devedor legítimo detinha. Se este se opõe ao pagamento (conhecendo o fato), então o terceiro não tem direito de ser ressarcido. Também, se o devedor legítimo tem as condições de pagamento, mas algum terceiro não interessado faz o pagamento, então isso desobriga de indenização ao terceiro.
Pagar para um terceiro, mas é alguém que se pensa ser o representante do credor, este deve ratificar o pagamento para todos os fins, senão, o devedor deve fazer a prova de que o pagamento se reverteu em benefício do credor (ex. o credor está sofrendo penhora de seus bens).
Aula 12/05/2015
As prestações não podem se indexadas em relação à câmbios de moedas estrangeiras, senão nas operações rigorosamente estabelecidas em lei.
Princípio do Nominalismo (valor indicado nas notas monetárias) => as dívidas em dinheiro devem ser pagas segundo o seu valor nominal. Obrigação de Dinheiro (dívida em dinheiro, obrigação de colocar um valor em dinheiro).
Obrigação de valor (dívida de valor) => fixação de um modo de como a prestação será recomposto no momento do pagamento. Critério eleito no próprio contrato.
Princípio do equilíbrio contratual => busca manter o interesse útil das partes, e é marcada pela comutatividade do interesse das partes. É relevante para a função econômica do contrato, razão pela qual as partes celebraram o contrato.
Economia do contrato => visa que as partes cumpram com suas obrigações de contrato.
O sinalágma presente na celebração do contrato, dada alguma imprevisão ou superveniência, poderá repercutir na desigualdade do valor real das prestações.
Imprevisto => tinha a obrigação de prever, ou é um elemento que pode variar e tem significância no contrato. A inflação deve ser prevista em contrato. No caso do código do Consumidor, isso só cabe ao empresário, pois os riscos são dele.
Fato Imprevisível => não era possível prever (é superveniente, pois ocorre depois da celebração do contrato).
Quitação => declaração à juízo do credor que o pagamento foi feito, e com que conteúdo esse pagamento foi feito, nos termos do contrato, e que nada tem a exigir do devedor.
Pode ser dada por instrumento particular, colocando-se informações (lugar, data, etc.).
Para termos e circunstâncias, também poderá haver outro instrumento para indicar a quitação (sem os elementos do art. 320). Carimbo de Pagamento para ser entregue na saída, ao sair de um restaurante.
O Termo de Quitação deve reservar expressamente o que é juros, o que é o pagamento do principal, etc. Senão, implica em uma quitação genérica, que inclui os juros, mesmo que não tenham sido pagos.
A fixação do pagamento pode ser:
Admesura: critério de peso ou medida.
Adcorpus: critério de peça unitária (objeto determinado).
Divida Quérable (quesível) => dívida que é paga no domicílio de quem deve pagar, ou seja, no domicílio do devedor (regra geral, salvo a natureza do pagamento ou as circunstâncias). Se o devedor define mais de um local, então quem define o local de pagamento é o credor.
Se realizada, por contrato, no domicílio do credor, é a Dívida Portáble.
O pagamento das prestações relativas a um imóvel deve ser feita nesse local.
Ocorrendo motivo grave, para que não se possa fazer o pagamento no lugar determinado, o devedor pode fazer em outro local, sem prejuízo para o credor.
Situações Típicas de Boa Fé:
Supressio (torna ineficaz o direito do titular que não exerceu) => quando um titular de direito, não exerce o direito em certo tempo, tempo este suficientemente largo para fazer criar na outra parte a crença de que este exercício não mais vai ocorrer.
Surrectio => por uma conduta reiterada no tempo nasce o feito jurídico que não estava previsto inicialmente.
Tuquoque (reciprocidade) => proibição de dois pesos e duas medidas, as partes não podem interpretar de duas formas a mesma regra, mas exigir que seja cumprida pela outra parte a interpretação mais adversa e usar para si a interpretação mais favorável.
Venire contra factum proprium (expectativa legítima) => proibição do comportamento contraditório. As partes não podem se comportar de modo a gerar na outra expectativa quanto a sua conduta futura e modificar o comportamento de forma surpreendente.
Tempo de Pagamento
As obrigações são de cumprimento instantâneo/imediato, portanto, quando não indicada uma data para pagamento, o credor pode reivindicar a obrigação imediatamente, por interpelação (torna exigível o conteúdo da prestação).
Mora => violação do tempo de pagamento.
Mora in Ré, mora instantânea (data/termo de vencimento, interpelação instantânea).
Mora in Persona, depende de interpelação para ser realizado o implemento.
CONDIÇÕES suspensivas (suspende determinado efeito, até que, e se, se implemente a condição) e evolutivas (a consequência é extinguir determinado efeito, podendo nascer uma obrigação. Por exemplo, a devolução dos aparelhos da NET).
Hipótese de Vencimento Antecipado => O credor pode requisitar o pagamento antes do prazo, em algumas hipóteses (ver artigo 333, falência do devedor, etc.).
Se os bens que garantem a dívida, são penhorados por execução em outra dívida (não há mais garantia), é possível exigir antecipadamente o pagamento por parte do devedor.
Hipoteca => bens registrados.
Penhor => entrega do bem para o credor, até que o devedor pague a dívida.
Aula 19/05/2015
Exceção de Inseguridade: Art. 477, se depois de concluído o contrato sobrevier a uma das partes contratantes a diminuição de seu patrimônio, capaz de comprometer a prestação que o obrigou, cabe a outra exigir uma garantia de que ela cumpra com sua obrigação/pagamento (antes de realizar o pagamento para esta parte, ou cumprimento de uma obrigação).
Consignação/entrega em Pagamento => há obstáculo que dificulta o pagamento, devido a problemas com o credor (recusa receber, etc.), ou há litígio por credores (mais de um credor se apresenta para receber). Entrega o objeto de pagamento, para que se discuta a legitimidade do credor. Ação judicial (se for procedente, autorizando e extinguindo a obrigação quando feito o pagamento, o credor deve pagar as despesas da ação para o devedor) em que o devedor é o Autor da ação (pretende-se exonerar-se da obrigação), e o credor é o Réu. Depósito judicial em banco, para não causar mora accipiente (não pagar no prazo) do credor.
Se for um imóvel, móvel ou semovente, é determinado um depositário judicial para cuidar da coisa. Se a ação tivesse sido improcedente e o animal morrer, deve pagar o equivalente (valor do animal), com as obrigações da inadimplência, mais perdas e danos.
O devedor pode fazer uma Citação, se o credor silenciar, então o devedor pode fazer a Consignação em Pagamento, com autorização em juízo.
Se houverem vários possíveis credores (litígio de legitimidade para receber o pagamento), um delespode exigir que o devedor faça a Consignação em Pagamento.
Aula 26/05/2015
Vício Redibitório => se houver qualquer vício que atinja o valor da coisa, dá ao comprador as duas pretensões:
Pretensão quanti-minoris : redução/abatimento do preço;
Pretensão de redicção/resolução do contrato do compra e venda, na hipótese do vício comprometer o interesse do comprador em relação a utilidade da coisa.
Vícios da coisa (redibitórios), comprometem o valor de uso ou o valor de troca/patrimonial de mercado.
Deve haver a distinção entre vício redibitório (contemporânea ao negócio – a coisa está nova e não funciona –) e a depreciação natural da coisa.
Evicção do Credor => perda do domínio da coisa por quem a adquiriu de alienante que não tinha legitimidade para alienar (transmitir a propriedade). O alienante se torna devedor inadimplente.
A propriedade é um feixe de direitos: usar, fruir (receber os frutos) e dispor da coisa (vender), e reivindicar a coisa de quem a possua ou a detém. Se tiver o usufruto, pode fruir da locação do imóvel, e o proprietário terá a nua propriedade.
Novação de pagamento indireto => uma nova obrigação constituída entre credor e devedor com a função de extinguir e substituir uma obrigação anterior (não pode ser uma obrigação já nula ou extinta). Há novação, mesmo quando se mantém os acessórios da obrigação antiga.
Tem como causa (função de ser do contrato) a extinção de uma obrigação anterior, mediante a celebração de uma nova obrigação.
Hipóteses de novação: o devedor contrai nova dívida para substituir a anterior com o mesmo credor (muda-se o objeto – extinção da obrigação anterior –, Art. 378 verificar se for animo-pactuatis, então é uma novação objetiva); quando em virtude de obrigação nova, ou o credor é substituído, então o devedor fica quite com o antigo (muda-se o sujeito credor – ativa); substituir o devedor (novação subjetiva passiva, pode ser efetuada independentemente do consentimento do devedor).
Os terceiros (ex. fiador) não podem ser obrigados a participar das novas obrigações constituídas pela novação (princípio da vinculatividade dos fatos).
As obrigações anuláveis, podem ser objeto de novação, no caso de convalidação. Ex. erro do negócio jurídico (declaração de vontade de celebração mas que desconhecia a realidade); negócio com menor de idade, mas que prova-se que se reverteu em favor do menor, então convalida-se.
Anticresi (como garantia de uma dívida) => direito real de garantia pelo qual a coisa é entregue ao credor, para que o utilize e receba seus frutos, então a divida é abatida conforme o recebimento dos frutos.
Se faculta ao credor a utilização da coisa para receber seus frutos.
Esbulho (diferente de furto, roubo): adquirir a posse mediante clandestinidade ou pela posse precária (não devolver). Se torna uma prestação infungível (exatamente a coisa), por força de lei.
Comodato: empréstimo gratuito de coisa infungível (não se admite a compensação, nem por coisa de maior valor).
No contrato de Depósito, o depositário deve entregar a coisa fungível para o credor.
Aula 02/06/2015
Confusão de posição de credor com devedor
Incorporação de um empresa por outra (incorporação, devido à dívidas), extingue a empresa devedora, mas absorve as responsabilidades da devedora.
Na fusão de empresas, o patrimônio se torna um só e uma nova pessoa jurídica, podendo se confundir a posição de credor e devedor.
Um herdeiro credor do pai, mas que este tinha dívidas, ao herdar o patrimônio do pai, o herdeiro acumula a posição de credor e devedor. A parte da dívida, sobre a fração ideal da herança, se extingue por confusão, mas o resto fica devido para os irmãos.
Exemplo. Três devedores solidários por 90 reais, mas que devem 30 cada um. O credor incorpora um dos devedores, extinguindo sua dívida. Então os outro permanecem solidários aos 60 restantes.
Remissão/perdão das dívidas (“remição” é pagamento!)
O perdão só opera efeitos uma vez que seja aceito pelo devedor (extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiros – preserva seu direito e tem pretensão contra o devedor original). Normalmente o “terceiro” é o credor do credor que perdoou uma dívida. Ele pode impedir a remissão.
Hipóteses do Inadimplemento e Seus Efeitos
Distinção entre inadimplemento absoluto (o interesse útil do credor é sacrificado/violado pelo devedor – o credor imputa a responsabilidade ao devedor, que passa a responder pelo inadimplemento) e o relativo – mora – (mesmo não tendo havido a violação do interesse originário, ainda assim é possível cumprir o interesse útil do credor).
Juros não é uma sanção, mas tem um caráter ressarcitório, pelo custo de oportunidade, do credor.
Cláusula Penal (multa contratual), é uma sanção (coercitividade), tem uma função estimulante de que se cumpra o dever, de exemplaridade (serve também como ressarcimento do credor). – Antônio Pinto Monteiro.
O devedor não responde por casos infortúnios ou força maior. Presume-se do inadimplemento que haja responsabilidade, e o devedor poderá afastar a responsabilidade se demonstrá-los (devedor no sentido amplo – responsável por um dever).
Fato necessário cujos efeitos não eram possível evitar ou impedir. É uma causa estranha, que deve ser exclusiva nos efeitos (terremoto leve e prédio com falta de manutenção – não é exclusivo para o desmoronamento do prédio). Pode, em outra teoria, ser a causa que maior contribuiu para o resultado, necessitando de um juízo de valor.
Pelos romanos, infortúnio era um ato causado por humanos, enquanto força maior era um evento da natureza...
Exoneração de responsabilidade do devedor.
Caso fortuito interno (fato que tem um risco de dano, que só existe porque há determinada atividade desenvolvida pelo devedor – risco de dano inerente à atividade) ou externo (fato que não se relaciona, de nenhum modo, com a atividade realizada pelo devedor). Deve haver uma qualificação pelo intérprete/juiz quanto a fortuito interno ou externo (interpretações casuísticas/ juízo de valoração segundo a jurisprudência, mas sem coerência sintomática), no caso de bancos, uma fraude causada por terceiros em um cliente é caracterizado como um risco inerente à atividade do banco, sendo o mesmo responsável (responde pelo dano); Se há um assalto com disparos no banco, se alguém de fora for alvejado (cliente ou não), quem responde é o banco. Mas no caso de outra atividade, não necessariamente a empresa irá responder.
Contratos benéficos (contratos gratuitos, o dever de prestação se impõe a somente uma das partes – doação), responde por simples culpa aquele que o contrato beneficia (quem recebe o benefício); e por dolo aquele que o contrato não favoreça (deve ser provado o dolo).
Diferente de contratos onerosos (exige uma contraprestação).
Exemplo: doar uma coisa roubada, então a pessoa que recebeu é acusada de “receptação”.
No caso de uma carona, só deverá haver indenização se for provada culpa grave ou dolo do motorista.
Aula 16/06/2015
Título de Arras Confirmatórias/Sinal do Preço (valem para o pagamento do contrato executado) => sendo prestadas as arras, não há o cumprimento do negócio (uma das partes se arrepende ou não cumpre, por qualquer razão).
Pagar uma quantia pecuniária, a título de arras, para pagar o restante quando entregar a Coisa, objeto do contrato.
A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se comprovar maior prejuízo, valendo-se das arras (teto mínimo da indenização – o dobro) como previsão inicial do prejuízo.
Se acabou de cumprir o contrato por tutela específica, deverá pagar indenização suplementar ao preço da Coisa.
Arras Penitenciais => preveem a possibilidade de arrependimento de qualquer uma das partes (resolver imotivadamente o contrato).
Tem função unicamente indenizatória, não havendo o direito de indenização suplementar.
O Devedor, devolve as Arras que recebeu, mais as Arras a título indenizatório (duplamente). A parte que pagou as Arras, deverá pagar novas Arras no caso de arrependimento.
Segue o LINK para baixar o presente arquivo:https://drive.google.com/open?id=0B_vwGsXdCzWXTncyZ3hiVWVyUVU

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