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DIREITO PENAL I, em word

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Trabalho – 27/04/2015
Duas provas valendo 4 e um trabalho valendo 2.
LIVRO: A proteção de bens jurídicos como... do Direito Penal.
	Cada grupo escolhe UM dos NOVE princípios. Fazer uma pesquisa jurisprudencial sobre a aplicação prática do princípio (como os tribunais estão se comportando diante dos casos concretos). Confrontar as decisões com o que o AUTOR defende em sua obra.
Aula 02/03/2015
Aula 09/03/2015
Teorias Críticas da Pena
Defensores:
Alessandro Baratta
Massimo Pavarini
Juarez Cumes dos Santos
Teoria da Pena => função da pena no direito penal moderno
distributiva: direito penal do “terror” (objetiva), Cante e Reghel (ainda não é iluminismo), reparação do mal causado pelo crime
preventivas (iluminismo): prevenção geral e para o próprio indivíduo desviante. Releitura da função distributiva de Reghel. Imposição da pena e prevenção social. Positiva (reintrodução do condenado na sociedade). Prevenção xxx (negativa).
Teorias Declaradas: Estas duas teorias são as oficiais (no âmbito do contrato social e utilitarismo/iluminismo).
Teorias críticas: materialista (Alessandro Barata criminólogos críticos/marxistas) e gnóstica (Zararoni).
FUNÇÃO DAS PENAS, para a Teoria Materialista: é a manutenção do sistema capitalista, repressão penal a certos tipos de crime que não interessam ao sistema.
Criminalização primária, se define no âmbito legislativo.
Criminalização secundária, processo de julgamento: polícia, judiciário.
Criminalização terciária: ocorre no cumprimento da pena.
Primária: prioridade para penas previstas/estabelecidas para danos contra a propriedade privada são mais graves que lesão corporal. Priorização de bens jurídicos da propriedade privada em detrimento do bem jurídico à vida, por exemplo.
Secundária: dificuldade de defesa técnica, dificuldade de promoção de provas...
Terciária: índices de encarceramento (Ministério da Justiça, por tipo de crime, por região). Em primeiro lugar está tráfico de drogas, depois roubo e furto. A política de segurança pública é maior contra esses crimes.
REPRESSÃO PENAL. Mais Valia: riqueza que é expropriada do trabalhador pelo capitalista. Forma: repressão das formas de gerar riqueza que não condizem com a relação capital-trabalho.
REPRESSÃO EM MASSA. Intimidação da população que vive na periferia.
REGULAÇÃO: Encarceramento conforme o desemprego, com a finalidade de preservar a mão de obra (contingente de reserva).
Teoria Agnóstica: nega a existência de funções para as penas (nega as funções declaradas: retribuição e prevenção). Não pode prevenir o mal. Existe um necessário jogo de poder. Para essa teoria, não interessam aos países autoritários (religiosos, etc., onde há funções para as penas). Conflitos entre os direitos fundamentais do cidadão X estado de polícia (poder repressor do estado) representado pela repressão penal. Se o Estado Democrático de Direito se fortalece/se consolida (maior distribuição de renda e direitos fundamentais), o estado de polícia fica adormecido.
Direito penal do terror (período anterior ao iluminismo).
Evolução da legislação penal: CÍCLICAS (retrocessos, nazismo X avanços), PROGRESSIVAS.
Obra: “Tratado de Direito Penal”.
PROGRESSIVA:
Vingança privada (manifestação de punição feita/”julgada” por uma família). Tribos, famílias/clãs, politeístas (divindade vinculada à família, antepassados). Até o iluminismo, a legislação é vinculada ao divinismo.
Vingança pública (direito Romano, lei das doze tábulas, proximidade das divindades mas com laicisação. Publicação dos crimes afirmando o monopólio do estado), humanização das penas. Germânicos: pena de “Perda da Paz”, o estado passava para a família da vítima a decisão e execução da pena contra alguém.
Humanista. 
Cultura oriental: Índia (código de Manu, distingue dolo, elemento psicológico que indica intenção – e culpa, acontece por negligência ou imperícia), Pena de Morte (maioria das penas), Pena Corporal (mutilação), Pena Pecuniar (multa). Penas visam purificar o infrator (utilização da vontade de deus).
Direito Penal Canônico
O cristianismo tendeu a humanizar as penas. Há uma consolidação da instituição católica a partir do ano 1.000 d.c. No séc XII (Dectreto Angraciani, constituição do direito penal canônico, gera uma humanização, exceto para os hereges). No séc XV (Codex Juris Canonis, contra práticas pagãs, pecado, pena com caráter de libertação, ideia de prisão enquanto penitência – principal pena prevista).
Concílio de Latrão (1815), passa a existir um processo para a condenação.
Aula 16/03/2015
Continuação do Direito Canônico
Penas cruéis existem até hoje... forma abolidas de um grande número de países. A transformação da legislação penal mais humanizadora (codificação promovida pelo iluminismo) fica a partir do final do séc. 18. O Direito penal moderno é a partir do séc XIX (menos de duzentos anos).
300 d.c. => liberdade de crenças
400 d.c. => cristianismo como religião oficial e queda do Império Romano
1200 d.c. => codificação própria do direito canônico
Diferenciação de penas: sem intenção e com má fé (isso já havia no direito penal hebreu e foi incorporado no canônico).
Crimes de caráter religioso (heresia): magia, etc...
Crimes de caráter misto (a Igreja também passa a julgar os crimes de caráter pertinente a estado e religioso.)
Prisão com caráter de custódia (espera da pena em si, pena de morte, etc.). Pena por restrição de liberdade surgiu no direito canônico, inicialmente aplicada aos próprios membros do clero (tinham a chance de arrependimento).
As ordalhas (sorte, vontade divina) foram abolidas e foram estabelecidas regras processuais.
Manual dos Inquisidores: há mais regras processuais do que regras penais em si.
Direito Penal Árabe
Lei de Talião (muito empregada): introduz a pena de composição civil (indenização).
Maomé escreve o Alcorão em 600 d.c.
Alemanha
Carolina, de 1523 => legislação com vários artigos falando sobre tortura. Tinha um caráter misto (estatal laico e crimes místicos).
Penas cruéis, enterrar a pessoa viva, esquartejamento.
Legislação penal Ibérica
Espanha => Livro dos juízes, depois a Lei das Sete Partidas, e depois os Reis Católicos aderem ao direito penal canônico e dão início às perseguições aos mouros e judeus.
Inquisição espanhola (100.000 pessoas mortas e 1 milhão de judeus expulsos)
Portugal => 1446, ordenações afonsinas (distinção de penas entre plebeus e monarcas).
1521 => Ordenações manoelinas (similares as ordenações Afonsinas, mas surgiu com algumas modificações considerando a imprensa mais forte).
Livro Quinto, tratava de matéria penal (Filipinas). Não podia desposar virgindade, nem mulher viúva. Se a mulher fosse casada, o marido poderia matar os adúlteros, a não ser que o adúltero fosse fidalgo (maior qualidade) e o marido peão. Não podia ter relações sexuais com mouros ou judeus (pena de morte). Crime lesa-majestade: esquartejamento.
As filipinas foram utilizadas em solo brasileiro. A vigência foi de 1603 até 1830 com o Código Criminal do Império.
Escola penal clássica
Código Napoleônico (1718), iluminismo.
Césare de Beccaria (1738-1774), inspirado em Grossio (jusnaturalismo, mas com base antropocêntrica) e Rousseau (iluminista, contrato social – sociedade surge da entrega de uma parcela de sua liberdade para um suserano, ninguém contrata entregando sua própria vida; pena proporcional a lesão causada pelo crime).
Dos Delitos e Das Penas (1764), foi considerado um defensor da impunidade.
Jeremias Beathan (1748), iluminista, defensor do utilitarismo das penas (penas úteis na prevenção de novos delitos), desenvolve uma ideia de arquitetura prisional.
Código Criminal do Império (1830), inovador em relação às filipinas; inspirado em Beccaria e no Código Napoleônico.
Redução significativa no tempo das penas (muito mais penas de prisão do que penas corporais); redução qualitativa em relação à qualidade social das pessoas (não considerado para escravos).
Adotou-seo sistema de “dias-multa” (forma de calcular pena de multa, hoje vinculado ao salário mínimo).
Pena de morte (forca e guilhotina, mas sem esquartejamento); Dom Pedro I aboliu após tomar conhecimento de um inocente que foi morto.
Período Republicano
C.P de 1890, abolição da escravatura, Marechal Deodoro.
C.P. de 1940, Getúlio Vargas (decreto lei), foi bem estruturado, adesão ao princípio da proporcionalidade, permanece a proibição à pena de morte.
Em 1977, se alteram as penas.
Em 1984, se reforma toda a parte geral do código penal (elaborada por Francisco de Assis Toledo, adotou-se a parte finalista da ação). A parte especial é de 1940, com novos crimes incorporados. Penas alternativas à prisão; método dos dias-multa do império foi reincorporado.
Influência da escola Clássica e da Positiva Italiana (estuda as causas da criminalidade, Darwing, medida de segurança – pessoas que tem alguma patologia, internação).
Princípios limitadores do poder punitivo estatal
Princípios gerais, de inspiração iluminista. Monopólio da coerção legítima é o estado.
Princípio da Legalidade (princípio mais forte), costumes X lei; no direito penal, a lei é a ÚNICA fonte.
Crimes e penas só podem ser estabelecidas pelo Poder Legislativo (Congresso Nacional), por meio de lei ordinária (código penal). “Não há crime ou pena sem lei”.
A lei precisa ser ESCRITA (lei ordinária); ser prévia (anterior a prática do crime em si).
1997, cria-se a lei contra a tortura (não é possível tecnicamente condenar os militares por isso).
A lei deve ser ESTRITA (objetiva, clara e precisa, sem margem para a interpretação, porém não pode utilizar da analogia se for prejudicar o réu, para sanar lacunas da lei – interpretação extensiva). Analogia em prejuízo do réu (malan parten) X Analogia em benefício do réu (bonan parten) (é proibida a analogia em malefício do réu).
Aula 23/03/2015
Princípio da Legalidade => contra o arbítrio do Soberano (contra qualquer tipo indevido ou não enquadrado no código penal). Lei da atividade (vale a lei ordinária vigente no momento da ação – praticou o verbo prescrito no código penal).
Se não tiver data (por ex. na “data de sua publicação”): vacatio legis = 45 dias.
Princípio da Intervenção Mínima (ultima ratio X prima ratio). Esse é um princípio consagrado, mas é de difícil aplicação, pois está a cabo do legislador (o que é importante e o que não é acabam sendo politizados – se volta para o legislador: é um princípio informativo para ele quando na criminalização de condutas).
O Direito Penal estabelece o tipo de sanção mais severa (Direito penal como último recurso): prevenção de liberdade (pena genuína do direito penal). Só deve ser utilizado, quando os outros ramos do direito se mostrarem insuficientes para a proteção do bem jurídico.
Princípio da Fragmentariedade => Decorrência necessária dos princípios da Legalidade e da Intervenção mínima. A rigor, todos esses princípios estão conectados.
Do universo de bens jurídicos que existem (proteção contra criança, idoso; proteção à propriedade, etc), o Direito Penal deve se ocupar da proteção do fragmento de bens jurídicos mais importantes (“nata” dos bens jurídicos). Os demais devem ser deixados para os outros ramos do Direito solucionarem/protegerem.
Princípio da Lesividade => Somente, admite-se a utilização do direito penal quando a gente lesar direito de outrem.
De um bem jurídico não podemos abrir mão (indisponíveis, mesmo que a vítima consente): à vida e ao status de pessoa livre. Ex. Indução ao suicídio por outrem, mas não é possível criminalizar o suicídio.
Proibição de incriminar atitudes internas, INTERCRIMINIS – caminho do crime:
 surge com a ideia/cogitação (mas ainda não é crime pois é uma atitude interna);
atos preparatórios (“comprar o veneno”, só é criminalizado se constituir o crime);
atos executórios; consumação (“apontar o revólver já é crime por tentativa de homicídio”).
Conluio não é crime, mas incrementa a pena caso façam o ato executório. Porte ilegal de arma é crime (é autônomo de homicídio).
No novo PROJETO de Código, não há mais formação de quadrilha (4 participantes), agora há associação criminosa (3 participantes).
Crime impossível (tentar matar alguém com sufocação, mas a vítima já estava morta – o objeto do crime era impróprio); Auto-lesão (não é crime) – a lesão com consentimento não é crime (não pode ser violência doméstica). Calúnia contra a memória de um morto é crime, destruição de parte do cadáver que impeça um velório digno é crime (destruição de propriedade da família). Se pedófilo não é crime (condição existencial não é crime), mas abusar sexualmente de uma criança (ferir bem alheio) – enviar fotos de crianças na internet é crime.
Princípio da Insignificância (desdobramento do princípio da intervenção mínima, que se direciona ao poder legislativo) => Direciona-se ao poder judiciário, em relação aos casos concretos: mesmo que haja uma norma penal que pode ter cumprido o princípio da intervenção mínima, o juiz deverá analisar se a lesão é necessária para tipificar o crime (“furto de que?”, para justificar a pena de 1-4 anos feita pelo legislador), caso contrário, nada impede (corrige o princípio da intervenção mínima), que o juiz afaste a tipicidade do crime do agente (“afastar o furto, pois a coisa furtada é insignificante”, depende do valor – crime de bagatela).
Princípio da Culpabilidade (ação ou omissão típica, não existe direito penal sem a análise da culpabilidade) => Só pode ser admitido que alguém seja culpado pela prática de um crime:
Imputabilidade: capacidade de responder por crime (não pode ser doente mental, crianças, adolescentes sujeitos a medidas socioeducativas);
Consciência da ilicitude: grau de instrução, conhecimento da norma, lugar onde se vive (o conhecimento da norma penal não é pressuposto como no Direito Civil caso for uma legislação bem específica – também pode ser reduzida a pena pelo desconhecimento da lei);
Exigibilidade de Conduta Adversa: após avaliado o caso concreto e não há justificativa plausível para o agente ter praticado a conduta (“analisar se tinha ou não tinha saída para cometer o crime”).
Estado de Necessidade: matar outrem para comer (a conduta é típica – homicídio, mas era em uma situação de extrema necessidade), não é crime.
Gradação da Pena (dosagem da Pena), o grau de culpabilidade pode reduzir a pena, a partir da Pena Base.
Princípio da Humanidade => proíbe penas cruéis de morte e prisão perpétua (porém, no Estatuto de Roma – tribunal internacional, adotou-se a prisão perpétua para crimes humanitários).
No Presente Código Penal, Decreto Lei de 1940, a pena mais grave é reclusão de 30 anos. Mas Getúlio Vargas admitiu pena de morte para crimes contra a segurança do Estado (não chegou a ser aplicado).
Em 69, admitiu-se a pena de morte para crimes militares ou contra a segurança nacional.
A Const. de 1988 proíbe a pena de morte (adota o princípio da humanidade de maneira parcial), mas em Estado de Sítio, o crime militar pode ensejar uma punição que envolva a vida.
Princípio da Irretroatividade da Lei Penal
Princípio da Readequação Social
Aula 04/05/2015
PROVA SIMULADA
1- a
2- b, incorreta. Art. 4 do código penal. Pode usar o Código Penal na prova.
3- c, porque o crime é permanente. Começa a se consumar quando do sequestro até a libertação ou morte da vítima.
4- b (não sei)
5- b, correta; c, é a prevenção penal negativa.
Aula 25/05/2015
(2ª Parte da Matéria!)
Norma Penal no Tempo
Vigência da Lei, vacatio legis
Teoria da Atividade do crime (mesmo que a consumação seja em tempo pontual).
Teoria da Ação, tentativa de homicídio e morte posterior, lugar/local do crime onde foi praticado.
Teoria do Resultado ou Evento, considera o lugar onde ocorreu a consumação.
Teoria da Intenção, lugar onde, segundo a intenção do Agente, deveria acontecer.
Teoria Limitada Obliquiidade, considera o local do crime o lugar da conduta e o lugar do resultado.
Teoria Pura da Obliquidade (ADOTADA NO CÓDIGO), lugar (país) onde ocorreua conduta (ação ou omissão do agente), o resultado e a titularidade do bem jurídico protegido.
Leis Temporárias, leis vigentes em que o crime foi praticado; Leis Excepcionais, válidas em calamidade (a retroatividade da norma para uma menos rigorosa não é válida nesses casos).
Norma Penal em Branco (normas administrativas, valem como norma penal) => drogas ilícitas, determinadas por Portaria da ANVISA.
Crime Permanente ou em Série, é válida apenas a última norma vigente, não a mais benéfica, até criarem outra mais nova.
Norma Penal no Espaço
Princípio da Territorialidade => Aplica-se a lei penal brasileira aos crimes praticados no território nacional (superfície terrestre, águas territoriais, mar territorial, embarcações e aeronaves brasileiras públicas), independentemente da nacionalidade do bem jurídico lesado, do agente e da vítima.
Princípio Real, de Defesa ou de Proteção => considera-se competente o Brasil para processar e julgar os crimes que lesam bem jurídico de interesse nacional (contra a vida e contra a liberdade do Presidente).
Princípio da Nacionalidade ou Personalidade (Agente – ativa – , ou Vítima –, passiva) => no caso de Ativa, o Brasil é responsável por julgar o brasileiro acusado. No caso de crime contra a vítima brasileira, aplica-se a lei brasileira. Ver princípio da Extraterritorialidade Condicionada.
Princípio da Universalidade (Cooperação Internacional no combate aos crimes, a conduta também deve ser criminosa em território brasileiro) => o Brasil se propõe a processar e julgar, com base na sua lei, por crimes praticados por qualquer pessoa, em qualquer território, dependendo as normas de direito internacional (crimes genocidas, Princípio da Humanidade justifica a não extradição, então julga-se pelo Princípio da Universalidade).
Princípio da Bandeira (país onde está registrado) => crimes ocorridos em embarcações brasileiras, mas atracados em certos países que não tenham condições de processo e julgamento.
Exceção ao Princípio da Territorialidade
Extraterritorialidade Incondicionada (pelos Princípio de Defesa e Princípio da Universalidade) => o Brasil está apto a julgar independente das condições (crimes contra o Presidente, contra a administração pública, de genocídio). Pode ter julgamento paralelo (à reveria), a pena imputada no estrangeiro poderá se descontar a pena que foi cumprida no estrangeiro para cumprir o restante no Brasil, caso for maior (bis in idem). Independe se o brasileiro será extraditado para cá (pode não ser crime no país que o praticou).
Extraterritorialidade Condicionada => ser um fato punível, também no país em que foi praticado, estar incluído em um crime em que se permite a extradição, Art. 7º.
Em relação à pessoa que pratica o crime:
Imunidade Diplomática (signatários da convenção internacional de Viena) => Todos os agentes diplomáticos brasileiros, a serviço, bem como seus familiares, estão sujeitos à JURISDIÇÃO (julgados no seu país de origem) e as leis penais brasileiras.
Imunidade Parlamentar => 
Inviolabilidade Material (Absoluta), para condutas atípicas (não criminosas – apologia a um crime É crime, então não vale a imunidade), que dizem respeito às opiniões, palavras e votos dos parlamentares, em qualquer uma das esferas (federal, estadual ou municipal – vereadores, limitado ao município). Extrapola a esfera penal, pois não podem ser condenados civilmente.
Imunidade meramente Formal (Processual), prerrogativa de função (foro privilegiado – julgamento pelo STF, juízo competente – não se muda posteriormente), não podem ser presos (salvo em flagrante de crime inafiançável, a casa do parlamentar irá deliberar sobre sua prisão).
Aula 01/06/2015
Dispositivos Extradição (entregue de uma pessoa para ser julgada por outra nação)
Art. 58-91 Lei 6515 Estatuto do Estrangeiro. Não será efetivada a entrega sem que o Estado receptor se comprometa em não processar o preso por crimes anteriores ao pedido, que tenham sido omitidos no pedido de extradição (princípio da anterioridade); todos os crimes pelo qual o estado pretende julgar o extraditado, deverá constar na carta de extradição (princípio da especialidade); também não poderá responder por crime diverso daquele que motivou o pedido de extradição (crime político, por exemplo).
Princípios que dizem respeito ao Delito ou Pena/Ação Penal.
DELITO: se inspira no Princípio da Legalidade (só se admite extradição se o crime imputado estiver previsto em tratado acordo ou convenção internacional – normas de direito internacional público, bilaterais e multilaterais –), Identidade da Norma (o fato que motivou o pedido de extradição também deve ser tipificado no país que solicitou a extradição – cuidar os países em que algumas drogas não são ilícitas).
Princípio da Comutação – deriva do princípio da humanidade –, impede o Brasil de conceder a extradição de alguém para ser julgado num país que estabeleça penas corporais ou pena de morte (fazer uma proposta de comutação da pena a ser aplicada, por uma pena privativa de liberdade, assim como no Brasil).
Princípio da Jurisdicionalidade, não se concederá a extradição quando o extraditando irá responder em tribunal de exceção (aquele que não estava definido/instituído em lei vigente antes da data do fato).
Princípio “Non Bis in Idem”, não se concederá a extradição quando o crime o Brasil é igualmente ou mais competente para julgar o fato (Princípio da Territorialidade – país em que o crime foi cometido tem a prioridade para julgá-lo). Não será feita a entrega se o país de origem não computar o tempo do crime já julgado no Brasil – condenação em mais de um país – (crime contra o Presidente, contra o patrimônio nacional – processos simultâneos de que em outro país). A pena provisória também deve ser descontada da pena principal.
Princípio da Reciprocidade, a extradição poderá ser concedida quando o governo requerente fundamentar em tratado, ou quando acordar em reciprocidade.
Limitações da Extradição
Não extradição de nacionais (brasileiros natos) em hipótese alguma, também para brasileiros naturalizados (residência de 15 anos) com exceção se praticou crime antes da naturalização ou comprovado envolvimento em tráfico de drogas.
Não se extradita por crime político puro ou de religião – cláusulas pétreas (não podem ser alteradas mediante emenda na constituição).
Diferenças
TPI – Tribunal Penal Internacional, não se extradita para ele, mas se “entrega”, pois ele não é um estado.
Deportação (imigrante econômico), envio de estrangeiro irregular para o seu país de origem ou outro país que aceite recebê-lo.
Expulsão, o imigrante estava atentando contra a ordem ou a segurança nacional; praticar fraude a fim de obter a vigência permanente no Brasil.
Repatriação Forçada, não se pode deportar refugiados de guerra, pois seria condená-lo a morte. O Brasil é signatário da convenção sobre refugiados.
Aula 08/06/2015
Conflito Aparente e Normas => ao se deparar com uma dúvida quanto a norma a aplicar, deve-se recorrer aos princípios que definirão a tipificação.
Princípio da Especialidade: a norma especial (espécie, tipo penal qualificado) prevalece sobre a norma geral (gênero, tipo penal comum). A especial traz em seu bojo, todos os elementos da norma geral.
A norma qualificadora do crime é mais grave (nova pena mínima e nova pena máxima, maiores), e traz todas as condutas do tipo penal (homicídio qualificado... mediante várias circunstâncias – motivo fútil, emprego de veneno, utilizando fogo ou tortura cruéis, mediante emboscada ou disfarce).
Princípio da Subsidiariedade: deve-se analisar o caso concreto, e a partir do grau de violação dos bens jurídicos (VIDA, SAÚDE de alguém, ETC.), definir a norma a ser aplicada.
Tipos penais mais leves => são os subsidiários (acabam absorvidos pelos tipos penais principais).
Qual o tipo penal mais completo aquele caso concreto.
Subsidiariedade Expressa => Crimes de Perigo (expor a VIDA de outrem a perigo, se o fato não constituir crime mais grave – lesão corporal, SAÚDE; homicídio, VIDA).
SubsidiariedadeTácita => Avaliação do grau de lesão aos bens jurídicos envolvidos (não aparece a expressão: “se o fato não constituir crime mais grave”). Por ex. violação de domicílio (subsidiário À entrar na casa e FURTAR algo – se houver escalada, então já é furto qualificado!).
Ex. Sequestro (subsidiário) => Extorsão mediante sequestro (mais grave).
Princípio da Consunção => Crimes permeados mediante conflitos sobre que norma se aplicará. Exige uma avaliação do caso concreto, cada uma das condutas praticadas pelo agente, ver os bens jurídicos violados, se forem distintos e um não era necessariamente meio para a realização do outro, o agente responde pela culpa cumulativamente.
Crime Progressivo: a finalidade do crime é de praticar o crime mais grave (MATAR), no entanto se escolhe um meio diferenciado (fazer ameaças e tortura psicológica) para a prática desse crime fim (MATAR, com maior sofrimento possível). Responde somente pelo homicídio, mas se causar danos psicológicos irreversíveis, então poderá responder pelas ameaças.
Progressão Criminosa: começa com uma ideia de um crime mais leve, mas há uma empolgação e consequente aumento do crime. P ex. roubo de banco... seguido de agressão sexual contra funcionária. Responde pelo roubo e pelo estupro, caso há outro agente que veja o estupro e se omita, então ele também responde pelo estupro.
Crime Complexo: abrange os elementos de mais de um tipo penal (não é classificado como Norma Qualificadora). Crimes que constituem elementos de crimes autônomos, mas podem ser somados. P ex. o estupro é um crime complexo; o homicídio com arma ilegal; o latrocínio. O Agente só responde pelo crime complexo, pois já está tipificado.
Aula 29/06/2015
Q1
V, F
Q2
B
Q3
C
O crime de constrangimento ilegal é subsidiário ao crime de extorsão, ficando absorvido por este.
Q4
A
Os parlamentares federais possuem imunidade material por suas opiniões palavras e votos e imunidade formal em relação aos demais crimes.
Q5
Teoria da Atividade => considera-se a conduta no momento da ação, ainda que o resultado seja em outro momento.
Norma penal no espaço (teoria da obliquidade) => lugar onde foi praticado a ação/omissão e o lugar do resultado. Pode aplicar para a França (Territorialidade da França – momento da morte) e para o Brasil (Princípio da Bandeira => Territorialidade do Brasil – momento da agressão).
Princípio da Personalidade Passiva era da França => a vítima era da França.
Foi preso em território frances, então reforça a jurisdição francesa.
Segue o LINK para baixar o presente arquivo:
https://drive.google.com/open?id=0B_vwGsXdCzWXNF9pNEVCWXVYQ1E

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