Buscar

DIREITO CONSTITUCIONAL I, em word

Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL I
O Link para DOWNLOAD deste arquivo em formato WORD está no final do texto.
PARTE 1
1	Aula 05/03/2015	4
Quadro sinóptico	4
Sistemas de Direito	4
Constituição: MODOS DE ABORDAGEM	5
Questões a respeito das NORMAS CONSTITUCIONAIS	5
Constituições Brasileiras	6
PREÂMBULOS constitucionais	6
PRINCÍPIOS: existem vários tipos.	7
REGRA e PRINCÍPIO	7
Objetivos Estatais – interno e externo	8
2	Aula 19/03/2015	8
Estado de Direito	8
Características do Estado Democrático de Direito	9
O princípio democrático	10
Democracia Formal	10
Democracia material	11
A democracia na atualidade	11
Tipos de Estado	11
Classificação Clássica de Governo	12
Classificação Moderna de Governo	12
Monarquia e República	12
3	Aula 26/03/2015	13
DEMOCRACIA como Princípio Constitucional	13
Soberania com um breve evolução histórica	13
Soberania Interna e Soberania Externa	14
Unidade jurídica do Poder Estatal	14
Atributos da soberania	14
Divisão de Poderes	15
Palavras Chave	17
4	Aula 02/04/2015	17
Direitos Fundamentais	17
Características dos Direitos Fundamentais	18
Posições Jurídicas Fundamentais	19
Regras e Princípios	19
5	Aula 09/04/2015	20
Modelo da ponderação de Alexy	21
Regras e princípios	21
Ex. de aplicação direta (REGRA):	21
Ex. de aplicação de Princípio:	21
Teoria da Argumentação Jurídica de Alexy	23
6	Aula 16/04/2015	23
Diferença entre Direito e Garantia	23
Direitos e deveres INDIVIDUAIS	24
Direitos coletivos	24
Deveres coletivos	24
Igualdade Formal e Material	24
7	Correção da P1
Prova A de 2015/2	27
Prova B de 2015/2	28
Prova A de 2015/1	29
Prova B de 2015/1	31
Prova de 2014/2	32
PARTE 2
8	Aula 30/04/2015	33
Direito de Propriedade	33
Direito a Informação e petição	34
9	Aula 07/05/2015	35
Garantias Penais X Garantias Processuais	35
Meios Processuais	37
Ação Popular	38
Habeas Corpus, Habeas Data e Mandado de Segurança	38
10	Aula 14/05/2015	39
Vinculabilidade	39
Mandado de Injunção X Ação direta de (in)constitucionalidade	39
Aplicação IMEDIATA das normas e direitos fundamentais	41
Normas Internacionais	43
11	Aula 21/05/2015	44
Direitos Sociais (Art. 6º)	44
Direitos dos Trabalhadores (Art. 7º)	44
População	45
Nacionalidade	46
Cidadania	47
Direitos Políticos	48
A democracia representativa e o mandato político	48
12	Aula 28/05/2015	50
Eleitorado e Sistemas Eleitorais	50
Opinião Pública	52
Partidos Políticos	53
13	Aula 18/06/2015	55
14	Correção da P2
Prova A de 2015/2	55
Prova B de 2015/2	56
Prova A de 2015/1	57
Prova B de 2015/1	58
Prova de 2014/2	60
15	Aula Extra (18/06/2015)	60
PARTE 1
Aula 05/03/2015
Constituição: Tem objetivo de oferecer ao estudante uma sistemática e técnica sobre a constituição.
Quadro sinóptico
Quanto aos aspecto técnico-formal: houve uma mudança de apresentação, isto é, os chamados direitos fundamentais (Art.5 11, 14 e 16), foram colocados umbral da Constituição. Isto significa uma mudança da concepção e de organização estatal. Nas Constituições anteriores, começava-se com as divisões de poderes, e os direitos fundamentais vinham da metade em diante. Comparativamente, no pós-guerra, os Estados europeus em geral (Alemanha, Itália, Espanha e Portugal), colocaram no início da Constituição os chamados direitos fundamentais (isso também indica, no geral, a ideia de universalização dos direitos fundamentais e que mudou em grande parte a concepção de soberania);
A competência tributária legislativa dos estados membros e municípios Art. 24-I e 30-III (não é competência de arrecadação);
Papel do Ministério Público Art. 127 e seguintes: teve sua competência aumentada em relação aos direitos indígenas e dos chamados direitos indisponíveis (o Estado é ator). Hoje, percebe-se que o MP, na Constituição Federal, continuou uma tradição brasileira (representar o cidadão quando esse quer fazer valer os seus direitos fundamentais – a posição do MP continua a tradição brasileira de um Estado paternalista);
A importância do advogado dentro da ordem jurídica e constitucional brasileira Art. 133: pode-se dizer que a administração da justiça está baseada hoje, em um tripé: juízes, MP, e advogados.
Sistemas de Direito
Existem praticamente 2 grandes sistemas na atualidade: Sistema Romano-germânico (civil-law); Sistema Anglo-americano (common-law).
Sistema Romano-Germânico : O primeiro está situado na Europa continental e sua formação inicia no séc XIII, em continuidade ao direito romano. Durante praticamente cinco séculos, ensinou-se nas universidades o Direito Romano, depois seguiu-se a fase do chamado direito natural (direito racional), que levou então, no séc. XIX, ao sistema de codificação. Também no séc XVIII começou a se depurar o que se hoje conhece como direito público, administrativo e penal. A grande característica desse sistema, é que ele parte da lei para a aplicação do direito (a estrutura da norma jurídica tem o tipo e tem a consequência jurídica – se o tipo é realizado então deve haver a consequência jurídica prevista).
Sistema do Direito Comum: Entende-se por common law, um conjunto de decisões sobre as quais se decidem os casos concretos. Isso adveio da corte de Westninedel, que foi criada por força da invasão normanda, da qual, por sua vez, resultou a unificação do direito para toda a Inglaterra, por meio da instituição de um órgão criador. Ele dizia o direito para toda a Inglaterra e não apenas mais para condado. A grande característica é a de que o sistema parte da decisão para resolver o caso concreto. Aqui se inicia a ideia do precedente.
Modo de Trabalho: na Civil-Law, em geral, trabalha-se dedutivamente (o geral para o particular), e na Common-Law, costuma-se trabalhar a indutivamente (do particular para o geral).
Sistema dos Direitos Religiosos: o Estado Muçulmano e o Estado Indú. Têm a característica de um código religioso que ordena a vida das pessoas.
Sistema do extremo-oriente (China e Japão): nesse sistema, os conflitos devem ser resolvidos em um âmbito mais privado. Levar conflitos à público (aos tribunais), é para eles uma coisa quase inimaginável.
Sistema da União Soviética (comunista): ausência de propriedade.
Constituição: MODOS DE ABORDAGEM
Existem duas formas de se abordar o direito constitucional. A primeira é a forma dogmática (é o estudo do direito constitucional vigente – as decisões dos tribunais). A segunda é a teórica (diz respeito à teoria da constituição – mais antiga estudada comparativamente os grandes temas do direito constitucional, como os direitos fundamentais, estado federal, divisões de poderes, etc.). Mais recentemente, a teoria da constituição, ateve-se a temas da própria constituição, como direitos fundamentais ou do princípio democrático como um processo dinâmico. (não estudaremos teoria da constituição)
Questões a respeito das NORMAS CONSTITUCIONAIS
Elas são VINCULATIVAS, tanto as REGRAS como os PRINCÍPIOS. Não há NORMA programática. Ex.: omissão, tanto absoluta como relativa, e o mandado de injunção. Isso remete à força normativa da Constituição. A Const. Normativa tende a obstruir ou abarcar a Const. Sociológica. Isto, por sua vez remete ao efeito integrador no plano da interpretação. As forças sociais moventes (ex; feminismo), devem ser incluídas na interpretação da Constituição, para que desenvolvam o seu efeito dentro do quadro normativo da Constituição.
Norma Programática: Era uma solução de compromisso, mas não tem obrigatoriedade. Obs. deveria estar na apresentação, e em um segundo momento, verificar se ainda cabe no direito constitucional brasileiro.
As normas são INDETERMINADAS: carecem de uma determinação circunstancial (o direito const. tem como tarefa COORDENAR, e não como o direito civil, por exemplo, CODIFICAR). A determinação das normas const. cabem, em primeiro lugar, ao legislador (ex. código de defesa do consumidor). E segundo lugar, cabem à jurisprudência, sobretudo do tribunal máximo (aqui entra a ideia de norma como princípio de otimização – PROPORCIONALIDADE, etc.).
Possuem HIERARQUIA: serve de critérionormativo para as normas infra-constitucionais. Tanto no sentido formal como no material (questão do controle de constitucionalidade e a ideia da pirâmide normativa de Kelsen).
O risco de uma constituição mais detalhada é: ser ultrapassada pela realidade, e com isso, requerendo emendas constitucionais. O ideal é nem muito aberta (senão se caí no indiferenciável – tudo vale), e nem muito específica (não poderia ser atualizada pela interpretação sem a mudança do texto constitucional – ideia da MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL, mudar o significado de uma palavra, intersubjetivamente controlada).
Constituições Brasileiras
Constituição de 25 de março de 1824: Constituição Imperial;
Constituição de 24 de fevereiro de 1891: Republicana, de Ruy Barbosa;
Constituição de 16 de Julho de 1934: foi inspirada na Constituição de Weimar (1919), sobretudo nos direitos sociais;
1937: Estado Novo, se orientou na concepção do Estado totalitário, então vigente na Europa;
18 de Setembro 1946: Pós Guerra
24 de Janeiro de 1967: Militar, atos institucionais foram tecnicamente, emendas à constituição de 1946.
17 de Outubro de 1969: Em geral é chamada a Constituição de 69, mas foi tecnicamente uma emenda constitucional.
1988: Atual.
Percebe-se que a de 46 e 88 são as mais extensas. Uma das justificativas é a de que elas são contíguas a regimes de exceção. Uma segunda justificativa é pelo fato de uma tradição de direito administrativo no país, pois, na sua ausência, tenta-se colocar na constituição aquilo que administrativamente seria regulado (por exemplo, na Alemanha se fala que o direito constitucional é o direito administrativo aplicado). O problema é que a Constituição promete coisas que depois não serão realizadas, e com isso, desperta a impressão de ineficácia.
Constituição americana: não tem uma previsão de direitos fundamentais sociais. Na Alemanha, têm o estado social (não precisa estar na constituição para ser realizado).
O texto constitucional, quando é muito detalhado, é carregado ideologicamente em visões de mundo às vezes contrapostas (vira um objeto de disputa política – em vez de ser um texto que coordene as funções estatais e a vida dos cidadãos em relação ao estado, direitos fundamentais).
A sua normatividade reside no fato de terem a precedência na liberdade configuradora do legislador. Para cima, o legislador aplica a constituição, e para baixo, cria uma norma geral.
Apesar de serem dinâmicos e não estáticos (não tem ideia fixada), determinam a estrutura e a essência da República Federal (se tirar um inciso, muda a república!). Na cláusula pétrea: princípio federativo, o democrático e a separação de poderes.
PREÂMBULOS constitucionais
Força Normativa: os Preâmbulos Constitucionais antecedem o texto da Constituição e as Normas Finais ou transitórias seguem o texto da constituição.
Em geral, coloca a visão de mundo do legislador constituinte. Existem três teorias quanto a eficácia normativa. A primeira é da IRRELEVÂNCIA. A segunda diz que tem a mesma relevância jurídica que as normas do texto constitucional. A terceira é a relevância específica ou indireta (se o preâmbulo contém normas const., e se elas forem violadas, então se terá uma consequência jurídica. Se as normas do preâmbulo não estão no texto e forem violadas, não há consequência jurídica).
PRINCÍPIOS: existem vários tipos.
1ª classe: Princípio Supra-Constitucional (supra-positivo, princípios do direito natural), está acima da constituição.
2ª classe: Princípio Constitucional (pode ser lido em CRITÉRIO NORMATIVO, texto legal que o juiz usa para solucionar o caso apresentado a ele – Estado de Direito, funciona por DEDUÇÃO e o resultado é a DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE): Material (diz respeito ao conteúdo, direitos fundamentais) e Formal (diz respeito ao procedimento, princípio democrático, princípio da divisão de poder);
Pode ser um veículo de bens fundamentais ou políticos (trabalha-se a PONDERAÇÃO e o resultado é que um retrocede em favor do outro – princípios relaciona-se com direitos fundamentais e bens coletivos)
3ª classe: Princípio Jurídico-Constitucional: princípios jurídicos são princípios que estão situados em setores do direito (civil, tributário, etc.), se eles são elevados à constituição, então se tornam jurídico-constitucionais. Se um princípio é apenas jurídico, a sua violação representa apenas uma ilegalidade (para se defender deve-se recorrer aos mecanismos processuais), enquanto que a violação de um princípio jurídico-constitucional admite um RECURSO EXTRAORDINÁRIO (violação direta à constituição).
Às vezes, regras são denominadas de princípios, ex. não há crime nem pena sem lei anterior que a defina (é uma lei).
Regras não se PONDERAM (a aplicação de regras dá-se pela SUBSUNÇÃO – tem um tipo e uma consequência jurídica). Princípios, ao contrário, pondera-se, e a forma de aplicá-los é a ponderação.
ver: <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/pondera%C3%A7%C3%A3o-e-proporcionalidade-no-direito-brasileiro>
Direitos fundamentais como PRINCÍPIOS são mandamentos de otimização. Como mandamentos de otimização, princípios são normas que ordenam que algo seja realizado, relativamente às possibilidades fáticas e jurídicas, em medida tão alta quanto possível. (ALEXY, 2005, p. 339).
REGRA e PRINCÍPIO
A palavra dignidade humana está na Constituição. Ela pode ser entendida de forma ABSOLUTA ou de forma RELATIVA Art. 13, 226-p.7.
Para Kant é ABSOLUTA (regra), pois no mundo das coisas existe o preço ou o equivalente, e o que tem preço eu posso comprar e o que tem equivalente se pode trocar, e a dignidade não tem preço nem equivalente.
Na const. alemã a dignidade humana é intocável, pois nada justifica uma ação estatal que passe por cima da dignidade humana (surgiu o problema do doente mental que mata, viola a dignidade dos outros, e da escuta telefônica – implicam a RELATIVIDADE da dignidade humana). A norma dignidade é regra e princípio. Absoluto é a regra, e não o princípio. Se no plano do princípio, a dignidade prevalece, então no plano das regras ela está de lado, e a ponderação sempre se dá diante do caso concreto.
Em comparação à dignidade humana é simultaneamente uma regra e um princípio, tendo em vista seu alto grau de abstração. Também para resolver o problema da absolutidade.
Se no plano dos princípios a regra não serve, então passa a qualidade de regra.
Existe a teoria interna e a externa. A teoria interna NÃO PONDERA (não fundamenta as restrições, diz que existe somente um direito com conteúdo determinado, DOGMÁTICA), fala do limite imanente e natureza da coisa. A teoria externa PONDERA (existe o direito prima-face, âmbito de proteção; limite ao direito, que deve ser distinguido desse direito mesmo – usar capacete para andar de moto).
Teoria Interna: Pode ser ligada com teorias não cognitivas (o naturalismo, intucionismo, emotivismo e construtivismo).
Teoria Externa: Pondera o direito prima-face (à primeira vista, não é um direito definido) – posso me locomover como quiser.
Depois que há ponderação entre princípios, poderá funcionar por subsunção para os casos futuros (regra do precedente).
Objetivos Estatais – interno e externo
A determinação de OBJETIVOS ESTATAIS. Art. 3 no âmbito interno e Art. 4 no âmbito externo.
Não fundamentam DIREITOS SUBJETIVOS (direito que o cidadão, como titular dos DIREITOS FUNDAMENTAIS, tem, diante do estado, no sentido de o estado não poder interferir no âmbito protegido – direitos de defesa, ou primeira geração).
A normatividade reside de terem precedência, sob a liberdade conformadora do legislador. Segundo Kelsin, para cima, o legislador aplica a const. e para baixo cria uma norma geral. Ragon cria uma regra abstrata geral obrigatória com novidade.
Situa-se no âmbito das linhas para cima, isto é, se o legislador não considerar a determinação dos objetivos estatais, pode caber uma ação direta de inconstitucionalidade.
Estão no lugar das normas programáticas. O estado social não vale apenas para os trabalhadores (na época de Bismark e na const.de 1934), mas para todos os cidadãos. Em outras palavras, a determinação dos objetivos estatais tem a estrutura normativa, ou seja, o estado deve se pronunciar tanto normativamente quanto ativamente (prestação fática, convênio com o município). Isto reflete no planejamento econômico e no direito orçamentário.
Aula 19/03/2015
Estado de Direito
É um estado em que as pessoas têm seus direitos e suas liberdades garantidos por meio de lei previamente estabelecidas, submetendo-se ao Estado a seu próprio ordenamento jurídico.
Breve noção histórica
A teoria do Estado de Direito nasceu com o Estado liberal. Isso significa aqui, com a revolução americana e francesa. Esse nascimento significou a racionalização do poder para garantir a liberdade, a propriedade e oferecer segurança.
Para os americanos: Estado de Direito é o governo de leis e não o governo de homens.
Para os franceses: diziam “não há na França uma autoridade superior a da lei”.
Isso implicou, portanto, a despersonalização do poder e a sua institucionalização. Aqui vem, então, primeiro o Estado de Direito liberal (Estado de Direito formal, formação do Estado Nacional Moderno), que foi seguido pelo Estado de Direito social (Estado de Direito material, aparece em geral após a segunda guerra). A base do estado de direito liberal é o fundamento econômico individualista e a liberdade absoluta do mercado (Fisiocratas, Adam Smith). A base do estado de direito social é a existência de uma correção na chamada visão econômica e que traz consigo o chamado planejamento econômico e a socialização da renda ou do capital. 
Características do Estado Democrático de Direito
1. Primazia da lei, no âmbito formal, sobre todas as atividades do Estado (procedimentos administrativos);
2. Existência de um ordenamento jurídico hierarquizado que permite o controle de constitucionalidade das leis;
3. Separação de poderes (distinção de funções);
4. Proteção jurídica (a violação de direitos; tanto do estado, como da pessoa, direitos privados – direito civil – ou públicos – direitos fundamentais – pode ser feita a valer perante o poder judiciário, isso também é chamado de acesso à justiça);
5. Segurança jurídica (indica a função do direito e é também um princípio estrutural dele; ela abarca os seguintes pontos: 1. Precisão quanto ao conteúdo das normas jurídicas (as leis devem ser formuladas claramente, com precisão; deste modo, a atuação estatal é previsível e o cidadão pode ordenar a sua atividade com isso), o emprego de clausulas gerais deve deixar reconhecido a direção do Estadoe 2. A constância das normas jurídicas (elas devem ser consistentes no sentido temporal, para que o cidadão possa programar-se ideia da calculabilidade); com isso, o principio da proteção à confiança, que resulta do principio da segurança jurídica, tem a possibilidade de atuar e está direcionado ao cidadão. Ele deve poder contar com as regulações, nas quais ele depositou a sua esperança e disposições]).
O princípio de Estado de Direito serve também como uma linha de interpretação de todo o ordenamento jurídico e, portanto, também da constituição e pode ser aplicado imediatamente à medida que faltam regulações para o caso concreto. Exemplo: o tribunal constitucional alemão derivou do princípio de Estado de Direito, os seguintes preceitos da proporcionalidade, da certeza jurídica e da proteção à confiança; da justiça material, da precisão legal, da máxima proteção jurídica (a violação de direitos, tanto do estado quanto da pessoa, privados – dir. civil ou públicos, direitos fundamentais – podem ser feitos a valer pelo judiciário), acesso à justiça/jurisdição (aspecto processual dos direitos fundamentais, o direito ao juiz natural, o direito a um procedimento honesto, o princípio da separação dos poderes e o preceito da igualdade geral (direitos individuais – em sentido lato, pois, necessariamente, não precisa de uma declaração de direitos individuais). 
O princípio democrático
No sentido abstrato pode se analisar a questão tendo em vista a opinião de autores - em sua maioria - no plano da filosofia política. No sentido concreto, deve-se ver a cada vez o que uma determinada constituição prescreve a esse respeito. Exemplo: os direitos políticos, os partidos políticos, as eleições, e direitos fundamentais relacionados (liberdade de pensamento, de imprensa, de reunião, de associação).
Estado Democrático de Direito => Estado de Direito Democrático (um estado de direito pode ou não ser democrático; um estado democrático supõe-se que é de direito).
A determinação do conteúdo pode-se dar por meio de leis ou por decisões judiciais. Tanto no plano Legislativo quanto no plano judiciário.
Breve comentário histórico: A ideia de democracia em si, já estava presente na antiguidade, como uma forma de governo em que se olhava o aspecto quantitativo e qualitativo. No evolver da história, os pensadores em geral, ocuparam-se com a análise da democracia. Foi Rousseau, entretanto, que no contrato social, intenta fazer uma doutrina democrática. Ele chama o seu Estado de democracia, embora seja uma república. Aqui devem ser destacadas algumas observações: a soberania popular se traduz na formação da vontade geral inalienável, indivisível e infalível. A ela compete a tarefa de fazer a lei. A doutrina contratualista, que era fundada no consenso e na participação de todos na formação da lei, faz resultar a igualdade para contrapor-se à desigualdade dos regimes monárquicos e despóticos. John Locke foi também um doutrinador democrático. Ele aceitou a divisão de poderes, reconheceu os direitos fundamentais, o valor de uma constituição e o princípio majoritário (ele teve grande influencia na redação da constituição americana). 
Princípio de estado de direito e o Princípio de estado social, atuam simultaneamente na interpretação dos direitos fundamentais, configurando a concretização dos direitos fundamentais.
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (art. 5), Direitos Sociais (art. 6).
Determinações Objetivas do Estado (art.3 e 4), não fundamentam direitos subjetivos (não são direitos fundamentais): art. 3 – Internas, art. 4 – externas.
Democracia Formal
1. O poder legislativo deve ser composto por membros eleitos pelo povo (direta ou indiretamente).
2. O poder executivo deve seguir a mesma regra.
3. O sufrágio é universal (sem diferença de raça, cor, sexo e riqueza).
4. O voto deve ser igual.
5. A eleição deve ser livre, devendo o eleitor votar segunda as suas próprias convicções, formadas de modo mais desembaraçado possível (Hesse diz: a democracia é assunto de cidadão emancipado que têm condições de decidir a sua vida e a vida da coletividade).
6. Os eleitores devem ter alternativas reais de escolha.
7. A vitória na eleição deve ser auferida pela maioria numérica.
8. As decisões da maioria não devem limitar os direitos da minoria, principalmente o de tornar-se maioria em igualdade de condições.
Como se pode ver, essas características dizem respeito à maneira de como se compõe o poder estatal e nada dizem a respeito de como decidir. O que decidir é indicado pela chamada democracia material.
Democracia material
Caracteriza-se pela igualdade em termos reais, ou seja, concretos. Por isso se fala em democracia política, econômica, social, educacional, etc. Ela se enlaça com a presença do Estado nesses campos. Não para reprimir, ou sufocar a iniciativa privada, e sim para coordenar e harmonizar as situações (exemplo: o planejamento econômico; intervenção do estado na economia).
Características formais da democracia material (herança do liberalismo clássico):
1. Liberdade de crença (direcionada contra a igreja na idade média).
2. Liberdade política (dirigida contra o absolutismo).
3. Liberdade econômica (dirigida contra as corporações da idade média). 
Em linhas gerais, pode-se dizer que esse liberalismo começou a funcionar no continente europeu após a primeira guerra.
Nesse sentido, a democracia material segue a esse liberalismo clássico que é sem dúvida uma conquista do século passado.A democracia na atualidade
Observações gerais
1. A primeira diz respeito às criticas que se fizeram à democracia formal. Uma delas é do próprio Rousseau, que dizia que o povo inglês só era livre no momento da votação.
2. A segunda vem do marxismo, que sustenta que a democracia é o governo de minoria– ideia também endossada por Caetano Mosca, com a teoria de elipses, que diz que quem detém o poder político é quem detém o poder econômico e, portanto, a riqueza.
2.1 Com a reconstrução da Europa no pós-segunda guerra, a ideia de estamento (idade média e Max Weber) e classe (marxismo) foi substituída pela a ideia do cidadão autônomo (no sentido kantiano). Isso se refletiu na forma de como se dá a formação da vontade estatal. Democracia é, portanto, algo para cidadãos emancipados e responsáveis para as coisas da sua vida e para os da comunidade. 
Atualmente a democracia está em estreita comunicação com a mídia. Isso indica, por um lado, a realização do princípio da igualdade no plano da distribuição de antenas. Em segundo, na real possibilidade de o cidadão poder formar uma imagem ou uma visão do mundo que o cerca, para desse modo exercer o seu direito de voto de forma responsável e autônoma. 
Tipos de Estado
1- Forma de Estado: diz respeito a como o poder é exercido, sob o território e sob as pessoas. Temos então: a) base física (Estado Unitário, ocorre quando o poder é exercido unitariamente sobre o território – distritos, França; Estado Federal, há descentralização do Poder, multiplicidade de organizações governamentais – poder exec. leg. e jud. distribuídos sobre o território, Brasil; Estado Regional, há divisão territorial – regiões com estatutos próprios, pode haver uma autonomia política e administrativa, Espanha e países bascos); b) base humana: estado democrático, totalitário (autocracia, quer que a pessoa pense da mesma forma, Nazismo) e autoritário (autocracia, não quer a consciência, Regime Militar brasileiro).
2- Forma de Governo (política institucional): não é tipos de estado, pois o governo é um elemento do Estado. Trata de uma questão de quem exerce o poder (como o poder está instituído e como se dá a relação entre o governante e o governado).
De uma forma geral, pode-se dizer que os regimes políticos são democráticos ou não (autocráticos).
Democracia, aristocracia, ...
3- Sistema de Governo (mecanismo): diz respeito ao modo de como os poderes se relacionam entre si (sobretudo os poderes legislativos e o executivo – impeachment ou moção de desconfiança, não entrando na questão o tribunal constitucional). Sistema Presidencialista (), Parlamentarista () e o Diretorial (há mais de uma pessoa no poder executivo).
4- Regime Político (ideológico): divisão de mundo (amplo), mas não esquerda e direita.
Classificação Clássica de Governo
Platão (A República), Aristóteles (Política), Políbio (Obra Histórica).
Aristóteles: seguindo a Platão, que já havia distinguido formas puras (os governantes perseguem o bem comum, a monarquia – governo de um; aristocracia – governo de poucos; polite – governo de todos) e formas impuras (perseguem o bem particular, quando as puras degeneram, tirania – governo de um; oligarquia – governo de poucos; democracia – controle de todo o povo, somente para os pobres) de governo.
Nessa classificação há um aspecto quantitativo (número de governantes) e qualitativo (saber qual é a melhor forma e tipo de governo).
Classificação Moderna de Governo
Maquiavel (O Príncipe), Montesquieu (O Espírito das Leis).
Maquiavel: a palavra Estado foi introduzida no pensamento político (corresponde a pólis grega ou a res pública dos italianos). A tripartição clássica é substituída por uma bipartição: Principados (reinos, quantitativo – governo de um; qualitativo – vontade de um só) e Repúblicas (aristocracias e democracias, quantitativo – governo de muitos; qualitativo – vontade formada por um colegiado ou por uma assembleia).
O novo aspecto, além do quanti-qualitativo, é o formativo (como se forma o estado). Na Alemanha, os partidos políticos tem como tarefas cooperar na formação da vontade política do estado.
Monarquia e República
Monarquia: é um governo de indivíduos. Ela existe quando o governo está nas mãos de uma pessoa física e que não seja, no sentido jurídico, órgão ou representante do povo ou de uma determinada classe. 
Tipos de monarquia: absoluta (quando o governo está concentrado na mão do monarca); limitada ou constitucional (quando o poder executivo está limitado pelo legislativo em sua atuação); hereditária (quando a titulação deriva de uma linhagem); não hereditária (quando o monarca pode ser eleito). De forma exemplificada, uma monarquia pode ser absoluta e hereditária. 
República: é um governo de coletividade e, por isso, é antitético à monarquia. Nela, o poder se encontra nos representantes do povo ou de uma classe (exemplo: ex-união soviética). 
Tipos de república: democrática (a vontade governativa está representada pelo povo); aristocrática (a vontade governativa está representada por uma classe). Conforme o tipo de eleição – direita ou indireta -, a república pode ser democrática ou aristocrática.
República Aristocrática => Ex URSS.
Expressão grega: “Lutadores contra o monarca”, designação para um grupo de escritores franceses e espanhóis (final do séc. XVI), contra a monarquia absoluta, e pelo soberania popular. Devem ser considerados como precursores espirituais da democracia moderna.
Aula 26/03/2015
DEMOCRACIA como Princípio Constitucional
Pode, tal como o princípio de estado de direito, ser entendido como um princípio indeterminado, e cuja determinação pode ser realizada tanto pelo legislador como pela jurisprudência
- o legislador, ao regular os partidos.
- a jurisprudência, ao associar-se a democracia um determinado conteúdo.
O Tribunal Constitucional Alemão: a igualdade de oportunidades relativa aos partidos políticos, o partido pequeno possa ter acesso à propaganda da mesma forma que o partido grande (questão do financiamento público dos partidos).
O preceito da igualdade eleitoral (aqui se trata de doações a partidos por meio de privados e a questão da dedutibilidade tributária – cota/limite não muito alto, calculada pelo ganho médio dos cidadãos). 
Direito Fundamental a liberdade de opinião, informação e imprensa. Relativa ao Cidadão. A corrente de legitimação democrática [isso põe em dúvida o chamado voto dos líderes], e a proteção da minoria parlamentar.
Soberania com um breve evolução histórica
Não se trata aqui da história do poder estatal em si, que é de ordem filosófica e até sociológica, interessa-nos aqui o PODER estatal e sua UNIDADE, sobretudo da perspectiva JURÍDICA. Ou seja, que a autoridade de determinado estado, deriva de um poder, tenha a sua evolução dentro da história. Assim podemos mencionar os meados da idade média: diversos territórios existentes, competência e autoridade dividida entre o poder real, igreja e cavaleiros. Havia duas organizações: a principal e a organização social. No final da idade Média nasce a ideia de que o poder do príncipe deveria ser independente do poder Papal (segundo as fontes teria sido Papa Geraldo, que teria escrito ao Imperador, que ele não era apenas o representante de Pedro, mas também da cristandade e, com isso o poder da igreja equiparou-se ao poder estatal). Se sobrepôs ao poder estatal (“está acima dele”). Os senhores territoriais começaram a contrapor as forças externas e organizaram um exército unificado e codificado hierarquizado (séc. XV e XVI), Maquiavel introduz na literatura científica a palavra ESTADO, caracterizando a evolução de concentração das forças pelos senhores territoriais. Em outras palavras, na renascença, a palavra Estado servia para designar um grupo dominante, mas a partir do séc. XIX, o Estado passou a dominar um grupo que dispunha de poder supremo. Em 1950, esse poder foi posto a dois argumentos: Sociedade Civil, compreendendo direitos que o poder tende a respeitar; A do Mandato (ditadura), cuja concepção foi revigorada no sentidode que as pessoas que compõe o poder (legislativo, etc.) estão a serviço, mas podem ser restituídos (não é poder absoluto, mas é poder gerencial).
Soberania Interna e Soberania Externa
Teoria: o que caracteriza o Estado Moderno é a Soberania. Entende a Soberania como independência e Unidade da ordem do Estado (supremacia homogenia do Estado). Como se percebe a soberania foi fruto de uma evolução histórica da realidade das forças sociais existentes dentro de um Estado.
Está ligada a própria evolução do poder estatal. Em termos simples, a Soberania é uma elaboração teórica que se encontra no topo de um longo processo político, relativo ao poder. O fato de ter sido elaborada na França tem uma explicação histórica: os reis dividiam o poder com a igreja e com os senhores feudais. A independência e a unidade da ordem estatal, portanto, foi o argumento utilizado para que os reis se desvencilhassem dos concorrentes, ficando, assim, acima deles.
Especificamente: A origem, para Jean Bodin (séc. XVI, 1583), a soberania deveria ser independente em dois aspectos, o INTERNO – Independência da soberania (a independência em confronto com as forças externas consiste na eficácia da ordem jurídica, mesmo sem o acordo dos governados), atualmente no Brasil, muitos criticam Kelsin, ao dizer de forma errônea, que ele não tinha valores. Na verdade, Kelsin, praticamente afirma o que Bodin disse na soberania Interna: o direito deve ser determinado, independente de valores. Isso significa que nessa interpretação, à independência da ordem jurídica em relação aos valores, em Kelsin, é equivalente à eficácia da ordem jurídica, independente do acordo de determinados grupos sociais (dos governados). Se o aspecto externo se contrapõe com a conquista dos povos indígenas pelos espanhóis, então se mostra a distância da concepção do Estado Português, que estava praticamente dominado pelo fervor religioso, da objetividade científica de Bodin.
Unidade jurídica do Poder Estatal
Como poder, Bodin atribuiu a soberania EXTERNA ao soberano, quando na verdade caberia ao Estado. Com a passagem da soberania do soberano para o estado, compreende-se mais significativamente a UNIDADE JURÍDICA ESTATAL: há uma ordem homogenia, que não tem mais concorrentes de direito e de competências, daí se deriva que o estado é uma unidade de poder e de eficácia organizada juridicamente. Com isso, elimina-se as pessoas ou grupos cuja autoridade era concorrente com a do estado.
A DEFINIÇÃO DE SOBERANIA interna e externa: visto então o que é unidade jurídica do estado, é fácil entender o que seja soberania nos dois aspectos apontados. Trata-se da jurisdição (“dizer direito”). Isso em dois planos: no INTERNO revela-se na autoridade do Estado em promulgar as leis para pessoas ou grupos existentes dentro de seu território. Isso de maneira suprema (sem concorrência e sem limites de outros poder). EXTERNO, diz respeito a aspectos do Estado com outros estados, nessa relação o estado é soberano (igualdade entre estados – no direito internacional).
Atributos da soberania
UNIDADE (dentro de uma mesma ordem jurídica, não pode haver mais de uma autoridade com o poder supremo); INDIVISIBILIDADE (é única e indivisível, quanto ao exercício, pode ser dividida nas funções do Estado – três poderes); INALIENABILIDADE (não pode ser transferida); IMPRESCRITIBILIDADE (não se anula nem se decai, não perde seu efeitos com o passar do tempo). Um estado pode nascer crescer e morrer (império Romano), mas não nasce para acabar: diferença entre Estado e Governo (executivo), o governante vincula a vontade do Estado.
Hoje o significado de soberania sofreu uma transformação: por um lado, no aspecto do exercício do poder do estado, a proteção do indivíduo, estava contida no conceito de soberania, e portanto, ficava a cargo de cada estado soberano. Atualmente essa proteção encontra um outro fundamento, ou seja, os direitos fundamentais (caráter universalizador dos direitos fundamentais – a China coloca a questão de que não seria melhor para o desenvolvimento um estado autoritário ou praticamente, pelas exigências colocadas pelos direitos fundamentais dentro dela internamente). O processo de consolidação desse caráter universalizador mostra-se tanto na esfera intra-estatal (criação de tribunais constitucionais – meios de proteção de direitos fundamentais na Alemanha e Espanha), quanto na extra-estatal (na criação do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para a proteção dos direitos e liberdades fundamentais, publicado em 1950, e a criação de um Tribunal Penal Internacional em 1998, criado em Roma com sede em Haia – o estatuto entrou em vigor em 2002; a Corte Interamericana de Direitos Humanos – 1979, em La Paz, reconhecido no Brasil em 1988).
Por outro lado, na formação da vontade estatal, o poder nacional, hoje, é influenciado e complementado pelo poder societário. Na comunidade europeia, se mostra no campo da iniciativa da elaboração de lei e atividade econômica do Estado (linha diretivas, as quais devem ser convertidas em direito nacional). Quanto a falta de coação externa (falta da possibilidade de sanção, 1928, essência e desenvolvimento da jurisdição constitucional). Cabe lembrar a criação da corte internacional de justiça de 1945, com sede em Haia, como principal órgão judiciário das nações unidas. Além disso, a criação do tribunal de justiça das comunidades europeias (União Europeia – hoje), 1952, com sede em Luxemburgo.
Vai ao encontro da ideia de Kelsin para transferir os tribunais para os países que utilizariam os tribunais internacionais em substituição de uma guerra.
Uma outra questão que está ligada a coerção e a soberania externa, na Federação da Época de Weimar, a norma de direito internacional está no mesmo grau hierárquico que a norma federal. Para Kelsin, Áustria, na mesma época, a norma de direito internacional está acima da norma da lei federal. A Constituição de Weimar, a lei Fundamental e a Constituição Austríaca, em vigor, dão a preferência às normas de direito internacional. Kelsin trabalha com duas concepções, ou seja: MONISTA (norma internacional => norma da sentença nacional); DUALISTA (Norma da ordem Internacional – aceitação pela constituição nacional e validade interna).
Divisão de Poderes
Montesqueu e a SEPARAÇÃO DE PODERES: antes de abordar esse autor, cabem algumas observações: considerações em torno da palavra poder (o poder é traduzido por um verbo, ou, pela língua portuguesa, pode ser um substantívo – o poder Natural Biológico, as árvores podem voar; o poder Político, indica competência, e diz respeito ao limite estatal). Para a Unidade Estatal, é preciso entender a expressão de Montesquieu, como uma certa malícia, pois indica diversidade de funções para garantir os direitos individuais que também tem expressão no séc. XVIII, com os freios e contrapesos e o equilíbrio mecânico => funcionalidade e organização. A diferença entre poder e força: o poder traduz uma ideia qualitativa (é caracterizado juridicamente), a força é uma ideia de quantidade física. O número de Poderes (Benjamin Constant sustentava a existência de cinco poderes: o real, o executivo, o representativo de duração, o representativo de opinião e o judiciário), o Silveste Pinheiro Ferreira era da mesma opinião (cinco poderes – com os Três poderes usuais, mais o Eleitoral e Conservador). Na visão contrária: o poder era o Rei, a câmara dos pares e a câmara dos comuns. Na visão do Judiciário, este era tido como poder Administrativo, na adição dos outros dois: Executivo e Legislativo.
Aristóteles, distingue as funções básicas do estado: poder consultivo (guerra, paz e leis), jurisdição () e Magistrado (assuntos administrativos).
Uma forma de governo mista, o poder supremo é dividido para poder limitá-lo, equilibrando-se como em uma balança.
Locke (1632-1704) => a ideia de separação de poderes encontrou na Revolução Gloriosa que expulsou Jaime II, pelo fato de ter feito uma intervenção no Poder Legislativo. Guilherme de Orange e Maria, ao assumirem o trono, assinaram o Bill ofRights, submetendo o executivo ao Legislativo (passagem da Monarquia Absoluta para a Monarquia Constitucional). Locke, então, escreve a favor da separação do Executivo e Legislativo, devido à fraqueza humana e os fins alheios à comunidade.
Motesquieu (1775) => ao se debruçar sobre o problema, tinha a ideia de balança, reforçando os argumentos de John Locke (Revolução Americana), e desde então, a ideia de separação toma conta no sentido de equilíbrio entre os poderes. Além disso ela se torna um pilar fundamental na concepção do Estado de Direito Liberal (Revolução Francesa).
Toda a sociedade em que não é determinada a separação de poderes, carece de Constituição. As ideias básicas de Montesquieu no livro: O Espírito das Leis. A liberdade depende do não mal uso do poder e qualquer homem tende a abusar do poder se não houver barreiras, por isso, a pluralidade de poderes é uma condição prévia para a fiscalização limitadora do abuso. A liberdade, segundo ele, depende do jogo de um contra o outro, dos poderes (isso lembra a ideia dos freios e contrapesos).
Deve haver órgãos distintos para executar as funções da administração, da legislação e da justiça.
Princípio monárquico é uma ideia com as quiais as constituições foram interpretadas de uma determinada maneira. Pelo visto, este princípio não está previsto em Montesquieu. Fala-se atualmente em Bolivarianismo (Bolívar era a favor de um executivo forte e um legislativo perene).
Poder Tradicional por associação de funções (visão de poder na atualidade), coloca-se o FEDERALISMO como Divisão de Poder Vertical.
A limitação da divisão do Cargo é a divisão de poder temporal.
A participação de poder pluralistas é a divisão de poder Decisivo.
As funções jurídicas ou essenciais: Legislativa, a Executiva ou Administrativa e a Judiciária. As funções Sociais ou Secundárias: Econômica, Assistencial, Previdenciária e Educação.
As Atividades Sociais são exercidas, não só pelo Estado, enquanto que as atividades jurídicas, somente podem ser exercidas pelo Estado.
Há distinção entre ÓRGÃO e FUNÇÃO legislativa (tem o aspecto material – conteúdo; e formal – maneira de como é feito). 
Do ponto de vista MATERIAL da lei: RAGON, regra geral, abstrata, obrigatória, com novidade. São os atributos da lei no sentido MATERIAL, e devem estar presentes simultaneamente (existe uma decisão do supremo que aceitou o controle de constitucionalidade de uma circular do Banco Central pelo fato de ela possuir alguns desses atributos).
Do ponto de vista FORMAL da lei: se trata da EMANAÇÃO pelo poder competente (LEGISLATIVO), que deve seguir as normas da Constituição e depois dos regimentos internos do Senado e Câmara.
PODER Legislativo (função precípoa – criar a lei no sentido formal; julgar – impeachment; função de administrar – edição de atos administrativos, por exemplo, uma resolução para autorizar o presidente a se ausentar do país).
Funções do Poder Executivo (administrar – atos administrativos; legislar – medidas provisórias e leis delegadas, não tem iniciativa de sanção, votação, veto, publicação; julgar – conceder induto e comutar penas).
Poder judiciário (jurisdicional – por fim a conflito de interesse por meio de julgamento; legislar – ao elaborar o seu regimento interno; administrativa – conceder férias e licenças).
Os três poderes têm as suas funções respectivas e as funções secundárias (funções dos outros poderes).
Palavras Chave
Schellel (hierarquização) => os valores seriam conhecidos por sexto sentido.
Tirania dos valores (estão em relação com as normas). Direito ao trabalho e Direito do trabalho; Busca do Pleno Emprego, a Ordem Social.
Livre Iniciativa, deve ser vista com a Livre Concorrência (livre exercício de qualquer atividade econômico).
Pluralismo político.
Aula 02/04/2015
Direitos Fundamentais
Questão terminológica
Direitos do homem (humanos) => é universal, tem sua matriz dada pela Revolução Francesa (iluminismo, cunho filosófico).
Direitos positivos (cunho prático, com fonte na Inglaterra) => Direito de Liberdade (proibição contra a detenção arbitrária – habeas corpus, 1679 “exigir o corpo” e submeter ao lorde do tribunal dentro de 3 dias e dizer as razões da prisão).
Magna Charta Libertatum (1215), foi obtida por João Sem Terra e senhores feudais temporais e espirituais. “Nenhum homem livre pode ser preso ou encarcerado e nem privado de sua propriedade, nem família, valerá contra ele apenas a sentença judicial proferida por seus pares ou pela lei do país.”
Petição de Direitos (1628), foi pedido ao rei pelo Parlamento para que esse confirmasse os direitos e liberdades já existentes. Daí por diante, o monarca deveria pedir autorização do parlamento para seus gastos.
Bil of Rights (1671), Declaração de Direitos que limitava o poder absoluto do Rei em favor dos indivíduos. Direito de petição/requisição, possuir armas/autodefesa, direito dos membros do parlamento usarem a palavra livremente para discutir (imunidade parlamentar). E a garantia de não de impor penas exorbitantes e nem penas cruéis.
Estas não são declarações no sentido moderno, as quais vieram com as Revoluções americana e francesa, mas podem ser caracterizadas como embriões.
Nos EUA, podemos destacar a declaração de direitos do Bom Povo de Virgínia (1ª Declaração – 1776, anterior à declaração de independência, tanto uma como a outra tiveram a sua inspiração em John Locke, Rousseau e Montesquieu. Esse tipo de declaração se tornou um modelo para as que seguiram).
Declaração Norte Americana, dependiam de pelo menos 9, das treze colônias/estados membros. Eles então exigiram que houvesse uma declaração de direitos onde os direitos fundamentais estivessem garantidos. Thomas Jefferson e James Medici as elaboraram (1799).
Na França, encontra-se a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789). Ela ainda está em vigor, por meio de uma revisão da atual constituição de 1959. Suas principais características são: liberdade, igualdade, propriedade, legalidade e garantias individuais liberais.
Os Direitos Individuais X Direitos Sociais (segunda geração) => As primeiras declarações falavam em direitos individuais, que compreende, sobretudo, pelo individualismo do séc. XVIII (posição de autonomia da pessoa perante a doutrina da Igreja, e além disso, constituía uma resistência com o poder absoluto do rei – o Absolutismo foi um dos grandes causadores da separação dos poderes e da declaração dos direitos individuais).
Constituição Mexicana (1717), ainda em vigor, e a Constituição de Weimar (1719), aparecem os chamados direitos sociais => Trabalho e Previdência. O Estado não tem mais apenas o dever de abstenção (competência negativa), mas a obrigação de intervir na realização dos direitos fundamentais (dever de prestação).
Características dos Direitos Fundamentais
Sentido Histórico: 
Historicidade: eles não têm fundamento no Direito Natural (romano-cristão), mas são uma projeção da história do homem, e nesse sentido, não são eternos;
Inalienabilidade: são intransferíveis e inegociáveis, uma vez que não têm conteúdo econômico/patrimonial (a transação vale só quando há direitos de caráter patrimonial privado; isso põe em dúvida a venda de voto por uma cesta básica; são imprescritíveis, nunca deixam de ser exigíveis; irrenunciáveis, mesmo se não forem exercidos).
Sentido Dogmático (Alexy):
1. São Universais: ideal de universal, valendo tanto para os titulares (cidadãos) e os destinatários (Estado), cabendo ao homem no sentido biológico (podem valer para direitos de grupos/comunidades, mas ainda assim, são formadas por indivíduos);
2. Morais: é um conceito contrário a um conceito jurídico-positivo, que nasce como toda norma positivada (atos de disposição, poder constituinte, lei). Direito Morais podem ser simultaneamente direitos jurídico-positivos, mas sua validez não depende de positivação. Para a validez, basta que a norma que está na sua base valha moralmente (quando podem ser justificados diante de cada um);
3. Preferenciais: apesar de seu conteúdo moral, os direitos dohomem estão em uma relação íntima com o direito. Por esse ser um direito fundamental perante cada um, o direito à vida também pode ser exercido realmente (não estar apenas na Constituição – mínimo existencial, cesta básica, educação básica, etc.). Papel fundamental do conteúdo do Direito Positivo: deve-se tratar de interesses e carências que podem e devem ser protegidas e fomentadas pelo direito, isso é fundamental quando a sua violação/não proteção significa a morte ou sofrimento grave. Aqui entra a ideia dos direitos fundamentais como direito de defesa, e os direitos sociais que visam ao asseguramento e ao mínimo existencial;
4. Abstratos: mostra-se na necessidade de restrição ou limitação de outros direitos ou bens coletivos. A restrição possível só pode ser estabelecida, cada vez, pelo caminho da ponderação (um retrocede em função do outro).
Posições Jurídicas Fundamentais
A doutrina, em geral, trabalha com gerações ou dimensões de direitos. Alexy pensou em outra, que não foge dessa ideia e traz maior clareza:
Os direitos a algo: Direito a uma Atuação Negativa (direitos de defesa, direito ao não impedimento de atuações, Ao não prejuízo de qualidade de situações, à não eliminação de posições jurídicas; Direito a uma Atuação Positiva (atuação fática positiva ou atuação normativa positiva – aquela compreende um convênio e um banco estatal, e esta pode ser objeto de ação por inconstitucionalidade por omissão), diz respeito aos chamados direitos de prestação (fática ou normativa), isto é, Direitos Sociais; Direitos de Liberdade (liberdade não valorizada, ensino da lógica formal – correção do raciocínio/silogismo; lógica dialética – tese, antítese e síntese); Lógica do Dever Ser (do ser/causal); Lógica Deôntica (Três Dimensões – obriga, proíbe ou permite/autoriza/público). A Liberdade Não Valorizada pode ser uma ação ou uma omissão (liberdade de crença X obrigação de crença; associação; valorizada). A proteção de liberdade jurídico-fundamental consistem a algo e também a normas objetivas que permitem ao titular dos direitos fundamentais a assegurar a atuação permitida (recurso de amparo espanhol ou recurso constitucional alemão – se um direito fundamental é violado o titular pode fazer valer diante do tribunal). Se uma liberdade está vinculada com tais direitos ou normas então ela é uma liberdade valorizada.
Direitos a Competências: competências existem tanto do direito público como no privado, publicação de lei/ato administrativo (aquele), contrato (este). A atuação pode não cumprir uma competência (a assinatura de um contrato por um menor de idade), além disso, a competência não se confunde com o poder fático (A pode ser responsabilidade por sua atuação delituosa em B, mas essa atuação não pode ser vista como o exercício de uma competência);
Regras e Princípios
Regras: São normas que podem ser preenchidas. Fazer exatamente aquilo que uma norma pede. Regras contém, por isso, determinações possíveis real e juridicamente;
Estrutura: 
Subsunção: 
Conceitos de tipologia: “matar”, “alguém”.
Semântica: o objeto de investigação é a relação entre o sinal e o objeto pelo significado (ciência de significados de sinais linguístico). Abertura Semântica (Hart), o alcance de uma norma/tipo pode estar aberto no momento da publicação, ele vai ser determinado futuramente diante da aplicação (com alguma ponderação – realizada para determinar a extensão do conceito, generalizabilidade);
Princípios: São normas que ordenam que algo seja feito em uma medida tão alta quanto possível relativamente às possibilidades fáticas e jurídicas, mandamentos de utilização, caracterizados pelo fato de poderem ser preenchidos em graus diferentes, e que a medida ordenada dependem não só das possibilidades fáticas, mas também das jurídicas. O âmbito do juridicamente possível é determinado pelas regras e princípios em sentido contrário. Contém direitos prima-face (à primeira vista/o que está escrito na norma): para chegar ao direito definitivo é necessário fazer a ponderação;
Proporcionalidade: compõem-se de Necessidade fática; Adequação fática; e Ponderação em sentido Estricto. Implicação de dedução para com o caráter de princípio de estado de direito (hierarquia constitucional). Se não há cumprimento dos três princípios, há antijuridicidade. Por isso, são classificados como regras. O princípio pode ser critério normativo e pode também ser um veículo de direitos fundamentais (subsunção) e de bens políticos (ponderação);
Lei da Ponderação: 1ª – quanto maior é o grau do não cumprimento/prejuízo do princípio, tanto maior deve ser a importância no cumprimento do outro. Essa lei deixa decompor-se em três passos: deve ser comprovado o grau do prejuízo, deve ser comprovado o cumprimento do princípio em sentido contrário, finalmente, deve ser comprovado se a importância do princípio em sentido contrário justifica o prejuízo ou não do primeiro (direito de propriedade e lençol freático – restrição do direito de propriedade). 2ª Ponderação Epistêmica, quanto maior é a intervenção, maior deve ser a certeza da premissa que autoriza a intervenção (desapropriação pelo sem-terra). A análise da proporcionalidade pressupõe que os direitos fundamentais tenham estrutura de princípios. A ponderação é a dimensão central na análise da proporcionalidade. Diz o que deve ser fundamentado para justificar a proposição de referência condicional que apresenta o resultado da ponderação sobre o grau de importância. Entra em questão cada argumento possível, como de costume na argumentação jurídica.
Aula 09/04/2015
Argumentos jurídicos a favor do prejuízo da proteção do direito de personalidade.
PONDERAR x SUBSUNIR
Televisão => alcance, efeito da forma de transmissão, alto grau de confiabilidade pelo público, outros perigos disso decorrentes para a 
Telejornal => liberdade, importância de uma reportagem de delito grave.
A ponderação não é um procedimento em que um bem (direito de personalidade X liberdade de difusão) é “precipitadamente” realizado as custas do outro. Segundo esse argumento, a ponderação é tudo, menos o elemento abstrato. Segundo a lei de colisão (proposição de referência condicionada, afrouxar o silogismo), corresponde a uma regra de decisão diferenciada.
Modelo da ponderação de Alexy
Na ponderação, não se trata de uma questão de tudo ou nada (regras, explícitas), mas uma tarefa de otimização (princípios). Sobre esse aspecto, o modelo da ponderação de Alexy corresponde ao princípio da concordância prática. A lei da ponderação, como tal, não formula um critério com cujo auxílio, casos podem ser decididos definitivamente. O modelo de ponderação como um todo oferece, porém, um tripé ao enlaçar a lei da ponderação com a teoria da argumentação jurídica nacional. A lei da ponderação diz o que deve ser racionalmente fundamentado.
Na ponderação de bens, uma palavra não é sustentada contra a outra. Um princípio é posto contra o outro (é posto em relação ao outro), o que tem as consequências formuladas na lei da colisão e da ponderação.
Toda a regra e princípios da proporcionalidade desembocam no novo CPC. Acolheu a fórmula peso de Alexy: no caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o OBJETO e os CRITÉRIOS GERAIS da ponderação efetuada, enunciando as RAZÕES que autorizam a interferência na norma afastada, e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
Regras e princípios
A diferença entre regras e princípios: 1- a divisão é malograda, em vista da multiplicidade existente (não é possível dividi-las nem usar critérios a vontade). 2- admite a divisão, mas é feita segundo o grau (permanece na generalizabilidade, sem colisão, mas na extensão da palavra), quem sustenta essa posição, não pode falar em ponderação. 3- admite a divisão, mas a diferença não é apenas gradual, mas é qualitativa (princípios são fundamentos de otimização), diferença básica entre regras e princípios. 4- ao dizer que regras também se ponderam, está na posição 2, com isso, não poderia falar de ponderação pois, para tanto, tem de se admitir que osdireitos envolvidos têm a estrutura de princípios e não de regras, as quais podem ser graduadas – por ex. dever de cuidar, ou graduação de uma regra no direito penal (negligência, imprudência ou imperícia).
No modelo regra X princípio de Alexy, a dedução não é suprimida por ponderação, ao contrário, ambas são unidas. Podem funcionar por subsunção ou ponderação, dependendo do caso.
Ex. de aplicação direta (REGRA):
Art. 5º inciso IX, é livre a expressão da atividade artística. Notação: T (tipo, expressão da atividade artística é livre) => R (consequência jurídica, se não for expressão da atividade artística pode ser restringido). Funcionamento: SUBSUNÇÃO (isto é, com prova). Se o fato é expressão da atividade artística, é livre. Se não é, então pode ser restringido (não tem proteção).
Ex. de aplicação de Princípio:
Art. 5º, inciso 22, é garantido o direito fundamental. Princípio B, Art. 5º, inciso 63, o meio ambiente é um direito fundamental. Funcionamento: aqui funciona por ponderação (argumentação), direitos fundamentais ou bens coletivos (p.ex. água), quando colocados sobre a base de princípios, são prima face (à primeira vista, não é um direito definido), pela ponderação, chega-se uma regra que apresenta o direito definitivo. Essa vai funcionar por subsunção para os casos futuros (regra do precedente). O direito de propriedade foi restringido por ponderação, devido à restrição de contaminação de uma faixa do lençol freático. O direito de ponderação é pragmático e não lógico. No discurso prático, a estrutura da argumentação está na base de justificação, assim, pode requerer em juízo uma devolução pecuniária em um prazo específico, se provado que o empréstimo também teve um prazo para ser efetivado. Essa regra, por eferência à consequências do segmento da norma, se justificado. A pragmática indica uma não relação de dedução, enquanto que a consequência jurídica tem uma relação de dedução com o tipo. Enquanto que no plano das regras pode se trabalhar com a teoria da verdade por correspondência, onde a verdade é a relação estabelecida entre o afirmante e o afirmado, enquanto que no plano dos princípios, trabalha-se com a teoria da verdade por consenso, a qual a verdade não depende da relação entre o afirmante e o afirmado, mas pelo que se diz a favor ou contra algo, que pode ser universalizado. Isto está vinculado com a força do melhor argumento.
Subsunção (questão de suporte fático) X Ponderação (questão de argumentação sobre os princípios) no modelo Regras X Princípios.
TODA A PONDERAÇÃO começa com DUAS SUBSUNÇÕES e termina com UMA REGRA que permite a subsunção. A relação de precedência condicionada pode ser vinculada a ratio descidenti (um fundamento legal positivado, um enunciado/afirmação, ou os fundamentos da decisão).
Para a teoria dos direitos fundamentais, a distinção entre regras e princípios é o fundamento da teoria jurídico fundamental, pois, sem isso, não é possível uma Teoria de Barreira adequada (restrição, onde se aplica a teoria externa se distinguindo um direito e sua barreira – a liberdade de ir e vir e a restrição de uso do capacete –, barreira X direito, pela ponderação se chega no direito definitivo de restrição – deve usar capacete –, isso é o oposto da teoria interna que trabalha com o direito e o seu limite, e para determinar o direito definitivo, trabalha com a natureza da coisa, limites e maneiras, o que não são racionais e certos. A Teoria dos Princípios trabalha com a TEORIA INTERNA e não a externa. NENHUMA Teoria das Colisões satisfaz sobre o papel dos direitos fundamentais no sistema jurídico, formando a DOGMÁTICA dos direitos de liberdade e igualdade e dos direitos de proteção, organização, procedimentos e prestação. A liberdade é o pilar fundamental do estado liberal, e a igualdade é o pilar do estado socialista. Eles são chamados direitos de proteção – primeira geração, enquanto os direitos de prestação – segunda geração). Como defeito perante terceiros, de direitos fundamentais, os quais valem na relação entre privados – relação horizontal –, e da divisão de competências mais claras entre o tribunal constitucional e o legislador. A divisão de princípios forma um vigamento de uma teoria material normativa dos direitos fundamentais. E, com isso, um ponto de partida das possibilidades e limites da racionalidade no âmbito dos direitos fundamentais. Com tudo isso, é a distinção entre regras e princípios (aceita a distinção, não sendo de modo gradual) um dos pilares da teoria dos direitos fundamentais. A questão sobre a racionalidade do fundamentar jurídico, leva assim a questão sobre a fundamentabilidade geral de sentenças práticas gerais ou morais (relação com o que é devido/DIREITO e o que é bom). Essa discussão foi prejudicada pelas posições de que se apresentem com posições subjetivistas, relativistas, desiscionistas, irracionalistas. Por outro lado: posições objetivistas, absolutistas, cognitivistas, racionalistas. Para a discussão ética mais recente, influenciada pela lógica moderna, filosofia e idioma, teoria da argumentação, ciência, enquanto ao conteúdo orientada fortemente por ideias canteanas, mostrou que teorias morais e materiais, que cada questão resulta em UMA resposta coercitiva, sem dúvida, não poderiam resultar em uma resposta. Teorias que formulam regras ou condições, são do discurso prático racional (também as teorias morais procedimentais podem ser vinculadas, pois elas têm de estar na base para a universalização do argumento, não sendo possível universalizar um argumento por uma teoria moral material – se não se sabe sobre algo, então é inaceitável aceitar).
Teoria da Argumentação Jurídica de Alexy
A importância teórica e prática, dependendo junto com a decisão, com peso considerável ulterior para o problema da legitimidade da regulação de conflitos sociais por decisão judicial. As questões: ONDE e em QUAL PROPORÇÃO, valorações são necessárias e como se comportam em relação aos argumentos jurídicos e cientificamente, e se são objeto da fundamentação da teoria da argumentação jurídica de Alexy. No lado oposto, Kelsin negava o pragmatismo, afirmando que juízo de valores ou morais não podem ser fundamentados e por isso o juiz tem o livre poder discricionário, para com eles, dentro dos quadros normativos (situar os juízos morais dentro do quadro normativo). Porém, algumas regras só podem ser constituídas e cumpridas de forma aproximada.
Aula 16/04/2015
Ordem Histórica: Direitos de nacionalidade; direitos políticos; direitos individuais; direitos sociais e direitos do trabalho.
Diferença entre Direito e Garantia
Reside na formação normativa (como a frase é construída), contudo não há maior diferença. Tanto o direito como a garantia de um direito dependem da possibilidade de haver um caminho processual adequado. Recurso de Amparo na Espanha e o Recurso Constitucional na Alemanha. Além disso, a garantia pode ser dividida em três modos:
Ponto de vista de Ruy Barbosa: Constituição de 1891 (republicana), no art. 5º, inciso 11, é semelhante à aquele da constituição de 1891, assim pode ser dito que a determinação judicial é a garantia e a inviolabilidade (residência da pessoa) é o direito.
A garantia é entendida como a existência de uma via processual que está disponível para o titular dos direitos fundamentais para usar caso sejam violados. Sinônimo de Processo (na nossa constituição, não existe algo semelhante com o recurso de Amparo ou o recurso Constitucional). As garantias processuais (habeas data, mandado de segurança, etc.) estão espalhadas pelos tribunais e dependem de quem é o titular violado. Os nossos direitos fundamentais carecem dessa garantia.
A garantia é entendida como uma destinação ao legislador (o fato de estar os direitos fundamentais previstos em uma constituição significa que eles não estão a disposição do legislador – não pode revogá-los). A positivação queria ser respeitada pelos futuros legisladores, por isso, encorporou-se na constituição (vide constituição dos EUA e da França). Quando se fala em garantia, tem-seem mente, esse terceiro sentido – estarem previstos na Constituição.
Classificação: existem direitos e garantias expressos e os Decorrentes, conforme o regime adotado na Constituição federal, dos princípios e tratados internacional do qual o Brasil seja parte.
Terminologia: o adjetivo fundamental indica que os direitos e garantias são a base/fundamento do Estado previsto na Constituição Federal. Os direitos Naturais (abstratos), ao serem positivados, tornaram-se fundamentais (base). A CF de 88 colocou os direitos e garantias fundamentais em seu aporte, os quais estavam mais para o fim da Constituição.
Direitos e deveres INDIVIDUAIS
Dever dos pais em relação aos filhos menores e o dever dos filhos maiores em relação aos pais em sua velhice.
Direitos coletivos
Associação profissional – funcionários privados –, e sindical – funcionários públicos; greve; participação em colegiados e órgãos públicos; meio ambiente ecologicamente equilibrado; saúde; educação.
Deveres coletivos
Dever da coletividade para com o meio ambiente; dever perante a Constituição; etc.).
Direitos invioláveis, Art. 5º, caput, direito a vida, à liberdade, à igualdade, segurança e propriedade. Isso é apenas exemplificativo, pois todos os direitos previstos na constituição são invioláveis.
Podem ser restringidos em caso de colisão com outros princípios, por meio da ponderação.
Igualdade Formal e Material
IGUALDADE FORMAL (igualdade perante a lei), essa determinação dirige-se, sobretudo, ao aplicador da lei. Ela significa igualdade diante da lei. Cada pessoa, em igual medida, é obrigada e autorizada pela regulação jurídica e ainda proíbe aos órgãos estatais aplicarem o direito em detrimento ou a favor de uma pessoa (o obrigar e o autorizar, referem- se à lógica deônte – o direito obriga, proíbe ou permite). A IGUALDADE FORMAL está, portanto, unida a igualdade na aplicação do direito (executivo e judiciário – administrativo e sentença), apoiando-se na ideia de que a lei mesma é expressão da razão e da justiça geral, que por sua vez é assegurada pelo princípio da generalidade da lei. Toda lei é uma regra abstrata (ao contrário dos atos administrativos, que são regras individuais), geral, obrigatória, com novidade.
IGUALDADE MATERIAL (igualdade na lei): pode ser expressa com o que é igual (deve ser igualmente tratado), o que é desigual (deve ser desigualmente tratado), logo, fatos iguais não devem ser tratados desigualmente, nem fatos desiguais devem ser tratados igualmente. Devem-se comparar as essencialidades, pois essa essencialidade vai determinar o julgamento de casos semelhantes. A igualdade material está assim unida a igualdade na fixação do direito (legislador). O princípio da igualdade é bem interpretado quanto ao conteúdo de uma lei não pode ser (proibição) arbitrariedade. É vinculada pelo Legislador com a proibição de arbitrariedade material (que diz respeito ao conteúdo), e enlaçada com a ideia do controle judicial do legislador (em relação à lei). Na Alemanha isso se deu a partir da lei fundamental (1849), sob sua vigência foi acrescentada a exigência de proporcionalidade, ou seja: a proibição de arbitrariedade foi unida à observância da proporcionalidade no controle judicial. A igualdade material vai, portanto, desde a proibição da arbitrariedade, até a observância da proporcionalidade. Nos EUA, a proibição de arbitrariedade está unida à clausula de igual proteção. Depois de 1945, foram desenvolvidos três critérios de exame (exame de três dentes): teste de base nacional; teste de exame severo; teste intermediário, empregados nas ações afirmativas (cotas nas universidades) – testes que travam a ação positiva do estado.
Sobre a CF de 88, o Supremo Tribunal Federal, também se ocupou com as duas igualdades, sobretudo com a RTJ 201-1 (p.341). E a pesquisa da jurisprudência, sob o título: igualdade na lei (material) e perante a lei (igualdade formal).
Princípio da Legalidade: deriva do Estado Democrático de Direito (as ações e omissões estão legalmente prescritas – relações cidadão-cidadão e cidadão-Estado). O critério de aferição é a lei, e não a vontade do governante monárquico. Atuação nos limites da lei, tanto do particular quanto do poder público – legalidade administrativa
Reserva da Lei : Matérias previamente indicadas, somente podem ser vinculadas por meio de uma lei, em sentido formal.
Acesso à justiça: reação à Constituição de 37 (Estado Novo), deixou sem reparo judicial os direitos individuais e permitiu que as leis deixassem esses direitos sem remédios processuais.
Direito de ser ouvida e considerada sua petição.
Pode representar a Defensoria Pública: igualdade de armas processuais.
Direito Adquirido: Tempo pré-fixado e condições pré-estabelecidas, que são inalteráveis por arbítrio de outrem (Na Alemanha distingue-se entre RETROATIVIDADE PRÓPRIA – comum, a lei somente pode retroagir no tempo se for para alterar o passado –, e IMPRÓPRIA – a lei irá incidir no futuro sobre o direito de alguém (sobre fatos presentes não consumados), como é o caso de uma lei de aposentadoria, incide no momento em que a pessoa vai se aposentar embora as condições tenham sido estabelecidas anteriormente).
Ato jurídico perfeito: é o já consumado, segundo a lei vigente, ao tempo em que se depõe.
Proteção à Confiança: leis onerosas não retroagem. Pode impor limites ao legislador.
Coisa Julgada (sendo relativa, pode ser ponderada como um princípio, tendo em vista princípios em sentido contrário): Há coisa julgada Formal (é relativa – não há mais meios processuais de impugnação – não cabe mais recurso) e a coisa julgada Material (é absoluta – ocorre depois de passado determinado tempo, à medida que as condições mencionadas no código não aconteceram).
A duração do processo: pode ser entendida no aspecto subjetivo, que por sua vez compreende o preparo técnico das pessoas que aplicam o direito. Mas também pode ser entendida pelo aspecto objetivo, significando a disponibilidade das condições materiais, requeridas para a realização da tarefa processual (infra estrutura, computadores).
Liberdade de Pensamento: a manifestação do pensamento pode dar-se por palavra escrita e foto. Essa enumeração é apenas exemplificativa. O caput do art. 220 reforça a liberdade do pensamento – Liberdade de Imprensa. Um complementa o outro. Aqui se deve distinguir claramente entre a liberdade de manifestação de pensamento, e a liberdade de realizar o conteúdo manifestado no pensamento (aborto e maconha – uma coisa é manifestar-se sobre esses temas, outra coisa é realmente praticar o aborto ou ser usuário da maconha. É portanto malogrado quando se torna a prática equivalente à manifestação, com a finalidade de proibir a manifestação. Isso viola o art. 220 e seu parágrafo 2º. Isso impede que sejam tomadas decisões sensatas sobre os temas).
Liberdade de Consciência (relacionada à moral) e de Crença (relacionada à religião): essas liberdades indicam uma autonomia da pessoa e o estado laico. A liberdade de crença, juntamente com a liberdade de associação, têm tanto no sentido positivo quanto no sentido negativo. O estado não pode obrigar a crer em algo ou não crer. Não pode obrigar que alguém se associe ou não à alguma coisa.
Ela pode, no entanto, ser restringida diante de outros direitos fundamentais. 
Limitação: Art. 5º, VIII (2º parte); Art. 15, IV; 143, § 1º
Essa limitação revela uma igualdade material diante de deveres individuais. É a chamada objeção de consciência, ou seja, por exemplo, não se é obrigado a prestar o serviço militar com armas (caso haja uma crença, por parte do cidadão, que indica para isso).
Determinação de lugares para cultos religiosos pelo poder público viola o direito de crença.
Reunião ao ar livre deve ter aviso prévio à autoridade pública (Shopping não entra nessa restrição).
Associação: diante da reunião, diferencia-se perante sua duração, e da sociedade com fins lucrativos. As associações paramilitares são proibidas. A criação de associação independe de autorização. São um exemplo do direito fundamental de defesa(o estado não pode intervir nesse direito protegido). Podem influenciar os políticos. Têm personalidade judiciária (pode estar em juízo como autor ou como réu).
Cooperativas: assim como as associações, contam com um incentivo constitucional. Visam à melhora econômica dos seus membros.
Dissolução: compulsória (por obrigação) e suspensão das atividades somente podem se dar por decisão judicial.
O exercício do Culto Religioso: essas determinações constitucionais são consequências da mesma determinação prevista no artigo 5º, inciso 6. Uma proibição do exercício de culto religioso esvazia esse direito fundamental (viola o conteúdo essencial).
Liberdade de Expressão da Atividade Artística e Científica: a manifestação para os outros do produto da atividade intelectual artística e científica (manifestação de produto). Isto, por sua vez, é reforçado no art. 220. Esse direito fundamental é essencial para a formação de opinião pública, que por sua vez é um dos elementos imprescindíveis para uma democracia conflitante/militante (no sentido de ideias). Permite que o legislador tenha uma ideia sobre a questão levantada. Problema sobre proibição de matar animais: ponderação de restrição (direito de vida dos animais e direito de crença) e não proibição.
Liberdade de Comunicação: a comunicação estabelece relações, e a liberdade contribui para a formação de opinião do cidadão, importante para uma coletividade democrática. A democracia é uma questão de cidadãos emancipados.
Limitações: as prescrições do parágrafo 3º visam a proteção de determinados membros da coletividade: crianças e jovens. E, nessa medida, contribuem para a formação e proteção (na Alemanha, as propagandas nos intervalos de desenho foram proibidas).
Liberdade de imprensa: elemento essencial na democracia deliberativa.
Acesso a informação: complemento do inciso 4 e 9º. A amplitude da informação do art. 5º, inciso 14, não está limitada pelo parágrafo 1º do art. 220. Aqui é possível falar da liberdade interna (é resguardado o sigilo dentro da imprensa – repórter e o dono) e da liberdade externa (o sigilo do repórter para com o público externo) da imprensa. Quanto maior é a liberdade interna, menor é o controle sobre o jornalista.
Na situação estado de sítio, o acesso a informação pode sofrer restrições. Isso não significa anulação. Deve-se aplicar o princípio da proporcionalidade. Deve-se dar a salvaguarda da finalidade do estado princípio.
Inviolabilidade contra a pessoa: intimidade, vida privada, honra e imagem. A violação dessas esferas pode acarretar em uma indenização. No plano da proteção de dados, a esfera não é absoluta (depende da ponderação).
Contra a casa: pode ser um barracão ou um caminhão de um caminhoneiro. A inviolabilidade pode ser quebrada por uma restrição justificada pela proporcionalidade.
Sigilo de correspondência: direito de defesa (o Estado não pode atuar). O sigilo das comunicações telefônicas podem ser violadas. Pode haver restrições quando do estado de defesa ou do estado de sítio (deve ser justificado por ponderação).
Liberdade de trabalho: liberdade de ação geral (compreende a liberdade de escolha dos que preparam para o seu exercício). Esses direitos fundamentais, preparação e escolha, efetivamente dependem dos direitos previstos no Art. 205 e 218 (direito à educação).
Em decorrência da industrialização e do desenvolvimento tecnológico, e em razão do status de certos cargos da administração, e da racionalidade da administração, condições são requeridas: editais de concurso público.
Regulação: competência da União.
Liberdade de locomoção: compreende a liberdade de se locomover no território e de sair do território. Barreiras sanitárias não violam esse direito.
Correção da P1
Prova A de 2015/2
(questões retiradas de áudio gravado na correção da prova)
1- O que mudou na CF/88, no aspecto técnico-formal, diante das CF anteriores?
Mudança de apresentação dos direitos fundamentais: foram colocados no início da constituição (serve para mostrar a importância e serve como base).
2- Qual é o resultado do princípio constitucional como critério normativo?
A declaração de inconstitucionalidade.
3- Quais são as decisões fundamentais da CF/88?
Estado Federativo, de Direito, Democrático, e a Divisão de Poderes.
4- Como ocorre a modificação do texto constitucional?
Através de emendas constitucionais. / Por modificação de artigos, alíneas, incisos.
5- O que significa constituição no sentido político?
Ela não é norma e nem lei, é a decisão do representante político.
6- A pergunta sobre democracia material. Que resposta você dará para A?
Caracteriza-se pela igualdade material em termos fáticos (o estado não está nesse âmbito para restringir a iniciativa privada, mas para coordenar).
7- Com que funcionam as regras?
Funcionam por subsunção, isto é, tipo prescrito, suporte fático e conseqüência jurídica.
8- O que diz a lei da ponderação?
Quanto maior é o prejuízo a um princípio, maior deve ser a importância de outro princípio que estiver sendo contraposto.
9- Como pode ser entendida a palavra “garantia”?
Três formas: 1- A decisão judicial é a garantia e a inviolabilidade é o dever (Ruy Barbosa); 2- Via processual; 3- destinatário do direito fundamental (estarem previstos na constituição).
10- O que significa a retroatividade em sentido próprio?
A lei intervêm ulteriormente de forma alternante em casos que se deram no passado e que devem ser revisados (ALTERA a situação de fatos que já se realizaram no passado).
Prova B de 2015/2
(questões retiradas de áudio gravado na correção da prova)
1- O que mudou na CF/88 no aspecto das competências tributárias dos estados e municípios, diante das constituições anteriores?
Ampliação da competência legislativa, mas não da arrecadação (continua o centralismo da época de 30).
2- Qual o resultado do princípio constitucional como veículo de direitos fundamentais e bens subjetivos?
Um princípio retrocede por meio da ponderação
3- Determinação dos princípios do Estado: fundam direitos subjetivos e tem normatividade?
NÃO fundam direitos subjetivos e TEM normatividade (têm precedência sobre a liberdade do legislador; estrutura de direitos sociais).
4- Como ocorre a mutação constitucional?
Ocorre por interpretação: o texto permanece o mesmo, mas o conteúdo do texto é modificado.
5- O que significa constituição em sentido jurídico?
Sentido lógico: Norma Fundamental predisposta;
Sentido jurídico político: bloco de normas que regulam o nascimento de outras.
6- U pergunta sobre a democracia liberal no séc. XVIII, que resposta você dará para U?
Não intervenção do Estado no domínio econômico e social. Liberdade política contra o absolutismo; liberdade econômica contra as corporações. Liberdade de imprensa contra a Igreja.
7- Como funcionam os princípios?
Com ponderação.
8- O que diz a lei da ponderação epistêmica?
Quanto maior for a intervenção em um direito fundamental, tanto maior deve ser a certeza da premissa que a autoriza.
9- A coisa julgada pode ser ponderada?
Em geral é tratada como regra, mas em alguns casos PODE. Não tira um direito, mas pode fazer que alguém não se aproveite de um erro administrativo, por exemplo.
10- O que significa a retroatividade no sentido impróprio?
A lei intervém indiretamente nos fatos que estão ocorrendo no presente, mas que no futuro, vai intervir de maneira a modificar a condição do afetado.
Prova A de 2015/1
(Não gravei o áudio, mas digitei as respostas que o professor falou)
1- N pergunta sobre a norma dignidade. Que resposta você dará para N?
Norma dignidade: princípio e regra. Se no plano dos princípios a regra não serve, então passa a qualidade de regra.
Para Kant é absoluta, isto é, não existe preço ou equivalente. Para resolver o problema da absolutidade do plano das regras, deverá ser ponderada diante do caso concreto.
2- Forma de estado: o que é?
Forma de Estado
Base física: Estado Unitário, Estado Federal, Estado Regional.
Base humana: autoritário, totalitário,

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes