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Farmacologia Básica

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EXERCÍCIO AVALIATIVO - 1
Resuma a história da Psicofarmacologia desde a Revolução Francesa até os dias atuais. 
A história da Psicofarmacologia posterior ao século XVIII tem como um de seus teóricos principais o médico francês (considerado por muitos o pai da psiquiatria) Philippe Pinel. Este tornou-se conhecido devido a mudança no tratamento aos pacientes manicomiais da época, sempre citando que estes eram doentes tais quais os que sofrem de doença não psicológica, o que era uma visão totalmente diferente para aquela sociedade, que prezava os tratamentos forçados e desumanos. 
Pinel deixou como discípulo de suas pesquisas o psiquiatra também francês Jean Esquirol, que se tornou um mestre na história da psiquiatria. Esquirol foi precursor no estudo da alucinação, tornando-se responsável mor de um dos principais hospitais da França, o Hospital de Salpêtriére. Entre seus principais feitos está a diferenciação da doença da mente e da deficiência mental. Aquele se refere a loucura; este a idiotia (que era considerada diretamente proporcional aos resultados escolares).
Outrossim, o médico psiquiatra francês Jacques-Joseph Moreau foi essencial para a compreensão de inúmeras perguntas. Moreau descobriu os efeitos do haxixe, sendo o primeiro médico a publicar uma pesquisa que vincula drogas e seus efeitos no Sistema Nervoso Central. Em seus relatos, cita que as drogas podem tratar as doenças mentais, ou ao menos auxiliar no tratamento. Além disso, sistematizou tratamentos com ervas para prescreve-las aos seus pacientes. Mencionava que a insanidade era fruto de uma mudança química no cérebro.
Poucos anos depois outra perspectiva da psiquiatria se iniciou com Emil Kraepelin (psiquiatra alemão) que pode ser considerado o pai da psiquiatria moderna. Kraepelin percebia as doenças psiquiátricas como fruto de uma desordenação genética e biológica. Desta forma, tinha um embate com a teoria psicanalítica e suas principais contribuições foram vistas no final do século XX com o surgimento do DSM (que classifica as síndromes de maneira similar aos seus relatos).
Dentre as drogas ilícitas no Brasil, a mais consumida é a maconha (Cannabis sativa). Esta planta foi muito utilizada na história da humanidade (e ainda é) para fins medicinais e pelas características de sua fibra, usadas em inúmeros produtos europeus. Há relatos do uso das fibras pelo povo chinês a mais de sete mil anos. Entretanto, se difundiu na Europa e na África, passando pelas Américas apenas no final do século XVIII. No século XX a maconha foi amplamente proibida em vários países. Na década de 60 seu uso recreativo volta a se tornar mais frequente. A maconha possui cerca de sessenta substâncias, agindo em várias áreas do cérebro. Muitos estudos tem sido realizados sofre seus efeitos terapêuticos, que ainda estão bastante abertos. Todavia, sabe-se que em muitos casos de pessoas com câncer que realizam quimioterapia ela pode ser benéfica, bem como, com pessoas que são acometidas pela AIDS, pois seu uso aumenta o apetite. 
Dentre os fármacos, o que revolucionou no século XIX foi a morfina, criada pelo farmacêutico Friedrich Serturner, em 1803. Posteriormente foi produzida por laboratórios para utilização analgésica. Vale ressaltar que é uma droga bastante perigosa que pode causar dependência rapidamente. Foi utilizada para tratamentos diversos, se percebendo um baixo efeito terapêutico em determinados casos. Foi utilizada em demasia apenas em 1857, após a criação da seringa. Calcula-se que cerca de 400 mil soldados americanos se tornaram dependentes devido ao uso incorreto da droga. Em 1874, criou-se um derivado do ópio (assim como a morfina), a heroína. 
A heroína é considerada uma droga depressora do SNC, que produz uma sensação de prazer bastante intenso. Muitos usuários comparam com um orgasmo, sendo que posteriormente ao prazer ocorre a sedação. Foi utilizada para tratamento de algumas doenças (circulou no mercado até 1910) quando se descobriu que a heroína se transforma em morfina no fígado, sendo até mais causadora de dependência.
A cocaína é uma extração realizada da “folha da coca” (com relato de utilização de pelo menos 5 mil anos), consumido até hoje em determinados países. Sua popularização ocorreu após a utilização desta para o tratamento de dependência de morfina. Além disso, o médico neurologista e pai da psicánalise, Sigmund Freud, utilizou a droga para fins analgésicos, se popularizando para fins medicinais por outros médicos. A sua proibição ocorreu devido ao abuso da substância pelas baixas classes dos Estados Unidos, resultando no que ficou conhecido como o “ataque as mulheres brancas do Sul”, realizado por negros sob efeito da droga. Todavia, os próprios malefícios causados pelo abuso da substância são argumentos preciosos para sua proibição.
Dentre as drogas que foram essenciais na história da psicofarmacologia está a Clorpromazina. Sintetizada por Paul Charpentier. O antipsicótico atua como tranquilizante sem ser sedativo, característica que foi essencial para sua utilização em pacientes psiquiátricos. O carbonato de Lítio, utilizado primeiramente pelo médico John Cade é um estabilizador de humor que substituiu muito o uso da lobotomia. Já os barbitúricos foram muito utilizados (ainda hoje) como sedativo, antiepilético e anestésico. O médico Jakob Klaesi foi um dos psiquiatras que utilizou barbitúricos para realizar a terapia do sono profundo, sendo este seu maior feito publicado. Os benzodiazepínicos, substância utilizada com fim ansiolítico, tem como medicamento mais conhecido o Diazepam, ainda muito utilizado no Brasil.
O que queremos dizer com “receptores farmacológicos”?
Não há como iniciar uma explicação acerca dos “receptores farmacológicos” sem mencionar os “alvos-farmacológicos” ou alvos proteicos, que é onde as moléculas do fármaco irão se ligar. Os receptores são um dos tipos dos alvos farmacológicos, que se definem por serem moléculas proteicas que, basicamente, possuem a função de recodificar um sinal químico e responde-lo. Ou seja, uma caracterização (reconhecimento) de um mediador químico (que nesse caso pode ser um hormônio, neurotransmissor, etc.) para desempenhar uma resposta.
Pode-se citar como breve exemplo os antidepressivos ISRS (inibidores seletivos de receptação de serotonina) que atuam em neurônios pré-sinápticos que recolhem o neurotransmissor serotonina, e desta forma aumentam seu período na fenda sináptica possibilitando uma maior passagem deste para o neurônio pós-sináptico. Ou seja, em termos gerais o que ocorre é o bloqueio de um receptor que recolhe a serotonina, permitindo um maior número do neurotransmissor na fenda. 
Um fármaco é uma substância química que, quando aplicada a um sistema fisiológico, afeta seu funcionamento e normalmente age sobre proteínas-alvo. Que tipos podem ser essas “proteínas-alvo’’? 
Em geral, existem quatro tipos de “proteínas-alvo”, que podem ser classificadas em: enzimas; canais iônicos; proteínas transportadoras e receptores. Todos possuem receptores para ligação, que são um dos tipos dos alvos farmacológicos, que se definem por serem moléculas proteicas que, basicamente, possuem a função de recodificar um sinal químico e responde-lo, tendo como principal função a de mensageiro químico. 
O que é especificidade do fármaco? 
Em termos gerais, a especificidade de um fármaco se dá pela especificidade do sítio de ligação. Ou seja, o fármaco para se ligar a um determinado receptor deve possuir as características exatas para tal, caso contrário não ocorrerá a ligação e seus efeitos. Entretanto, vale ressaltar nenhum fármaco é capaz de agir com exatidão plena.
Explique a seguinte afirmação: “Em alguns casos, ao aumentar a dose de um fármaco, a substância pode afetar outros alvos além de seu alvo principal e esse fato pode levar ao aparecimento de efeitos colaterais’’. 
A potência de um fármaco é medida de acordo com sua especificidade ao se conectar aos receptores desejados. Todavia, nenhum fármaco é capaz de ter total exatidão, e quando se aumenta umadose, se abre alas para outros receptores se ligarem, criando indesejavelmente os efeitos colaterais dos medicamentos.
“Os fármacos com alta potência costumam apresentar baixa afinidade pelos receptores e, consequentemente, ocupam uma porcentagem significativa de receptores, mesmo em baixas concentrações’’. A afirmativa está correta? Por quê? 
A afirmativa não está correta, pois os fármacos com alta potência apresentam uma alta afinidade com os receptores e justamente por este motivo que em baixas concentrações conseguem uma taxa de eficácia geralmente alta.
7) Responda: 
a) O que é um fármaco agonista? 
São substâncias que se ligam aos receptores e os ativa (capazes de se ligar a um receptor e disparar uma resposta). O composto deve ter afinidade com o receptor. Quando for possível disparar uma resposta, dizemos que essa substancia tem eficácia intrínseca.
b) O que é um fármaco antagonista? 
São substâncias que apresentam efeito contrário ao do agonista, a eficácia (capacidade de disparar uma resposta) dos antagonistas é igual a zero, além de bloquear o efeito do agonista. 
c) Qual a relação desses fármacos (itens “a’’ e “b’’) com seus níveis de eficácia?
	A eficácia dos agonistas podem ser parciais ou totais (quando o receptor é totalmente ativo) dependendo da quantidade de tecido ativo. Já os antagonistas não possuem eficácia, uma vez que não há a ativação do receptor. 
8) Quais são os principais fatores que interferem na absorção dos fármacos? Como eles podem interferir?
Os principais fatores que interferem na absorção dos fármacos estão relacionados a polaridade e ao pH do meio. A maior parte dos fármacos são bases ou ácidos fracos presentes em solução na forma ionizada e não-ionizada. Geralmente, a forma não-ionizada é lipossolúvel e pode atravessar a membrana, o que não acontece com a forma ionizada. Além disso, o tamanho e a concentração do fármaco podem interferir de maneira acentuada, uma vez que quanto menor for a concentração, menor será o efeito.
9) Antes de ser eliminado do organismo, o fármaco precisa ser metabolizado. Explique como ocorre essa metabolização. 
	Primeiramente o fármaco deve ser absorvido (via oral, endovenosa etc.). Depois de estar na corrente sanguínea ele agirá em todo o organismo, tendo sua ação especifica e não especifica e depois será eliminado. Os fármacos são xenobióticos (não fazem parte dos componentes metabólicos do nosso organismo), logo, o organismo fará de tudo para sua degradação. O fígado é o local onde o fármaco se torna mais hidrofílico para que assim chegue a urina e consiga ser descartado. A primeira fase da eliminação tem uma condição específica, sendo esta uma reação de oxidação (o fármaco será oxidado, pois o organismo trabalha para diminuir os efeitos biológicos dos fármacos), as enzimas CYP450 (existindo diversos tipos do grupo CYP) são as principais responsáveis nesta fase. A fase dois é uma reação de conjugação, onde o fármaco se une com um composto químico muito hidrossolúvel para que facilite sua degradação. Nem todos fármacos precisam passar pelas duas fases. Em suma, essas fases tem por consequência a inativação biológica dos fármacos e depois uma facilitação para eliminação deste.
10) Por que ao inibir a atividade da enzima “CYP2C’’ pode ocorrer o aumento da toxicidade do fármaco?
	Ao inibir as atividades da enzima CYP2C (um dos subgrupos CYP que predominam a atuação no fígado) o fármaco tende a ficar muito tempo na corrente sanguínea, uma vez que em geral são substâncias exógenas (xenobióticas). Ou seja, a função das enzimas CYP2C é a inativação biológica de um agente exógeno (o fármaco) para que na segunda fase do processo de metabolização essas substâncias fiquem com características hidrofílicas, possibilitando a eliminação pelo organismo. Uma vez que não há essa eliminação e a dose sempre se torna estável, e em algum momento será tóxico para o organismo, gerando um acúmulo do fármaco na corrente sanguínea.

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