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* Abordagem centrada na pessoa Carl Rogers * Carl Rogers (1902-1987) Graduação em ciências físicas e biológicas. Seminário Teológico Unido - visão filosófica liberal da religião. Teachers College da Columbia University – Introduzido a psicologia. Primeiras experiências clínicas na tradição behaviorista e psicanalista. Rochester Center – contato com Otto Rank (normalidade é a capacidade de viver sem medo, culpa ou ansiedade e de assumir a responsabilidade pelas própria ações). Carl Rogers tornou-se professor de Psicologia na Universidade de Chicago e secretário executivo do Centro de Aconselhamento Terapêutico. De 1957 até 1963 realizou estudo intensivo e controlados. * Pressuposto da Abordagem Centrada na Pessoa todo indivíduo existe num mundo de experiência em constante mutação, do qual ele é o centro; o organismo reage ao campo da maneira como este é experimentado e percebido; o campo perceptivo é, para o indivíduo, “realidade”; a reação do indivíduo é uma reação a sua realidade percebida, sendo correto afirmar que vivemos de acordo com um mapa perceptual particular; * Pressuposto da Abordagem Centrada na Pessoa Nesta interação há a tendência à atualização, que é uma tendência inerente que move todo organismo no sentido de desenvolver todas as suas potencialidades, de maneira a favorecer sua conservação e seu enriquecimento; * Pressuposto da Abordagem Centrada na Pessoa o comportamento é a tentativa dirigida para uma meta que o organismo utiliza para satisfazer as necessidades que ele experimenta, no campo que ele percebe; a emoção acompanha e, em geral, facilita o comportamento dirigido para uma meta, sendo que o tipo de emoção relaciona-se com os aspectos de busca versus consumação de comportamento; e a intensidade da emoção relaciona-se com a importância percebida do comportamento para a preservação e o aperfeiçoamento do organismo; * Pressuposto da Abordagem Centrada na Pessoa como resultado da interação com o ambiente, e particularmente como resultado da interação avaliatória com os outros, é formado o self. * Self É o sentido que o indivíduo atribui a “si mesmo”, ou “sua percepção como ser-no-mundo. * Construção do Self Comportamentos Emoções Ambiente Necessidade Resultado Self * Self as experiências podem: ser simbolizadas, percebidas e organizadas em alguma relação com o self; ser ignoradas porque não há relação percebida ao self; ter uma simbolização negada ou distorcida porque a experiência é incoerente com as relações do self. * Self O desajustamento psicológico existe quando o organismo nega à consciência experiências sensoriais e viscerais significativas. * Self Self Real: A potencialidade de si, quem ele é, os comportamentos, emoções, necessidades e relação com o mundo. Os próprios valores. Self Ideal: Aquilo idealizado, o que está de acordo com os outros pensam. Os valores “sociais”. * Self * As defesas O desajustamento psicológico decorre de situações ameaçadoras, que ativam na pessoa mecanismos de defesa capazes de evitar ou distorcer a simbolização da experiência. Comportamentos/Sentimentos de Defesa: Racionalização, compensação, fantasia, projeção, compulsões, fobias, comportamentos paranóicos, estados catatônicos. * Proposições relativas ao processo de ajustamento Quanto menos goza o indivíduo de liberdade experiencial, mais tenderá a julgar-se e orientar-se em função de critérios externos; (self ideal) Quanto mais se julga e se orienta em função de critérios externos, tais como opiniões de outras pessoas, mais está sujeito à angústia; (self ideal) Quanto mais está sujeito à angústia, mais tenderá a negar ou a deformar certos elementos de sua experiência, de modo a torná-los de acordo com as exigências, reais ou percebidas, de seu ambiente; (incongruência) * Proposições relativas ao processo de ajustamento Quanto menos ele funciona de maneira autônoma, menos autêntica será a apreensão dos dados de sua experiência; Quanto menos autêntica é a apreensão dos dados da experiência, menos adequado será o comportamento. * Proposições relativas ao processo de ajustamento Quanto mais o indivíduo se sente abrigado de qualquer ameaça, isto é, ao abrigo de qualquer juízo alheio, mais completa será sua apreensão de sua experiência do eu; Quanto mais completa é a apreensão de sua experiência real, vivida, mais seu funcionamento será fácil, eficaz e satisfatório. * Um espaço acolhedor “Quanto mais trabalho com as pessoas, tanto na terapia individual como nos grupos de encontro, mais respeito tenho pela pessoa humana. Esse valor que venho atribuir ao ser humano é algo que brota realmente da minha experiência. Não comecei com tão alta consideração pelo homem.” Rogers 1977. * Um espaço acolhedor A relação Psicoterapêutica é facilitadora na mudança do cliente. Olhar para a terapêutica do presente imediato. Favorecer que o cliente tenha clareza de seus processo de vida, adquirindo novas percepções de si próprio. (Insight) * Um espaço acolhedor Ajudar o cliente a se responsabilizar por si. Deve ficar claro que o terapeuta não tem respostas para seus problemas. O terapeuta estimula a livre expressão, sendo favorecida pela postura de interesse e aceitação em toda expressão do cliente. (não valorizando uma expressão especifica) * Um espaço acolhedor Foca-se somente no que é expresso pelo cliente. O objetivo desta condução é proporcionar um espaço acolhedor para que a pessoa consiga entrar em contato com a sua realidade, diminuindo as defesas. * O método Não Diretivo Diretivo: Conteúdo Expresso. O quê se apresenta. É ideia. O quê. Não Diretivo: A expressão. Como se apresenta. É movimento. Como. * Foco na experiência É o processo existencial que ocorre com o ser humano. É o fluxo de sentimentos/pensamentos/comportamentos que acompanha constantemente o indivíduo. É o processo concreto, corporalmente sentido. * Atitudes necessárias e suficientes Para Roger há três atitudes: 1) Empatia: Assumir, na medida que for capaz, o quadro de referências do paciente, de captá-lo tal qual ele se vê, de abandonar todas as percepções que se refiram a um outro quadro. (identificação por empatia x identificação emocional) * Atitudes necessárias e suficientes Para eu poder ser útil, vou me por de lado – o eu da interação habitual – e entrar dentro do seu mundo de percepção tão completamente quanto for capaz. A empatia se dá na apreensão do cliente e na transmissão ao cliente desta compreensão. * Atitudes necessárias e suficientes 2) Congruência: Eu não me mostro empático, se eu for autêntico e, para ser autêntico, preciso acreditar no potencial humano e acreditar no meu próprio desenvolver. (ao menos na “hora terapêutica”) * Atitudes necessárias e suficientes 3) Aceitação positiva incondicional: transmitir ao cliente atitudes de compreensão, respeito e aceitação sem a inserção de apreciações. Quando eu “julgo” trato a pessoa como um objeto. * Atendimento * Fases de Rogers “Realizei estudos diagnósticos de crianças e elaborei recomendações para o tratamento de seus problemas; em 1928, desenvolvi um inventário para avaliação do mundo interior da criança, que – Deus me perdoe – continua a ser vendido aos Milhares” Rogers 1977 * Fases de Rogers Restringia algumas pessoas do estilo de terapia: Psicóticos. Considerados pouco inteligentes. Restrição de idade. Restrição de autonomia. * Fases de Rogers Focava-se no verbal apenas. Não dá importância a relação terapeuta-cliente. E no final não acredita mais num processo individual. * “Aprendi que poderia confiar não só nos clientes, na equipe, nos alunos, mas também em mim mesmo... Não foi uma lição fácil, mas extremamente valiosa e permanente.” Rogers 1977 * Friederich (Fritz) Salomon Perls Berlim 1893 ~ 1970 * Perls Faculdade de Medicina (Universidade de Humboldt em Berlin neuropsiquiatria) Neuropsiquiatria (Kurt Goldstein Teoria Organísmica e Psicologia da Gestalt) Psicanálise (Karen Horney, Clara Happel, Eugen Harnik, Reich e Freud) Casa-se com Lore (Laura) Perls * Década de 30 Filosofia: Sigmund Friedländer Indiferença criativa Existencialismo. Resistência ao Nazismo Em 1935 funda o Instituto Africano de Psicanálise Palestra em 1936 no Congresso Internacional de Psicanálise Freud e Reich (Resistência oral). * Perls vs Psicanalise 1942: Ego, fome e agressão Instinto sexual Instinto de fome Inconsciente Awareness Passado Aqui e agora Causalidade Descrição Representação (Id) Intenção (Ego) Patologia Estagnação Psique Organismo * Gestalt-Terapia 1948: Grupo dos Sete (autenticidade) 1951: publica livro com Paul Goodman e Ralph Hefferline 1952: Instituto de Gestalt NY Gestalt-kibutz em 1964: Esalen e 1969: Vancouver * Figura e Fundo * Figura e Fundo Figura: o que está em foco, o que se apresenta a consciência. Fundo: o que é menos acessível a consciência. * O que o cliente apresenta Figura Fundo * O Gestalt-terapeuta Não vê todas as “peças”. Não planeja nem direciona para uma “montagem” prévia. Não busca “peças” que não aparecem. Trabalha com as “peças” que o cliente traz. Não descreve a causa ou os efeitos das peças/ montagens que aparecem. * O “resultado” * O Ciclo de contato Exemplos: 1- Sensação 2- Percepção 3- Estratégia e Resolução 4- Balanço 5- Equilíbrio 2- Engajamento 1-Pré-contato 5-Assimilação 4- Desengajamento 3- Contato * O Ciclo de contato Exemplo: A Fome 1-Pré-contato: * O Ciclo de contato Exemplo: A Fome 2-Engajamento: * O Ciclo de contato Exemplo: A Fome 3-Contato: Pensar sobre Agir * O Ciclo de contato Exemplo: A Fome 4-Desengajamento: * O Ciclo de contato Exemplo: A Fome 5-Assimilação: * O Ciclo de contato Qualquer evento 1- O evento em si 2- Gera X, Y, Z. 3- Pensar sobre e agir 4- Deu certo? 5- Assimilar experiência. 2- Engajamento 1-Pré-contato 5-Assimilação 4- Desengajamento 3- Contato * Self É o contato, ser-no-mundo. É o movimento que ocorre na relação do ser e o mundo. Desse movimento posso definir um “eu” e um “não-eu”. * Fronteira de contato Não se refere a um lugar Relação entre a pessoa e o meio, entre "eu" e "não-eu". Eventos fronteiriços acontecem por meio do pensamentos, comportamento e emoções Os problemas da fronteira podem estar relacionados a fronteiras rígidas demais (estereotipias), falta de fronteira (Confusão e desconexão) e um lado dominar o outro. * Fronteira de contato * Fronteira de contato ? * Fronteira de contato * Mecanismos neuróticos INTROJEÇÃO PROJEÇÃO CONFLUÊNCIA RETROFLEXÃO * Mecanismos neuróticos PROFLEXÃO Uma combinação de projeção e retroflexão “Fazer ao outro aquilo que gostaríamos que este nos fizesse” DEFLEXÃO Evitação do contato direto Desvio de energia para outro “objeto”. EGOTISMO Reforço deliberado nas fronteiras de contato Hipertrofia narcísica * Polaridades * Polaridades A pessoa se expressa no mundo de diversas formas. A pessoa não tem um só oposto, mas vários; “multilaridade”. Um pólo necessariamente requer a existência do outro para existir. Respostas polares são restritas, sem imaginação. Respostas em espectro maior = flexibilidade. * Polaridades Indivíduo sadio: Polaridades integradas / entrelaçadas. Consciência das polaridades e se aceita. Menor zona de pontos cegos. Embora não aprove todas as polaridades estão disponíveis ao sofrimento da awareness. * Polaridades Indivíduo disfuncional: Visão rígida e estereotipada de si. Negação das polaridades. Consciência = ansiedade insuportável. Mecanismos de defesa. * Awareness: É a consciência em ação. Com suporte sensorial, motor, emocional, cognitivo e energético. Não separa homem e mundo. Gera ajustamento criativo. É um estado sensorial, motor, emocional, cognitivo e energético fluido (não rígido). (rígido gera polaridade) Objetivo da Gestalt-terapia: conceito de saúde * Vivência * Métodos terapêuticos Buscam ampliar a consciência do cliente Descrição: Pensamento (razão), sentimento (emoção), julgamento e sensação. Contradição e Intenções Síntese da fala. Postura, tom de voz, expressão facial, etc. * Experimentos CADEIRA VAZIA VIAGEM DE FANTASIA ARTE CONSCIÊNCIA CORPORAL CADEIRA QUENTE JOGO DE PAPÉIS * Sonhos * O Terapeuta Usar todas as técnicas elencadas. Usar só algumas. Criar outras. Até onde vai sua zona de conforto? Você pode “tudo” na Gestalt-Terapia: Mas tendo em mente ampliar o contato do cliente e sempre de maneira que o dê autonomia. * Conceitos x descrição Ciclo de contato. Mecanismos neuróticos. Figura e fundo. Awareness. Polaridades. Entendê-los como movimento; entendê-los como uma interpretação da realidade observada e não a realidade em si e nem a totalidade dela. * Técnicas X Experimentos O trabalho esta de acordo com o fenômeno? É criativo? Amplia o fenômeno? Trabalha a autonomia do sujeito?
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