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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 1 ÍNDICE Provas Em Espécie III �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2 Perguntas ao ofendido ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2 Testemunhas �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2 AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 2 Provas Em Espécie III Perguntas ao ofendido Preocupação da lei com a vítima do crime Ofendido é aquele que sofre a ação criminosa, ou seja, a vítima do delito� Veja que ele será ouvido sempre que possível – isto significa que, quando possível, o ofendido tem de ser ouvido, não é facul- dade do Juiz ouvi-lo ou não� Se o ofendido for devidamente intimado para comparecer à audiência de instrução, ele poderá ser conduzido coercitivamente desde que falte motivo justo para tanto para esta ausência� Mesmo assim, a preocupação da lei com o ofendido o torna sujeito de direitos, principalmente para evitar vitimização secundária e terciária� Vamos fazer um adendo aqui! De forma muito simplificada, temos 3 esferas da vitimiza- ção: 1) primária: os efeitos diretos do crime; 2) secundária: a atividade de persecução penal; e 3) reflexos no ambiente em que a vítima está inserida (família, igreja, trabalho, escola, por exemplo)� Valor probatório das palavras do ofendido Valor probatório: é relativo� Lembre-se que o ofendido tem interesse na condenação; que ele não é testemunha; não presta compromisso; não pratica crime de falso testemunho (até pode praticar o crime de denunciação criminosa)� Detalhe interessante: nos crimes clandestinos, por exemplo, crimes sexuais praticados contra criança, a palavra da vítima ganha valor, podendo levar à condenação do réu – se em harmonia com os demais elementos de convicção� → Grave, ainda, o seguinte: 1) o ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem – tal comunicação pode ser feita por e-mail, se o ofendido assim preferir; 2) o juiz deve lhe conferir local reservado, além de adotar medidas necessárias para resguardar a imagem, honra e vida privada (é a publicidade restrita); 3) o juiz pode encaminhar o ofendido para atendimento multidisciplinar, às custas do ofensor ou do Estado; 4) o juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça� Testemunhas Quem pode testemunhar? Toda pessoa poderá ser testemunha! Tome cuidado com isto, pois é assim mesmo que diz o CPP� Termos importantes Testemunha referida: aquela pessoa que é citada por outra testemunha (a referente) e, embora não arrolada como testemunha, é chamada a apresentar suas declarações� → Testemunha judicial: aquela inquirida pelo Juiz mesmo sem ter sido arrolada como testemu- nha por qualquer das partes. Logo, é possível a inquirição ex officio – veja o que diz o art. 209: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes. AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 3 Testemunha instrumental ou fedatária ou imprópria: não falam sobre o fato crime (como fazem as testemunhas próprias), mas sobre a regularidade de ato da persecução penal, por exemplo, as duas que assinam o auto de busca e apreensão ou de reconhecimento de pessoas e coisas� Testemunha compromissada É aquela que presta o compromisso de dizer a verdade, pois advertida para tanto� Ela também é chamada de testemunha numerária� Informantes (as testemunhas sem compromisso) Informantes, atualmente, são conhecidas como testemunhas sem compromisso� Isso significa que não lhe é realizada a advertência de que devem dizer a verdade, exatamente porque há presunção de que suas declarações não merecem fé� → Mas quem são? São os doentes mentais, os menores de 14 anos e as pessoas citadas no art. 206: Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou inte- grar-se a prova do fato e de suas circunstâncias. Estas pessoas podem vir a serem ouvidas, mas o farão sem compromisso, de modo que seu teste- munho deve ser analisado com cautela pelo Juiz� Atenção: os parentes arrolados no art� 206 podem deixar de depor, salvo quando for o único meio de prova do fato ou circunstâncias� → IMPORTANTÍSSIMO: a testemunha compromissada e a não compromissada (informante) pode vir a responder pelo crime de falso testemunho do art. 342 do CP: Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Detalhe interessante: em face dos informantes, cabe contradita antes do começo do depoimen- to� Há ainda pessoas cuja veracidade das palavras pode ser questionado, pois indignas de fé ou im- parciais (o inimigo capital do réu, por exemplo)� Em face delas, cabe arguição de defeito e a conse- quência é a exclusão da testemunha – ela não será ouvida� Pessoas proibidas de testemunhar (cuidado com o Advogado) Aqui, estão pessoas que, de início, são proibidas de depor mesmo� Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. Com relação ao advogado, Algumas testemunhas não entram no cômputo do número máximo Cada espécie de procedimento tem um número máximo de testemunhas a serem apontados pelas partes. Porém, não entram nesta contagem: as testemunhas referidas, as não compromissa- das (os informantes), as judiciais e aquelas que nada souberem que importem à decisão da causa� Sistema adotado para inquirição das testemunhas O CPP adota o Sistema Direto – abandonou o Sistema Presidencialista� Princípios da Prova Testemunhal E a colheita desta prova segue os Princípios: 1) da Oralidade; 2) da Objetividade; 3) da AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 4 Indivi9dualidade; 4) da Incomunicabilidade; e 5) da Retrospectividade� EXERCÍCIOS 01. Quanto ao exame do corpo de delito, segundo o Código de Processo Penal (CPP), a única fórmula legal para preenchersua ausência é a colheita de depoimentos de testemunhas� Certo ( ) Errado ( ) 02. Em se tratando da prova no processo penal, marque a opção CORRETA� a) Se o ofendido for intimado para prestar declarações e não comparecer, ficará sujeito ao pa- gamento de multa� b) Se o ofendido for intimado para prestar declarações poderá eximir-se de fazê-lo, desde que o queira, sem conseqüências nocivas para a sua pessoa� c) Se o ofendido for intimado para prestar declarações e não comparecer, sem motivo justo, poderá ser conduzido coercitivamente� d) Nenhuma das hipóteses é verdadeira� 03. As testemunhas: a) responderão às perguntas formuladas diretamente pelas partes e admitidas pelo juiz� b) poderão trazer seu depoimento por escrito� c) serão inquiridas juntamente com outras arroladas pelas partes� d) não poderão ser contraditadas pelas partes� e) não poderão fazer breve consulta a apontamentos� GABARITO 01 - CERTO 02 - C 03 - A Provas Em Espécie III Perguntas ao ofendido Testemunhas
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