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INSTITUTAS DE JUSTINIANO

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Pesquisa bibliográfica sobre as Institutas do 
Corpus Juris Civilis 
 
 
1. DO QUE SE TRATA 
 
As Institutas ou Institutiones de Justiniano (Latin: Institutiones Justiniani ou 
"Institutas de Justiniano") é uma unidade do Corpus Juris Civilis, o sexto 
codificação do século direito romano ordenada pelo bizantino imperador 
Justiniano I. Baseia-se em grande parte nos Institutos de Gaius, um jurista 
romano do século II dC. 
Trata-se de um manual para os estudantes da escola de direito de 
Constantinopla, contendo um resumo das principais leges e jura. Foram 
dedicadas "à juventude desejosa de estudar leis" (cupidae legum juventud) e 
publicadas, com força de lei, em 30 de dezembro de 533. As Institutas apresenta 
de maneira sucinta as primeiras noções de leis e como são de fato, codificando 
o direito romano e auxiliando a reforma da educação jurídica. 
Justiniano encarregou desse trabalho Triboniano, Doroteu, professor da Escola 
de Beirute, e Teófilo, professor da de Constantinopla 728. Na composição das 
Institutas foram utilizadas: as Institutas de Gaio e as Res Cottidianae; as 
Institutas da época clássica de Florentinus Ulpianos e Marciano’s e algumas 
partes do Digesto que estava para ser publicado. Ao contrário do que sucede 
no Digesto, nas Institutas não se menciona a origem dos fragmentos 
utilizados na confecção, formalmente Justiniano é o único autor. 
Tal manual escolar, por ser mais simples e teórico expondo noções gerações e 
classificações, alcançou enorme difusão. Prova disso são os inúmeros 
manuscritos que chegaram até aos dias atuais. 
 
 
 
 
 
2. PERÍODO EM QUE APARECEU 
As Institutiones foi publicada em 21 de novembro de 533, um mês antes do 
Digesto. Foi aprovada em 22 de dezembro pela Constituição Tanta e entrou em 
vigor como manual de estudo no mesmo dia do Digesto, 30 de dezembro de 533. 
 
3. COMO FOI ORGANIZADA 
As Institutas estão divididas em quatro livros e os livros que, por sua vez, estão 
divididos em títulos. A subdivisão dos títulos em principiam e parágrafos é da 
Idade Média; a sua numeração é moderna. Constitui-se assim os primeiros 
princípios de toda a Ciência das Leis. 
 
4. DE QUE DIREITO TRATOU 
 
 Nos livros encontra-se brevemente exposto tanto aquilo que previamente havia 
sido alcançado quanto aquilo que, posteriormente, por força do desuso, foi 
obnubilado e restabelecido pelo expediente do Imperador. 
Em resumo tratam: o primeiro livro das pessoas; o segundo das coisas, 
propriedades, direitos reais e testamentos; o terceiro da sucessão intestada, das 
obrigações em geral e das obrigações ex contractu; o quarto das obrigações ex 
delicto, das actiones do processo civil e do direito criminal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. EXEMPLIFICAÇÃO DO TEXTO 
“ 
DOMINI NOSTRI IUSTINIANI PERPETUO 
AUGUSTI 
INSTITUTIONUM SIVE ELEMENTORUM 
COMPOSITORUM PER TRIBONIANUM 
VIRUM EXCELSUM IURISQUE DOCTISSIMUM 
MAGISTRUM 
ET EX QUAESTORE SACRI PALATII ET 
THEOPHILUM VIRUM MAGNIFICUM IURIS 
PERITUM 
ET ANTECESSOREM HUIUS ALMAE URBIS ET 
DOROTHEUM VIRUM MAGNIFICUM 
QUAESTORIUM IURIS PERITUM ET 
ANTECESSOREM 
BERYTENSIUM INCLYTAE CIVITATIS. 
 
INSTITUTAS OU PRINCÍPIOS BASILARES 
DO NOSSO SENHOR JUSTINIANO, 
PERPETUAMENTE AUGUSTO, 
ELABORADAS POR TRIBONIANO, HOMEM 
EMINENTE E DOUTÍSSIMO MESTRE DE DIREITO, 
EX-PROCURADOR DO SACRO PALÁCIO (EvM: 
MINISTRO DA JUSTIÇA DO IMPÉRIO), 
E POR TEÓFILO, HOMEM MAGNÍFICO, PERITO 
EM DIREITO 
E PROFESSOR DE DIREITO DESSA BENIGNA 
CIDADE, 
E POR DOROTEU, HOMEM MAGNÍFICO, 
MAGISTRADO, 
PERITO EM DIREITO E E PROFESSOR DE 
DIREITO 
DO EGRÉGIO MUNICÍPIO DE BEIRUTE 
 
LIBER PRIMUS. 
 
TITULUS PRIMUS. 
 
DE IUSTITIA ET IURE. 
 
PRIMEIRO LIVRO 
 
PRIMEIRO TÍTULO 
SOBRE A JUSTIÇA E O DIREITO 
 
 
 
Definitio iustitiae (Definição de Justiça) 
Iustitia est constans et perpetua voluntas ius suum cuique 
tribuendi. 
 
A Justiça é a vontade constante e perpétua de atribuir a cada 
um o seu Direito. 
 
Inst. Lib. I, Tit. I, § 1. Iurisprudentiae (Da Jurisprudência) 
Iurisprudentia est divinarum atque humanarum rerum 
notitia, iusti atque iniusti scientia. 
 
A Jurisprudência é o conhecimento das coisas divinas e 
humanas, a Ciência do justo e do injusto. 
 
Inst. Lib. I, Tit. I, § 2. Methodus iuris tradendi (Método de 
Transmissão do Direito) 
His igitur generaliter cognitis, et incipientibus nobis 
exponere iura populi Romani : ita videntur posse tradi 
commodissime, si primo levi ac simplici via, post deinde 
diligentissima atque exactissima interpretatione, singula 
tradantur: alioqui, si statim ab initio rudem adhuc et 
infirmum animum studiosi, multitudine ac varietate rerum 
oneraverimus, duorum alterum, aut desertorem studiorum 
efficiemus, aut cum magno labore, saepe etiam cum 
diffidentia (quae plerumque juvenes avertit) serius ad id 
perducemus, ad quod leviore via ductus, sine magno labore, 
et sine ulla diffidentia, maturius perduci potuisset. 
 
Conhecidas, portanto, essas questões, de modo geral, 
començaremos a expor os direitos do Povo Romano : estes 
parecem poder ser assim transmitidos, da maneira mais 
conveniente, se, de início, forem transmitidos de maneira 
simples e trivial para, a seguir, serem-no com base em uma 
interpretação diligentíssima e exatíssima. Do contrário, se, 
inopinadamente, sobrecarregarmos, já a partir do início, a mente 
frágil e, até então, inculta do estudante com uma multitude e 
variedade de coisas, das duas uma : ou produziremos um 
desertor dos estudos ou conduziremo-lo, apenas com grande 
labor, freqüentemente até mesmo com desconfiança (a qual 
perturba a grande maioria dos jovens), mais tardiamente àquilo 
que, se guiado de modo mais tenro, poderia ser conduzido mais 
brevemente, sem grande fadiga e sem desconfiança alguma. 
 
 
Inst. Lib. I, Tit. I, § 3. Principia et praeceptis (Princípio e 
Preceitos) 
Iuris praecepta sunt haec : honeste vivere, alterum non 
laedere, suum cuique tribuere. 
 
Os preceitos do Direito são estes : viver honestamente, não 
prejudicar ninguém, dar a cada um o que é seu. 
 
Inst. Lib. I, Tit. I, § 4. Positiones (Domínios) 
Huius studii duae sunt positiones, publicum et privatum. 
Publicum ius est, quod ad statum rei Romane spectat. 
Privatum, quod ad singulorum utilitatem. Dicendum est 
igitur de jure privato, quod tripartitum est : collectum est 
enim ex naturalibus praeceptis, aut gentium, aut civilibus. 
 
O estudo do Direito possui dois domínios, o Direito Público e o 
Direito Privado. O Direito Público é o que respeita ao estado das 
coisas romanas. O Direito Privado, o que concerne à utilidade 
das pessoas singulares. Portanto, importará discorrer sobre o 
Direito Privado, o qual é dividido em três partes, de vez que é 
extraído ou a partir de preceitos naturais, ou de preceitos das 
gentes, ou de preceitos civis.” 
 
2. 52. Sob o poder estão os escravos, dos senhores. Esse poder vem do direito 
das gentes; pois, como podemos observar entre quase todos os povos, os 
senhores têm sobre os escravos o poder de vida e de morte; e tudo o que o 
escravo adquire para o senhor o adquire. 53. Mas atualmente, nem aos cidadãos 
romanos, nem a quaisquer outros homens, sob o império do povo romano, lhes 
é lícito castigar exageradamente e sem causa os seus escravos. Pois, em virtude 
de uma constituição do imperador Antonino, aquele que sem causa matar seu 
escravo cai sob a alçada da justiça, não menos que quem matar um escravo 
alheio. Mas esse mesmo imperador impôs uma coerção à excessiva crueldade 
dos senhores, pois, consultado por alguns governadores de província a respeito 
dos escravosque buscavam refúgio nos templos dos deuses e nas estátuas dos 
imperadores, determinou que, se se tiver como intolerável a sevícia dos 
senhores, sejam obrigados a vender seus escravos. E ambas essas disposições 
são justas, pois não devemos usar mal do nosso direito, sendo por isso que aos 
pródigos se lhes interdita a administração dos bens. (GAIO, 1951, Livro I, §52-
53, apud STORCK, 2011, p.24) 
6. BIBLIOGRAFIA 
ROLIM, Luiz Antonio. Instituições de Direito Romano. 2. ed. São Paulo: Revista 
dos Tribunais, 2003. 
CRUZ, Sebastião Silva. Direito Romano. Dislivro, 1984. 
Disponivel em: https://en.wikipedia.org/wiki/Institutes_of_Justinian Acesso em: 
26 de abril 2017. 
Tony Honoré, "Justinian's Codification" in The Oxford Classical Dictionary 803 
(Simon Hornblower and Antony Spawforth eds. 3rd rev. ed 2003). 
ALVES, Jose Carlos Moreira. Direito Romano: História do Direito Romano, 
Insitituições, parte geral, parte especial, direito das coisas. 7 ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 1991. V. 1 458p 
ROBERTO,Giordano Bruno S.-Introdução à História do Direito Privado-Ed. Del 
Rey-2003. 
CORPUS IURIS CIVILIS. INSTITUTIONUM SEU ELEMENTORUM DIVI 
JUSTINIANI SACRATISSIMI PRINCIPIS (Corpo de Direito Civil. As Institutas ou 
os Princípios Elementares do Divino Justiniano, Príncipe Sagradassímo)(30 de 
Dezembro de 533), in : Corpus Iuris Civilis, Recognovit Paul Krueger / Theodor 
Mommsen, Berlim - Hildesheim : Weidmann, 1872, Vol. 1, pp. 3 e s. 
STORCK, Alfredo Carlos. NATUREZA E DIREITO NAS INSTITUTAS DE GAIO. 
Philósophos - Revista de Filosofia, [s.l.], v. 16, n. 1, p.13-33, 7 set. 2011. 
Universidade Federal de Goias. Disponível em: 
http://dx.doi.org/10.5216/phi.v16i1.12552. Acesso em: 24 abr. 2017. 
 
 
 
 
 
Trabalho realizado pelas alunas: Alanna Damaceno, Amanda Neves, Anna 
Rafaela Lessa, Isadora Rodrigues e Maria Sleiman

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