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Introdução a Economia

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Introdução à Economia – Curso de Direito_________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________________________ 
 
7 
 
 
UNIDADE II – PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS 
 
1 – PROBLEMAS DE ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA 
As necessidades humanas se multiplicam conforme o avanço da sociedade. A evolução da ciência 
determina padrões tecnológicos mais sofisticados, capazes de satisfazer com maior detalhe as 
necessidades humanas. Dada a escassez de recursos produtivos, as quantidades de bens e serviços a serem 
produzidas encontram limites físicos. Daí coloca-se o problema central da economia : (i) o quê produzir?; 
(ii) como produzir?; e (iii) para quem produzir? 
 
1.1 – O quê produzir? 
O quê e quanto produzir é uma decisão tomada em nível econômico. Pressupõe atingir fronteiras de 
produção. A sociedade deve escolher que bens e serviços serão produzidos e em que quantidades, 
conforme as suas necessidades. 
Ilustremos com um caso bastante relacionado com a realidade brasileira. Devido às carências da 
nossa sociedade, seria de se esperar que os agentes econômicos nacionais se dedicassem mais na 
realização de investimentos que produzissem alimentos, do que à produção de foguetes e naves espaciais 
para a exploração do universo. Por outro lado, na sociedade americana, que experimenta um nível de 
desenvolvimento social e tecnológico muito mais elevado do que a brasileira, é de se esperar que os 
agentes econômicos daquele país invistam de forma diferente. A economia americana produz mais 
foguetes e naves espaciais do que a brasileira. De fato, a brasileira produz raríssimas unidades de 
foguetes, e nenhuma nave. E isto não somente devido ao maior avanço social da sociedade americana, 
mas também porque, dado o nível de desenvolvimento científico por eles alcançado, pesquisas espaciais 
passam a ser necessárias para a sociedade americana como um todo. Tornou-se necessário para os 
americanos, mesmo que seja por uma simples questão de geopolítica mundial, o domínio, mesmo que 
parcial, deste ramo do conhecimento. Esta última necessidade não é colocada para a sociedade brasileira. 
 
1.2 – Como produzir? 
Como produzir é uma decisão tomada em nível tecnológico. Objetiva-se com isso a obtenção da 
eficiência produtiva. Uma sociedade somente produzirá de acordo com a tecnologia de que dispõe, e se 
esforçará para buscar tecnologias mais avançadas, pois desse modo, estará aumentando sua eficiência ou 
produtividade, uma vez que poderá produzir mais em menor tempo. 
No exemplo acima, além da produção de foguetes e naves espaciais não serem uma necessidade 
para a sociedade brasileira, a realidade é que não dispomos do domínio tecnológico exigido. É possível 
que chegue o dia em que o avanço das pesquisas nacionais nos possibilite o domínio da tecnologia 
espacial, e tal necessidade se faça sentir. 
 
1.3 – Para quem produzir? 
Para quem produzir é uma decisão tomada em nível social. Busca-se a obtenção da eficiência 
distributiva. Quase nunca os bens e serviços produzidos satisfazem todas as necessidades da sociedade. 
Daí que a tomada desta decisão deve levar em consideração quais são as maiores necessidades e mais 
comuns a todos, o que, inegavelmente, é bastante difícil de se conseguir. Sempre haverá pessoas cujas 
necessidades, mesmo as mais prioritárias, estarão insatisfeitas. Por outro lado, quando se conseguir 
atender a todas as necessidades de todas as pessoas, então, ter-se-á alcançado a plena eficiência na 
distribuição da produção. 
Uma sociedade que se defronta com problemas de subnutrição, por exemplo, é de se esperar que os 
agentes econômicos produzam alimentos de alto valor nutricional e calórico, e de baixo custo. Estes bens 
seriam direcionados para as camadas da sociedade menos favorecidas. 
Introdução à Economia – Curso de Direito_________________________________________________________ 
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2 – LEI DA ESCASSEZ ECONÔMICA 
 
Refere-se à realidade básica da vida de que existe apenas uma quantidade finita de recursos 
humanos e não-humanos que o melhor conhecimento técnico é capaz de usar na produção de apenas uma 
quantidade máxima e limitada de cada bem e serviço. 
 
2.1 – Fatores que contribuem para a minimização da Escassez Econômica 
 
(i) divisão do trabalho ou organização econômica; 
(ii) pesquisas tecnológicas; 
(iii) aumento de produtividade; 
(iv) produção em escala; 
(v) racionalidade na utilização dos recursos produtivos; e 
(vi) combinação ótima dos recursos. 
 
 
3 – BENS ECONÔMICOS E RIQUEZA 
 
Bens econômicos e riqueza são dois importantes conceitos largamente utilizados em economia, que 
apresentam as seguintes definições. 
 
3.1 – Bens Econômicos: são coisas que satisfazem as necessidades humanas. Sua principal 
característica é ser consumível. Se um bem não for apropriado e se não se desgastar ao longo do 
tempo para satisfazer uma necessidade, então não é um bem econômico. 
 
3.2 – Riqueza: é o conjunto de bens e serviços de consumo. A idéia moderna de riqueza introduziu a 
variável consumo, porque a palavra riqueza deixou de ser abstrata e estática no sentido de 
somente acumular coisas de valor, e adquiriu maior dinâmica com a idéia de que a riqueza é 
tudo aquilo que permite à pessoa consumir mais bens com aquilo que já acumulou. 
 
4 – FATORES DE PRODUÇÃO 
 
Para que as necessidades humanas sejam satisfeitas, e para que o problema central da economia 
possa ser devidamente equacionado é necessário contar com o concurso dos instrumentos de produção, ou 
seja, aquilo com que se produz, assim como, com os objetos da produção, isto é, aquilo que transformado 
resultará em algo capaz de satisfazer as necessidades do homem. Em economia, tais elementos são 
conhecidos como fatores de produção. 
 
4.1 – Classificação Clássica 
 
Os fatores de produção podem ser definidos como o conjunto de todos os recursos que se pode usar 
na produção. Daí a pergunta: que recursos são esses? Um simples raciocínio nos faz deduzir que para se 
produzir um bem é preciso um material qualquer que, trabalhado por alguém com alguma ferramenta, 
resultará nesse bem. Aí estão colocados então os três fatores de produção, a saber: (i) terra (recursos 
naturais que fornecem a matéria -prima); (ii) capital (recursos financeiros, máquinas equipamentos); e 
(iii) trabalho (mão-de-obra). 
4.1.1 – Terra: a terra é a origem das matérias-primas, sendo que no caso dos bens agrícolas é a 
própria matéria -prima. 
4.1.2 – Trabalho: o trabalho é a própria força de trabalho, ou capacidade de trabalho do homem, 
sem a qual nenhum bem seria produzido. 
 
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4.1.3 – Capital: o capital inclui todos os equipamentos utilizados de forma a auxiliar o homem na 
produção, contemplando também, a capacidade gerencial que o homem tem de melhor 
alocar os recursos (terra, capital e mão de obra) de forma que, com o auxílio da 
tecnologia, possa produzir com eficiência. 
 
4.2 – Classificação Moderna 
Modernamente, a literatura econômica apresenta duas diferentes correntes quanto à cla ssificação 
dos fatores de produção. São elas: 
(i) a primeira, considera apenas o trabalho e o capital como fatores de produção. O capital, 
entendido como patrimônio, incluiria também a terra (matéria -prima) e a tecnologia; e 
(ii) a segunda, considera que tanto a capacidade gerencial do homem como a tecnologia, por 
apresentarem contribuições significativas ao processo produtivo, em termos de 
produtividade, devem ser tratados à parte. 
Assim, modernamente os fatores de produção classificam-se em: 
4.2.1 – Capital: capital é o conjunto (estoque) de bens econômicos heterogêneos, tais como 
máquinas, ferramentas,equipamentos, fábricas, terras, matérias-primas, etc., capaz de 
produzir bens e serviços. 
4.2.2 – Recursos Naturais: recursos naturais são constituídos pelas riquezas naturais do mundo 
animal e vegetal (recursos renováveis), pelos recursos minerais e pelo solo (recursos não 
renováveis). 
4.2.3 – Força de Trabalho: força de trabalho (mão-de-obra) é o fator que mobiliza os recursos 
naturais e o capital. 
4.2.4 – Tecnologia: tecnologia é definida como o estudo das técnicas (know how) dividida em 
tecnologia de produto (inovação que leva à obtenção de um novo produto), e tecnologia 
de processo (inovação do processo produtivo que racionaliza o uso de matérias-primas). 
4.2.5 – Capacidade Empresarial: capacidade empresarial é definida como a aglutinação dos 
demais fatores (terra, capital, trabalho e tecnologia) que irá possibilitar o suprimento de 
bens e serviços. 
 
4.3 – Remuneração dos Fatores de Produção 
Cada fator de produção, como contrapartida à sua contribuição ao processo produtivo, percebe uma 
remuneração ou pagamento. Assim, temos: 
4.3.1 – Salário: corresponde a remuneração dos serviços do fator trabalho. 
4.3.2 – Aluguel: é a remuneração dos serviços do fator terra ou recursos naturais. 
4.3.3 – Lucro: é a remuneração dos serviços do capital. Capital aqui é entendido como o capital 
físico, isto é, prédios, instalações, equipamentos e maquinário, tal como definido 
anteriormente. Em outras palavras, é a expressão física do capital monetário que é 
investido em ativos imobilizados. 
4.3.4 – Juros: correspondem à remuneração de serviços do fator capital monetário (dinheiro). 
4.3.5 – Dividendos: correspondem à remuneração de aplicadores em ações das empresas. 
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4.3.6 – Royalties: correspondem à remuneração pela utilização dos serviços de tecnologia. É o 
pagamento que se faz pela utilização dos direitos de propriedade de uma patente. A 
utilização ou reprodução de um bem ou serviço para fins produtivos somente poderá ser 
feita com o pagamento dos royalties. 
 
5 – CLASSIFICAÇÃO DOS BENS E SERVIÇOS 
 
Uma vez que o objetivo do processo de produção é produzir bens e serviços com o fim de 
satisfazer as necessidades da sociedade, é preciso entender com que finalidade ele será utilizado. Trata-se, 
portanto, de distinguir a origem, a natureza e o destino desses bens. Assim, os bens e serviços apresentam 
a seguinte classificação. 
 
5.1 – Quanto à Raridade 
Por raridade entende-se o quão escasso é o bem. Existem dois tipos de bens quanto à raridade. 
 
5.1.1 – Bens Livres: (ou abundantes), também denominados de não econômicos, pois não têm 
valor e nem preço. Estão à disposição na natureza. O único bem verdadeiramente livre é 
o ar, pois até hoje ninguém o produziu ou então, o comercializou. Há outros bens, 
entretanto, que dependendo das circunstâncias em que são obtidos, podem ser 
considerados livres ou não. A areia do deserto, por exemplo, é um bem livre. Entretanto, 
se for explorada comercialmente (para construções, por exemplo), então deixará de ser 
um bem livre, pois será submetida a um processo produtivo (extração, refinamento, 
transporte, etc). 
5.1.2 – Bens Produzidos: (relativamente raros), também denominados de econômicos e que têm 
como principais características: (i) existirem em quantidades limitadas; e (ii) serem 
comercializados, haja vista que possuem valor e preço. Qualquer bem que seja obtido 
através do processo produtivo é considerado um bem econômico. Exemplos: 
refrigerantes, automóveis, televisores, tecidos, gasolina, etc. 
 
5.2 – Quanto à Natureza 
Por natureza entende-se a natureza física do bem, e são assim classificados: 
 
5.2.1 – Bens Materiais: correspondem às mercadorias, cuja característica principal é terem uma 
forma física e serem palpáveis e tocáveis. Exemplos: roupas, alimentos, etc. 
 
5.2.2 – Bens Imateriais: correspondem aos serviços, que não têm uma forma física e material, 
mas que satisfazem as necessidades humanas. Exemplos: serviços médicos, serviços de 
educação, etc. 
 
5.3 – Quanto ao Destino 
Por destino entende-se o uso que se faz do bem. São assim classificados. 
 
5.3.1 – Bens de Consumo: são aqueles que se destinam atender diretamente as necessidades 
humanas, ou seja, têm um fim em si mesmos. Em outras palavras, os bens de consumo 
são aqueles que são produzidos para consumo final, isto é, que não produzem e nem 
entram na produção de outro bem. De acordo com a sua durabilidade classificam-se em: 
 
5.3.1.1 – Duráveis: são aqueles que não se extinguem no ato do consumo, processo este 
que ocorre num período de tempo mais longo. Exemplos: automóveis, eletrodomésticos, 
etc. 
 
5.3.1.2 – Semiduráveis: são aqueles que têm uma vida útil não muito longa. Exemplos: 
sapatos, roupas, etc. 
 
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5.3.1.3 – Não-duráveis: também denominados de consumo imediato, são aqueles bens 
que se extinguem no ato do consumo. Exemplos: remédios, alimentos, etc. 
 
5.3.2 – Bens de Capital: são os bens utilizados na produção de outros bens, mas que não se 
desgastam totalmente neste processo de produção. Como exemplos temos as máquinas, 
equipamentos, ferramentas, instalações, etc. Sua principal característica é elevar a 
produtividade da mão-de-obra, e são classificados contabilmente no ativo fixo das 
empresas. 
 
5.3.3 – Bens Intermediários: são aqueles que são transformados ou agregados totalmente no 
processo de produção. Transferem-se, por assim dizer, para os bens que produzem. 
Classificam-se em: 
 
5.3.3.1 – Bens Intermediários Propriamente Ditos: são aqueles que entram na 
composição de outros bens sem perder as suas características iniciais. Exemplos: prego, 
parafuso, fio, etc. 
 
5.3.3.2 – Insumos (matérias -primas): são aqueles bens que são utilizados 
imediatamente, incorporando-se aos bens que se produzem, desaparecendo na produção 
perdendo desta forma suas características iniciais. Exemplos: minério de ferro, produtos 
químicos, farinha de trigo, etc. 
 
6 – NECESSIDADES ILIMITADAS 
 
As necessidades são ilimitadas porque são inerentes à própria capacidade de renovação e criação de 
novos desejos de consumo por parte da sociedade. O nível de satisfação da sociedade difere com o seu 
próprio estágio de desenvolvimento. As necessidades são classificadas em: 
 
6.1 – Necessidades Primárias : são aquelas essenciais para a sobrevivência humana. Exemplos: 
alimentação, vestuário, habitação, transporte, etc. 
 
6.2 – Necessidades Secundárias (ou acidentais): são decorrentes do convívio social. Não se 
instalam de repente, mas aos pouco vão se tornando um hábito, precisando ser satisfeitas. 
Exemplos: fumar, lazer, etc. 
 
6.3 – Necessidades Coletivas (ou sociais): são aquelas que para serem satisfeitas exigem um esforço 
coletivo, satisfazendo exigências coletivas ou sociais. Exemplos: segurança pública, educação, 
etc. De forma geral, o governo está encarregado de sua satisfação através dos serviços públicos. 
 
Por outro lado, existem alguns fatores que contribuem para aumentar o nível das necessidades 
ilimitadas da sociedade, dentre eles destacam-se: 
(i) efeito demonstração – típico de países subdesenvolvidos – que significa adquirir hábitos de 
consumo de sociedades desenvolvidas; 
(ii) propagandas e publicidades; 
(iii) desenvolvimento tecnológico; e 
(iv) nível cultural, significando aqui os costumes, hábitos, valores e a forma de organização da 
sociedade. 
 
7 – ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO E A CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO 
Todo sistema econômico tem uma capacidade máxima de produzir bens e serviços. Conforme 
discutido anteriormente, um dos principais problemas comque se defrontam as economias é definir 
quanto será produzido de cada bem e serviço, de modo atender às necessidades da sociedade. Em outras 
palavras, as economias devem definir quais são as combinações das diversas quantidades de bens e 
serviços que serão produzidos. 
Introdução à Economia – Curso de Direito_________________________________________________________ 
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Nesse sentido, para que se possa maximizar a produção de bens e serviços, os sistemas econômicos 
devem buscar: 
(i) decisão do que produzir; 
(ii) escolha das alternativas de produção para a canalização dos recursos, que dependem das 
opções sociais ou políticas estabelecidas pela sociedade; e 
(iii) eficiência máxima e o pleno emprego dos recursos de produção. 
Desse modo, para simplicidade de raciocínio, suponhamos, hipoteticamente, uma economia que 
produza apenas dois bens A e B, nas seguintes quantidades, conforme quadro abaixo: 
 
Alternativas Bem A (quantidade) Bem B (quantidade) 
A 250 0 
B 200 250 
C 150 450 
D 100 600 
E 50 700 
F 0 750 
 
Colocando-se estas quantidades, que formam pares ordenados de pontos dados pelas diversas 
alternativas de produção em um gráfico cartesiano, onde as quantidades do bem A são lançadas no eixo 
das abscissas (eixo X) e as quantidades do bem B são lançadas no eixo das ordenadas (eixo Y), temos a 
seguinte representação gráfica: 
 
 
 
 
 
 
 Bem B 
 F 
 750 
 700 E 
 
 600 D 
 
 C 
 450 
 
 250 B 
 
 
 
 
 A 
 
 0 50 100 150 200 250 Bem A 
 
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Esta curva é denominada de Curva de Possibilidades de Produção – CPP (ou fronteira de produção 
ou curva de transformação), que indica as infinitas combinações possíveis de produção dos bens A e B. 
Em qualquer ponto desta curva uma quantidade produzida de A, corresponde a uma quantidade produzida 
de B. A Curva de Possibilidades de Produção estabelece os níveis máximos de produção desses dois bens. 
Para que uma economia possa operar em qualquer ponto sobre a Curva de Possibilidades de 
Produção é necessário que: 
(i) exista pleno emprego de todos os fatores de produção disponíveis. Isto significa dizer que 
não há nenhum fator de produção ocioso, como também não é possível agregar mais 
fatores; 
 
(ii) não sejam introduzidas inovações tecnológicas. Ou seja, a economia opera com os 
padrões tecnológicos existentes; e 
 
(iii) exista eficiência e eficácia no uso dos fatores de produção. 
 
Desse modo, uma economia que se encontre operando sobre a Curva de Possibilidades de 
Produção, ao se deslocar do ponto A para o ponto B, ou do ponto B para o ponto C, e assim 
sucessivamente até o ponto F, estará deixando de produzir algumas unidades do bem A para produzir 
mais quantidades do bem B. Em outras palavras, estará transformando o bem A em B. Por esta razão, esta 
curva é também conhecida como Curva de Transformação. Cabe ressaltar que, esta transformação não é 
física, significa apenas que se está transferindo recursos ou fatores de produção de um processo produtivo 
para outro, no caso da produção do bem A para o bem B. 
Outro importante ponto a ser destacado, é que associada a esta escolha sobre quanto e quais bens 
produzir, há uma questão mais ampla de eficiência alocativa. Ou seja, uma vez definidas as quantidades e 
a qualidade dos fatores de produção, é preciso alocá-los, isto é, distribuí-los entre os setores produtivos de 
forma a obter a máxima eficiência na quantidade e qualidade dos bens produzidos. 
 
7.1 – Análise da Curva de Possibilidades de Produção – CPP 
 
A Curva de Possibilidades de Produção pode ser analisada sob quatro diferentes aspectos: 
(i) quanto aos pontos localizados na curva; (ii) quanto aos deslocamentos da curva; (iii) quanto aos 
deslocamentos diferenciados da curva; e (iv) quanto aos deslocamentos parciais da curva. 
 
7.1.1 – Quanto aos pontos na CPP 
 
Suponhamos a Curva de Possibilidades de Produção abaixo, com os seguintes pontos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bem B 
 
 • C 
 
 YB • B 
 
 YA • A 
 
 
 
 • Bem A 
 0 XA XB 
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14 
 
 
Análise dos pontos: 
 
(i) o ponto B representa a produção máxima dos bens A e B. Neste ponto ou em qualquer 
outro ponto situado sobre a Curva de Possibilidades de Produção, significa que a economia está 
funcionando com capacidade máxima de produção, sendo que todos os fatores de produção estão 
plenamente ocupados. A rigor, os fatores de produção nunca estão 100% plenamente ocupados. Em geral, 
os economistas consideram que uma taxa de ocupação acima de 92% a 93% caracteriza a situação de 
pleno emprego. O pleno emprego é definido por uma situação em que os recursos disponíveis estão sendo 
plenamente utilizados na produção de bens e serviços, garantindo desta forma o equilíbrio econômico das 
atividades produtivas. 
 
(ii) o ponto A representa uma situação de recessão ou de capacidade ociosa. Nem todos os 
fatores de produção estão plenamente ocupados, ou seja, existe uma ociosidade parcial dos fatores. Em 
outras palavras, existe um desemprego de fatores, como por exemplo, trabalhadores desempregados, 
máquinas paradas e terras não utilizadas. É importante ressaltar que, estando a economia em recessão, é 
possível aumentar a produção tanto do bem A quanto do bem B, utilizando os fatores de produção que 
estão ociosos. Se isto ocorrer, então o ponto A, onde há ociosidade de fatores, se desloca em direção à 
curva, onde todos os fatores estarão plenamente ocupados. 
 
(iii) o ponto O representa uma situação de pleno desemprego de fatores. É um estado de 
limite crítico para a economia, pois nele nada se produz, não existindo nenhuma atividade econômica. 
Teoricamente, este ponto é possível de ser atingido, mas na prática, uma situação dessa é mais fácil de 
ocorrer em situações de guerra (toda economia fica paralisada em função das atividades beligerantes), e 
em função de catástrofes naturais (inundação, terremoto, vulcões, etc., que destroem completamente o 
sistema econômico). 
 
(iv) o ponto C não existe para essa Curva de Possibilidades de Produção, pois não pode ser 
atingido com o volume de fatores existentes. Para que este ponto possa ser atingido, é preciso acrescentar 
alguma quantidade de pelo menos um dos fatores de produção. Assim, a produção poderá se expandir, 
possibilitando o deslocamento da Curva de Possibilidades de Produção para níveis mais elevados. 
 
7.1.2 – Quanto aos deslocamentos da CPP 
 
A Curva de Possibilidades de Produção pode-se deslocar tanto positivamente quanto 
negativamente. Assim temos: 
 
7.1.2.1 – Deslocamento Positivo: ocorre quando a Curva de Possibilidades deProdução se 
afasta da origem, significando aumento da capacidade de produção do sistema econômico. Os fatores que 
contribuem para o deslocamento positivo são: (i) crescimento da população qualificada (mão-de-obra); 
(ii) acumulação de bens de capital (edifícios, máquinas, equipamentos, etc.); (iii) inovação e/ou melhoria 
tecnológica; e (iv) investimentos na infra-estrutura de base do país (estradas, portos, aeroportos, 
telecomunicações, usinas hidroelétricas, etc.). Em termos de representação gráfica, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde P3 > P2 > P1 
 
 Bem B 
 
 
 
 
 
 
 
 Bem A 
 0 P1 P2 P3 
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15 
 
 
7.1.2.2 – Deslocamento Negativo: ocorre quando a Curva de Possibilidades de Produção se 
dirige em relação à origem, significando diminuição da capacidade de produção do sistema econômico. 
Os fatores que contribuem para o deslocamento negativo são: (i) guerras entre os países; (ii) sucateamento 
do parque industrial; (iii) situações climáticas desfavoráveis; e (iv) pestes e epidemias. Em termos de 
representação gráfica, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde P3 < P2 < P1 
 
7.1.3 – Quanto aos deslocamentos diferenciados da CPP 
 
Suponhamos, hipoteticamente, que os países Alfa e Beta, possuem a mesma capacidade de 
produção, num ponto específico do tempo. Suponhamos ainda, que estes dois países adotem diferentes 
políticas quanto à alocação dos fatores de produção para produzirem bens de consumo e bens de capital, 
conforme demonstrado no gráfico abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise dos deslocamentos: 
 
(i) Bens de Consumo: o país Alfa aloca de seus fatores de produção para produzir bens de 
consumo o segmento 0Ac, enquanto o país Beta aloca 0Bc. Como o segmento 0Ac é maior do que o 
segmento 0Bc, isto significa que o país Alfa destina mais recursos para produzir bens de consumo do que 
o país Beta. 
 
(ii) Bens de Capital: o país Beta aloca de seus fatores de produção para produzir bens de 
capital o segmento 0Bk, enquanto o país Alfa aloca 0Ak. Como o segmento 0Bk é maior do que o 
segmento 0Ak, isto significa que o país Beta destina mais recursos para produzir bens de capital do que o 
país Alfa. 
 
Bem B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 0 P3 P2 P1 Bem A 
 Bens de Capital 
 
 
 
 
 
 Nova curva do país Beta. 
 Beta 
 BK 
 Nova curva do país Alfa 
 
 AK Alfa 
 
 Bens de 
 0 BC AC Consumo 
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(iii) Conclusão: como estes dois países estão destinando fatores de produção para produzir 
bens de capital, então, no futuro suas economias terão uma capacidade produtiva maior. A questão é saber 
qual dos dois países terá maior expansão na sua capacidade de produção, o país Alfa ou o país Beta. 
Analisando o gráfico, observa-se que o país Beta alocou proporcionalmente mais de seus fatores de 
produção para produzir bens de capital do que o país Alfa. Esta decisão fará com que no futuro, a 
economia do país Beta tenha uma capacidade de produção maior do que a do país Alfa, que alocou menos 
de seus fatores para produzir bens de capital. 
 
7.1.4 – Quanto aos deslocamentos parciais da CPP 
 
Suponhamos que ocorra uma inovação tecnológica na produção do bem A. Nesse sentido, a 
capacidade de produção do bem A aumenta, provocando um deslocamento da Curva de Possibilidades de 
Produção apenas no ramo que representa o referido bem, conforme demonstrado no gráfico abaixo. Cabe 
ressaltar que, se a inovação tecnológica ocorrer em relação ao bem B, o mesmo deslocamento da Curva 
de Possibilidades de Produção acontecerá, só que neste caso específico, será no ramo que representa este 
bem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 – LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES 
 
A Lei dos Rendimentos Decrescentes refere-se à quantidade decrescente de produção adicional que 
se obtém, quando são acrescentadas, sucessivamente, unidades extras e iguais de um fator de produção 
variável a uma quantidade fixa de um outro fator de produção. 
Cabe salientar que, este fenômeno somente ocorre sobre a Curva de Possibilidades de Produção, 
quando todos os fatores de produção estão plenamente empregados. Quando a economia está operando 
com capacidade ociosa é sempre possível alocar e incorporar fatores que operem com igual ou maior grau 
de eficiência. Como existe ociosidade, estes fatores de produção estariam apenas esperando por uma 
oportunidade de emprego. Com certa freqüência vemos nos noticiários da imprensa que em momentos de 
recuperação econômica, quando se está contratando funcionários, muitas empresas dão preferência à ex-
funcionários que tenham sido demitidos em momentos de crise ou desaquecimento da economia. Isso 
acontece porque esses ex-trabalhadores além de terem a necessária eficiência, evitam uma queda no ritmo 
de produção das empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Bem B 
 
 
 A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 0 A A1 Bem A 
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A título de exemplo, suponhamos as seguintes informações: 
 
Período Fator Fixo 
(terra) 
Fator Variável 
(mão-de-obra) 
Produção do 
Bem X 
Produção do 
Bem Y 
Produção 
Marginal de X 
(DX) 
Produção 
Marginal de Y 
(DY) 
T0 150 ha 10 200 500 – – 
T1 150 ha 12 250 600 50 100 
T2 150 ha 14 290 680 40 80 
T3 150 ha 16 320 740 30 60 
T4 150 ha 18 340 780 20 40 
T5 150 ha 20 350 800 10 20 
T6 150 ha 22 350 800 0 0 
 
Como se pode observar, ao longo dos sete períodos de produção, o fator de produção terra ficou 
constante em 150 ha, variando apenas o fator mão-de-obra. À medida que a mão-de-obra foi 
experimentando período após período, sucessivos aumentos de duas unidades adicionais, tanto a produção 
do bem X quanto à do bem Y foram aumentando, só que a taxas decrescentes. Ou seja, os incrementos 
verificados na produção dos bens X e Y, foram cada vez menores, que é dado pela produção marginal de 
cada um deles. 
 
Este fenômeno é explicado pela existência no processo produtivo dos bens X e Y, de um fator de 
produção que ao longo de todo o período ficou constante, no caso específico, o fator terra. Assim, à 
medida que o fator mão-de-obra experimentava aumentos iguais, o fator de produção terra ia perdendo 
produtividade, ou seja, a sua capacidade de absorver a mão-de-obra tornava-se cada vez menor. 
 
 
9 – LEI DOS CUSTOS SOCIAIS CRESCENTES 
 
A Lei dos Custos Sociais (ou relativos) Crescentes entra em vigor quando para se obter uma 
quantidade adicional de um bem qualquer, a sociedade tem que sacrificar quantidades produzidas de outro 
bem, permanecendo inalterada a capacidade tecnológica e de produção, ou seja, a economia está operando 
de pleno emprego.A idéia por trás desta lei, é que haverá um custo cada vez maior para se produzir uma quantidade a 
mais de um determinado bem. Em outras palavras, se a sociedade decidir pela obtenção de uma 
quantidade maior de um determinado bem, ela terá que abrir mão de quantidades proporcionais ou cada 
vez maiores de outros bens. O custo social é a maior ineficiência produtiva. 
A título de exemplo, suponhamos a seguinte tabela: 
 
Alternativas Produção de 
A 
Produção de 
B 
Decréscimos de 
A (constante) 
Acréscimos 
de B 
Razão de 
B/A 
A 250 0 – – – 
B 200 250 50 250 5/1 
C 150 450 50 200 4/1 
D 100 600 50 150 3/1 
E 50 700 50 100 2/1 
F 0 750 50 50 1/1 
 
Estando a economia funcionando de pleno emprego, aumentar, por exemplo, a produção do bem B, 
implica necessariamente reduzir a produção do bem A. Isto ocorre, porque serão transferidos recursos 
produtivos antes utilizados na produção do bem A, para então aumentar a produção do bem B, haja vista 
que o sistema econômico está operando de pleno emprego. 
 
 
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Assim, pelos dados da tabela acima, podemos observar que os decréscimos da produção do bem A, 
constantes em 50 unidades de uma alternativa para outra, permitiram acréscimos na produção do bem B, 
só que cada vez menores. 
Este fenômeno ocorre toda vez que se transferem recursos ou fatores de produção, eficientemente 
alocados numa atividade para outra, onde encontrarão uma dificuldade inicial maior para se adaptarem. O 
resultado desta alocação ineficiente de fatores é uma produção menor. O reflexo sobre a Curva de 
Possibilidades de Produção é que ela se apresenta de forma decrescente. O seu formato indica que ela 
decresce a taxas crescentes, significando que a substituição de quantidades entre dois bens, torna-se cada 
vez mais difícil. 
Na prática isto significa, por exemplo, que a mão-de-obra já adaptada aos processos de produção do 
bem A, ao ser transferida para a produção do bem B, terá que aprender, não só diferentes como também 
outros processos de produção. Neste processo de aprendizagem, há uma queda de rendimento que 
resultará em queda da produção. Isto é o que se denomina economia de rendimentos decrescentes. 
 
 
10 – CUSTO DE OPORTUNIDADE 
Como foi discutido anteriormente, ao se deslocar fatores de produção de uma alternativa de 
produção para outra, as quantidades adicionais produzidas de um bem serão menores, em detrimento de 
reduções iguais ou cada vez maiores na produção de outro bem. 
Esta situação permite inferir que, existe um custo cada vez maior medido em unidade do bem que 
se deixa de produzir, para se obter quantidades adicionais, cada vez menores, do bem que se deseja 
produzir mais. 
Este custo é também conhecido como Custo de Oportunidade. No exemplo da produção dos bens A 
e B, citado anteriormente, significa que existe um sacrifício de unidades de produção do bem A, a cada 
expansão da produção do bem B. Em outras palavras, o custo de oportunidade significa a renúncia de 
determinados ganhos. 
Em nosso cotidiano, nos deparamos com muitas situações práticas e não econômicas de custos de 
oportunidade. Seja o seguinte exemplo. 
Um indivíduo decide praticar esportes para melhorar seu condicionamento físico. Alguns de seus 
hábitos ou comportamentos ele terá que sacrificar, eliminando-os ou reduzindo-os, significando assim 
como seu custo de oportunidade, como por exemplo: 
(i) o lazer (assistir televisão ou bater papo com os amigos no barzinho, etc.); 
(ii) convívio familiar (esposa, filhos etc.); 
(iii) atividades culturais (leitura, cinema, teatro, etc.) 
(iv) horário de almoço, caso decida praticar esportes entre às 12 e 14h; 
(v) a novela das 8h, se tiver este hábito, e se decidir pela prática de esportes à noite. 
A tabela abaixo mostra o custo de oportunidade associado a cada uma das alternativas de produção 
dos bens Z e W 
Alternativas Produção 
de 
Z 
Produção 
de 
W 
Acréscimo na 
produção de W 
Custo de Oportunidade 
para produzir W (em 
termos de quantidade de Z) 
A 12 0 – - 
B 11 20 20 1 (12 - 11) 
C 8 37 17 3 (11 - 8) 
D 4 48 11 4 (8 – 4) 
E 0 50 2 4 (4 - 0) 
 
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O custo de oportunidade é calculado em termos da quantidade do bem Z, que se deixa de produzir 
para se obter um acréscimo da produção do bem W. Neste exemplo, observa-se que para se produzir as 
primeiras 20 unidades de W é preciso sacrificar uma unidade do bem Z (custo de oportunidade igual a 1); 
em seguida, para se produzir mais 17 unidades do bem W, três unidades do bem Z deixam de ser 
produzidas (custo de oportunidade igual a 3), e assim, sucessivamente. Os acréscimos na produção de W 
serão sempre decrescentes. Assim, nessas circunstâncias os custos sociais, medidos pelo custo de 
oportunidade, serão crescentes. 
 
Cabe ressaltar que, se utilizássemos o exemplo da produção dos bens A e B, o custo de 
oportunidade seria constante, haja vista que os decréscimos na produção do bem A, para aumentar a 
produção do bem B, foram sempre iguais a 50 unidades.

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